Paula Romano: Na fila do hospital

Tempo de leitura: 5 min

Na saúde brasileira os farmacêuticos são os médicos!

Um relato de uma jornalista tentando uma misericordiosa consulta no SUS

Por Paula Romano

Qual é o pensamento óbvio quando algo no corpo está dolorido, inflamado, irritado, infeccionado ou até mesmo quebrado? “Preciso procurar um médico”. Porém, no Brasil, encontrá-lo não é tão simples assim.

De acordo com os sintomas do meu corpo e uma rápida busca no Dr. Google, me vem à resposta que eu já esperava: uma infecção urinária.

Um caso normal entre as mulheres. Conheço várias amigas que já passaram pelo problema e as recomendações delas em absoluto são: “Procure um médico, pois parece um problema tolo, mas se não tratado pode trazer sérios problemas”. Como acontece com qualquer infecção, é claro.

Não possuo plano de saúde, desde que completei 24 anos, e que me formei na faculdade, o convênio médico que vinha de meu pai, cessou. Já trabalho. Mas sou jornalista em início de carreira, o que quer dizer que com tantas contas mensais, não sobra um dinheiro significativo no fim do mês. O salário é para viver, e só. Com isso, e por viver daquele velho lema que “comigo não acontece”, deixei ficar para depois o investimento em um plano de saúde. Tendo a infeliz ilusão de que, caso eu precise de uma emergência, poderia pedir auxílio ao SUS (Sistema Único de Saúde).

E foi no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, localizado do bairro de Santa Cecília, que começou o meu martírio. Cheguei por volta das 17 horas de um sábado, num dia frio de outono. Hospital não é um dos lugares mais alegres do mundo: ver gente chorando, mancando, e sobrevivendo com a ajuda da sorte é comum. Mas lá, e acredito que em muitos outros hospitais públicos, o problema vai mais longe.

Para solicitar atendimento é necessário entrar numa fila única. Calcule uma média de 20 minutos em pé, sentido suas narinas formigarem com um forte cheiro de banheiro sujo. Quando chega finalmente a sua vez, você se acomoda em frente a uma cabine cheia de grades geladas e encardidas, que te põe distancia da pessoa que faz as anotações e, consequentemente, você precisa elevar seu tom de voz para ser ouvido. A minha atendente era uma moça que passeia pelos 23 anos, e que sofre de um estrabismo tão alto que chega a debruçar o rosto em cima do teclado para fazer as devidas anotações. Você, então, deve imaginar que isso dificulta o processo.

Em certo momento, enquanto passava minhas informações, senti vergonha em dizer qual era a minha profissão: Jornalista. Mas logo passou, pois não é porque possuo ensino superior que posso pagar um plano de saúde, oras. Aliás, nem o maior dos magnatas deveria ter que por a mão no bolso para isso.

Depois das devidas informações anotadas, ainda acreditando no meu ridículo otimismo, perguntei a atendente se espera era longa: “Ah! Hoje tá demorado”, respondeu. Prossegui no questionamento querendo uma hora exata para poder me programar. “Tá demorando por volta de 1hora, 1 hora e meia”. Bom, tudo bem! Vamos esperar, pensei.

Quando você chega à sala de espera do Hospital, seus olhos vão indo longe, seguindo o emaranhado de gente que está ali estático esperando um aconchego à sua saúde. Mas há um momento em que seus olhos param e fixam, em nada mais nada menos que uma televisão de 21 polegadas, onde está todo risonho o dono das tardes de sábado: Luciano Huck. Cuja voz é impossível escutar.

No entanto, a diversão definitivamente não está na colossal Rede Globo e nos seus programas de sonhos inalcançáveis, mas, sim, naquelas pessoas sofridas, que por mais que estejam ali há mais de três horas esperando atendimento, ainda conseguem rir umas com as outras. É o caso de Patrícia, uma jovem mulher, que acompanhava a sua mãe na espera de uma prontificação médica. Esperta, Patrícia levou à tira colo sua mais nova aquisição: um aparelho de tear, feito de madeira e pregos, adquirido na Rua 25 de Março. Ela estava fazendo seu primeiro cachecol, cor de rosa dégradé, que iria vender para a tia, pelo preço de R$ 15.

