O que o mundo capitalista não quer ver sobre si mesmo

Tempo de leitura: 7 min

sábado, 11 de janeiro de 2014

O que o mundo capitalista ocidental não quer ver sobre si mesmo

Por Mikel Itulain, em seu blog (agradecemos ao Jair de Souza pela generosa tradução)

A globalização é a globalização do poder das corporações, que traz a globalização da pobreza.

Se dermos atenção a um meio como Wikipedia, que apesar de sua aparente auréola de ser elaborada popularmente e de estar aberta à opinião das pessoas da rua é em realidade outro meio pelo qual o poder econômico expressa seu ideário e interesses, notaremos que define a globalização como:

A globalização é um processo econômico, tecnológico, social e cultural a escala planetária que consiste na crescente comunicação e interdependência entre os diferentes países do mundo unificando seus mercados, sociedades e culturas, através de uma série de transformações sociais, econômicas e políticas que lhes dão um caráter global.

Com frequência, a globalização é identificada como um processo dinâmico produzido principalmente pelas sociedades que vivem sob o capitalismo democrático, ou a democracia liberal, e que abriram suas portas a uma revolução informática, pregando um nível considerável de liberalização e democratização em sua cultura política, em seu ordenamento jurídico e econômico nacional e em suas relações internacionais.

Globalização

Wikipedia falsifica abundante informação histórica, e sempre o faz orientada à versão artificialmente elaborada pelas potências ocidentais.

Confiram, por exemplo, o que fala sobre o massacre de Srebrenica, ou os de Sarajevo na guerra da Iugoslávia, com o que as investigações reais, rigorosas e concretas demonstraram: Srebrenica, Massacres do mercado de Sarajevo.

Portanto, se prestarmos atenção ao que este meio diz, ficamos com a sensação de que a globalização é um novo movimento no qual a liberdade e a democracia se estenderam pelo mundo, facilitando o intercâmbio entre culturas e países.

No entanto, isto se choca frontalmente com os fatos que vêm ocorrendo nas últimas décadas: invasões contínuas de países com a extensão das guerras, um novo auge não na independência e democracia real dos países, mas na submissão a potências estrangeiras com a chegada de uma nova era de colonialismo. [1]

A consequência direta é o aumento na diferença entre países ricos e países pobres, mas não só isto, senão que, especialmente, também um aumento na diferença entre as classes ricas e as classes pobres nos próprios países ocidentais; e o que também é digno de menção, aqui, nos Estados Unidos e na Europa, a pobreza é cada vez maior, enquanto que os meios para gerar riqueza são maiores que nunca. [2] [3]

Estes são os fatos reais amargos, porém é preciso escondê-los

A última palavra que a propaganda tirou da manga para a construção de impérios é a globalização, uma palavra de significado vago com conotações agradáveis de unificação.

Entretanto, refere-se à aquisição dos recursos dos outros, a qualquer custo, e ao emprego ilimitado de mão de obra em condições de escravidão, que produz os bens supérfluos que são vendidos a esses outros escravos [refere-se à população consumista ocidental]. Escravos convencidos pela persuasão e pela influência.

Certamente, esta população consumista, que é majoritária, está completamente endividada por seguir os apelos da publicidade que invade cada esfera de sua sociedade: nas ruas, bares, meios de comunicação, parlamentos, organizações políticas, ONGs, esportes…

Vemos, portanto, que a globalização não é um fenômeno que melhorará o mundo, que o tornará mais justo, tolerante e pacífico. Tem pouco a ver com isto. Porque seu objetivo não é a melhora nas relações entre as gentes de todo o mundo, senão que a imposição e exploração do poder econômico ocidental sobre o resto do planeta, imposição que supera à de qualquer outra época.

Para tal imposição e exploração se requer violência e, por este motivo, a globalização e a guerra vão de mãos dadas, uma provoca a outra.

A guerra e a globalização são processos intimamente relacionados. A crise econômica mundial (que precedeu os acontecimentos de 11/9) tem suas raízes nas reformas de “livre mercado”.

A ideologia do “estado canalha” [comumente apelidado de “regime”, ou ditadura, e seus dirigentes de ditador] desenvolvida pelo Pentágono durante a Guerra do Golfo de 1991 constitui uma nova legitimidade, uma justificativa para levar a cabo uma “guerra humanitária” contra os países que não se ajustam à Nova Ordem Mundial e aos princípios do sistema de “livre mercado”. [4]

Neste mundo dominado pelo poder econômico ocidental, o “livre mercado” não quer dizer realmente livre mercado, uma vez que os países submetidos não podem escolher com quem e como comerciar, devido a que lhes são impostas condições.

De outro modo, serão considerados “ditaduras”, “regimes”, e pagarão as consequências, como já vimos em numerosas ocasiões: Cuba, Chile, Nicarágua, Iugoslávia, Burkina Fasso, Iraque, Líbia, Síria…

Para conseguir a demonização de um país, ou de um dirigente, as corporações lançarão mão de suas organizações “humanitárias” e de seus meios de comunicação, além de um espectro político da esquerda que, por prebendas, lhes prestará seus favores para que convençam a população do ocidente da versão que convém a seus interesses.

Admitir as condições do “livre mercado” e da Nova Ordem Mundial significa submeter-se às exigências das corporações ocidentais, que dilapidarão os recursos do país em seu benefício e no de uma elite colaboracionista, mas em grande prejuízo para a imensa maioria dos habitantes daquele lugar.

