Nation of Change: A indústria do medo agora explora o islã

Tempo de leitura: 6 min

Medo S/A: A rede da islamofobia nos Estados Unidos

do Nation of Change

[Tradução parcial — siga o link para o texto completo em inglês ou para baixar o relatório, também em inglês]

Em 22 de julho um homem plantou uma bomba em um prédio governamental de Oslo, que matou oito pessoas. Algumas horas depois da explosão, ele atirou e matou 68 pessoas, a maioria adolescentes, num acampamento da juventude do Partido do Trabalho da Noruega, na ilha de Utoya.

Ao meio-dia, comentaristas da TV americana especulavam sobre quem tinha perpetrado o maior massacre da história norueguesa desde a Segunda Guerra Mundial. Várias empresas de mídia, inclusive o New York Times, o Washington Post e a [revista] Atlantic especularam sobre uma conexão da Al Qaeda e uma motivação ‘jihadista’ por trás dos ataques. Mas na manhã seguinte estava claro que o matador era um homem branco de 32 anos de idade, de cabelos loiros e olhos azuis, um norueguês de nome Anders Breivik. Ele não era um muçulmano, mas se descreve como um conservador cristão.

De acordo com seu advogado, Breivik assumiu responsabilidade pelo que chamou de ações “abomináveis mas necessárias”. Em 26 de julho, Breivik disse a um juiz que a violência era “necessária” para salvar a Europa do marxismo e da islamização. Em seu manifesto de 1.500 páginas, que detalhou meticulosamente seus métodos de ataque e o objetivo de inspirar outros à violência extremista, Breivik promete “operações brutais e de tirar o fôlego que vão resultar em baixas” na sua alegada luta contra “a colonização islâmica da Europa”.

O manifesto de Breivik contém numerosas notas e citações a blogueiros e comentaristas norte-americanos, mencionados como especialistas na “guerra do islã contra o Ocidente”. Este pequeno grupo de indivíduos e organizações anti-muçulmanas é obscuro para a maioria dos norte-americanos, mas tem grande influência no debate político nacional e internacional. Os nomes deles são celebrados dentro de comunidades que estão ativamente se organizando contra o islã e transformando os muçulmanos em alvos nos Estados Unidos.

Breivik citou em seu manifesto, por exemplo, Robert Spencer, um dos acadêmicos da desinformação anti-muçulmana sobre o qual falamos neste relatório, e o seu blog, Jihad Watch, 162 vezes. O site de Spencer, que “monitora tentativas do islã radical de subverter a cultura ocidental”, se orgulha de outro membro da rede de islamofobia dos Estados Unidos, David Horowitz, do site Freedom Center. Pamela Geller, frequente colaboradora de Spencer, e seu blog, Atlas Shrugs, foi mencionada 12 vezes [no manifesto de Breivik].

Geller e Spencer são co-fundadores da organização Stop Islamization of America, um grupo cujas ações e retórica foram definidas pela Anti-Defamation League como “promotoras de uma agenda conspiratória anti-muçulmana sob o disfarce de lutar contra o islã radical. O grupo busca despertar medo público com consistente vilificação da fé islâmica e promovendo a existência de uma conspiração islâmica para destruir ‘valores americanos'”. Baseados no número de citações e referências feitas por Breivik aos escritos destes indivíduos, fica claro que ele leu e se baseou na ideologia de ódio anti-muçulmano de um número de homens e mulheres que citamos neste relatório e num punhado de acadêmicos e ativistas que trabalham juntos para criar e promover desinformação sobre muçulmanos.

Se é verdade que estes blogueiros e comentaristas não são responsáveis pelos ataques mortais de Breivik, seus escritos sobre o islã e o multiculturalismo parecem ter ajudado a criar a visão de mundo do solitário atirador norueguês, que vê o islã em guerra com o Ocidente e o Ocidente precisando se defender. De acordo com o ex-agente da CIA e consultor sobre terrorismo Marc Sageman, assim como o extremismo religioso “é a infraestrutura sobre a qual emergiu a Al Qaeda”, os escritos destes especialistas em desinformação anti-muçulmana são “a infraestrutura sobre a qual Breivik emergiu”. Sageman acrescenta que a retórica deles não é “custo zero”.

