Santayana: ‘Primaveras’ dos EUA não dão flores mas caos e cadáveres

Tempo de leitura: 8 min

obama

19 de jan de 2015

O TERROR, O “OCIDENTE”, E A SEMEADURA DO CAOS.

 por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil, via seu blog

(Jornal do Brasil) – Há alguns dias, terroristas franceses, ligados, aparentemente, à Al Qaeda, atacaram a redação do jornal satírico parisiense Charlie Hebdo, em represália pela publicação de caricaturas sobre o profeta Maomé.

Doze pessoas foram assassinadas, entre elas alguns dos mais famosos cartunistas e intelectuais do país, e dois cidadãos de origem árabe, um deles, estrangeiro, que trabalhava há pouco tempo na publicação, e um membro das forças de segurança que estava nas imediações.

Logo em seguida, houve, também, outro ataque, a um supermercado kosher na periferia de Paris, em que 4 judeus franceses e estrangeiros morreram.

Dias depois, milhões de pessoas, e personalidades de vários países do mundo, se reuniram nas ruas da capital francesa, para protestar contra o atentado, e se manifestar contra o terrorismo e pela liberdade de expressão.

Na mesma primeira quinzena de janeiro, explodiram carros-bomba, e homens-bomba, também ligados a grupos radicais islâmicos, no Líbano (Beirute), na Síria (Aleppo), na Líbia (Benghazi), e no Iraque (Al-Anbar), com dezenas de mortos, em sua maioria civis.

Mas, como sempre, não seria normal esperar que algum destes fatos tivesse a mesma repercussão do atentado em Paris, capital de um país europeu, ou que a alguém ocorresse produzir cartazes e neles escrever Je suis Ahmed, ou Je suis Ali, ou Je suis Malak, Malak Zahwe, a garota brasileira, paranaense, de 17 anos, que morreu na explosão  de um carro-bomba, junto com mais 4 pessoas (20 ficaram feridas), no dia 2 de janeiro, em Beirute.

No entanto, os homens, mulheres e crianças, mortos, todos os dias, no Oriente Médio e no Norte da África, são tão frágeis e preciosos, em sua fugaz condição humana,  quanto os que morreram na França,  e vítimas dos mesmos criminosos, criados pela onda de radicalização e rápida expansão do fundamentalismo islâmico, nos últimos anos.

Raivosas, autoritárias, intempestivas, numerosas vozes se alçaram, em vários países, incluído o Brasil, para gritar – em raciocínio tão ignorante quanto irascível – que o terrorismo não tem que ser “compreendido” e, sim, “combatido”.

Os filósofos e estrategistas chineses ensinam, há séculos, que sem conhecê-los, não é possível vencer os eventuais adversários, nem mudar o mundo.

Além disso, não podemos, por aqui, por mais que muitos queiram emular os países “ocidentais”, em seu ardoroso “norte-americanismo” e “eurocentrismo”, esquecer que existem diferenças históricas, e de política externa, entre o Brasil, os EUA, e países da OTAN como a França.

Podemos dizer que Somos Charlie, porque defendemos a liberdade e a democracia, e não aceitamos que alguém morra por fazer uma caricatura, do mesmo jeito que não podemos aceitar que uma criança pereça bombardeada pela OTAN no Afeganistão ou na Líbia, ou porque estava de passagem, no momento em que explodiu um carro-bomba, por um posto de controle em Aleppo, na Síria.

Mas é preciso lembrar que, ao contrário da França, nunca colonizamos países árabes e africanos, não temos o costume de fazer charges sobre deuses alheios em nossos jornais, não jogamos bombas sobre países como a Líbia, não temos bases militares fora do nosso território, não colaboramos com os EUA em sua política de expansão e manutenção de uma certa “ordem” ocidental e imperial, e, talvez, por isso mesmo – graças a sábia e responsável política de Estado, que inclui o princípio constitucional de não intervenção em assuntos de outros países – não sejamos atacados por terroristas em nosso território.

