Vejam como funciona o regime que Washington sustentou por 30 anos

Tempo de leitura: 6 min

por Luiz Carlos Azenha

São aquelas coisas que acontecem só de vez em quando. De manhã, no New York Times, testemunhos devastadores contra o regime de Hosni Mubarak, no Egito. À tarde, a decisão dos Estados Unidos de apoiar a transição com Omar Suleiman, o espião que coordenou as “extraordinary renditions”, sequestros de suspeitos praticados pelos Estados Unidos, entregues em seguida para tortura em vários países, inclusive no Egito. Ou seja, a ideia de Washington agora parece ser a de fazer a transição com Hosni Mubarak.

Leiam o texto publicado no Times, que revela os bastidores do regime que os Estados Unidos pretendem preservar, em defesa de seus próprios interesses e dos interesses de Israel:

February 4, 2011

Dois repórteres detidos viram os métodos da polícia secreta em primeira mão

By SOUAD MEKHENNET and NICHOLAS KULISH

CAIRO

Nós fomos detidos por autoridades egípcias , entregues à temida Mukhabarat, a polícia secreta, e interrogados. Eles nos deixaram à noite em uma sala fria, em bancos de plástico laranjas, sob luzes fluorescentes.

Mas nosso desconforto não foi nada em comparação com as pancadas e os gritos de dor de egípcios que quebravam o silêncio da noite. Em um caso, entre os gritos de sofrimento, um policial disse em árabe, “Você está conversando com jornalistas? Você está falando mal de seu país?”

Uma voz, também em árabe, respondeu: “Você está cometendo um pecado. Você está cometendo um pecado”.

Nós — Souad Mekhennet, Nicholas Kulish e um motorista, que não é jornalista e não estava envolvido em manifestações — fomos detidos na tarde de quinta-feira enquanto dirigíamos no Cairo. Fomos parados numa barreira policial e assim começou nossa jornada de 24 horas através da detenção egípcia, terminando com — assim nos disseram os soldados que nos deixaram lá — a polícia secreta. Quando perguntados, eles se negaram a se identificar.

A prisão foi terrível. Nós nos sentimos sem poder — incertos sobre onde e por quanto tempo ficaríamos presos. Mas a pior parte não teve nada a ver com nosso tratamento. Foi ver — e particularmente ouvir através das paredes deste lugar apavorante — o abuso de egípcios nas mãos de seu próprio governo.

Por um dia, estávamos presos num labirinto brutal onde egípcios ficam perdidos por meses ou mesmo anos. Nossa detenção deixou claros os abusos dos serviços de segurança, da polícia, da polícia secreta e dos serviços de inteligência, e ajuda a explicar porque eles figuraram nas reclamações feitas pelos manifestantes [que querem derrubar Mubarak].

Muitos jornalistas também viveram essa experiência e muitos ficaram em piores condições — alguns deles sofrendo ferimentos.

De acordo com o Comitê para Proteger Jornalistas, no mesmo período em que ficamos detidos houve a detenção de 30 jornalistas, 26 ataques [a jornalistas] e 8 casos de equipamentos apreendidos. Vimos um jornalista com um curativo na cabeça e outros com a cabeça coberta, trazidos por homens armados.

De manhã, pudemos ouvir a voz de um homem com um sotaque francês dizendo em inglês: “Onde estou? O que está acontecendo comigo? Responda. Responda”.

Isso nos levou a agir — pressionando por nossa libertação com urgência e na verdade com mais medo que antes. Um oficial não fardado, que disse se chamar Marwan, fez um gesto. “Venham até a porta”, ele disse, “e olhem”.

Vimos mais de 20 pessoas, ocidentais e egípcios, algemados e com os olhos vendados. O lugar estava vazio quando chegamos, na noite anterior.

“Poderíamos tratar vocês muito pior”, ele disse sem tensão na voz, deixando que os fatos falassem por si. Marwan disse que milhares de egípcios estavam presos. Durante a noite nós ouvimos quando eles eram espancados, quando gritavam depois de cada golpe.

