Resposta a Sauer: “O que se fez foi ‘despiorar’ a concessão de FHC”

Tempo de leitura: 8 min

ter, 29/10/2013 – 15:50

ed.

no GGN, sugerido pelo Claudio Freire como resposta à entrevista de Ildo Sauer, aqui

Como São Tomé, procurei fazer algumas simulações sobre Libra e Pre-Sal, com base no fartamente publicado, incluindo a lei. Contribuindo pelo menos para o meu melhor entendimento, salvo equívocos, os resultados (postados originalmente em 28/10/2013 as 17:11h) encontram-se a seguir:

ASPECTOS E QUESTÕES SOBRE LIBRA

MODELO DE PARTILHA CONCESSÃO E MONOPÓLIO

Fiz na planilha anexa uma simulação comparativa entre o modelo de partilha e de concessão, combinando vários cenários de volume de produção, preço e participação da Petrobrás.

Considerei 2 resultados alvo principais: o que fica para a União e o que fica no País x o que vai para fora.

Os cenários:

1. Produção e preços abaixo do mínimo esperado (<4000 b/d e < $60)

2. Produção esperada para Libra, combinadas com faixas de preço abaixo de $60, de $60-$80, $80-$100 e >$100.

As combinações de negócio:

1. Sem Petrobrás (0%)

2. Petrobrás com 30% (mínimo da Partilha contra 0% da Concessão)

3. Petrobrás com 40% (Libra).

4. Petrobrás com 100% (“monopólio”, lance único ou contratação direta).

Dá também para verificar aspectos de custos, receita, impostos, lucros e participações das empresas (separando a Petrobrás), da União e do País como um todo.

Os resultados, salvo erro ou informação equivocada, mostram que, na comparação do modelo de Partilha com o de Concessão, a Partilha vence em praticamente todas as simulações, mesmo nos piores casos de produção e preço:

Exceto no caso “monopólio”, O PAÍS nunca perde no modelo de partilha.

No caso específico de monopólio, considerado o pior cenário de preço e volume, curiosamente, o País só perde na Partilha (pequena diferença contra de 1,8% em 89%, neste único caso) porque a Petrobrás teve parte do seu capital bem aumentado para estrangeiros no governo FHC.

Nos piores cenários de preço e produção, a União (Estado) pode perder um pouco  comparativamente (máximo de 3,9%), mas o País sempre ganha.

No caso esperado para preço e volume em Libra, a Partilha ganha em qualquer caso.

Notar que pela participação estrangeira promovida no governo FHC, mesmo com monopólio e melhores cenários, uma parcela dos ganhos sempre irá para fora do país (entre ~9 a ~13% óleo equivalentes).

Ressalte-se que além se buscar uma visão geral (e não cálculos precisos, mas não muito diferentes), o foco é “quanto da sua riqueza o País resgata” e não lucros empresariais ou similares menos sócio-econômicos.

Premissas e Parâmetros utilizados:

Tabela ANP de Partilha (9,93 a ~45%)

Tabelas contidas na lei de Concessão de 1998 (PE de 0 a 40%), embora haja uma menção de um certo “congelamento” decretado por FHC em 1998 que não consegui levantar o que seja. Considerei o limite legal cheio de PE 0~40% na Concessão (vi também menção de que o governo (qual?…) pode “abrir mão” ou reduzir a PE (participação especial) na Concessão.

Royalties de 15% fixos na Partilha e o máximo da Concessão (10%), que varia entre 0%, 5% ou 10%)

Conversão de M3/Trimestre/Campo “fiscalizado” para B/D poço, considerando uma qtde. de 130 poços em Libra (dividindo a produção de pico estimada do campo (1,4 M/d) pela estimada na oferta 10-12, ~11m/d).

Participação estrangeira na casa de ~40% (menos União, BNDEs(Par), Fundos e outros acionistas publico-privados nacionais).

Custo-óleo de 30%, conforme difundido.

COMENTÁRIOS E ASPECTOS COMPARATIVOS GERAIS:

1. O modelo de Concessão não aproveita ganhos em preço, só em volume (ate 40%). O de Partilha beneficia-se também com o aumento de preços.

2. O modelo de partilha permite um controle muito melhor da produção e aspectos relacionados (sem riscos de “fiscalização”, invertida), por colocar a Petrobrás como operadora única (gerando e podendo resguardar algum know-how).

3. Além da União, o país sempre ganha mais no modelo de Partilha por exigir conteúdo nacional (crescente) a partir de ~37% e também da parte mínima de 30% do custo-óleo que fica no país (podendo crescer até 100%).

4. A pretensão (previsível e esperada) da oposição de tirar os 30% mínimos da Petrobrás só piora os resultados porque além de perder a participação de 30% nos resultados, alavancada pelo custo-óleo e pela participação nacional não existente no modelo de concessão, perde a participação em custo-óleo que ficaria aqui.

5. No modelo de Partilha, a participação é sempre alavancada em termos de custos/investimentos x participações finais nos resultados (Petrobrás, União e País).

6. Embora os opositores do modelo de partilha digam que estamos “partilhando uma riqueza “sem riscos”, eles mesmos usam o risco de volume e preço (este o mais imprevisível) para depreciá-lo, embora só nos muito piores cenários de volume e preço haja uma pequena diferença desfavorável.

7. Devemos lembrar que nestes piores cenários de preço (<$60), o break-even da operação (e quiçá amortização de investimentos) estará se aproximando do inviável em QUALQUER CASO (a menos que os custos de produção se reduzam com o tempo).

8. Os opositores do modelo de partilha mencionam que a Petrobrás “poderia endividar-se” para assumir sozinha (fato), esquecendo-se do risco acima (preço), que exige dezenas de bilhões em investimentos e um custo operacional altíssimo podendo até quebrar a empresa na eventualidade dos piores cenários de preço (ou mesmo um erro crasso de previsão de volume, bastante improvável).