No entanto, não pensemos que isto de “livre mercado”, de “globalização”, ou da “nova ordem mundial” é algo realmente novo. Na verdade, é uma nova versão, uma adaptação, dos métodos empregados no passado pelos impérios ocidentais para impor o colonialismo ao mundo.

Vejam o que ocorria no século XIX no Reino de Sião (hoje, Tailândia), um país por então rodeado pelas colônias do Império Britânico, pelas da França e também pelas da Holanda. A Tailândia não foi colonizada da maneira como foram o Vietnã, a Indonésia, a Birmânia, o Camboja, ou a Malásia, mas lhe impuseram condições, como as do Tratado Britânico de Bowring, em 1885.

Ver como muitas destas políticas de canhão [referência à ameaça de ataques militares, principalmente pela marinha] impuseram concessões que soam como as da “liberalização econômica” de hoje.

1 — O Sião concedeu a extraterritorialidade aos súditos britânicos;

2 — Os britânicos podiam comerciar livremente em todos os portos marítimos e residir permanentemente em Bangkok.

3 — Os britânicos podiam comprar e alugar propriedades em Bangkok.

4 — Os súditos britânicos podiam viajar livremente no interior com passes concedidos pelo cônsul.

5 — Os impostos de importação e exportação foram fixados em 3%, exceto o ópio e os lingotes de ouro, que ficaram isentos de impostos.

Os comerciantes britânicos tinham permissão para comprar e vender diretamente com os siameses particulares.

Agora, comparemos isto com as imposições realizadas sobre uma nação recentemente submetida mediante a violência, o Iraque:

The Economist [a revista britânica] enumerava alegremente a “liberalização econômica” neocolonial do Iraque em um artigo intitulado: “Vamos todos à venda do pátio. Se tudo correr bem, o Iraque será um sonho capitalista.”

1 — 100% da propriedade dos ativos iraquianos.

2 — Repatriação total de lucros.

3 — Condições legais iguais às das empresas locais.

4 — Permissão aos bancos estrangeiros para operar ou comprar bancos locais.

5 — Um máximo de 15% para impostos sobre a renda e sobre sociedades.

6 — Tarifas universais reduzidas a 5%. [6]

Estão vendo que não há tanta diferença? Antes, os países submetidos eram chantageados em todo lado do mundo e hoje a mesma coisa é feita.

Não havia condições de igualdade porque a Tailândia não podia naquele tempo impor essas condições ao Reino Unido, nem o Iraque pode fazê-lo com os Estados Unidos, hoje.

Portanto, vamos deixar de falar de “livre comércio”, “globalização”, “liberalização” e de outras falsas palavras, e falemos do que realmente ocorre e acontece no mundo de imposições comerciais, de imposições militares, de exploração, de roubo e de escravidão.

Pois hoje em dia ocorre isto, como acontecia no passado, e a escravidão ou semi-escravidão está tão ou mais estendida que nos séculos passados; ao dispor em abundância daquilo que habitualmente se conhecia como escravidão e da outra escravidão de hoje em dia, na qual os seres humanos trabalham longas jornadas muito mal remuneradas apenas para pagar dívidas e, assim, nunca saindo deste círculo que os destroi, oprime e espreme. [7] [8]

Esta dívida não é só individual, senão que os próprios governos, como o estadunidense, levaram seus países a um endividamento enorme, e tudo isso com o fim de manter os privilégios e luxos de sua classe dominante.

A “guerra contra o terror”, que já comentamos na primeira parte, é um método terrível por meio do qual os recursos da maioria da população passam às mãos desses privilegiados da classe alta, e isto é feito às custas da vida e do sofrimento de muitas pessoas em todo o mundo.

Mesmo assim, os cidadãos ocidentais ainda não são muito capazes de dar-se conta disto em sua verdadeira magnitude, e são ainda menos capazes de encontrar a cura e acabar com esta famigerada e cruenta exploração.

A verdadeira guerra contra o terror começará quando os cidadãos estadunidenses se negarem a pagar impostos para financiar a ocupação ilegal da Palestina por parte de Israel.

Esses mesmos impostos poderiam ser usados para ajudar os estadunidenses desempregados, àqueles que trabalham sem dispor de seguridade social, ou aos sem-teto.

Mas, logicamente, se viéssemos a mencionar isto nos Estados Unidos, seríamos tachados de “antiamericanos”, “traidores”, ou alguns daqueles que “odeiam a liberdade”. De modo que todos mantêm silêncio, porque têm medo de expressar o que sentem.

Por aí, pode-se ver o grau de liberdade e de livre pensamento que realmente temos. Portanto, não pretendamos dar muitas lições aos outros. Já sabem o ditado: dou conselho aos outros, mas para mim não os tenho.

Notas:

 [1] Tony Cartalucci. Iraq: invasion ends-neo colonial rule begins. Land Destroyer, 29.12.2011.

[2] Se agranda la brecha entre ricos y pobres en todos los países. El Plural, 30.11.2012.

[3] Michel Chossudovsky. Economic depression and the New World Order. Journal of International Affairs (Columbia University), Vol. 52, no. 1 (Fall 1998) 26 January 2002 * Propaganda. Documental de Corea del Norte sobre occidente. Enlace.

