Terremoto político foi causado por impeachment, diz defesa de Dilma ao pedir anulação

Tempo de leitura: 2 min

Defesa pede ao STF que julgue legalidade do impeachment de Dilma

Advogado da presidenta eleita, o ex-ministro José Eduardo Cardozo entra com petição no Supremo, pedindo ao ministro Alexandre de Morais, relator da ação sobre o afastamento, que julgue logo o caso

Do Dilma.com.br

A defesa de Dilma Rousseff encaminhou nesta quarta-feira, 24 de maio, petição ao Supremo Tribunal Federal, pedindo à Corte que julgue a ação sobre a legalidade do impeachment da presidenta eleita em 2016. O caso está nas mãos do ministro Alexandre de Morais, desde que o ministro Teori Zavascki faleceu, em janeiro deste ano.

A ação que defende a nulidade do processo de impeachment foi apresentada pelo advogado José Eduardo Cardozo em setembro do ano passado.

De acordo com Cardozo, Michel Temer foi atingido frontalmente por denúncias de corrupção e de tentativa de obstrução da Justiça, firmadas a partir de delações premiadas homologadas pelo próprio STF.

“O País passa hoje por uma crise política e institucional aguda, em dimensões nunca antes vivenciadas”, ressalta o ex-ministro da Justiça e ex-advogado Geral da União.

“A cada dia se evidencia mais a ilegitimidade e a impossibilidade do atual presidente da República permanecer no exercício do mandato para o qual não foi eleito, e em que foi indevidamente investido por força de um processo de impeachment escandalosamente viciado e sem motivos jurídicos que pudessem vir a justificá-lo”, aponta.

“Urge que um governo legitimado por 54,5 milhões de votos, e indevidamente afastado do mandato que lhe foi outorgado pela população brasileira, retome as rédeas do País para buscar a normalidade institucional”, aponta Cardozo. “Somente o Poder Judiciário pode reverter esta situação lesiva à democracia e ao Estado de Direito”.

O advogado aponta que o país vive “as consequências funestas de um terremoto político motivado por um impeachment presidencial consumado sem causa constitucional plausível” e que o governo está “desmoralizado”, em condições insustentáveis de governabilidade perante a sociedade brasileira e a opinião pública internacional.

“Uma renúncia desejada pela mais ampla maioria da população brasileira, mas que fica aterrorizada pela possibilidade de uma eleição indireta, feita pelo Congresso Nacional, onde muitos de seus membros são acusados de terem incorrido na prática de atos ilícitos”, observa Cardozo.

Segundo o advogado, que defendeu Dilma no Congresso durante o processo de impeachment, não há mais dúvida de que o afastamento da presidenta eleita ocorreu sem que tenha sido praticado qualquer ato que configure crime de responsabilidade.

Cardozo lembra na petição que o próprio Michel Temer apontou o desvio de poder de Eduardo Cunha, ao aceitar a abertura do processo de impeachment, em entrevista à TV Band, em abril.

Disse Temer a jornalistas: “Veja que coisa curiosa! Se o PT tivesse votado naquele comitê de ética (votado favoravelmente a não abertura do processo de cassação do então deputado Eduardo Cunha), é muito provável que a Senhora Presidente continuasse”.

Leia também:

Rodrigo Vianna: Nova ordem visa demolir o projeto nacional


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

lulipe

Essa coitada só pode ter surtado!!!

TANIA T.BARROS

ALEXANDRE DE MORAIS!!???
Foi colocado pra defender o Temer.Ele não foi colocado onde está à toa, não!!!
Portanto,pecam a esperança de Dilma voltar ,se depender dele.

João lourenço

Pois é ,falar da Anta deve fazer bem a “mentes privilégiadas”.Parabéns!!!!kkkkkkk

Deixe seu comentário

Leia também