9. A partilha com outras empresas dilui riscos e, como já vimos, embora reduza as receitas, elas serão alavancadas (proporcionalmente maiores) em relação tanto aos investimentos quanto aos custos operacionais e aos riscos (além de financiamento “sem juros”, em óleo, não financeiro).

10. O modelo partilhado (que não proíbe a Petrobrás de entrar 100% em nenhum campo) é mais saudável e seguro também nos aspectos de defesa de interesses, que passam a ter maior multilateralidade (no caso, Inglaterra, Holanda, França e China). Isto sem considerar conspirações militares (aí…). Estamos falando de estratégias de produção e preço.

11. É considerável a diferença de preocupação social entre os modelos, onde um se preocupa basicamente com as empresas e o outro as respeita, mas dá um enfoque muito maior na União (Estado), País (indústria nacional, empregos) e royalties maiores, além de (pouco prováveis) ganhos em preço.

12. Por considerar eminentemente volume, o modelo de concessão deixa de ganhar nos aumentos de preço (que serão aproveitados só pelas empresas).

13. A participação obrigatória, além de assegurar sempre receitas maiores e diluição de custos e riscos alavancados nas receitas, garante controle operacional melhor e receitas fiscais menos sonegáveis ou discutíveis (ex. da Vale privada).

Questões:

1) Entendendo-se que a tabela de partilha dá proteção à proximidade do break-even para as exploradoras, pode-se melhorá-la nos seus piores índices (a primeira coluna, abaixo de $80 ou $60) para os próximos leilões?

2) É seguro considerar-se produção por poço ou há salvaguardas implícitas de custo e controle da Petrobrás para que não haja “trapaças”, para que eles tenham uma produção nominal rentável? (ex ingênuo: múltiplos poços na mesma pequena área).

3) Há (ou quais as) expectativas tecnológico-operacionais de redução de custos (fixos e variáveis) na produção ultra-profunda (pré-sal)?

4) Entendendo que cada plataforma opera diversos poços, qual o valor estimado de investimentos e custos operacionais fixos e variáveis em cada uma das cerca de 17 plataformas e cada um dos seus poços?

5) Pergunta para os opositores (ex: Sauer): Qual a alternativa sugerida ao que está sendo feito, considerando-se viabilidade política nacional e internacional, economia atual (idem) e riscos de mercado (tecnologia e usos energéticos)? Sem “sonhática”!

[Revista Veja noticia o fim do monopólio, em 1997]

Algumas críticas infundadas, falaciosas ou equivocadas dos opositores da Partilha

Não há risco: há o enorme risco de preço que pode inviabilizar e quebra o investidor. Por isso, não é uma questão de se a Petrobrás “pode se endividar”, mas se DEVE fazê-lo sozinha. Mesmo sem considerar outros riscos militares e conspiratórios, a diluição dos custos e investimentos é saudável (preço, produção e aliança estratégica), pelo menos neste ponto inicial, aguardando outras consolidações da empresa e do País.

Com o monopólio o lucro fica todo aqui: Não, cerca de 40% de participação estrangeira na Petrobrás, promovida por FHC sabe-se lá por que razões, sempre irá para fora, e existirá em qualquer modelo.

Estão doando o patrimônio nacional: Não, estamos (também) partilhando, em proporção vantajosa, os enormes investimentos e custos operacionais.

“FHC está se sentindo pequeno” (Ildo Sauer): forçou a barríssima e só nesta frase  “descuidada” jogou fora (boa parte de) sua credibilidade política: Só a Vale!… Além do mais quem quebrou o monopólio da Petrobrás, reduziu o controle da União e aumentou bastante a participação estrangeira foi o mesmo príncipe “sentindo-se pequeno”. Comassim?!

Ao Brasil não interessa uma produção acelerada (idem Sauer): ora, só vamos ter produção “acelerada” daqui a muito anos, numa janela de 35 anos! Lembrando que Libra, embora a maior, é apenas uma fração do Pré-Sal, cujos 80% ou 90% restantes poderão demorar mais ainda! “Quequeisso” cara-pálida? Vamos ficar discutindo com as ongs, sindicatos e associações de bairro enquanto a Lusitana roda?! Ainda que fosse um erro, temos mais 80% ou 90% pra aprimorar e décadas pela frente!

Temos que ter o “monopólio” da exploração: (ou “entregar” só para a Petrobrás). Ora, como brasileiro que sou, também gosto muito da idéia, desde que possamos assumir o investimento E O RISCO sozinhos (O Ildo mesmo diz que nenhuma petroleira do mundo tem esta munição). O fato é que esta lambança é do FHC “pequeninho”. Alguém em sã consciência acha que o Congresso aprovaria mesmo uma “volta” ao monopólio?! Ora, o que se fez foi “despiorar”a lei de Concessão, aprovando-se uma outra bem melhor (não ideal!) de Partilha, resgatando maiores benefícios da riqueza para a União (Estado), o País e a Petrobrás. O resto é mimimi que deve ser cobrado dos neoliberais fernandistas e corretores do país.

Tínhamos que dar 100% à Petrobrás: além da Petrobrás, por obra e graça do “FHC pequeno-sentido” (o fundamental causador de toda esta discussão agora), ter uns 40% de participação estrangeira, mesmo com “monopólio”, há o respeito à (nova e viável) lei. Foi um leilão, nada impede legalmente a Petrobrás de ser contratada ou fazer lance sozinha. Há também o alívio na dose cavalar de investimento e a dita diluição de riscos.