[4] Michel Chossudovsky. Economic depression and the New World Order. Journal of International Affairs (Columbia University), Vol. 52, no. 1 (Fall 1998) 26 January 2002

[5] Tony Cartalucci. Egypt today, Thailand tomorrow. Land Destroyer. Enlace

[6] Tony Cartalucci. Egypt today, Thailand tomorrow. Land Destroyer

[7] Khaled A Beydoun.  The colour of slavery in Saudi Arabia. African Globe, 8.11.2013

[8] T. Alexander Guzman. The debt matrix: Consumption and modern-day slavery. Global Research, 1.12.2013

Leia também:

Adriano Benayon: Feito dependente químico, Brasil corre atrás de capital estrangeiro


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Comentários

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Nelson

Os que criticam a argumentação do Jair de Souza poderiam dar uma olhada no artigo “Iugoslávia, a primeira guerra da globalização”, da jornalista estadunidense Diana Johnstone.Para tanto, basta acessar http://www.resistir.info/europa/cruzada_de_cegos_5.html

Aliás, a publicação do artigo da jornalista é uma boa pedida para o Viomundo.

Nelson

“Tire-se o Estado da Economia e o capitalismo não sobrevive um dia sequer”.

Quem pronunciou a frase acima não era socialista, comunista, estatista ou coisa que o valha. Pelo contrário. O eminente canadense, John Kenneth Galbraith, era um economista de corte liberal.

Obviamente, a frase de Galbraith deve deixar os apaixonados pelo capitalismo, pelo neoliberalismo e pelas privatizações a morderem-se de raiva.

Reinaldo Hammes Barboza

Pelo fim da dedução dos custos de planos de saúde no imposto de renda

http://cebes.com.br/2014/01/um-copo-cheio-para-a-saude/#comment-178

Marat

Eu sempre chamo isto de globobalização!

Jair de Souza

Não sei se conscientemente ou não, mas o que nosso colega defensor de Wikipedia está propondo é que Viomundo adira aos métodos e práticas de censura que as grandes corporações midiáticas empregam para eliminar de circulação todo pensamento e visão que se contraponha a seus interesses. Digo que pode ser inconscientemente porque sei que há milhares de pessoas que colaboram de boa fé para o funcionamento dessa enciclopédia digital. É a mesma coisa que ocorre em relação com muitas ONGs que se declaram defensoras dos direitos humanos pelo mundo afora. Há aí milhares de pessoas abnegadas que se dedicam com afinco ao trabalho crendo que estão contribuindo com uma organização tão sincera como eles.

Lamentavelmente, a maioria dessas pessoas nunca, ou quase nunca, se puseram a pensar em quem são os grandes financiadores das operações dessas instituições. Será que, ao constatar que a maior parte dos recursos que sustentam as operações dessas entidades provém de grandes corporações capitalistas (tais como: Microsoft, Google, General Motors, Ford e fundações neoliberais como Richard Lounsbery Foundation, ou alguma das bancadas por George Soros) estas pessoas continuariam a acreditar que o objetivo último dessas instituições coincide com o seu. Ou seja, elas acreditam que todas essas grandes corporações realmente estão interessadas e empenhadas em defender instituições verdadeiramente decididas a criar um mundo mais justo e solidário?

O caso de Wikipedia, sem levar em conta a falsificação sobre nosso Luiz Carlos Azenha, demonstra como existem em seu interior grupos que comandam e manipulam as informações segundo os interesses que mais favoreçam às grandes potências capitalistas e as corporações a que servem. O jornalista e escritor espanhol Pascual Serrano já escreveu vários artigos nos quais expõe como Wikipedia em espanhol vem manipulando informações e/ou eliminando fontes, sempre em benefício do grande capital. Também nos mostra em seus artigos como se organizaram grupos sionistas para controlar as informações referentes ao conflito Israel-Povo Palestino.

Para citar um artigo que faz um resumo dessa prática temos: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=69367 (El lobby que controla la Wikipedia en español pretende imponer su particular visión del mundo). Muito mais a respeito desse assunto pode ser obtido consultando os artigos de Pascual Serrano em rebelion.org.

Significa isto que a verdade deve necessariamente ser creditada a Pascual Serrano? Não, embora, pessoalmente, eu creia que sim. Mas é muito importante que o público possa saber que existem opiniões diferentes das propaladas pelos grandes meios de comunicação. No entanto, nosso colega defensor de Wikipedia parece desejar que nosso Azenha ajude a impedir que essas visões discordantes cheguem a seus leitores. Não acredito que venha a ter êxito.

Quanto a alternativas a Wikipedia, sim, elas existem. Aí esta a cubana EcuRed. Claro, EcuRed não dispõe de tantos recursos como Wikipedia e, por isso, é quase desconhecida do grande público fora de Cuba. Mas, não há dúvidas de que seu nível de qualidade é superior. Para quem quiser ter algo mais de conhecimento sobre EcuRed, recomendo a leitura do seguinte artigo: http://insomne.info/opinion/inicio/opinion/el-sur-en-wikipedia-o-en-ecured (El Sur: ¿En Wikipedia o en EcuRed?)

    Mauro Bento

    Concordo, lembrei do Greenpeace como exemplo.

    José X.

    À crítica à Wikipedia como se ela fosse uma corporação midiática é absurda e desqualifica completamente o autor.

    A razão é simples: a Wikipedia é editado por…TODO MUNDO. Qualquer um pode editar o seu conteúdo. No entanto, na medida do possível o conteúdo é revisado por ferozes voluntários para que esteja de acordo com os princípios da Wikipedia, de que a informação fornecida pelo artigo esteja bem fundamentada em fatos reais, ou em fontes verificáveis.