Patrícia, que é dona de casa, não deve ter muitos holofotes à sua frente durante a vida real, mas naquele fim de tarde no Hospital Santa Casa de Misericórdia ela era a mais pura sensação, e o foco principal da maioria dos olhos. Simpática, assim que me sentei ao seu lado, ela me perguntou se eu gostava “dessas coisas”, respondi que sim, mas que não levava muito jeito. Ela continuou dizendo que também não, mas que com o seu novo instrumento “tecnológico” tudo ficava mais fácil.

Logo à frente estavam dois homens típicos nordestinos que já passavam da meia idade, e que, apesar da falta dos dentes superiores, oferecem o mais singelo e amistoso bom humor. Aquele tipo de gente que você se sente bem em ficar ao lado, e que sempre solta uma ou outra frase engraçadinha. A história do porque eles estavam naquele hospital é o que mais me intrigou.

Aguardando desde o meio dia, os homens esperavam a mulher de um deles: uma senhora que já estava dentro do Posto Médico sendo atendida. Ela estava fazendo um ‘Raio-X’ da cabeça, por um tombo que havia tomado na escada rolante do Metrô. O tombo foi ocasionado porque a escada do metrô inverteu de lado, sem que ela tivesse saído completamente do último degrau. Isso fez com que ela caísse escada abaixo, batendo diversos membros, incluindo a cabeça.

Mas não é só de anciãos que vive o Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, jovens eloquentes também passam por lá. Muita gente sabe que sábado é sinônimo de badalação para os jovens. Que também é sinônimo de balbúrdia e alienação – seja com drogas lícitas ou ilícitas. Vestindo um abadá, que compõe o visual de uma espécie de carnaval fora de época, um garoto que estava acompanhando um amigo saiu aos berros e sendo carregado por seguranças da porta principal do Pronto Socorro. O garoto gritava sem parar as palavras: “Não tem enfermeiro nesse lugar”; “Eu sou de menor”; “Não tem ninguém para atender meu amigo nesse lugar”.

Com a situação, Patrícia tirou sarro da frase errônea “sou de menor” do garoto, já os homens nordestinos colocaram a culpa dos berros nos entorpecentes. “Isso aí é droga pesada…”, disse um deles sacudindo a cabeça em desaprovação.

Logo após o ocorrido, perguntei à Patrícia, há quanto tempo ela e sua mãe estavam esperando pelo atendimento, ela respondeu que estavam ali há mais de três horas e retrucou: “já foi embora um novelo inteiro de lã”.

Todos esses acontecimentos somaram mais de duas horas em que eu já estava ali esperando. E eu não tinha nem passado pela triagem, que é onde a enfermeira diagnostica se o problema é grave ou não. Após esse diagnóstico você precisa esperar mais algumas horas para enfim, conseguir passar pelo médico. Irritada com a situação em que estava me vendo, num súbito ataque de nervosismo saí, sem me despedir dos novos amigos, e fui caminhando pelas ruas sob a chuva fina e gélida de São Paulo.