As raízes dos atentados de Paris, e do mergulho do Oriente Médio na maior, e, com certeza, mais profunda  tragédia de sua história, não está no Al Corão ou nas charges contra o Profeta Maomé, embora estas últimas possam ter servido de pretexto para ataques como o que ocorreu em Paris.

Elas começaram a se tornar mais fortes, nos últimos anos,  quando o “ocidente”, mais especificamente alguns países da Europa e os EUA, tomaram a iniciativa de apoiar e insuflar, usando também as redes sociais, o “conto do vigário” da Primavera Árabe em diversos países, com a intenção de derrubar regimes nacionalistas  que, com todos os seus defeitos, tinham conquistado certo grau de paz, desenvolvimento e estabilidade para seus países nas últimas décadas.

Inicialmente promovida, em 2011, como “libertária”, “revolucionária”, a Primavera Árabe iria,  no curto espaço de três anos, desestabilizar totalmente a região, provocar massacres, guerras civis, golpes de Estado, e alcançar, por meio da  intervenção militar direta e indireta da OTAN e dos EUA em vários países, a meta de tirar do poder,  a qualquer custo, regimes que lutavam para manter um mínimo de independência e soberania em suas relações com os países mais ricos.

Quando os EUA, com suas “primaveras” – que não dão flores, mas são fecundas em crimes e cadáveres – não conseguem colocar no poder um governo alinhado com seus interesses, como na Ucrânia e no Egito, jogam irmão contra irmão e equipam com armas, explosivos, munições, terroristas, bandidos e assassinos para derrubar quem estiver no comando do país.

O objetivo é destruir a unidade nacional, a identidade local, o Estado e as instituições, para que essas nações não possam, pelo menos durante longo período, voltar a organizar-se, a ponto de tentar desafiar, mesmo que em pequena escala, os interesses norte-americanos.

Foi assim que ocorreu com a intervenção dos EUA  e de aliados europeus como a Itália e a França – contra a recomendação de Brasil, Rússia, Índia e China, no Conselho de Segurança da ONU –  no Iraque, na Líbia e na Síria.

Durante décadas, esses países – com quem o Brasil tinha, desde os anos 1970, boas relações – viveram sob relativa estabilidade, com a  economia funcionando, crianças indo para a escola, e diferentes etnias, religiões e culturas, dividindo, com eventuais disputas, o mesmo território.

Estradas, rodovias, sistemas de irrigação, foram construídos – também com a ajuda de técnicos, operários  e engenheiros brasileiros – com os recursos do petróleo, e países como o Iraque chegavam a importar automóveis, como no caso de milhares de Volkswagens Passat fabricados no Brasil, para vender aos seus cidadãos de forma subsidiada.

Na Líbia de Muammar Kadafi, segundo o próprio World Factbook da CIA, 95% da população era alfabetizada, a expectativa de vida chegava, para os homens, segundo dados da ONU, a 73 anos, e a renda per capita e o IDH estavam entre os maiores do Terceiro Mundo, mas esses dados nunca foram divulgados normalmente pela imprensa “ocidental”.

Pode-se perguntar a milhares de brasileiros que estiveram no Iraque, que hoje têm entre 50 e 70 anos de idade, se, naquela época, sunitas e xiitas se matavam aos tiros pelas ruas, bombas explodiam em Basra e Bagdá todos os dias, como explodem hoje, a qualquer momento, também em em Trípoli ou Damasco,  ou milhares de órfãos tentavam atravessar montanhas e rios sozinhos, pisando nos restos de outras crianças, mortas em conflitos incentivados por “potências” estrangeiras, ou tentavam sobreviver caçando, a pedradas, ratos por entre escombros das casas e hospitais em que nasceram.

São, curdos, xiitas, sunitas, drusos, armênios,  cristãos maronitas, inimigos?