    Em resumo: o conteúdo da Wikipedia é criada por voluntários.

    PS1. não tenho procuração para defender a Wikipedia, e nem sou um contribuinte habitual da mesma.

    PS2. A Wikipedia anglófona é excelente, dá de 1000 a 0 em qualquer enciclopédia paga. Infelizmente o mesmo não se pode dizer da Wikipedia em português, que é bastante medíocre.

    Alex Back

    Prezado Jair,

    Obrigado pela defesa do artigo traduzido.

    Sem concordar ou discordar, o que eu esperava minimamente é um vislumbre por trás dos motivos para a afirmação que Wikipedia é “… outro meio pelo qual o poder econômico expressa seu ideário e interesses…”. A frase não está mais vazia (por mais que um leitor incauto precise ler toda a discussão para compreender isso).

    Concordo que existam grupos organizados defendendo determinadas orientações. Cada pessoa, dentro de seu grau de esclarecimento, defende sua opinião ou se deixa influenciar por outras.

    O que se alega é que censura sistemática vem sendo aplicada e isso é grave, dado que um grupo dominante se vale de sua posição de administrador para se impor.

    Estudarei mais sobre o assunto.

    Obrigado pelas referências.

Mauro Bento

A internet teve origem como programa militar de segurança de dados do Pentagono,com a participação de universidades PÚBLICAS dos EUA foi descoberta sua possibilidade de funcionar como rede mundial como é hoje.
Seguindo a lógica interna do capitalismo as empresas se apropriaram da tecnologia desenvolvida por um estado nacional, a comercializaram e conseguiram seus lucros.

Outro exemplo é a indústria aeronáutica desenvolvida pelo estado americano com fins militares cujos avanços tecnológicos são repassados sem custos para as gigantes americanas do setor.

Esta esdrúxula teoria de que apenas o capitalismo desenvolve a tecnologia é insustentável se recordarmos o início da “corrida espacial”.

O capitalismo incentiva as tecnologias mais interessantes ao seu lucro imediato,por
exemplo o automóvel elétrico foi desenvolvido simultâneamente ao de motor à explosão,porém este último foi o escolhido por utilizar a gasolina na época um sub-produto do refino do petróleo sem destinação expecífica.

O inventor do carro elétrico foi coagido a vender sua patente e depois de alguns poucos anos sofreu um acidente fatal.

Argumentos que sustentam que sociedades tribais primitivas são inferiores às modernas ocidentais capitalistas são fruto de preconceito eurocêntrico.Por exemplo:
há vinte anos atrás estudos antropológicos sobre os Bosquimanos tribo nômade sub-saariana na África constatou que num grupo de mais ou menos 30 membros:
–possuiam menos de 150 objetos de uso comunitário
–pelo nomadismo a fertilidade das mulheres era reduzida resultando um equilíbrio demográfico natural.
–o pouco contato com outros indivíduos fora da tribo evitava o aparecimento de novas doenças e epidemias.
–não produziam “lixo” sendo perfeitamente integrados com a natureza.

Os conceitos de felicidade,conforto e satisfação dos desejos individuais no capitalismo são questionáveis lembrando de eventos como Fukushima no Japão ou as viagens culturais para a Disneyworld.

O passivo ambiental resultante da globalização imperiaslista fala por si só.

Enfim, os energúmenos infantilóides que defendem o Capitalismo não contentes por cavar a própria cova, continuam a escavando,para enterrarem também o resto da Humanidade, em nome da “Ordem e Progresso”.

    Fernando Garcia

    Gostaria apenas de acrescentar que a internet é um apenas um caso entre os diversos produtos e serviços advindos do setor de alta tecnologia que seguem a lógica que você descreveu. É, por exemplo, o setor público que financia a formação da mão de obra, as pesquisas de maior risco e retorno incerto, etc. No contexto dos EUA, o processo é ainda mais impactante, devido a enorme quantidade de recursos públicos que financiam a pesquisa básica.
    Nesse contexto, o que me surpreende não são os defensores do “capitalismo” em si, mas os defensores de um certo capitalismo de manual, que nunca foi praticado nos países de economia desenvolvida. Como se estas nações tivessem sido construídas por obra de grande empreendedores (os homens bons da nação) que souberam alocar os recurso não usurpados pelo governo (impostos!) de maneira sábia! Trata-se de um exercício mental interessante.

    É tão interessante que abaixo um comentarista admite que as condições de trabalho em fábricas chineses são péssimas, mas que o trabalhador lá está por livre escolha, para fugir da miséria do campo. Ou seja, o trabalhador é livre para escolher a miséria total do campo ou a “meia miséria” das fábricas… quando este trabalhador se sindicalizar e exigir melhores condições está sendo anti-democrático…

    Alemao

    Como vc bem disse a internet se tornou no que é hoje graças ao capitalismo e investimento das empresas. Não fosse o capitalismo a internet continuaria sendo limitada aos fins iniciais.

    Mauro Bento

    Sr. Alemão.
    Não adianta explicar para quem se recusa a entender,concorda ???

    Alemao

    Isso é um argumento?

    Vitor M.

    Eu acho que quem não entendeu foi você, se as empresas não tivessem agido a internet continuaria tendo seus fins iniciais, ou você acha que um governo tão poderoso como os Estados Unidos ia lançar a internet por conta própria?

