Pedro dos Anjos: Mídia alternativa é vital para denunciar a repressão aberta dos golpistas

SOBRE A REPRESSÃO E A COBERTURA DA MÍDIA CORPORATIVA A RESPEITO

por Pedro dos Anjos, especial para o Viomundo

O jornalismo velho de guerra da mídia corporativa prossegue com suas pautas de exaltação do sórdido e desqualificação dos oprimidos que se levantam. Seu noticiário agitrop é ignomínia pura, abjeção pura, que vão rolar alucinadamente nos próximos tempos.

A cobertura das lutas atuais e vindouras pelas mídias alternativas e comunitário-participativas vai ter de ser um contraponto fundamental.

É sabido que desde a divisão da sociedade em classes jamais o caráter de classe descolou-se deste elemento chamado polícia.

Agora que a fração financista e rentista é quem dá as ordens e manda na lei, isto ficou mais agudo e mais sentido.

O minúsculo club privé dos banqueiros e dos grandes especuladores e de toda espécie de jogadores mais ou menos eventuais do mercado financeiro – sejam eles industriais, comerciantes, donos de mídia, togados, latifundiários, pecuaristas, agronegociantes, etc –,  retomou a força da repressão aberta para fazer a guerra de classes – que nada tem a ver com a luta contra o crime, o terror e a corrupção.

A expropriação do público pelo privado; a entrega deslavada das nossas riquezas naturais, terras e serviços para o lucro fácil ao capital estrangeiro; o superbarateamento da nossa força de trabalho, que exige a conversão de imensos contigentes da classe trabalhadora em precariado.

Eis as razões pelas quais a democracia –mesmo de baixa intensidade – tem que ser golpeada, a repressão tem que baixar o couro sobre o povo e a nova ordem tem que criminalizar a política e as liberdades de manifestação e organização.

Repercutir os fatos que denunciam esta realidade bruta através das pequenas grandes mídias comprometidas com a restauração da democracia no país – na perspectiva de dotá-la da mais alta intensidade – tornou-se mais vital do que nunca.

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