Antes, trabalhavam nos mesmos escritórios, viviam nas mesmas ruas, seus filhos frequentavam as mesmas salas de aula, mesmo que eles não tivessem escolhido, no início, viver como vizinhos.

Assim como no caso de hutus e tutsis em Ruanda, e em inúmeras ex-colônias asiáticas e africanas, as  fronteiras dos países do Oriente Médio foram desenhadas, na ponta do lápis, ao sabor da vontade do Ocidente, quando da partilha do continente africano por europeus, obedecendo não apenas ao resultado de Conferências como a de Berlim, em 1884, mas também à máxima de que sempre se deve “dividir para comandar”, mantendo, de preferência,  etnias de religiões e idiomas diferentes dentro de um mesmo território ocupado pelo colonizador.

Eram Saddam Hussein e Muammar Kadafi, ditadores? É Bashar Al Assad, é um déspota sanguinário?

Quando eles estavam no poder, não havia atentados terroristas em seus países.

E qual é a diferença deles e de seus regimes, para os líderes e regimes fundamentalistas islâmicos comandados por xeques e emires, na mesma região, em que as mulheres – ao contrário dos governos seculares de Saddam, Kadafi e Assad – são obrigadas a usar a burka, não podem sair de casa sem a companhia do irmão ou do marido,  se arriscam a ser apedrejadas até a morte ou chicoteadas em caso de adultério, e não há eleições, a não ser o fato de que esses regimes são dóceis aliados do “ocidente” e dos EUA?

Se os líderes ocidentais viam Kadafi como inimigo, bandido, estuprador e assassino, por que ele recebeu a visita do primeiro-ministro britânico Tony Blair, em 2004; do Presidente francês Nicolas Sarkozy – a quem, ao que tudo indica, emprestou 50 milhões de euros para sua campanha de reeleição – em 2007; da Secretária de Estado dos EUA, Condoleeza Rice, em 2008; e do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi em 2009?

Por que, apenas dois anos  depois, em março de 2011 – depois de Kadafi anunciar sua intenção de nacionalizar as companhias estrangeiras de petróleo que operavam, ou estavam se preparando para entrar  na Líbia (Shell, ConocoPhillips, ExxonMobil, Marathon Oil Corporation, Hess Company)  esses mesmos países e os EUA, atacaram, com a desculpa de criar uma Zona de Exclusão Aérea sobre o país, com 110 mísseis de cruzeiro, apenas nas primeiras horas, Trípoli, a capital líbia, e instalações do governo, e armaram milhares de bandidos – praticamente qualquer um que declarasse ser adversário de Kadafi – para que o derrubassem, o capturassem e finalmente o espancassem, a murros e pontapés, até a morte?

Ora, são esses mesmos bandidos, que, depois de transformar, com armas e veículos fornecidos por estrangeiros, a Líbia em terra de ninguém, invadiram o Iraque e, agora, a Síria, e se uniram para formar o Estado Islâmico, que pretende erigir uma grande nação terrorista juntando o território desses três países, não por acaso os que foram mais devastados e destruídos pela política de intervenção do “ocidente” na região, nos últimos anos.

Foram os EUA e a Europa que geraram e engordaram a cobra que ameaça agora devorar a metade do Oriente Médio, e seus filhotes, que  também armam rápidos botes no velho continente. Serpentes que, por incompetência e imprevisibilidade, depois da intervenção na Líbia,  a OTAN e os EUA não conseguiram manter sob controle.

Os Estados Unidos podem, pelo arbítrio da força a eles concedida por suas armas e as de  aliados – quando não são impedidos pelos BRICS ou pela comunidade internacional – se empenhar em destruir e inviabilizar pequenas nações – que ainda há menos de cem anos lutavam desesperadamente por sua independência – para tentar estabelecer seu controle sobre elas, seu povo e seus recursos, objetivo que, mesmo assim, nunca conseguiram alcançar militarmente.