Alex Back

Prezado Sr. Jair de Souza e Sr. Azenha,

Sou leitor assíduo do Viomundo. Mas tem artigos que fica realmente dífícil digerir…

Vejamos o parágrafo abaixo:

“Se dermos atenção a um meio como Wikipedia, que apesar de sua aparente auréola de ser elaborada popularmente e de estar aberta à opinião das pessoas da rua é em realidade outro meio pelo qual o poder econômico expressa seu ideário e interesses…”

1. Sugestão de opções a Wikipedia: não é oferecida.

2. Tentou incluir sua visão ao artigo da Wikipedia? Não lí nada neste artigo sobre alguma tentativa neste sentido. Se não concorda, proponha sua alternativa. Não fique apenas choramingando e apontando o dedo como uma criancinha que corre pra mamãe quando outro bebê o chama de feio.

3. “… outro meio pelo qual o poder econômico expressa seu ideário e interesses…”. Que expressão aleatória e vazia, em um texto onde as referências bibliográficas pipocam a cada paragrafo! Algo tão gratuito vindo de um veículo que reclama tanto das abobrinhas ditas a cada dia pela mídia corporativa. Vocês deviam se envergonhar!

Minha opinião sincera, no sentido de melhoria do conteúdo deste site, é de que um texto que começa depreciando um veículo de forma vazia e gratuita e depois precisa se valer de diversas citações bibliográficas soa como algo que não se sustenta por seus próprios argumentos. Revejam seus conceitos antes de publicarem denúncias.

    Luiz Carlos Azenha

    O Wikipedia não é neutro. Isso é óbvio. E erra muito. A meu respeito, por exemplo, escreveu baseado não sei em quem que tive sérios problemas profissionais no início da carreira na TV por causa de lingua presa. Mentira! Mas estava lá na Wikipedia da última vez que vi.

    Alex Back

    Não existe neutralidade.

    Posto isso, você propôs a correção do Wiki sobre sua pessoa, por exemplo? Identificou o usuário que incluiu a informação? Tentou contato com ele e saber sobre seus motivos? A Wikipedia é um meio aberto, para o bem ou para o mal, tal qual qualquer outro.

    Sugere, por exemplo, que voltemos aos tempos da ‘Encyclopaedia Britannica’ (esta sim, obviamente um “meio pelo qual o poder econômico expressa seu ideário e interesses”)? Enfim, a impressão que fica desta discussão é que nem os antigos compêndios estáticos ou os atuais dinâmicos mereçam qualquer confiança, em sua opinião..

    Enfim, sinto muito pela malvadeza contra sua pessoa. ‘Língua presa’ deve ser ele, esse menino feio recalcado… Mas meu ponto não era este.

    O que gostaria de saber é sobre o embasamento para afirmar que a Wikipedia é um “meio pelo qual o poder econômico expressa seu ideário e interesses”. Esta frase está simplesmente solta, gratuita, dentro do texto. Por favor, caso tenha uma bibliografia, peço que a compartilhe conosco, adicionando ao rodapé do texto, junto às demais citações.

    Luiz Carlos Azenha

    Não propus. Não é esta questão. A questão é que o Wiki erra. Ponto. Errou grosseiramente no meu caso. Não sei se tinha “fonte”. O problema é que o Wiki pode se basear numa “fonte” furada. O fato de que a informação anda por aí, com “fonte”, não significa que seja verdadeira. O Wiki não faz o trabalho jornalístico de checagem. Você pode perfeitamente construir uma tese falsa baseada em 55 “fontes” que estão erradas. O texto acima não é meu. É reprodução, como está notado. Tem o link, através do qual você pode cobrar o autor. Feito isso, se você quiser escreva um texto em defesa do Wiki que eu publico. abs

    Alex Back

    Azenha,

    Acho que não fui suficientemente irônico, desculpe-me. Não é a citação ou fonte que desejo. Mil mentiras não fazem uma verdade e 8 citações bibliográficas não dão maior crédito a um texto.

    É óbvio que existem maus usuários da Wikipedia, assim como existem ótimos profissionais, comprometidos com o bom jornalismo, trabalhando nos meios midiáticos comporativos.

    Minha questão, pura e simples, é: uma coisa é afirmar que Wikipedia erra (e concordo com você que há de se ter um pé atrás em se tratando de Wiki), outra é afirmar que Wikipedia é “outro meio pelo qual o poder econômico expressa seu ideário e interesses”. Isso é um completo absurdo!

    Eu não tenho que escrever um artigo defendendo a Wikipedia. Você pode não ter escrito o texto, pode até nem ser sua opinião, mas você está reproduzindo aqui, em um meio que você controla. Você decide o que é publicado aqui. Será que eu, Zé Mané, vou ter que explicar a você os efeitos de uma informação vazia lançada ‘inocentemente’ no meio de um texto? Não é assunto corrente aqui no Viomundo (e eu aplaudo) a constante crítica por um jornalismo mais responsável? O que eu não posso aceitar passivamente, e acho que ninguém deveria, é uma frase solta, sem argumento, que ataca diretamente o empenho de milhões de pessoas sérias que trabalham e acreditam em algo, seja a Wikipedia ou o que for.

    Pode ser um detalhe mínimo e eu estar fazendo tempestade em copo d’água. Mas este tipo de atitude, entendo, simplesmente não pode ser tolerado. Se está publicado no Viomundo, é responsabilidade do Viomundo.

    Publique, se entender válido.

    Obrigado.

