Valmir Assunção: Lembrem-se dos 3,8 mi deixados de fora

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A reforma agrária é necessária para a superação da fome no Brasil

Por Valmir Assunção*

Dados das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apontam que Brasil saiu do mapa da fome do mundo, graças à agricultura familiar. Segundo o relatório “Estado da Insegurança Alimentar no Mundo” e “Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil – Um Retrato Multidimensional”, de 2002 a 2013, caiu em 82% a população de brasileiros considerados em situação de subalimentação.

O relatório da FAO ressaltou que o acesso a alimentos melhorou significativamente em países que experimentaram progresso econômico. O acesso à comida também aumentou em países que têm formas de proteção social, incluídos os pobres no campo, segundo o estudo. Se pensarmos dentro do âmbito brasileiro, isso é um bom indicativo de que os programas de Governo, tais como o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar devem ser fortalecidos. Também é indicativo que políticas como o Luz para Todos e os créditos concedidos à reforma agrária – a exemplo do novo crédito concedido no último plano-safra – são fundamentais para o futuro do Brasil.

Esta notícia deve ser muito comemorada – e talvez justamente por isso a grande mídia não tenha se dedicado a explorar esta conquista que é de todos os/as brasileiros/as. Mas, também temos que avançar mais! Neste sentido, a reforma agrária tem que estar em um horizonte próximo. Explico: cada vez que ampliamos o número de assentamentos e reduzimos a concentração de terras, estamos investindo na agricultura familiar e na produção de alimentos saudáveis.

A concentração fundiária significa a fome e a exclusão de mais de 3,8 milhões de camponeses de qualquer política pública estruturante. E se criamos o Brasil sem Miséria, além de outros programas sociais que visam a redução da pobreza, não há dúvidas que a reforma agrária se torna política imprescindível para a completa superação da fome da pobreza e na garantia da segurança alimentar e nutricional em nosso país. A FAO já deu a dica!

*Valmir Assunção é militante do MST-BA e deputado federal pelo PT.

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Comentários

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Cláudio

Também por uma reforma agrária de verdade no segundo mandato Dela.

Dilma vencerá logo no primeiro e único turno presidencial!!!!

Com Dilma, a verdade vai vencer a mentira assim como a esperança já venceu o medo (em 2002 e 2006) e o amor já venceu o ódio (em 2010). ****:D:D . . . . ‘Tá chegando o Dia D: Dia De votar bem, para o Brasil continuar melhorando!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D . . . . Vote consciente e de forma unitária para o seu/nosso partido ter mais força política, com maioria segura. . . . . ****:L:L:D:D . . . . Lei de Mídias Já!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. ****:D:D … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …:L:L:D:D

Léo

Programas do governo federal tira a fome de milhões de pessoas, mas não é só isso. Para que as famílias tenham direito ao beneficio, devem está com seu filhos matriculados, estudando e vacinados. Como consequencia o governo da educação aquelas crianças que antes não estudava porque tinha que trabalhar para ajudar no sustento de casa.

Urbano

Segundo os cretinos, reforma agrária é coisa de comunista. Só que os patrões fascistas do Norte e da Europa fizeram.

Mário SF Alves

Imagino o que aconteceria com este País se não fosse o claro entendimento da importância e respectivo apoio à agricultura¹ familiar.

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Entendo que a tese do engenheiro agrônomo J. F. Graziano da Silva, que hoje é Director-Geral da FAO, e que foi ministro do Fome Zero, continua válida.

Em Estrutura Agrária e Produção de Subsistência no Brasil² uma das conclusões foi a de que “na agricultura brasileira é o pobre do campo alimentando o pobre da cidade”.

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Não fosse o referido entendimento e apoio a fagocitose das pequenas propriedade o Índice de Gini³ para a concentração fundiária no Brasil já estaria em seu grau máximo.

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¹Agricultura:
Ou o que resta dela. O capitalismo desregrado, respeitadas as restrições estruturais, tende a descaracterizar por completo este conceito, transformando-o, pouco a pouco, em agroindústria.

²J. F. Graziano da Silva: Um ministro de encher os olhos
http://www.isa.utl.pt/files/pub/destaques/honoriscausa/Biografia_%20Professor_%20JoseGrazianodaSilva_Pt.pdf

³Índice ou Coeficiente de Gini:
O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo.Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos. No Relatório de Desenvolvimento Humano 2004, elaborado pelo Pnud, o Brasil aparece com Índice de 0,591, quase no final da lista de 127 países. Apenas sete nações apresentam maior concentração de renda.

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