Mas não podem cometer esses crimes e esses equívocos, diplomáticos e de inteligência, e dizer, cinicamente, que o estão fazendo em nome da defesa da Liberdade e da Democracia.

Assim como não deveriam armar bandidos sanguinários e assassinos para combater governos que querem derrubar, e depois dizer que são contra o terrorismo que eles mesmos ajudaram a fomentar, quando esses mesmos terroristas, além de explodir bombas e matar pessoas em Bagdá, Damasco ou Trípoli, todos os dias, passam a fazer o mesmo nas ruas das cidades da Europa ou dos próprios Estados Unidos.

O “terrorismo” islâmico não nasceu agora.

Mas antes da balela mortífera da Primavera Árabe,  e da Guerra do Iraque, que levou à destruição do país, com a mentirosa desculpa da posse, por Saddam Hussein, de armas de destruição em massa que nunca foram encontradas – tão falsa quanto o pretexto  do envolvimento de Bagdá no ataque às Torres Gêmeas, executado por cidadãos sauditas, e não líbios, sírios ou iraquianos – não havia bandos armados à solta, sequestrando, matando e explodindo bombas nesses 3 países.

Hoje, como resultado da desastrada e criminosa intervenção ocidental, o terror  do Estado Islâmico, o ISIS, controla boa parte dos territórios e da sofrida população síria, iraquiana e líbia, e, a partir deles, está unindo suas conquistas em torno da construção de uma nação maior, mais poderosa, e extremamente mais radical do ponto de vista da violência e do fundamentalismo, do que  qualquer um desses países jamais o foi no passado.

O ataque terrorista à redação e instalações do semanário francês Charlie Hebdo, e do Mercado Kosher, em Vincennes, Paris, foram crimes brutais e estúpidos.

Mas não menos brutais, e estúpidos, do que os atentados cometidos, todos os dias, contra civis  inocentes, entre muitos outros lugares, como a Síria, o Iraque, a Líbia, o Afeganistão.

Quem quiser encontrar as sementes do caos que também atingiram, em forma de balas, os corpos dos mortos do Charlie Hebdo poderá procurá-las no racismo  de um continente que acostumou-se a pensar que é o centro do mundo, e que discrimina, persegue e despreza, historicamente, o estrangeiro, seja ele árabe, africano ou latino-americano; e no fundamentalismo branco, cristão e rançoso da direita e da extrema direita norte-americanas, cujos membros acreditam piamente que o Deus vingador da Bíblia deu à “América” do Norte o “Destino Manifesto” de dirigir o mundo.

Em nome dessa ilusão, contaminada pela vaidade e a loucura, países que se opuserem a isso, e milhões de seres humanos, devem ser destruídos, mesmo que não haja nada para colocar em seu lugar, a não ser mais caos e mais violência, em uma  espiral de destruição e de morte, que ameaça a sobrevivência da própria espécie e explode em ódio, estupidez e  sangue, como agora, em Paris, neste começo de ano.

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Comentários

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Cláudio

Ouvindo A Voz do Brasil e postando:

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************* Abaixo o PIG brasileiro — Partido da Imprensa Golpista no Brasil, na feliz definição do deputado Fernando Ferro; pig que é a míRdia que se acredita dona de mandato divino para governar.

Lei de Mídias Já!!!! **** … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. **** … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …

Leo V

Artigo erguido sobre a areia. O ponto central: ele assume como se as revoltas e movimentos nos referidos países fossem criados pelos EUA e direcionados por ele.

O autor pressupõe então que as populações nesses países não tem motivos para se revoltar, são ineptos para se mobilizar e se organizar de forma autônoma.

No Egito, por exemplo, o autor desconhece a história das mobilizações dos operários que antecederam a “primavera”.