Nós tínhamos voltado ao Cairo depois de cobrir as manifestações em Alexandria para o Times. Estávamos viajando com jornalistas da emissora pública alemã ZDF, uma prática normal nessas condições — segurança garantida pelo número [de viajantes].

Nas cercanias do Cairo, fomos parados no que parecia uma barreira policial civil.

Tínhamos passado por várias barreiras sem problemas, mas depois que o motorista abriu o porta-malas uma tremenda comoção começou. Eles viram uma grande mala com um microfone laranja da ZDF para fora. No ambiente tenso, equipes de TV tinham sido atacadas e acusadas de criar propaganda anti-egípcia. Tínhamos estado no meio de uma confusão com a mesma equipe no dia anterior.

A multidão gritava e batia no automóvel, abrindo as portas. A equipe da ZDF, que estava em outro carro, conseguiu escapar, mas ficamos presos. Em vez de nos tirarem do carro como esperávamos, dois homens entraram no assento traseiro. Ficamos aliviados porque eles estavam nos levando para longe da multidão, até que um deles mostrou sua identificação de policial. Em vez de nos ajudar a escapar, ele estava nos detendo.

O policial deu ao motorista instruções para chegar a uma delegacia de polícia improvisada no distrito de Sharabiya, no Cairo, no segundo andar de um depósito de madeira. O oficial encarregado, que se identificou como Ehab, disse que eram da polícia secreta.

Eles olharam nas malas da ZDF e encontraram mais que uma câmera. “Temos uma mulher de origem árabe com um passaporte alemão e um americano em um automóvel com uma câmera, equipamento de satélite e dez mil dólares”, ele disse. “Isso é muito suspeito. Acho que precisamos checá-los”.

A ansiedade se tornou expectativa quando fomos levados para uma base militar. Os militares são a coisa mais próxima no Egito de uma garantia de estabilidade e pensamos que uma vez explicado quem éramos e mostrada a documentação seriamos autorizados a voltar para o hotel.

Numa conversa estranha, que só fez sentido mais tarde, a srta. Mekhennet perguntou a um soldado, “onde vocês estão nos levando?”. O soldado respondeu: “Sinto muito por vocês. Desculpem”.

Depois de levados para várias outras bases, fomos informados de que seríamos entregues à Mukhabarat em seu quartel-general da Nasr City.

Já caia a noite quando eles nos fizeram tirar tudo do carro. Tudo foi listado, das meias à água ao maço de 50 notas de 100 dólares. Nossos telefones, câmeras e computadores foram confiscados.

Fomos levados para salas separadas com as paredes cobertas por almofadas de couro marrom e interrogados individualmente. O interrogador do sr. Kulish falava inglês perfeitamente e brincou a respeito do seriado de TV “Friends”, mencionando que tinha vivido na Flórida e no Texas.

O Mukhabarat tem um relacionamento de trabalho com a inteligência estadunidense, inclusive com o assim chamado programa de rendição da CIA, de transferência de prisioneiros. Durante o interrogatório, um homem que estava sendo espancado por perto — o som doentio variava entre um baque e um tapa. Entre os gritos dele deu para ouvir um grito em árabe, “você é um traidor, trabalhando para estrangeiros”.

Os jornalistas egípcios tinham mais liberdade que os de outros estados policiais da região, mas a polícia secreta sempre ficou de olho tanto nos jornalistas quanto em suas fontes. Quando os protestos se tornaram mais violentos, uma campanha de intimidação contra jornalistas e os egípcios que falavam com eles se tornou aparente. Nós aparentemente ficamos no meio disso.

A srta. Mekhennet perguntou a seu interrogador, “onde estamos?”. Ele respondeu: “Em lugar nenhum”.

Fomos encapuzados e levados para um quarto vazio, onde passaríamos a noite. Na tarde seguinte seríamos colocados em cadeiras plásticas laranjas. Os gritos que ouvimos da tortura tornaram praticamente impossível pensar.