O preço pode (ou “vai”!…) cair: Ora se o preço cair aos níveis que os opositores sugerem (ou desejam?), INVIABILIZA-SE a exploração do Pré-sal (pelo menos aos custos de águas ultra-profundas de hoje, que dominamos). Além disso, imagine-se a Petrobrás investir dezenas de bilhões e antes mesmo de começar a produzir, parar! Querem uma armadilha para quebrar a Petrobrás?! Ou é melhor ter esse risco diluído com a Shell, Total CNPC e CNOOP? Partilhando uma parte proporcionalmente vantajosa das receitas em relação aos custos/investimentos?

Não houve leilão: Houve dezenas de interessados (40?), 11 inscritos (pagaram para inscrever-se) e um lance (de 5 empresas). Qualquer leilão no mundo (partindo de um mínimo) se encerra com o lance mais alto. Único ou múltiplo. Perfeitamente normal.

Foi pelo mínimo: Se a União perde, a Petrobrás (uma empresa) também respirou um pouco mais, pois em qualquer caso ela também pagará para a União. Um tanto de leas por elas (40/60).

As outras são despachantes de luxo no endividamento: Até onde entendo, o endividamento de cada sócio para entrar num negócio é de si próprio (sua parte) e não “do negócio”. Cada um traga a sua parte como puder e arque com seu custo financeiro.

Se bem entendi, a Petrobrás ainda será parcialmente financiada (partida) sem custos financeiros diretos, pagando em óleo.

Bônus é mero truque para cobertura fiscal:  Ora, além de 6 bilhões deste pretenso “truque” serem da Petrobrás (que entendi poderá ser financiado em óleo pelas demais), qual o problema de um controlador de empresa alocar parte de sua participação em cobertura de outros compromissos seus? Gostaria eu de dispor de um negócio em que além da minha participação societária, + royalties adicionais, + participação especial na produção, + obrigação dos sócios em comprar boa parte com a minha “família”, eu também pudesse cobrar um “bônus”de entrada (“luvas”).

Blábláblá e etc: é muita opinião emocional (também gostaria que fosse melhor), um gasto em energia ruim e ineficaz. O ótimo é inimigo do bom e a perfeição é uma meta. Críticas para melhorar serão bem vindas e boas para nós todos.

Leia também:

Ildo Sauer: “Fernando Henrique está se sentindo pequeno”


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Comentários

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victor paoleschi

ah não esqueci, o mundo é dinâmico, multidirecional, versátil, as coisas são circunstanciais…..o gerenciamento é adaptativo….

só rindo

victor paoleschi

tem um monte de gente querendo estudar, pra ajudar nosso próprio país…mas não é mais fácil prorrogar as coisas….não era a PETROBRAS um modelo de empresa, a detentora de toda tecnologia de exploração? ué? onde foi parar essa pompa toda? lá embaixo no pré sal? veja esse falso ou verdadeiro slogan foi disparado tanto na era fhc quanto na lula…..então pq os poderosos eua europa adotam medidas protecionistas e a gente não pode?: pq somos bonzinhos? temos uma áurea e alma altruísta? é isso?
quanta blasfêmia!

victor paoleschi

não é pq se critica a dilma que eu concorde automaticamente com o fhc…aliás nunca fiz e faria isso……..é muito conto da carochina pra acrdeitar neste modelo de partilha….parem de ser tolos

victor paoleschi

pq a Dilma não sentou então e abriu o jogo para o povo brasileiro em assunto tão estratégico e que envolve nossa soberania?

victor paoleschi

QUANDO SE TRATA DE RECURSOS NATURAIS…NÃO EXISTE PARTILHA OU CONCESSÃO OU QUALQUER OUTRO MODELO …..EXISTE A NOSSA SUBSUNÇÃO AO INTERESSE ESTRANGEIRO….PRIORITARIAMENTE eua E opep….PAREM DE ESFREGAR GELO…O QUE UMA NAÇÃO QUER DE VERDADE, ELA FAZ AGORA…NÃO PRORROGA

victor paoleschi

TURMA? A VERDADE PRA VOCES NÃO TÁ ESCANCARADA AINDA?

Jayme Vasconcellos Soares

Os fundamentalistas do PT usam de qualquer argumento ou sofisma para justificar a entrega de nossos recursos econômicos ao capital estrangeiro, em cuja lista pontuam com destaque: ferrovias, rodovias, telecomunicações, portos, aeroportos, saúde, educação, recursos minerais, e agora culminando com nossas reservas petrolíferas do Pré-sal; é muita cara de pau desses seguidores do governo Dilma!!!

    ed.

    Mais um “(pre)julgador” de quem (ou o que) nem conhece, baseado meramente num trabalho de avaliação de um (conforme alega) “seguidor”, sem sequer perceber que se alguém foi seguido, foi “São Tomé”. Em vez de aproveitar para contestar algo, ou pelo menos clarear a mente, fica nesse nhehenhenhém de tucano, inclusive trazendo uma lista de façanhas deles.
    Será que é?!
    Bem, isto não é um problema relevante, pode ser o que quiser.
    Mas aqui neste blog, pode-se esperar pelo menos um comentário mais consistente.

Zanchetta

Quer dizer então que todo esse progresso em tecnologia de exploração de petróleo (inclusive no pré-sal) que este governo arrota não deve ser levado em conta nas “planilhas”?!?!?!? Ou não houve nenhum?

    ed.