    Valdeci Elias

    A História se repete. Como se fosse um circulo. Os americanos só modernizaram ou atualizaram , o preceito romano de “Dividir e Conquistar”. Não é que os movimentos dos operários do Egito ou da Arabia Saudita, não se organizem, más um é manipulado enquanto que o outro sufocado e abafado. Se antes o ouro romano pagava revoltas contra governos locais, hoje o Facebook faz isso mais em conta.

    anaca

    Se ate a foto de um líder comunista, como Che Guevara, eles manipulam, tornando produto de consumo de massa para lucro dos capitalistas selvagens, tudo que Che execrava e lutava contra. A primavera árabe nasceu espontaneamente, luta do povo por melhores condições de vida. Nada entretanto que impeça que seja MANIPULADA com a infiltração de pessoas para desvirtuar o movimento.

    Os membros do Movimento pelo passe Livre – MPL – no Brasil em 2013 promoveram manifestações pacificas nas ruas com um fim especifico, em prol da tarifa zero em 2013. Não impedindo entretanto que as manifestações fossem desvirtuadas para outros fins, gerando o caos nas cidades com a violência adotada pelos NOVOS manifestantes. Grande maioria da direita passou a aderir a manifestação exigindo o impeachment de Dilma e o retorno dos militares ao poder por via do golpe, ou seja, a ditadura. O que começou com uma reivindicação legítima descambou para anarquia, o caos. A sensação que a direita tentou passar principalmente por seu braço midiático – PiG – era de que o Brasil estava fora de controle do governo federal não por acaso petista. Manipulando mentes e corações facilitariam assim o golpe dando as condições necessárias. Melhor exemplo para entender a manipulação não existe. E bem próximo de cada um de nós. Não precisa nem desenhar.

    J Fernando

    Apoiar e insuflar não é mesma coisa que criar.
    E quando, na Síria, o substituto ao governo não se tornou o aliado que os EUA esperavam, os protestos voltaram com força e o governo eleito acabou destituído novamente, aí sim, com total apoio dos EUA.

    FrancoAtirador

    .
    .
    No Egito, após a derrubada do Ditador Osni Mubarak, com o apoio das Forças Armadas,

    houve eleições regulares, na forma de uma Democracia Representativa Constitucional

    exatamente nos termos propostos pelos próprios Estados Unidos da América do Norte

    que acreditavam que os neoliberais egípcios venceriam um eventual pleito eleitoral.

    Porém, como o Partido da Fraternidade Muçulmana, contrário aos interesses
    norte-americanos,

    elegeu a maioria dos representantes nas eleições parlamentares seguintes

    e depois conquistou a Presidência da República legitimamente pelo voto popular,

    providenciaram um Golpe de Estado e colocaram uma Junta Militar a governar o País.
    .
    .
    É inegável que o Egito é de suma importância na Geopolítica do Oriente Médio,

    especialmente pelo fato de que – fora Israel – o território egípcio

    é a única alternativa de saída e entrada dos Palestinos residentes em Gaza.

    i.huffpost.com/gen/1944217/thumbs/o-MAPA-DA-FAIXA-DE-GAZA-570.jpg
    (http://www.brasilpost.com.br/2014/08/02/palestina-fugir-gaza_n_5642706.html)
    .
    .

Nelson

Está excelente o texto do Santayana.

A acrescentar, sempre é bom lembrarmos que, no livro Piratas e Imperadores, Antigos & Modernos-O Terrorismo Internacional no Mundo Real, o linguista e filósofo Noam Chomsky, nascido nos EUA e descendente de judeus, nos informa que:

“As duas maiores organizações terroristas do planeta são os governos dos Estados Unidos e de Israel”.