Não sofremos abusos físicos. A srta. Mekhennet explicou que tinha passado mal e um homem apareceu com um medidor de pressão, mas ela rejeitou a oferta de ajuda. Um policial deu a cada um de nós uma Pepsi e um pequeno pacote de biscoitos. Já passava das dez da noite, não tínhamos comido desde o café da manhã, mas a gritaria instantâneamente acabou com nosso apetite.

Fomos informados de que seríamos libertados de manhã e a partir das 6 horas  da manhã começamos a pedir repetidamente nossa libertação.

Marwan apareceu por volta das 11 da manhã. Ele ficou claramente irritado com nossos pedidos, reclamando que milhares de civis egípcios estavam detidos. Ele não gostou de nossa sensação de que teríamos algum tipo de privilégio.

Foi quando abriu a porta e mostrou nossos colegas de outros órgãos da mídia internacional algemados e vendados. Ele disse que estava exausto, mas que iria procurar nossos celulares e computadores.

Cerca de uma hora depois, nossos pertences foram devolvidos. Nosso maior medo, de que o motorista inocente fosse mantido preso para “processamento”, não se tornou realidade.

Saímos juntos, com sensação de culpa quando vimos nossos colegas com os olhos vendados e feridos, e mais gente chegando presa, trazida por guardas com coletes à prova de bala e fuzis de assalto.

“Vamos para o hotel?”, perguntamos.

“Isso você não pode saber”, um guarda respondeu.

Os policiais nos colocaram em nosso carro e mandaram que ficassemos com a cabeça baixa. “Olhem para baixo e não falem. Se olharem para cima verão algo que nunca gostariam de ter visto”.

Eles nos deixaram esperando por dez minutos. Os únicos sons eram de armas sendo carregadas e checadas e de fita crepe sendo arrancada.

Um interrogador apareceu e perguntou a nosso motorista, “o que você fazia na praça Tahrir?” O motorista respondeu que não tínhamos estado lá. O interrogador disse ao motorista, “você é um traidor de seu país”.

Em árabe, a srta. Mekhennet, uma cidadã alemã com raízes árabes, disse seguidamente ao interrogador que nós éramos jornalistas do New York Times. “Você veio até aqui para fazer este país parecer ruim”, o interrogador disse.

Fomos informados de que poderíamos dirigir nosso carro, mas sob a escolta de um homem armado. Novamente, fomos orientados a olhar para baixo.

Finalmente, depois de um tempo, o homem que fazia nossa escolta ordenou que o motorista parasse o carro, saiu e disse “podem ir”.

O motorista começou a gritar “Alhamdulillah” ou “graças a Deus”. Olhamos em volta e descobrimos que estávamos sós no meio de Cairo, mas longe dos protestos, no meio do tráfego normal, que seguia lentamente.


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Comentários

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Nelson

Nenhuma novidade.
Relatos semelhantes a esse podem ser coletados em inúmeros outros países nos quais os governos dos Estados Unidos apoiaram, financiaram e sustentaram – ou ainda continuam apoiando, financiando e sustentando – ditaduras sangrentas. Esta é a forma de que se utiliza o império para manter seu domínio pelo planeta. Forma que parece invisível à maioria das pessoas graças à avassaladora propaganda que transforma os EUA num quase mitológico defensor da democracia, da liberdade e dos direitos humanos e os seus desafetos ou inimigos em monstros execráveis e diabólicos.
E os órgãos da mídia hegemônica e seus (de)formadores de opinião têm papel chave na construção desse mito. Como fiéis alunos de Goebbels, adotaram o lema “uma mentira repetida cem vezes torna-se uma verdade inquestionável”, que praticam diuturnamente.

jacó

Obama deveria chegar ao Brasil ded joelhos e pedir conselhos a Grande Presidenta DILMA, como fazer para sair deste desgoverno em que os EUA se encontram.