Estes comentaristas e blogueiros, no entanto, não são os únicos membros da infraestrutura da islamofobia. O manifesto de Breivik também cita institutos, como o Center for Security Policy, o Middle East Forum e o Investigative Project on Terrorism — três organizações das quais tratamos neste relatório. Juntos, este grupo de indivíduos e organizações manufaturam ou exageram as ameaças da “sharia”, a dominação islâmica do Ocidente e a suposta promoção de violência obrigatória contra os não-muçulmanos feita no Corão.

Essa rede do ódio não é nova nos Estados Unidos. Na verdade, sua habilidade para organizar, coordenar e disseminar sua ideologia através de organizações de base cresceu dramaticamente nos últimos dez anos. Além disso, sua capacidade de influenciar os discursos políticos e a criação de temas divisivos para as eleições de 2012 tornou corrente uma retórica que antes era da minoria extremista.

E tudo começa com o dinheiro que flui de um grupo de fundações. Um pequeno grupo de fundações e doadores ricos são os responsáveis pela rede de islamofobia nos Estados Unidos, providenciando o financiamento crítico para um grupo de institutos de direita que vendem ódio e medo de muçulmanos e do islã na forma de livros, relatórios, sites, blogs e um discurso cuidadosamente preparado para as organizações de base anti-islã e para alguns grupos religiosos que usam isso como propaganda para seus seguidores.

Algumas destas fundações e doadores ricos também dão fundos diretamente para organizações de base anti-islã. De acordo com nossa análise, aqui estão os sete principais contribuintes para promover a islamofobia em nosso país:

Donors Capital Fund
Fundações Richard Mellon Scaife
Fundação Lynde e Harry Bradley
Fundações e Fundo de Benemerência Newton D. & Rochelle F. Becker
Fundação Russell Berrie
Fundo de Benemerência Anchorage e Fundo da Família William Rosenwald
Fundação Fairbrook

Juntos, estes grupos de benemerência deram U$ 42,6 milhões para os institutos de islamofobia entre 2001 e 2009 — financiamento que apoia acadêmicos e especialistas que estão no próximo capítulo de nosso relatório, além de organizações de base mencionados no capítulo 3.

E o que esse dinheiro financia? Bem, aqui está um dos casos: em julho passado, o ex-líder da Câmara dos Deputados Newt Gingrich alertou uma audiência de conservadores no American Enterprise Institute que a prática islâmica da sharia era “uma ameaça mortal à sobrevivência da liberdade nos Estados Unidos e no mundo como o conhecemos”. Gingrich foi adiante para dizer que “a sharia em sua forma natural tem princípios e punições que são totalmente abomináveis para o mundo ocidental”.

A sharia, ou código religioso muçulmano, inclui práticas como a benemerência, as orações ou a honra em relação aos pais — preceitos virtualmente idênticos aos do cristianismo ou judaísmo. Mas Gingrich e outros conservadores promovem noções alarmantes sobre uma religião de 1.500 anos por uma variedade de sinistros motivos políticos, financeiros ou ideológicos. Em sua fala naquele dia, Gingrich copiou a linguagem do analista conservador Andrew McCarthy, que co-escreveu um relatório que descreve a sharia como “a proeminente ameaça totalitária de nosso tempo”. Tais similaridades não são acidentais. É só ver qual foi a organização que difundiu o relatório de McCarthy: o acima citado Center for Security Policy, que é uma central da rede anti-muçulmana e promotor ativo da mensagem anti-sharia e da retórica anti-islâmica.

Na verdade, o CSP é uma fonte-chave de políticos direitistas, comentaristas e organizações de base, produzindo para elas uma torrente de relatórios que distorcem o islã e providenciando alertas sobre os perigos representados pelo islã e pelos muçulmanos norte-americanos. Operando sob a liderança de Frank Gaffney, a organização é financiada por um pequeno grupo de fundações e doadores que tem profundo conhecimento de como influenciar a política dos Estados Unidos promovendo ameaças alarmantes à nossa segurança nacional. A CSP divide este negócio lucrativo com outras organizações anti-islã, como a Stop Islamization of America e Society of Americans for National Existence. Muitos dos líderes destas organizações são bem treinados na arte de despertar a atenção da mídia, especialmente da Fox News, das páginas editoriais do Wall Street Journal, do Washington Times e de uma variedade de sites de direita e de emissoras de rádio.