    Maranhão

    Exato. A KGB nunca atuou fora da antiga União Soviética, e Cuba sempre foi uma democracia popular. O comunismo sempre foi democrático e os EUA sempre foram uma ditadura de direita. Exato.

    anac

    O coxinha nunca ouviu falar da”Tio Sam” e a política do Big Stick defendido por Theodore Roosevelt na Escola Superior de Guerra?http://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Stick

    O Big Stick (em português: “Grande Porrete”) foi o slogan usado pelo presidente Theodore Roosevelt para descrever o estilo de diplomacia empregada como corolário da Doutrina Monroe, a qual especificava que os Estados Unidos da América deveriam assumir o papel de polícia internacional no Ocidente.

    A KGB é amadora diante dos mestres da CIA e Mossad. Democracia o império estadunidense defende no seu poleiro, mesmo assim excluindo os não brancos estadunidenses do banquete dos bilionários, o resto é na base do porrada mesmo.

    Já Cuba deixou com Fidel, Che e cia ltda de ser p..teiro dos USA.

henrique de oliveira

Ótimo texto, os mortos do jornal francês não é nada , digamos que é uma pulga num elefante , os verdadeiros terroristas são os lideres ocidentais que fomentaram e armaram esses que hoje os ataca , eu prefiro a ditadura da paz á democracia da guerra.

Fernando Resende

Texto pobre , justificando a morte dos cartunistas.

    Nelson

    Pobre, paupérrima, melhor dizendo, parece ser a tua capacidade de compreensão de um texto, meu caro Resende.

    Deixes de lado, esqueça, por alguns minutos que seja, as continuadas manipulações e mentiras divulgadas, à exaustão, pelo colossal aparato de propaganda do Sistema de Poder que domina os Estados Unidos e boa parte do planeta e tem ganas de dominá-lo por completo.

    Então, releias o texto, uma, duas ou mais vezes. Você constatará o quanto foi apressado ao correr a escrever este comentário.

    anaca

    As parcas e pobres palavras usadas por ele para comentar/criticar o brilhante (mais um)texto de Santayana é prova cabal de que nem desenhando o coxinha entenderá. O tico e teco funcionam apenas para necessidades fisiológicas, comer e c..gar.

FrancoAtirador

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Morte de promotor argentino é um tiro para desestabilizar Cristina Kirchner

Promotor amigo do FBI e da CIA

Dezenas de papéis revelados pelo Wikileaks mostraram que o promotor Albert Nisman se reunia frequentemente com representantes do governo norte-americano, a quem consultava sobre como levar adiante o processo pelo atentado terrorista contra a entidade judaica em 1994 em que houve 85 mortos e 300 feridos.

Os agentes da inteligência norte-americanos repetiam regularmente que Nisman deveria acusar o Irã.

“Não é preciso seguir a pista síria, nem as conexões locais [dos terroristas] porque isto pode enfraquecer as acusações contra os iranianos”, disseram agentes do FBI consultados por Nisman, segundo um dos papéis obtidos pelo Wikileaks.

Santiago O Donnell, editor do jornal Página12 e autor de um livro baseado em informações do Wikileaks, afirmou que a Embaixada dos Estados Unidos estava muito preocupada com o curso da investigação do atentado contra a AMIA, e que o assunto aparece em 196 comunicações da missão diplomática norte-americana.

O acadêmico Atilio Borón argumentou que Nisman não era um promotor apegado a normas jurídicas, mas um elemento que operava politicamente segundo ordens de Washington.

“Ele ia regularmente à Embaixada receber instruções do FBI, da CIA e… com essa gente pesada não se brinca, eles em qualquer momento podem decidir eliminar alguém que tenha ajudado, mas que já deixou de ser útil”, disse Borón.
Do seu ponto de vista, ainda não se pode saber se Nisman se suicidou ou se foi assassinado, e convém ter como uma das hipóteses que Washington o tenha porque não tinha prova para fundamentar suas denúncias.

“Isto que aconteceu com Nisman não pode ser analisado como uma questão local… poucas horas depois de ele aparecer morto houve um comunicado do governo de Israel…
tudo isso acontece 10 dias depois do atentado em Paris contra a Charlie Hebdo, 9 dias depois dos ataques ao supermercado judeu de Paris”.