Klaus

Os EUA sustentam um regime como o do Egito hár 30 anos e deve haver um motivo pra isto; vocês sustentam um regime como o de Cuba há 50 anos e também deve haver um motivo pra isto. Qual a diferença entre os porões egípcios e os cubanos?

    MARILIO GONZALEZ

    Meu amigo, trate de entender as diferenças. Lendo, pesquisando com maior profundidade e de fontes confiáveis, o que ocorre, ademais da interferência abusiva dos EEUU, em dois lugares culturalmente tão distintos como Cuba e Egito- QUE ALÉM DE MAIS, TEVE UM HOMEM CHAMADO NASSER QUE VIA AS COISAS COM OUTROS OLHOS. Seus processos históricos, suas diferenças ideológicas… Dirá que os cubanos passam necessidades, e as há, sobretudo pelo embargo econômico que os EEUU lhes impôs. Por que sucede no Egito, tão amigável aos interesses norte-americanos, tão bem cotado entre os conservadores republicanos, esse descontentamento, essa insurreição popular? De Cuba há dissidentes sim, e coisas a serem processualmente levadas a cabo, dentro de uma linha pró povo, sem abandono do formato socialista, conseguido após 5 décadas de revolução vencedora contra a ditadura de Batista, que fugiu e deixou seu povo analfabeto e faminto. A ditadura de de Mubarak assemelha-se, sim, em muito, ao que era Cuba antes da revolução. PENSE BEM!!! PENSE MELHOR!!! LEIA ARTIGOS LÚCIDOS DE FONTES NÃO DUVIDOSAS!!!

Leider_Lincoln

Cadê os Repórteres Sem Fronteiras? Parece que estão para a defesa da livre expressão como o Greenpeace está para a defesa do meio ambiente e o DEM para a defesa da democracia? Cadê os israelófilos e os defensores da "grande democracia americana"? Sumiram todos?

augustinho

o plano parece ser este:
Agora eles querem, em segredo, manter o Sir Mubarak la mesmo, mas como uma 'rainha da inglaterra" enquanto o filhote da cia, sr. Suleiman, ajeita o novo governo que faça o mesmo que Usa e Israel vinham
pautando desde 1980.

Gerson

Coisas dos USA – Relembrando a história

EUA Invadem Granada Para Depor Maurice Bishop

O presidente norte-americano, Ronald Reagan, anuncia que tropas dos Estados Unidos, atendendo a um pedido da OECS (Organização dos Estados do Caribe Oriental), desembarcaram na ilha de Granada em 25 de outubro de 1983 para proteger vidas e “restaurar as condições da lei e da ordem” na ilha.

A invasão dos EUA à pequena ilha de Granada teve como principal motivo, segundo Washington, o golpe de estado efetuado pelo líder do Movimento New Jewl, Maurice Bishop, que destituiu Eric Gairy do poder para estabelecer um governo marxista-lenista, alinhado à URSS e à Cuba. Foi o início de um grande trauma, porque Bishop, que tinha ganho simpatia de uma boa parte da população, graças nomeadamente aos seus programas sociais, foi derrubado por uma facção radical do seu partido dirigida por Bernard Coard e assassinado em 19 de outubro de 1983 com oito dos seus ministros e partidários.

Washington via no novo governo de Granada, uma ilha de parcos 344 km2, menos de 80 mil habitantes e menos de 800 milhões de dólares de PIB, uma potencial ameaça ao seu território. Apesar de países como o Reino Unido e o Canadá terem se posicionado contra a invasão norte-americana, isso não freou Reagan. Após a invasão dos norte-americanos, o governo de Coard entrou em colapso e foi substituído por outro, aceito pelos EUA. O governador geral de Granada, Paul Scoon, nomeou então um novo governo e, em meados de dezembro, as forças dos EUA retiraram-se da ilha.
http://silvana.politicaexterna.com/2010/10/25/eua

Rios

O Brasil deve estar fazendo algo certo!!!