    Deixa ver se entendi, Zanchetta.
    A Petrobras está (há muito) entre os líderes mundiais de uso de tecnologia em águas profundas e agora é lider também em ultra-profundas.
    Inclusive já produz no pré-sal, no campo de Tupi!
    Se há alguma suposição de que isto fosse uma ‘limitação”, não é. Ela é melhor nisso do que as outras (todas).
    A limitação da partilha diz respeito a:
    1) O Investimento é altíssimo (50 a 150 bilhões). Nenhuma petroleira do mundo tem bala na agulha para tanto, segundo o próprio Ildo Sauer e outros especialistas.
    2) O óleo está lá, “garantido”, mas o risco não é o de pegá-lo mas de PREÇO, que “não é garantido”. Se o mercado baixar além do (alto) custo no pré-sal (águas ultraprofundas) ele fica inviável (o “bilhete premiado” pode virar “mico”)
    3)Este investimento altíssimo pode quebrar qualquer empresa, se não for recuperado. Notar que falamos só de Libra, que é apenas um pedaço do pre-sal.
    4)Pelo próprio aumento de capital (resgatando parte de nossa participação na Petrobrás) e pelos altos investimentos já feitos e ainda a fazer em TODO o pré-sal, a Petrobrás já está altamente endividada no momento (o que é natural). O risco altíssimo (de preço, não de produção) leva a dividir o investimento, custo e risco neste momento. Não é uma “traição” … é bom senso e limitação do negócio.
    5) Há ainda outros riscos de novas tecnologias e uso de energia sendo desenvolvidas no mundo, e o petroleo pode perder importância (ou não). Sem falar em riscos conspiratorio/militares, pois aí … babáu…
    Portanto, não se trata apenas de saber extrair, mas poder ($$$).
    E ainda temos (até o momento) que pensar em explorar o equivalente a mais 4 a 8 campos de Libra no pré-sal. A Petrobras vai precisar gerar dinheiro para poder fazê-lo. Ou vai arriscar se endividar em mais algunmas centenas de bilhões … e poder quebrar (pelo preço, não pelo “bilhete”)
    Lá fora, vão gostar muito disso!
    Alguns até babar.
    Só não podemos é “ficar babando” emocionalmente aqui dentro.
    Galinha pensando que é pavão, num mundo cheio de raposas babando.

    victor paoleschi

    BOA ZANCHETTA

Helenita

Caro Azenha, seria muito bom se seu blog pudesse elaborar uma informação bem didática sobre as concessões de bacias petrolíferas entregues por FHC/Serra/Mota/Davizinho no tocante a hipotéticas vantagens finaceiras até hoje obtidas pela União com elas…
Pelo artigo acima infere-se que existiu ou existe alguma vantagem financeira para o País, mas acho que está mais do que na hora de tudo ser trazido para nós conhecermos… Foi publicado com provas documentais que o governo FHC/Davizinho tinha “concedido” uma parte do poço de Libra por ridículos R$250.000,00. Portanto, sugiro e peço que publique para nós toda aquela doação, desde o leilão até hoje, bacia a bacia.
É sabido que os países nórdicos estão mergulhados em dinheiro e consequente bem estar social, por causa da exploração de seu petróleo no mar, e seus regimes de exploração É O DE PARTILHA, de onde o governo do Presidente Lula buscou fundamentação para o seu projeto, o qual foi aprovado pelo Congresso, logo, se fosse de prejuízo para o dono do petróleo os países nórdicos não estariam na segurança em que estão.

    Henrique

    Shell e Total pagam multa de R$ 1 bi nos EUA por suborno

    Por suborno em operações de exploração de petróleo na Nigéria e Irã, Shell e Total pagaram multa de quase R$ 1 bilhão nos EUA, para escapar de processos administrativos e criminais. Shell e Total foram investigadas pelo Departamento de Justiça e pela SEC (Comissão de Valores Mobiliários de lá). A Shell pagou multa de R$ 104,8 milhões pelas propinas no projeto “Bonga” de exploração em águas profundas e “tratamento especial” na Alfândega. Já a Total forjou contratos fictícios de consultoria com empresa de fachada e pagou R$ 333,54 milhões de multa pelo esquema e mais R$ 534,5 milhões para não ser processada criminalmente.

Helenita

Henrique, a Petrobrás mesmo avançada, forte e competente, É UMA EMPRESA, e não algo mágico, de onde tudo se pode obter, sem a contribuição de outras empresas do ramo. Tornou-se recorrente dizer que “tudo deveria ficar com a Petrobrás”, situação que certamente impediria por tempo indefinido a extração de óleo no Pre-Sal, pois aquilo não é para uma só empresa, pois dependerá de alguns anos apenas fazendo gastos milionários, até que se possa negociar o óleo… A Petrobrás não tem esse fôlego todo, inclusive porque ela deve manter incontáveis projetos em andamento, que são valiosos para o Brasil, e isso implica em manter suas finanças robustas.
É até doloroso lembrar, mas a Petrobrás já não é totalmente brasileira, ao contrário, tem 40% de acionistas estrangeiros, notadamente americanos, por obra e graça (?) de FHC, logo, a futura renda a ser obtida no Pre-Sal não ficará toda com o governo brasileiro. Penso que o sistema de partilha é como o bom e velho arrendamento, em que o agricultor entregava parte de suas terras para o arrendatário produzir, recebia parte da produção em pagamento e ainda mantinha a propriedade de suas terras… Se muito se fala em “atitude eleitoreira”, dá para observar que a oposição está utilizando essa partilha para aquecer suas campanhas, inclusive se rasgando de amores pela Petrobrás, empresa que foi literalmente esmagada pelo PSDB/DEM/PIG.