Experts em desinformação como Gaffney são consultores ou trabalham para organizações direitistas de base como ACT! for America e o Eagle Forum, assim como grupos religiosos como Faith and Freedom Coalition e American Family Association, que espalham a mensagem. Falando em conferências, escrevendo em sites ou dando entrevistas em emissoras de rádio, estes especialistas atacam o islã e espalham suspeição sobre os muçulmanos norte-americanos. Muito da propaganda feita por eles é usada em campanhas de arrecadação de organizações de base e de grupos religiosos de direita. O dinheiro que eles arrecadam entra no processo político e ajuda a financiar políticos que fazem eco aos alertas alarmistas ou financia ataques anti-muçulmanos.

Estas campanhas fazem relembrar os episódios mais obscuros da história dos Estados Unidos, nos quais minorias religiosas, étnicas e raciais foram discriminadas e perseguidas. De católicos a mórmons, de japoneses-americanos a imigrantes europeus, de judeus a afro-americanos, a história dos Estados Unidos é uma luta para colocar em prática os ideais fundadores. Infelizmente, os muçulmanos e o islã são o mais recente capítulo numa longa luta contra a exploração de bodes espiatórios baseada em religião, raça ou crença.

Devido em parte à campanha deste pequeno grupo de indivíduos e organizações, o islã é agora a religião que desperta as opiniões mais negativas nos Estados Unidos. Somente 37% dos americanos tem uma opinião favorável do islã: o pior nível desde 2001, de acordo com uma pesquisa da ABC News/Washington Post de 2010. De acordo com uma pesquisa da revista Time de 2010, 28% dos eleitores norte-americanos acreditam que muçulmanos não deveriam ter assento na Suprema Corte e quase um terço do país acha que os seguidores do islã deveriam ser barrados de disputar a Casa Branca.

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Comentários

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Marco BN

James Warren "Jim" Jones e a família Manson, por exemplos, cometeram crimes e tinham como pano de fundo a religião. Não por isso os cristãos sofreram preconceitos. Deve separar as coisas. Claro que a Al Qaeda usa justificativa religiosa para seus atos criminosos, em uma escala bem maior que Jim Jones e Manson. Aliás, desde as Cruzadas muitas guerras possuíam (ou possuem) cunho religioso. O problema não são as religiões. São as pessoas. Quem deturpa preceitos religiosos para cometer crimes é, no mínimo, psicopata. Por isso, não dá para generalizar.

Regina Braga

Que novidade…As difamações estão em curso há muito tempo…A extrema-direita sempre se preparou para colocar o IV reich em ação…Agora,no Brasil a extrema-direita é tão incapaz,que importa a cartilha dos americanos e recita seus versos sem questionar…E olhem que alguns demotucanos faziam distinção entre ala inteligente e burra do PSDB…mas agora vemos que a farinha é do mesmo saco e com buracos.

FrancoAtirador

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JULIAN ASSANGE FEZ TELECONFERÊNCIA, DIA 1º/09, EM SÃO PAULO

O criador e porta-voz do WikiLeaks, Julian Assange, se apresentou em teleconferência a uma plateia completamente atenta durante a abertura do Info@trends, nesta quinta-feira, 1º, em São Paulo (SP).

Mídia

No início deste ano, o WikiLeaks publicou milhares de telegramas.
Entre o material publicado, havia uma série de telegramas da embaixada dos Estados Unidos na Bulgária sobre aquele país.
A embaixada norte-americana de Sofia detalhava o quanto a corrupção estava entranhada no governo búlgaro. “Mas, de um telegrama de 1 mil palavras, a matéria do jornal The Guardian cortou 2/3 e retirou toda a informação sobre os corruptos da Bulgária. O Guardian cortou as informações para tentar controlar e esconder do povo búlgaro as informações do governo daquele país”.

O que aconteceu?, se pergunta Assange. Ele mesmo responde: “Os grupos de mídia do Ocidente, do The New York Times ao The Guardian editam e veiculam as informações que passamos que encobrem criminosos sem nos dar feedback”, afirma.

