Potencial de voto de Lula para 2018 aumenta, mas rejeição é de 51%

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24/4/2017- Brasília- DF, Brasil- As lideranças do PT na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e a Fundação Perseu Abramo promovem, nesta segunda-feira, (24), o seminário “Estratégias para a Economia Brasileira – Desenvolvimento, Soberania e Inclusão”, em Brasília. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de reunião com lideranças indígenas, na noite de ontem (24). Foto: Ricardo Stuckert

Potencial de voto em Lula aumenta; rejeição a tucanos também

do Ibope Inteligência

O IBOPE Inteligência perguntou aos brasileiros o potencial de voto e a rejeição dos possíveis pré-candidatos à presidência da República nas eleições de 2018. Dentre os nomes pesquisados, o ex-presidente é o que possui o maior potencial de votos.

Lula tem, hoje, um potencial de voto de 47% dos eleitores brasileiros: 30% dizem que votariam com certeza — o maior dentre todos os nomes pesquisados — e 17% declaram que poderiam votar nele para presidente em 2018.

Na sequência, aparecem Marina Silva com 33% (9% com certeza votariam e 24% poderiam votar), José Serra com 25% (7% e 18%), Geraldo Alckmin com 22% (7% e 15%), Aécio Neves também com 22% (6% e 16%), Joaquim Barbosa com 24% (12% e 12%), Ciro Gomes com 18% (5% e 13%), Bolsonaro com 17% (8% e 9%) e João Doria com 16% (6% e 10%).

Já no outro lado, o da rejeição, três nomes do PSDB aparecem à frente do ex-presidente. Aécio Neves é, dentre os nomes testados, o que tem a maior rejeição dos entrevistados: 62% não votariam nele de jeito nenhum para presidente da República em 2018.

O segundo mais rejeitado é José Serra, com 58%, seguido de Geraldo Alckmin (54%), Lula (51%), Marina (50%), Ciro Gomes (49%), Bolsonaro (42%), João Doria (36%) e Joaquim Barbosa (32%).

Em relação a abril do ano passado, quando essa pergunta também foi feita aos brasileiros, a rejeição ao ex-presidente diminuiu 14 pontos percentuais (de 65% para 51%), sendo a única que recuou no período. A rejeição aos demais nomes subiu.

A rejeição de Aécio aumenta 9 pontos; a de Bolsonaro, oito; a de Marina, quatro. A rejeição de Serra, Ciro Gomes e a de Alckmin oscila 1 ponto para cima. Joaquim Barbosa e João Doria são testados pela primeira vez na pesquisa.

Os resultados aqui mencionados refletem a opinião da população neste momento e podem mudar ao longo do tempo de acordo com os fatos políticos que surgem, das candidaturas que serão oficializadas, bem como o desempenho e nível de conhecimento dos possíveis candidatos.

Sobre a pesquisa

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em 143 municípios, entre os dias 7 e 11 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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Comentários

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Gileno Correia dos Santos.

Em 2018 voto sem dúvida em Álvaro Dias para presidente.

lulipe

É melhor JAIR se acostumando…

Luiz Carlos P. Oliveira

Ou seja: LULA presidente em 2018!

DARCY BRASIL RODRIGUES DA SILVA

Até quando a esquerda apostará na fulanização da política? Não desejo nenhum mal a Lula, mas digamos que ele morresse subitamente como a sua mulher (ou como qualquer outra pessoa com mais de 60 anos pode morrer em termos de probabilidade estatística). A esquerda ficaria sem rumo? Não teria mais como disputar as eleições? Acreditar que o Brasil poderá ser transformado por eleições, apostar todas as fichas (ou as principais fichas) em uma vitória de Lula em 2018, é uma forma despolitizante de fazer política. Creio que a maioria da esquerda não compreende, mas a principal causa do golpe foi essa fulanização da política: o golpe foi possível porque foi dado em um fulano eleito (não escolhi a termo fulano com o intuito de depreciar Dilma, que é uma pessoa que eu respeito, mas apenas para dar ideia de generalização) que não tinha um povo para defende-la (ou pelo menos não tinha uma fração expressiva do povo, organizada, mobilizada e conscientizada, capaz de ser reconhecida pelo povo como seus intelectuais orgânicos, para neutralizar o golpe). O que irá transformar o Brasil é a empolgação do povo com um programa de transformação do Brasil em que vivemos em um Brasil com que sonhamos. Não estou falando de promessas de campanha, de “farei isso e depois aquilo”, mas de um projeto de transformação da sociedade passível de ser compreendido por cada cidadão comum. Quem pode transformar o Brasil, quem pode ser o protagonista de nossa história, é o povo. A esquerda domesticada pela democracia liberal burguesa é, mesmo que não tenha consciência disso, inimiga do povo, pois, ao vender ilusões como a de que um determinado fulano (e não o povo) poderá transformar o país, trabalha para que o povo não se eleve à consciência de que o sujeito que irá transformar o Brasil é ele próprio, o povo. Isso não significa que não devemos participar nas eleições apresentando um candidato, que pode ou não ser o Lula. As eleições jamais tiveram a importância que os reformistas atribuem a ela, vendendo ilusões de que o país será transformado se o eleitor votar nesse e não naquele indivíduo, mas também não têm a desimportância que determinados grupos de esquerda, defensores do voto nulo, lhe dão. As eleições devem ter como principal objetivo organizar, mobilizar e conscientizar o povo para o fato de que ele é o único que pode construir o país em que ele gostaria de viver e deixar de herança para seus filhos.

    Bovino

    E o povo quer saber de programa, ter consciência de algo?
    O único critério em 2018 será: o PIG e o mercado disseram que esse é melhor e não vimos o nome dele em listas.

    João Doria eleito com 60% no segundo turno.

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