    Henrique

    HELENITA

    O sistema capitalista ainda não conseguiu criar nada mais corrupto, predador e criminoso do que aquilo que o presidente da estatal italiana de hidrocarbonetos Enrico Mattei batizou, nos anos 50, de Cartel das Sete Irmãs, composto por cinco subsidiárias da Standard Oil, mais a Shell e a Anglo-Persian (atual British Petroleum – BP).
    Desde sua criação, em 1928, mas já antes disso, seus componentes vêm acumulando uma infindável folha corrida de golpes de Estado, sustentação de governos (e mesmo Estados) fantoches, crimes ambientais, guerras de rapina, assassinatos, suborno, suborno e mais suborno.
    Mossadegh, primeiro-ministro do Irã, derrubado em 1953, depois de nacionalizar a BP, e mantido preso até a morte em 1966; Getúlio Vargas, suicidado em 1954, após a criação da Petrobrás; Enrico Mattei, espatifado em 1962 na queda de um avião da companhia, provocada por sabotagem; Saddam Hussein, enforcado em 2003; Muammar Kadafi, linchado em 2011, são alguns dos que lhes cruzaram o caminho.
    O renegado Haroldo Lima diz que o cartel é coisa do passado – o que por si só seria razão para crer que não é.
    Na verdade, o que mudou nesses 93 anos é que as cinco subsidiárias da Standard Oil se transformaram em duas (Exxon, Chevron), a Total se integrou ao bando e a BG está com o pezinho dentro. As três harpias originais passaram a quatro (ou cinco) e tiveram sua força alavancada pela fusão com megainstituições financeiras, para dividir áreas e pilhar o mundo com maior eficiência.
    Dilma pôs no maior campo de petróleo do planeta, com o mesmo peso da Petrobrás, duas representantes dessa “agremiação filantrópica”. E teria lhes dado mais, se a mobilização nacional não houvesse impedido. Isso vai custar ao Brasil bem mais do que os bilhões perdidos na transação. É a lógica de seu famigerado Programa de Concessões – tucano da cara ao pé.
    O presidente Lula diz que deveríamos estar felizes. Pois estamos. Não com a traição, é fato. Mas com a resistência contra ela. Cresceu rápido e está a se espalhar como fogo em capim seco.

Mardones

Ainda acredito que a crítico do Sauer foi errada apenas quando comparou Libra com a entrega do FHC. Foi realmente primário. Só o exemplo da Vale faz do ex-presidente um presidiário potencial por crime contra a soberania nacional.

    Julio Silveira

    Concordo plenamente. De resto o que agora esta feito, está feito, e o Brasil costuma honrar contratos mesmo desfavoráveis a cidadania. Mas sempre favoráveis a banca. De resto nos resta torcer para que no futuro não venham nos dizer “puxa não era esse resultado que esperávamos”, jogando a culpa em alguma conjuntura, que é o que estamos acostumados a encarar, com os gênios que tem governado o Brasil, entregando desde nossos tesouros até nossa soberania. E toma fila no SUS e toma desrespeito a cidadania, e toma porrada nos mais pobre, e toma bilhões em descaminho, enquanto a corte viaja de jatinho oficial.

carlos quintela

Como diria o Ibrahim, os cães ladram e a carruagem passa… Quem não tem nada para falar deveria ficar calado. O sistema entrguista terminou. Agora a situação é de partilha.

vinicius

Interessante notar que o autor do texto colocau o assento agudo em PETROBRÁS, oxítona terminada em a(s).

Queriam mudar o nome para PETROBRAX e, assim, facilitar a privatização. Acabaram retirando o acento e o monopólio.

Aos pouco, vamos conseguir ter mais clareza sobre o assunto.

Ulisses

Não sei se foi bom ou ruim o leilão de Libra! Tem prós e contras! Nassif foi a favor, você é contra! O futuro dirá quem tinha razão! Você já deu o recado. E muitas vezes. Agora estou estranhando nenhum post sobre o procurador de Grandis e sua armação em defesa do PSDB. Nassif, PHA e muitos outros estão dando voz a nossa indignação. Mas você está na surdina. Por que?

    Luiz Carlos Azenha

    Você mesmo deveria concluir: entrei no PSDB! rsrsrs

José Roberto Reis

O título da matéria é maldoso, pinçou uma frase (acompanhada logo em seguida de “aprovou-se uma outra bem melhor”, ignorada na chamada) pra dar a entender que foi só uma mudança para o menos pior, quando o artigo é claro nos seus argumentos em defesa do modelo de partilha, ainda que não o considere ideal!!!

ed.

Caríssimos Azenha, Conceição, colaboradores e colegas. Levei um susto ao ver esta colaboração por aqui. Como percebem, continuo sempre visitando-lhes multi-diarimente, como há muito faço, embora por outras limitações, não tenho participado nos debates. Não vivo sem o Viomundo, hehe.
Na verdade, esta colaboração foi para tentar entender e esclarecer a guerra de info e desinformação sobre este tema. Não foi exatamente uma resposta direta ao Sauer, mas uma pré-contribuição geral ao assunto e à sua última entrevista com o Nassif. Espero que este pequeno balanço ajude e esclareça. Ou seja questionado, traga novas questões e visões. Decerto que estarei à disposição para esclarecer e debater, além de continuar à sua disposição para qualquer outra contribuição.
Enorme abraço.

Edvaldo Lacerda

Valeu Tião Macalé, disse tudo !

tiago carneiro

apareceu por aqui uma turminha do tijolaco. se o camarada nao concordar eh psol ou psdb. sou pt desde crianca e acho patetica essa comemoracao pelo menos pior.

nao eh porque sou pt que tenho que concordar com as lambancas da nossa fhc de saias, que me perdoem, ta mais pra um pmdb ou neopt rosinha cheiroso, ao estilo bernardo plim plim, pimentel matador de aposentadorias ou rui falcao tucanao.

tenho opiniao propria!

    ed.

    Se seu comentário é relacionado ao artigo, adianto-lhe que não sou de, nem milito por nenhum partido, nem sou da “turminha do tijolaço” ou outra qualquer. Apenas um brasileiro interessado num Brasil melhor. Por isso trouxe (através do Viomundo) uma contribuição publica ao esclarecimento e debate sobre o tema.
    Você, lamentavelmente, trouxe apenas suposições e ilações (infundadas).
    Este blog é muito bom e merece de você um empenho melhor que isso.