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Brasil atrapalha no Oriente Médio, diz relatório dos EUA

PATRÍCIA CAMPOS MELLO
DE SÃO PAULO

Wikileaks A diplomacia americana encarava com desprezo as tentativas do Brasil de conquistar mais influência no Oriente Médio, segundo telegramas diplomáticos vazados pelo WikiLeaks.

Em despachos enviados a Washington entre abril de 2004 e dezembro de 2009, a embaixada americana caracterizou a política brasileira para a região como "mão pesada", "desajeitada", cheia de "generalidades anódinas" e "sem profundidade".

"Até agora, as iniciativas do Brasil para o Oriente Médio são, na melhor das hipóteses, desajeitadas, e as declarações do governo brasileiro sobre questões-chave para a região atrapalham as negociações."

No mesmo telegrama, os americanos listam iniciativas do governo brasileiro para a região consideradas "prejudiciais". Entre elas estão críticas do ex-chanceler Celso Amorim a Israel e aos EUA e declarações sobre o programa nuclear iraniano.

"As políticas prejudiciais e declarações equivocadas do Brasil sobre a região atrapalham a política dos EUA no Oriente Médio", diz o texto.

Outro despacho descreve uma conversa do atual chanceler Antonio Patriota, então chefe de gabinete de Amorim, com Sobel.

O embaixador americano pediu que o Brasil discutisse com os EUA suas iniciativas para a região. A resposta de Patriota teria sido que o Brasil "não precisa de permissão" dos EUA para conduzir sua política externa.

RABINO

Às vésperas de uma das cúpulas, o embaixador americano se reuniu com o rabino Henry Sobel. O rabino teria dito na ocasião que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era "antissemita".

Colaborou FERNANDO RODRIGUES, de Brasília
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/871410-brasil-

Paulo

Deve-se tirar o poder de Mubarack que não quer renunciar. Uma tranferência de poder de uma facção para outra, dentro da mesma classe é golpe e não muda nada. As revoluçõe só acontecem quando o povo se levanta em massa contra seus opressores. As revoluções são violentas, pois as pessoas não hesitam em matar para manter o poder. O Mubarack é o maior lacaio dos ianques.

Hugo Hermida

Enquanto o Povo Americano não se rebelar e for às ruas, como os Egípicios, contra este cinismo ocidental a conivência estará explícita. Eles são tão culpados quanto o governo americano. Um dia sofrerão tanto ou mais que os hoje oprimidos povos árabes.

Fernando

Aquela blogueira cubana de direita agora é colunista de O Globo.

O PIG está desesperado para levar a democracia burguesa a Cuba.

Bonifa

Azenha:
A Fraternidade Muçulmana, maior grupo de oposição, continua falando que aceita negociar um governo de transição, mas só depois que Mubarak sair do poder. Mas os EEUU querem uma transição com Mubarak no poder, porque sabem perfeitamente que sua saída configuraria a vitória final da revolução e o povo dançaria nas ruas em eufórica comemoração, multiplicando por mil o poder de negociação da oposição. Este é um impasse.
Se este impasse não for resolvido, o mais certo será que as negociações sejam realizadas extra-oficialmente, entre um grupo de lideranças que possa ser reconhecidamente representativo da oposição e os negociadores dos Estados Unidos. O governo egípcio evidentemente estará fora.
Aberta a negociação, tudo poderá ser resolvido, menos dois pontos que são do maior interesse de Israel. Estes pontos são a manutenção do tratado de paz e a manutenção do fechamento da fronteira egípcia com a Faixa de Gaza. E aí surgirá o verdadeiro maior impasse. O tratado de paz até poderá ser aceito pela oposição egípcia, mas será impossível para um governo democrático e para uma revolução vitoriosa do Egito aceitar continuar a ajudar Israel no cerco impiedoso aos palestinos de Gaza. Aí residirá o impasse mais importante, que consumirá esforços dos dois lados e não se sabe que solução poderá tomar.

gilberto

Pérai….o cara nem tomou uns tapas ? Ele não teve nenhum privilégio ? È pra passar a impressão que a Policia secreta é pacifica?
KKKKKKK, jornalistas americanos são todos fantoches…..