“Esta morte se insere em um marco mais amplo que é o que alguns comentaristas chamam como a grande guerra do ocidente contra o Islã”, afirmou Atilio Borón.

Íntegra em:

(http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Morte-de-promotor-argentino-e-um-tiro-para-desestabilizar-Cristina-Kirchner/6/32677)
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    Nelson

    Bem lembrado, Atirador.

    E, para confirmar que tudo está muito bem orquestrado, o Jornal Nacional de ontem já dedicou uns 4 minutos, se não estou enganado, a uma longa reportagem sobre a morte de Nisman. Destalhe: mesmo sem prova alguma, sempre dando a entender que a culpa recai sobre o governo de La Kirchner.

    Na Folha de hoje, Clóvis Rossi demonstra que sua degradação está ainda muito longe de atingir o fundo do poço. Ele segue na mesma linha de tentar conduzir as mentes de todos à conclusão simplória de que o governo argentino é o culpado e “esquece” de inúmeros outros fatos que compõem estes mais de vinte anos de “investigações” sobre o atentado à AMIA. Fatos que colocam os serviços secretos dos EUA e de Israel como organizadores e executores de mais um atentado de bandeira-falsa que ceifou a vida de dezenas de pessoas.

    anac

    A Globo não teve essa grande ideia, arranjar um defunto para culpar Dilma. Tentaram com o SABIA da sujíssima Veja esgoto e não deu. Na próxima eles tentam outra vez…

    Mais engraçado é o escarcéu que o PiG fez para angariar audiência em baixa com o caso do brasileiro garotão de Ipanema de 52 aninhos (geração Ipanema) que foi executado na INDONÉSIA por tentar entra com 13 quilinhos de cocaína numa prancha de surf. Mas não deu uma só palavra sobre os 450 kg de cocaína PASTA BASE encontrada lá pelas bandas de Goiás e Minas Gerais em um helicóptero de propriedade do senador Perrela amigo do peito do ex-candidato Aécio. A injustiça brasileira entendeu que a cocaina não tem dono. O helicóptero tem,sendo devolvido ao dono, mas a cocaína (450 kg de pasta base) é de ninguém. E tem coxinha que bateu palmas para a execução do garotão de Ipanema. Coisa de louco.

Bacellar

O tripé finanças, armas e energia só se mantem com a constante criação de “inimigos”. Mas o sistema já está saturado e no atual ritmo seu colapso não é mais questão de “se” mas de “quando”…

Léo

Terrorismo: termo que designa terror;
terror: medo, gerado por força fisica, psicologica ou bélica( não deixa de ser fisica e psicolgica. Afinal uma guerra deixa marcas psiquicas e fisicas);
terroristas: aquele que pratica o terror por meios estupidos como já citado no “terror”.

Então podemos concluir que um país “defensor implacavel da democracia”, inventa que um país tem armas de destruição em massa, destroi cidades inteiras, mata milhares de inocentes. Podemos concluir que ele cometeu um ato de terrorismo.

Os extremistas (que não são islamicos, usam a religião como desculpa), assim como quem sofre “bullyng”, procura uma razão para “lutar” contra aqueles ou aquilo que fazem contra eles. Pegam em armas para se defender e matam inocentes.

FrancoAtirador

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A Humanidade está a um passo de testemunhar o Derradeiro Ato

do Projeto de Implementação do Estado Totalitário Universal

que não será Muçulmano nem Budista, muito menos Ateu ou Laico.

Que as Divindades do Planeta Terra tenham Piedade dos Inocentes.
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    Nelson

    Tens razão atirador. E esse “Estado Totalitário Universal” [ETU] está sendo construído, e impingido a cada um de nós, por aqueles que, a todo momento, juram amor à liberdade e aos valores democráticos.

    Mais especificamente, são os anglosionistas que estão por detrás do ETU.

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