    Fernando Garcia

    Azenha,

    concordo com o Alex Back e ainda considero temerária a colocação do texto em relação aos conflitos
    de Sarajevo.

    Dizer que a wikipedia é “… outro meio pelo qual o poder econômico expressa seu ideário e interesses… ”
    é um tanto vazio de significado. Focando a discussão em tópicos de caráter, digamos, mais
    ideológico, me parece sim que por vezes algumas pessoas que compactuem com a agenda do poder econômico,
    com ou sem uma agenda específica, usam o espaço da wikipedia para fazer avançar estas idéias.
    O espaço, no entanto, não é privado, no sentido que pessoas que estejam dispostas a desafiar tais posições,
    com bases em fontes confiáveis, poderão faze-lo no próprio artigo, ou até mesmo criar seus próprios artigos expondo
    o contraponto. Em meios tradicionais, existem muito menos recursos
    disponíveis a um grupo que queira desafiar o discurso destes meios. A wiki, portanto, não é
    um espaço que seja, particularmente, propício para o o poder econômico expressar seu ideário e por isso
    não deveria ser classificado como tal.

    Mas, honestamente, me parece que um dos objetivos do artigo é tentar lançar dúvidas sobre os processos de
    Sarajevo. Sobre isso, nota-se que a intervenção da OTAN levou a uma escalada
    da violência no local. Acredito que isto não possa ser disputado e, de fato, o fato estava previsto pelas próprias forças americanas.
    Mas pretender colocar que o motivo da intervenção era uma resistência do governo local a uma certa ordem
    mundial, ou evocar teorias conspiratórias a respeito de quem perpetrou os genocídios ali relatados, é ir
    um pouco além da medida.

Vinicius Garcia

Alguns comentários aqui buscam vender todo avanço da humanidade oriundo de interesses financeiros, é a filosofia que o capital quer nos impor, negligenciando avanços que a humanidade teve antes do capital.
Não se trata de algo tão simples assim…

Patrick

Caro Azenha, eu sugiro repensar a publicação desse artigo. O autor flerta com o revisionismo quando cita o massacre de Srebrenica. Isso não cheira bem.

    Luiz Carlos Azenha

    Com a palavra, Jair de Souza. abs

    Jair de Souza

    Pois é, caro Azenha, como você pediu minha opinião, aí vai: os filo-colonialistas não aceitam que se questione o ponto de vista imperialista eurocêntrico. Os mais horrendos massacres na Iugoslávia foram cometidos pelas forças terroristas que os serviços de inteligência (diga-se, espionagem) das potências capitalistas criaram, financiaram e comandaram com o objetivo de derrotar um governo e Estado que não aceitava subordinar-se ao comando dessas potências. Os meios de comunicação corporativos, para variar, se encarregaram de transformar os bandidos em mocinhos. E, como de costume, uma certa “esquerda” pró-colonialista, inimiga de tudo o que cheira a independência dos povos, também participou entusiasticamente do grande conluio que se formou contra o governo da Iugoslávia de então. São os mesmos que hoje apoiam os mercenários (criados, financiados, treinados e controlados pelas potências imperialistas e neocolonialistas) que atuam na Síria para derrubar o governo de Bashar el Assad, são os mesmos que atuam ao lado das ONGs neo-colonialistas para desestabilizar os governos de Evo Morales, de Rafael Correa, de Daniel Ortega e de todos os outros que não se enquadram no livreto do neocolonialismo e imperialismo. Esta “esquerda” é a ponta de lança da direita. Desculpe-me pela franqueza, mas foi a seu pedido.

Alemao

Essa é a maior das falácias da esquerda. A questão da soma zero da riqueza, como se não fosse possível criar riqueza, que é o que o capitalismo possibilita. A Apple se tornou o monstro que é hoje porque explorou os chineses ou porque vendeu seus produtos mundo afora? Olha que tem fila pra conseguir emprego nas fábricas da Apple na China. São campesinos que viviam na miséria e que agora pelo menos tem chance de ganhar um salário e melhorar suas condições de vida. E está cheio de miserável querendo ser “explorado”.

No fundo o que vcs querem é uma sociedade estanque aonde todos são miseráveis. Peguemos alguns países africanos como exemplo. Se o capitalismo fosse impossibilitado de ser aplicado então as tribos continuariam sua vida de sempre, lutando para a sobrevivência e subsistência. Contanto que elas não tivessem conhecimento que é possível ter água encanada e tratamento de esgoto estaria tudo bem. Mas o malvado do capitalismo mostra que isso é possível então ele se torna um vilão…

    Rafael

    O que você chama de falácia, nada mais é que uma abordagem sistêmica do fluxo de recursos e do capital nas economias, bem como as influências dessa dinâmica na teia social. Com o mínimo de bom senso podemos perceber que as abordagens teóricas do David Harvey ou do Ladislau Dowbor por exemplo, aproximam-se mais da realidade do que a concepção de uma “economia mágica” criada por Misses (como se os recursos brotassem do nada e o mercado fosse um fim em si mesmo).

    Sobre as “maravilhosas” fábricas da Apple na China, por favor, informe-se melhor:

    http://www.nytimes.com/2012/01/26/business/ieconomy-apples-ipad-and-the-human-costs-for-workers-in-china.html?pagewanted=5&_r=2&ref=technology&

    Alemao

    Quanto blablabla hehehe, parece que alguém acha que esse palavrório todo é um argumento. Continua sendo uma falácia…

    “…a concepção de uma “economia mágica” criada por Misses (como se os recursos brotassem do nada e o mercado fosse um fim em si mesmo).”