Gilmar Bueno da Silva

Tiao Macalé desenha pra eles:

Explanação mais simples e didática?

A cada dez barris de petróleo extraído do campo de Libra:
30% é da Petrobrás, três barris;
Mínimo de 41,5% da ANP (dos sete barris restantes), 2,9 barris;
Parte da Consórcio vencedor do leilão, 4,1 barris;

Pode se simplificar assim?
A cada dez barris de petróleo extraído do campo de Libra, 5,9 são do Brasil?
Esqueça o tal conteúdo nacional,bens e serviços,empregos o 1% do faturamento/bruto que terão que destinar as Universidades (pesquisas tecnologias de ponta).

Outra para à Educação quantos giz deu à privatização da Vale???Um….KKKK!!!!!

Sagarana

Não foi privatização, não sou neoliberal…

Luiz Lima

essa discussão me entediou. Nem leio mais.

FrancoAtirador

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E se aumentasse a participação da União

no Capital Social da Petrobrás?

Isto já foi feito há pouco tempo:
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Estrutura Societária

2009

O capital social da Petrobras é dividido em 8.774.076.740 ações sem valor nominal (57,8% de ações ordinárias, com direito de voto, e 42,2% de preferenciais).

A União Federal exerce o controle acionário, com 55,6% do capital votante.

Em 2009, não houve mudança significativa na estrutura societária,
mas são previstas para 2010 algumas mudanças por conta do novo marco regulatório
das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural
na área de ocorrência da camada Pré-Sal.

Um dos projetos de lei apresentados pelo governo brasileiro define a capitalização da companhia,
com a ampliação do patrimônio para a captação de recursos
por meio da disponibilização de recursos de acionistas
e do aumento da capacidade de obtenção de novos financiamentos.

Com o previsto aumento do capital, os acionistas minoritários podem manter a proporção da participação que já possuem na companhia por meio da compra de novas ações.

No caso de não exercerem esse direito, o governo e outros acionistas poderão comprar estas ações não adquiridas.

Isso possibilita um aumento da participação da União na Petrobras.

Outro projeto de lei prevê a possibilidade de ações do capital social serem subscritas pela União e integralizadas com títulos da dívida pública mobiliária federal.


(1) Contempla custódia Bovespa e demais entidades.

(http://www.petrobras.com.br/rs2009/pt/relatorio-de-sustentabilidade/apresentacao-forma-de-gestao-e-transparencia/perfil/estrutura-societaria)
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2010

A MAIOR CAPITALIZAÇÃO DO MUNDO

Em 24 de setembro de 2010, a Petrobras captou R$ 120,2 bilhões na maior oferta de ações já realizada no mundo.

A operação resultou numa acentuada valorização da empresa, que atingiu, naquela data, US$ 223 bilhões em valor de mercado, passando a ocupar o segundo lugar entre as empresas do setor de óleo e gás no mundo, atrás apenas da Exxon Mobil.

Os recursos resultantes da capitalização permitiram que a Petrobras pagasse à União R$ 74,8 bilhões pela garantia do direito de explorar e produzir, por 40 anos, prorrogáveis por mais cinco anos, 5 bilhões de barris em sete poços da camada de Pré-Sal – quantidade equivalente a um terço das reservas atuais.

A capitalização permitiu ainda que o grau de alavancagem financeira da Petrobras – a razão entre capital de terceiros e próprio – caísse de 31% antes da oferta para 17% depois da captação.

A melhor estrutura de capital é um passo fundamental para a Petrobras seguir com o programa de investimentos que irá mudar seu patamar de produção.

Os investimentos possibilitarão o aumento da produção de óleo e gás para 3,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2014, um crescimento de 51% em relação aos 2,58 milhões produzidos em 2010, a mais expressiva expansão entre todas as maiores empresas de petróleo do mundo.
Nesse período, serão investidos US$ 224 bilhões, com destaque para a viabilização dos poços da camada de Pré-Sal − nova fronteira exploratória, que receberá US$ 33 bilhões em recursos e é considerada a maior descoberta de petróleo do Hemisfério Sul nos últimos 30 anos.

Por mais relevante e necessária que fosse, a operação de capitalização não passou incólume a questionamentos − alguns relacionados à participação dos minoritários (leia na página 32, Tratamento aos acionistas minoritários) e outros referentes à queda nas ações (que teria sido provocada pela capitalização), a uma supostamente excessiva participação do Governo Federal e a atrasos durante o processo.

Íntegra em:

(http://www.petrobras.com.br/rs2010/pt/relatorio-de-sustentabilidade/atuacao-corporativa/estrategia/a-maior-capitalizacao-do-mundo)

Conheça mais sobre a composição do capital social,
entre ações ordinárias e preferenciais da Petrobrás:

(http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/governanca/capital-social)
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    FrancoAtirador

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    CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRÁS

    Representantes do Acionista Controlador [UNIÃO FEDERAL]
    Sr. GUIDO MANTEGA [Presidente do Conselho]
    Sra. MARIA DAS GRAÇAS SILVA FOSTER [Presidente da Petrobrás]
    Sr. LUCIANO GALVAO COUTINHO
    Sr. FRANCISCO ROBERTO DE ALBUQUERQUE
    Sr. MARCIO PEREIRA ZIMMERMANN
    Sr. SERGIO FRANKLIN QUINTELLA
    Sra. MIRIAM APARECIDA BELCHIOR

    Representante dos Acionistas Minoritários
    Detentores de Ações Ordinárias
    Sr. MAURO GENTILE RODRIGUES DA CUNHA

    Representante dos Acionistas
    Detentores de Ações Preferenciais
    Sr. JORGE GERDAU JOHANNPETER

    Representante dos Empregados da Petrobras
    Sr. JOSÉ MARIA FERREIRA RANGEL

    CONSELHO FISCAL

    Representantes da União
    Sr. PAULO JOSÉ DOS REIS SOUZA.– titular
    e Sr. MARCUS PEREIRA AUCÉLIO como suplente,
    como representantes do Tesouro Nacional;
    Sr. CESAR ACOSTA RECH – titular
    e o Sr. EDISON FREITAS DE OLIVEIRA como suplente;
    Sra. MARISETE FÁTIMA DADALD PEREIRA – titular
    e o Sr. RICARDO DE PAULA MONTEIRO como suplente.