Depois de chorar, gritar e querer socar a cabeça do prefeito na parede chapiscada, tomei consciência de que meu problema ainda não estava resolvido, e que eu precisava me medicar. Entrei na primeira farmácia, contei meus sintomas ao farmacêutico que, assim como eu já havia imaginado, diagnosticou que se tratava de uma infecção urinária. Receitou um antibiótico faixa vermelha, e pediu que eu tomasse o remédio até o fim da caixa. Contei a ele que estava há quase três horas esperando um atendimento médico na Santa Casa, e ele me responde: “realmente, é cruel”. Concordo, realmente é cruel! E ainda querem proibir a venda de remédio sem prescrição médica… 


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Comentários

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dukrai

Paula, os planos de saúde estão se igualando ao SUS nos seus maus aspectos, a minha filha de 22 anos teve o mesmo problema seu, infecção urinária e eu a levei para o Hospital Felício Rocho aqui de BH. A minha mulher, que estava viajando, tem Unimed corporativa e nós somos dependente dela no plano. No Pronto Atendimento tem um aviso dizendo que não atendem pelo SUS, fez a consulta e exames, o médico confirmou a infecção e era preciso internação porque ela teria que tomar medicação endovenosa durante 3 dias. Como não tinha vaga em leito ela foi encaminhada para um box no PA, para começar a tomar a medicação e ficou ali durante dois dias e meio, só conseguindo vaga paciente que estava em estado muito grave.
Estou sabendo agora que os hospitais aqui em BH estão recusando pacientes do planto Unimed, não sei o motivo mas a Unimed era um plano nacional e se subdividiu porque algumas regionais estavam inadimplentes, vulgo dando calote, e comprometendo a "cooperativa de médicos". Parece que isto está acontecendo aqui em BH.

Marcelo Alves

Faço Jornalismo na UFSJ-MG, e fiz, recentemente, uma matéria de jornalismo Gonzo para um jornal da região acerca de um tema similar ao de Paulo Romão. Segue o link para quem quiser conferir:http://sjdralternativa.blogspot.com/2010/05/e-nec

Adianto que, em Minas, a coisa é bem parecida, se não pior…. Já que nas cidade pequenas o investimento da cidade nos PSF é ridiulo e o PS não consegue atender toda a demanda.

    Joice Gomes

    Marcelo, li sua matéria. Parabéns. Continue firme como foi na "É necessário ficha para morrer?"
    Mas achei que os autores da matéria não falam a mesma língua que a Paula Romano. Ou, que há diferenças de abordagens entre as matérias.

Larissa Martins

A jornalista Paula Romano demonstra um despraparo sem tamanho para a profissão de jornalista. Primeiro, endeusa os Planos de Saúde. Mal ela sabe que eles não são o céu. Consultas com especialistas em Planos de saúde tem demorado mais três meses de espera. Em quase todo lugar. Atendimento de urgência é mais rápido, em geral no mesmo dia; no SUS também. Mas internação em Planos de Saúde depois de uma atendimento de urgência, a espera é longa. Outro dia minha mãe ficou no corredor de um hospital de convênio, quatro dias!
A jornalista dizer que "Concordo, realmente é cruel! E ainda querem proibir a venda de remédio sem prescrição médica… " é de um despreparo sem tamanho. Está fazendo louvores à automedicação e à prescrição por farmacêuticos, que não preparados nem para dizer que doença a pessoa tem e nem para passar remédio. Outra coisa é ela não saber para que serve cada instituição de saúde.

    @paulinhaaline

    Larissa, você está exagerando um pouco. Quer dizer, está exagerando em momentos que não precisam exagerados.

    1) Eu não "endeuso" os Planos de Saúde, eu apenas cito que não possuo um. Pois acredite eu também os acho bem ruins. Meses atrás pagava pelo Plano Intermédica de Saúde, e as duas únicas consultas que fiz, serviu para eu desistir de pagar, e perceber que existem médicos realmente despreparados.

    2) Eu não "louvo" a automedicação, apenas conto que essa foi a minha única opção, e que se não fosse essa eu estaria com dores até hoje.

    Espero ter esclarecido,

    Paula

Werner_Piana

será que tem poucos médicos porque o SUS paga pouco pela consulta?
Quanto paga o SUS por uma consulta em Clínica Médica?
E quanto vale uma consulta SUS para um Especialista?