    Primeiramente é Mises o nome dele, segundo, o que ele diz é completamente o contrário, os recursos não brotam do nada e sim é criado através da venda de coisas que satisfaçam os desejos das pessoas:

    http://wiki.mises.org/wiki/Wealth

    A economia não é mágica, é apenas resultado desse mercado da venda de necessidades/desejos das pessoas:

    http://mises.org/humanaction/chap15sec1.asp

    Não repita simplesmente o que vc ouve, vá ler da fonte e tire suas próprias conclusões.

    Em nenhum momento falei que as empresas chinesas da Apple eram paraísos, esses trabalhadores não são obrigados a trabalhar lá, o fazem porque querem e porque preferem ganhar um salário a viver em condição de miséria que viviam antes.

    rodrigo

    Alemão! Tu é miguxo!!! Vivenda e aprendenda…

FrancoAtirador

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GLOBATOCRACIA DO MILLENIUM

“O Poder Corporativo expressa suas políticas e diretrizes por meio dos ‘think-tanks’ [fundamentalmente Fundações e Institutos Privados], para logo ser ideologicamente implantado e estendido à Sociedade através de diferentes tipos de organizações não governamentais.”

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Livro

LOS MEDIOS DE COMUNICACIÓN: ALEJADOS DEL PERIODISMO Y DE LA ÉTICA

Por Mikel Itulain

Los medios de comunicación tienen una enorme importancia e influencia social.

Estos medios, prácticamente en su totalidad corporativos, es decir, poseídos o controlados por las grandes corporaciones económicas, marcan y conducen el rumbo de la mayor parte de la población occidental.
Pocas personas escapan a su influencia y pocas también mantienen una actitud crítica con ellos.

Esta influencia, tristemente, no ha sido para bien, bien al contrario.

Por este motivo esta obra describe esta actitud poco periodística, poco ética y poco responsable que han tenido estos supuestos periodistas.

Describe su terrible papel en la justificación de guerras coloniales recientes, como la de Yugoslavia, Libia o Siria, también habla del pasado, para ver que esta actitud no es nueva, mirando a la Venezuela antes de Chávez, al ataque a la Unión Soviética o al propio nacimiento de los Estados Unidos.

Cómo no, expone la profunda hipocresía y la incluso responsabilidad penal y criminal en que incurren dichos medios.

Que el lector disfrute de la obra y le ayude a pensar y decidir por sí mismo.

(http://miguel-esposiblelapaz.blogspot.com.es/2013/11/los-medios-de-comunicacion-corporativos.html)
(https://www.dictus-publishing.eu/catalog/details//store/es/book/978-3-8473-8813-5/los-medios-de-comunicaci%C3%B3n:-alejados-del-periodismo-y-de-la-%C3%A9tica)
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Leia também:

Tipping the Balance of Power
[Desequilibrando a Balança do Poder]

GLOBAL THINK TANKS

(http://landdestroyer.blogspot.com.es/2012/09/tipping-balance-of-power.html)
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Naming Names: Your Real Government

(http://landdestroyer.blogspot.com.br/2011/03/naming-names-your-real-government.html)
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Sobre as seqüelas culturais deixadas pelo Macarthismo no Ocidente,
leia:

Naming Names: The Social Costs of McCarthyism

by Victor Navasky

(New York: Viking Press, 1980)

(http://www.english.illinois.edu/maps/mccarthy/navasky.htm)
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Andre

A única coisa que realmente se globalizou foi o capital e com ele as diferenças de classe: um miserável europeu ou americano hoje vive em condições muito próximas,senão iguais de um miserável brasileiro ou mexicano. A diferença entre os 99 e os 1 % é global há vários dados que mostram essa diferença no nível ‘global’.
Destaco um ponto importante no texto sobre a origem da guerra da Iguslavia no link: o Serviço Secreto alemão insuflou os nacionalistas crotas, a utashi – grupo que colaborou com os nazistas durante a segunda guerra -para a guerra. È Bom lembra que nessa guerra pela primeira vez as tropas alemães, – da alemanha então recentemete unificada -atuaram em solo europeu desde a segunda guerra e isso quase ninguém lembra. Diante da desigualde de classes crescente no ‘mundo globalizado’, fica a dúvida: seria a volta do nazismo a ‘solução final’ que o capital encontrou?

Luís Carlos

Globalização com seus saques e pilhagens. Globalização competitiva e internacionalização solidária. A direita globaliza. A esquerda internacionaliza.

lukas

Se estamos comentando num blog usando computadores conectados à internet é graças ao capitalismo.

Agradeçam.

    Andre

    Como dizia Lenin as coisas boas do capitalismo devem ser preservadas. Acrecentaria que as ruins – e não são poucas- devem ser superadas.

    Alemao

    Interessante seu comentário. Se as coisas boas do capitalismo devem ser preservadas então tomara que o capitalismo não termine tão cedo não é mesmo? Se ele houvesse acabado na época do Lênin então provavelmente não teríamos internet e teríamos um Cubão global…

    Heitor

    Isso é mais uma propaganda falsa que os capitalistas divulgam, pois mesmo que o capitalismo não existisse a sociedade evoluiria da mesma forma e estaríamos desta mesma forma utilizando computadores. Porém, quem sabe, numa internet mais segura e honesta do que esta que utilizamos.