    Representante dos Acionistas Minoritários
    Detentores de Ações Ordinárias
    Sr. REGINALDO FERREIRA ALEXANDRE – titular
    e a Sr. MÁRIO CORDEIRO FILHO como suplente.

    Representante dos Acionistas
    Detentores de Ações Preferenciais
    Sr. WALTER LUIS BERNARDES ALBERTONI – titular
    e o Sr. ROBERTO LAMB como suplente.

    Íntegra em:

    (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/wp-content/uploads/2013/04/apresentacao-conselho-ri.pdf)
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    Leia também:

    A Cessão Onerosa de Áreas do Pré-Sal
    e a Capitalização da Petrobrás:

    (http://bd.camara.leg.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/6006/cessao_onerosa_souza.pdf?sequence=1)
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    ed.

    Franco, eu também gostaria, como brasileiro, que tivéssemos uma empresa o mais possível nacional e que a Petrobrás pudesse explorar 100% do nosso óleo e gás.
    Mas para resgatar o que foi feito por FHC:
    1) Teríamos que aprovar novamente o monopólio no Congresso (?!)
    2) Aumentar a participação nacional (um custo bilionário), através de:
    2.1) Comprar as ações dos estrangeiros SE eles QUISEREM vender.
    2.2) Aumentar mais ainda o capital (o que já foi feito por Lula), lembrando que a) todos podem ter direito a participar do aumento (inclusive os estrangeiros); b) Supondo que o governo conseguisse aumentar sozinho o capital em 100% (dobrar), isto só reduziria a participação estrangeira à metade (ex. de 40 para 20%). Se o pequeno resgate de participação já foi o maior aumento de capital da História, imagine quanto seria para aumentar de 48% para 100%?
    Este resgate é quase inviável ou desvia esforço e recursos desproporcionalmente em relação a outras prioridades do país.
    Ou seja FHC deixou uma sinuca de bico para Lula.
    Que fez o que pôde na direção inversa:
    a)Aumentou a participação (nacional e do governo)
    b) Criou um modelo de negócios melhor (partilha) que permite dar a Petrobrás até 100% de exploração e nunca menos de 30%, garantindo ainda 100% do controle e da operação, parte obrigatória e crescente de conteúdo nacional, em qualquer caso (itens que os oposicionistas querem derrubar).
    c) Reorientou (Dilma) boa parte dos resultados para o social (educação e saúde).
    Como se depreende, desejar e conseguir não é exatamente a mesma coisa.

    FrancoAtirador

    .
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    Prezado ed.

    Preliminarmente, cumprimentos.
    Brilhante trabalho.
    Muito elucidativo.

    No Mérito:

    1) Restaurar o Monopólio,
    com esse Congresso,
    no momento é impraticável.

    2) Aumentar a participação estatal, sim:
    a) Diretamente, pela União Federal;
    b) Indiretamente, via BNDES e BNDESPar.
    c) Limitando o percentual de participação estrangeira.
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    Em relação à Libra,

    Inês é morta.

    Mas Iara é viva.
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Liz Almeida

Como não sou economista, e nem sequer gosto de matemática, a maior parte do texto foi escrita na língua grega pra mim.

Só me resta torcer pra que o autor desse texto tenha razão…rs

    Henrique

    Quem é o autor deste arremedo neoliberal, que quer provar que tirar 40% dando-o para Shell e Total e outros 20% para múltis chinesas, faz bem para o Brasil e os brasileiros? Sim, apequenou o FH pois em seu tempo não havia Libra. Agora há e foi entregue ao cartel genocida do petróleo em detrimento da nossa educação, saúde, ciência, tecnologia, indústria nacional. Foram 347 bilhões entregues que poderiam ser do Brasil e de 200 milhões de brasileiros através da mais capaz das empresas do mundo no ramo e na condição de exploração: a PETROBRÁS!

    ed.

    Opinar é uma “questão de opinião” (como o seu “dar 60% a estrangeiros”).
    Provar já requer outros recursos, como buscar fatos, conceitos, fazer contas e outros requisitos necessários e amplamente reconhecidos.
    Por ex. quando vc diz “dar 60%”, lembre-se que eles vão investir e pagar custos que eu deixo de gastar. Se eles gastarem 40 pra mim, posso guardar os meus 40 não gastos no bolso, né? Se além disso, eu disser que eles vão ter que me pagar “luvas” pra participar, royalties, partilhar comigo um pedaço do que eu “dei” pra eles e ainda pagarem impostos pra mim, eu boto mais um pouquinho da parte que eu “dei” pra eles no meu bolso, né?
    Ou seja, eles vão ficar com uma parte bem menor do que eu “dei” pra eles.
    Chamam por aí esse pedaço que sobrou de “lucro”.
    E este negócio onde eu cedo 60, mas eles só levam (digamos) 20 é o que chamamos de partilha:
    “Voce participa do que é (e continuará sendo) meu, investe, gasta, me ajuda a ganhar e leva um pedaço, ok?”
    Portanto dá perfeitamente pra ceder 60 e só perder (digamos) 20.
    Isto pra voce pode ser “mágica”.
    Mas é apenas matemática.