Estas são questões básicas…

Erica

é o que acaba acontecendo, quantas vezes, quando eu não tinha plano de saúde, acabava na farmácia, comprando remédio sem receita médica, pura falta de alternativa…

dvorak

O "divino" já chegou a dizer que o SUS era quase perfeito.Sugiro que no próximo problema de saúde de algum familiar, o mesmo seja encaminhado para um dos "perfeitos" hospitais públicos brasileiros.

eheheheehehehhe

    Joice Gomes

    Dvorack, o SUS é mesmo o modelo de assistência à saúde que garante a unversalidade de atenção. Acontece que o SUS é TRIPARTITE. Sabe o que é isso meu senhor? Então vá descobrir. São Paulo capital e Estado não colocam o dinheiro que deveriam no SUS, isto é, a parte de cada um. O SUS paulista e paulistano é feito quase que só as custas do dinheiro do governo federal. Aí não dá, mestre! Na constituição está que o financimento do SUS é tripartite. Então, mestre, seu povinho do PSDM e do prefeito de Sampa não cumprem uma definição constitucional.Dá nisso!
    Pronto-Socorro e demais serviços de urgências são para atender urgências, risco de vida e não para fazer consultas. Muita gente também não compreende quais as finalidades de cada serviço de saúde. A autora do artigo está longe de saber. Ela precisava era de uma consulta e não de um atendimento de pronto-socorro.

    Arthos

    Aliás, Joyce, o artifício do programa Ame (negociação da saúde de SP) do Zé, valia-se de dinheiro do SUS… quer dizer, desvio total do objetivo de repasse de recursos federais… o sujeito queria parecer bonzinho com mais uma armação, o trolha conhece bem o esquema aplicado pelo Zé das lorotas que, ficará desnudo para o Brasil inteiro ver no primeiro debate com a Dilmais. (arre!)

    Christian Schulz

    As AMAs nada mais são que o truque que o vice do Serra aplicou em São Paulo a partir de 1993: PAS.

    Mas não liguem pro trolha não. Para quem já reclamou até do cabelo do Lula, reclamar da saúde pública é fichinha.

    Clóvis

    Então indiquem o estado que é referência no sistema de Saúde Nacional. HCFMUSP recebe gente de todo o país! A Santa Casa, apesar de não ser exatamente pública – é da Igreja – é referência!
    O problema do SUS é não receber investimento suficiente por políticas erradas – como deixar de dar prioridade ao PSF – e os desvios de verba! Cabe lembrar que parte das contribuições para a seguridade social de todos nós vão para a saúde (seguridade é previdência+assistência+saúde).
    Tanto no governo federal como no estadual e municipal a roubalheira é grave.

    No mais, já cansei de ver vezes que esperei mais de 2 horas em hospitais particulares de SP. Há até um em higienópolis que tem um aviso no PS comunicando a todos que a espera é de mais de hora para passar na triagem, como se fosse um restaurante!

    Carlos

    Governos de SP, RS e MG desviaram quanto do SUS?

    patrick

    Déficit zero: dinheiro da Saúde é aplicado no mercado financeiro, prejudicando usuários do SUS. No Rio Grande do Sul, R$ 164,7 milhões.

    Jairo_Beraldo

    Em SP foi pior, Carlos. Serra tercerizou a saúde.

    Elisa Nunes

    Dvorack você é um desinformado. E cego na defesa do PSDB e do DEM. Vai se ilustrar, obtendo informação sobre os desmandos dos seus caciques na saúde. Não achincalhe o SUS, pois abaixo de Deus, para os pobres, o SUS. Já foi pior, quando não tínhamos SUS. Paula Romano também é uma desinformada. De procurar um posto ou centro de saúde, que é lugar de fazer consulta, vai para um pronto socorro. E ainda fica fazendo apologia de prescrição feita por farmacêutico. triste demais ver uma jornalista assim. Espera em consultórios, todo mundoe spera, mesmo pagando. Fui fazer uam consulta com minha ginecologista, pagando, esperei um mês para ter vaga. E no dia, fiquei quase três horas sentada no consultório dela. E ela não chegou atrasada. estava lá trabalhando. Tem gente que pensa que só ela adoece, que a doença dela é mais importante ou grave que as dos outros e se acha no direito de querer ser atendida antes de qualquer pessoa.