    Alemao

    Explica pra gente então quem ia investir em desenvolvimento dos equipamentos necessários para a consolidação da internet? A internet surgiu da intranet, que foi desenvolvida com finalidade militar para comunicações. Vc realmente acredita que a internet teria se desenvolvido se não houvesse forte investimento por parte das empresas visando o lucro em possíveis mercados futuros? Vc realmente acredita que a empresa que abriga os servidores que abrigam este site existiria se ela não lucrasse com isso? Vc acredita que este site continuaria existindo se não fosse pelas propagandas que ele veicula?

    Explica pra gente como as empresas seriam capazes de investir em desenvolvimento e em expansão se não houvesse lucro. Imagine que a empresa tem lucro zero, como ela vai expandir seus negócios se ela não tem dinheiro sobrando para comprar novos equipamentos e contratar mais funcionários?

    Marcelo

    assim como cuba evoluiu, certo?

    Vai tentar comentar besteira em blog por lá, nem na conexão de 56 kbps você consegue.

    Jorge

    Concordo. Antes do capitalismo, o homem já andava vestido, a roda fora inventada, e vivíamos em casa com telhados. Com isso, antes que uma mente luminosa venha usar toda sua capacidade para o deboche e o insulto, quero dizer que o capitalismo foi o meio moderno que alguns encontraram para enriquecer e garantir poder em detrimento de uma maioria. Da mesma forma que uma sociedade pode sobreviver com dinheiro, ou com armas, pode fazê-lo com outras bases. A questão central é que existem homens, e muitos, cuja satisfação não está no equilíbrio, mas no poder. E muitos outros, que sem coragem ou capacidade para se tornarem uns destes homens, são suficientemente pequenos para servir-lhes de tapete e escudo.

    Andre

    Me desculpem mas acho que essa discussão tá meio fora de foco, história contrafactual – não haveria internet se o mundo fosse comunista em 1917 ou haveria – é ficção não é base para argumento. É melhor olhar para o que é a internet em uma sociedade capitalista. Podemos sim – enquanto o capitalismo não mostra sua forma degenerada no fascismo – ter essa discussão aqui. MAs vamos ser sinceros, esse tipo de discussão é minoria na internet. O capitalismo diminui a qualidade intelectual da maioria da população – e quem falava isso já era Adam Smith, um autor liberal e que não pode ser acusado de comunista. Na Internet sua subjetividade é manipulada, empacotada e vendida pelas grandes companhias; entretenimento e vida privada viraram trabalho gratuito para gerar os lucros das grande empresas da internet. Conhecei a internet que não pertencia aos oligopólios e posso garantir que era muito diferente do que é hoje.
    O problema não é a internet mas o fato dela ser usada para os fins do capitalismo: a exploração do trabalho para geração de lucros das grandes empresas. EM resumo o capitalismo cria grandes possibilidades para o ser humano – MArx reconhecia isso – mas impede que elas se realizem.

    Mauro Bento

    O Capitalismo sucedeu o sistema de produção feudal,que esgotou-se juntamente com a produçao agrícola do solo europeu cuja tecnologia da época não permitia a recuperação.
    No seu momento histórico,já ultrapassado, o Capitalismo foi revolucionário permitindo a descoberta e conquista de novos territórios,além de novos sistemas políticos além de novos desenvolvimentos tecnológicos,porém este ciclo também já está esgotado.

    Fernando Garcia

    Durante 3 décadas a tecnologia da internet foi financiada pelo setor setor público. Primeiro na intranet dos militares do pentágono e depois nas redes internacionais de cientistas, notadamente os físicos de altas energias. Daí surgiram todos os protocolos e a tecnologia que foi privatizada na segunda metade da década de 90. Ou seja, todo o “capital de risco” para gerar a tecnologia foi público, o setor privado só entrou aos 45 do segundo tempo. E hoje? Bem, hoje ainda é o setor público que financia as pesquisas de fato “de risco” e que irão encontrar as soluções para os gargalos da internet.

    A internet é apenas um dos exemplos de como todo o setor de alta tecnologia é totalmente subsidiado por dinheiro público sendo fruto, principalmente, de esforços de toda a sociedade. Estes esforços incluem, por exemplo, os enormes montantes de recursos dedicados a formação de engenheiros e cientistas que, em geral, se formam em instituições que, no mundo inteiro, recebem decisivo suporte do setor público.

    Acredito É muito difícil falar de creditar ao “capitalismo” um feito que depende dec

    Nelson

    Conforme o linguista e filósofo estadunidense, Noam Chomsky, em entrevista concedida quando esteve no Brasil ainda em 1996, a Internet foi pesquisada durante trinta anos com dinheiro público.

    Então, meu caro Lukas, tua afirmação é pra lá de furada, meu chapa.

    Bonifa

    A tecnologia avançada do capitalismo só evolui no campo militar, onde o dinheiro é dos contribuintes, ou seja, dinheiro público. Depois disso é utilizada na produção capitalista civil. Não fosse a União Soviética começar a corrida espacial, e por uma questão de propaganda o “Ocidente” ter que entrar também nesta corrida com objetivos além do lucro, e não teria aparecido a agência estatal NASA. Empresas privadas não teriam razões para investir na exploração do espaço, como até hoje não têm, nada além de um ridículo programa de turismo orbital. A NASA é o atestado das limitações do capitalismo na fronteira da técnica e da ciência. Um mundo puramente capitalista estaria condenado a viver eternamente com os pés no chão.

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