Diogo Romero

Mais um apaixonado pelo PT, apesar de tudo o que se faz. Sem vergonha alguma, exaltam o “menos pior” ao invés de brigar pelo justo.

    Tiao Macalé

    Diogo Romero…Mais um apaixonado pelo PSOL, apesar de tudo o que se faz.
    Sem vergonha alguma e de braços dados com o DEM-PPS-PSDB exaltam o “quanto pior melhor” ao invés de desligarem a TV e irem procurar informações em fontes fidedignas.

    A explicação do Nassif é cristalina só não enxerga quem não quer, ou melhor, quem tem preconceito.

    M D

    E não é só dele, o Fernando Brito , o Miguel do rosário e o Saul Leblon também!

    Matheus

    Você tem toda razão.

    É uma atitude completamente RIDÍCULA dos neopetistas fazerem essa campanha de desinformação, com textos confusos e sem sentido que só servem para criar confusão.

    Ora, se era tão maravilhoso assim, por que o governo, com apoio da mídia, fez tudo na surdina, colocou sua guarda pretoriana (Exército e Força Nacional) para reprimir quem era contrário (resultando em alguns feridos e detenções arbitrárias, para variar)? Para que aquele discurso MENTIROSO (mais uma vez) da persidenta para tentar vender a privatização do petróleo como se fosse uma maravilha?

    Já sabemos o que resulta das privatizações: desigualdade, desemprego, precarização, desindustrialização, corrupção, fortalecimento do capital financeiro.

    No caso do petróleo e mineração, temos ainda três agravantes: são recursos não renováveis, de profundo impacto sócio-ambiental e forte interesse geopolítico.

    O que Dilma fez, em poucas palavras, foi sacrificar o futuro de três gerações de brasileiros em função de mais um mandado de 4 anos, concedido pelo poder real que é a oligarquia financeira transnacional. E o fez de maneira truculenta, autoritária, se servindo da estrutura repressiva moldada e legada pela Junta Militar-ditatorial, impondo um verdadeiro estado de exceção.

    É essa a realidade que a pelegada não quer encarar, e por isso mentem, mentem e mentem para si mesmos, porque é realmente difícil convencer alguém. Na dúvida, criam confusão, mas eu estou com quem entende do assunto, cientistas e representantes dos trabalhadores. Não vou levar a sério qualquer campanha de desinformação movida por um imbecil qualquer que se acha o tal e só tem fama de louco fanático do governismo.

    ed.

    Garoto Matheus, controle suas emoções ou quando ficar mais calmo (ou eventualmente)amadurecer, voce poderá vir a se envergonhar de comentários como este.
    O que se destaca nele são (des)qualificações e (pré)julgamentos que só seriam úteis em brigas de gangues. Vou pinçar alguns exs.:
    “ridículo, mentiroso, imbecil, neopetista, truculento, arbitrário, o tal, pelego, fanático, confuso, qualquer…”
    Poderia também julgá-lo por isso, mas é melhor você mesmo faze-lo, ou ficaríamos trocando xingamentos como em torcidas organizadas.
    Como não lhe conheço (nem estou motivado a) e voce também não me conhece, será muito mais produtivo se você trouxer contra-argumentos e demonstrações aos que eu trouxe. Aí dá(ria) pra discutir.
    Este é um dos melhores blogs de informação e debate do país.
    Mereça-o.

    ed.

    Diogo Romero, vc não me conhece para qualificar-me, apenas meus argumentos e números neste post, portanto, contra-argumente e questione. Ou traga algo melhor.
    Por oportuno, talvez eu seja mais antigo que vc por aqui e tenho a imensa satisfação de poder dizer que Azenha (e Conceição), pessoas que muito respeito e admiro, também me conhecem e sabem que temos visões e objetivos semelhantes mas jamais a obrigação de concordância, recíproca,
    (como deve ser).
    Este aqui é um excelente (dos melhores) blog de informação (que o Azenha, Conceição e colaboradores trazem) para debates construtivos, não para achismos e (pre-julgamentos sectaristas ou gratuitos.
    Engrandeça-o.

    Claudio Freire

    Diogo, vamos tentar debater sobre a questão com realismo e de forma racional e respeitosa.

    Azenha está sendo democrático ao publicar opiniões diferentes sobre a questão.

    Em nada contribui essa postura emocional. A questão é complexa e deve ser entendida na sua totalidade. Vamos tentar chegar a eventuais consensos e explicitar eventuais divergências, de forma construtiva.

M D

Caro Azenha,

não sei se a simulação com o petróleo ficando 100% com a Petrobrás foi feita levando em consideração o que é de fato da empresa e o que é dos acionistas, porque a Petrobrás não é 100% estatal, então teria que ser feita uma subtração do percentual que for privado, para aí sim comparar o que é da Petrobrás e o que é da União nos dois casos.

    Silas

    MD. O que você tá fala se aplica tanto na partilha quanto na concessão.

    ed.

    Sim foi feito, nos cinco cenários, os 4 piores e o previsto para Libra. No caso de “monopólio” (100% Petrobras), que o modelo de partilha também permite), haverá uma variação, dependente de cenário, de 9 a 13% do “equivalente óleo” (na verdade dividendos de acionistas estrangeiros) indo para fora do país. Ou cerca de 40% dos lucros depois do IR.
    Note que eu também sou favorável ao monopólio, sempre que VIÁVEL. Apenas concluo que, dentro do cenário existente, Libra ainda se mantém um bom negócio para o Brasil, embora não ideal. Há muitas variáveis envovidas.

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