Lucas

Ditabranda

Avelino

A revolta é do povo, mas a mudança será a permitida pelos interesses internacionais, entre eles: EUA.

Ramalho

Será que Dilma pronunciar-se-á contra a tortura ianque-egípcia? Como criticou o Irã, deveria.

Vejam como funciona o regime que Washington sustentou por 30 anos « Arengueiro Natal/RN/Brasil

[…] Direto do Vi o Mundo. […]

Augusto Nunes

Azenha, você é um PETRALHA. Venha para o lado negro da força!

    Migo

    Vc não deveria estar usando um nick com esse nome. Por coincidência é um nome igual a de um cara que tinha uma coluna social num jornal do Rio onde só falava abobrinhas e futilidades, gostava de ficar babando e elite carioca e quando dava palpites na área política era de uma infelicidade total. Difícil de aguentar. Troca de nick, please.

    Bonifa

    Ah, ah, ah… Essa foi boa!

    Marcia Costa

    Vc surtou?!

Claudio Ribeiro

Irã é ditadura, Egito não…
Venezuela viola direitos e liberdades, Colômbia não…
Dois pesos duas medidas.
http://palavras-diversas.blogspot.com/2011/02/ven

No fim ter os EUA e a grande imprensa como aliados diminui qualquer hostilidade, retarda o julgamento histórico, é a cortina de interesses que esconde os fatos…

JUCANAPOLEÃO

BRINQUEM COM O TIO (SAM)PAIO.

Bruno L. Payolla

É interessante ver repórteres e cidadãos norte-americanos reclamando de interrogatórios e tortura. A ampla maioria da mídia e sociedade norte-americana apoiaram os métodos "americanos" de combate ao teoor: Guantanamo, etc. Seria bom que sofressem mais, com métodos de tortura ensinados por instrutores norte-americanos e israelenses. Povo do Egito: expulsem Mubarak, seus comparsas e mantenedores norte-americanos e israelenses!

Gustavo

Azenha, você acha o que o times faz ainda um bom jornalismo?

Marcelo Fraga

Trocar seis por meia-dúzia é típico dos EUA, vide Bush e Obama.

Marat

EEUU, país que adora impôr sua "democracia" na base da porrada, mas, flexível como é, também coloca ditaduras amigas onde lhes convêm… a hipocrisia chegou ali (vinda da Inglaterra) e se assenhorou daquele triste país! William Waack que o diga!!!

Marat

Para os EEUU, ditaduras no rabo dos outros é refresco!

IV Avatar

Meus botões me dizem que se alguma mudança ocorrer no Egito será tal qual a mudança ocorrida em Honduras, ou seja, o Egito passará a ser governado por um fantoche de Mu Babak Obama

Carlos Cruz

O imperialismo continua impondo ao mundo suas vontades. O Egito não vai sair facilmente da ditadura. Ela é mantida por estadunienses e europeus. Por irraelenses. Há a necessidade de um governo subserviente, manso, corrupto, no estado egípcio. Todos os governos nacionalistas foram derrubados e seus presidentes mortos no oriente árabe. Os EUA e a Europa apoiam e vão tentar manter o ditador no poder. Um banho de sangue se aproxima. Torturas serão a regra para o terror. Mais ódio surgirá. O que podia ser uma transição pacífica poderá transformar-se em uma guerra entre etnias, entre religiões. Pobre Egito.

Roberto Locatelli

Os EUA são mesmo os campeões da democracia no mundo…

Nilva

Azenha, você está sendo muito crítico com o Egito. Ditadura mesmo é só no Irã, em Cuba, na Coréia do Norte e na Venezuela. O Egito apenas cumpre as ordens democráticas dos EUA.

Roberto Locatelli

E agora os EUA querem substituir Mubarak por outro cão amestrado do Tio Sam. Falta só combinar com o povo do Egito.

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