    Carlos

    O SUS de A a Z – 3ª edição (2009) http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/su… 3edicao_completo.pdf

    Estude, dvorak, estude pra não dizer besteira.

    dvorak

    Não precisa ser nenhum estudioso do assunto para saber que o SUS falha em uma de suas principais funções, que é a de oferecer um tratamento de qualidade para a população mais carente, caro Carlos.Teóricos, principalmente a serviço do Governo, têm mesmo é que elogiar o sistema.Adoraria que você deixasse um pouco a alienação de lado e visitasse qualquer hospital de uma grande cidade.Você se assustaria….

    eheheheheheheh

    Carlos

    Não se trata de teoria, mas de prática, de regra do jogo: o sistema é tripartite – União, estados, municípios – como observou a Joice.
    SUS poderia ser aperfeiçoado se teus chefes não tivessem detonado a CPMF.

    Leia também:
    Série “Pactos pela Saúde” http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissio
    Coletânea da Série: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissio

    dvorak

    Essa CPMF é a mesma que o "divino" foi contra, caro Carlos????

    eheheheheheheeheh

    Jairo_Beraldo

    Dvoaraque, quando QUALQUER um fala que o SUS é excelencia como plano de saúde, é uma grande verdade. O que ocorre, viúva do FHC, é que ele é mal gerido. Tanto que o canadá e os EEUU usaram o SUS como referencia para implantar a saúde pública por lá. e como nada se arruma do dia para a noite, teremos que limpar esta casta de DEMos/Tucanos da administração pública. Alijar. Serra, tercerizou a saúde em SP, e daí, começa a fugir do verdadeiro sentido do plano de saúde pública SUS!

Tiago Araujo

A saúde no Brasil em nenhum governo foi prioridade, em minha opinião deveria vir logo após a educação. Impressiona-me como o governador José Serra se orgulha de ter em seu currículo seis anos de Ministro da saúde, claro que não teve tempo pra resolver tudo, mas seus grandes feitos foram combate a AIDS e ao tabagismo também o começo dos genéricos, seguindo esta linha de raciocínio o currículo do Maluf é muito mais relevante, suas pontes estradas são tão midiáticas quanto. É fazer saneamento básico ninguém quer!

O Brasileiro

As unidades de urgência estão superlotadas porque as unidades básicas de saúde e o programa saúde da família (PSF) funcionam precariamente no Brasil. Profissionais desvalorizados, tanto pelos governos quanto pela população, que "engole" o mito de que o especialista é melhor do que o médico generalista, o que não é verdade em muitos casos. Isso para não falar que é desnecessário!
Não é só nos países comunistas que os médicos da família são os principais responsáveis pelo atendimento da população. Nos países ricos também, são os chamados GPs ("general practitioner"), que como diz a Wikipedia, "não é especializado em nada, mas vê tudo"!
No Brasil não. No Brasil a pirâmide está invertida, e o atendimento começa pelas unidades de urgência! E isso é totalmente irracional, não havendo possibilidade de atender casos graves e ainda fazer "ambulatório" ao mesmo tempo!

O Brasileiro

Põe um pedágio na porta do hospital, e ai você vai começar a ver jorrar dinheiro na instituição!
Porque em São Paulo é assim, se vai ter pedágio, investe-se bastante, e depois ainda se cobra pelo que deve ser oferecido "gratuitamente" à população!
Passada minha irritação, ou melhor, amenizada, consigo dizer que sei bem onde é o gargalo da saúde pública brasileira: na base da pirâmide! Da mesma forma que acontece na educação, na segurança… (continua no próximo comentário)

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