“Por que isso acontece?”, pergunta.
“Quando falei com o editor do The Guardian, ele admitiu que o jornal não poderia dar os nomes de empresas e de pessoas (da Bulgária) que poderiam processar o jornal. Ou seja, as atividades das pessoas ricas e corruptas não são relatadas e detalhadas e das pessoas pobres e sem poder são”.

Assange diz que caso equivalente ocorreu com o jornal The New York Times: sobre a informação de um carregamento de componentes de mísseis da Coréia do Norte para o Irã, de um documento de 62 páginas, o jornal deu apenas dois parágrafos, relata.

Outra informação, sobre a força tarefa 373 (forças especiais dos Estados Unidos), que detalha a morte de mais de 2 mil pessoas no Afeganistão, uma verdadeira lista de assassinatos, também foi derrubada pelo The New York Times. “Enquanto a revista (alemã) Der Spiegel transformou a informação em matéria de capa, no New York Times os editores derrubaram a reportagem”, diz Assange.

“A visão dos marxistas das décadas de 60 e de 70 da América Latina, com descrições caricaturais (sobre a manipulação) do New York Times e da Secretaria de Estado dos Estados Unidos, portanto, estava correta”, avalia.

Íntegra em:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia

FrancoAtirador

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O 11 de Setembro dez anos depois

Por Paul Craig Roberts*, no Resistir.info, Vermelho

Dentro de alguns dias será celebrado o décimo aniversário do 11 de Setembro de 2001. De que forma resistiu o relatório oficial do governo americano ao longo da última década?

A versão governamental dos acontecimentos de 11 de Setembro é o fundamento de guerras sem fim à vista, que estão a exaurir os recursos dos EUA e a destruir a sua reputação, e é, internamente, o fundamento de um estado policial que irá acabar por calar toda e qualquer oposição à guerra. Os americanos encontram-se reduzidos à versão do 11 de Setembro como ataque terrorista muçulmano porque é ela que justifica o massacre das populações civis em vários países muçulmanos, bem como, internamente, um estado policial apresentado como o único meio de nos proteger dos terroristas, que já se transformaram em "extremistas internos", tais como ambientalistas, grupos de defesa dos direitos dos animais e activistas anti-guerra.

Se hoje os Americanos não estão seguros, não é por causa dos terroristas ou dos extremistas internos, mas sim porque perderam as suas liberdades civis e não têm qualquer protecção contra um inexplicável poder governamental. Seria legítimo pensar que a forma como tudo isto começou seria digna de um debate público e de audiências no Congresso.

*Paul Craig Roberts é economista, ex-editor do Wall Street Journal e secretário assistente do Tesouro dos EUA.

Íntegra em:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia

Conservador316

75 por cento dos perseguidos no mundo por causa da religião são cristãos.
Nos países islâmicos não se pode construir uma sinagoga, ou Igreja. Mas nos países ocidentais eles abrem quantas mesquitas quiserem.
Não existe liberdade política , religiosa e de imprensa nos países islâmicos.
Não existe uma Parada do Orgulho Gay, é proibido o homossexualismo nos países islâmicos.
Mas os queridos esquerdistas estão preocupados em defender os muçulmanos.
Sabe por quê?
Existem três coisas que os muçulmanos odeiam: Cristianismo, Israel e Estados Unidos.
E existem três coisas que a Esquerda odeia: Cristianismo, Israel e Estados Unidos.
Por isso a esquerda adora os muçulmanos e eles se aproveitam disso.
Muçulmanos queimam Igrejas, matam cristãos: Os esquerdistas não falam nada. Mas se um muçulmano se sentir ofendido em um país ocidental, aparecem milhares de esquerdistas para defender ele.
E tem esquerdista que acha que a Al Qaida é um movimento de libertação, que só tem heróis.

    Jair de Souza

    Quem deve achar que a Al Qaida é um movimento de libertação são os amos do trol que se apresenta como Conservador316. Foram os EUA, Israel e as demais potências imperialistas que deram força para que a Al Qaida crescesse. Foi quando eles eram grandes aliados contra a União Soviética. Por então, os conservadores e seus amos os chamavam de Guerreiros da Liberdade (Freedom Fighters, na língua dos amos do Conservador316). Valia tudo contra o demônio daquele momento (a URSS). Hoje, os ex-anjos aliados viraram os demônios. É sempre assim com os que se aliam com os bandidos imperialistas.

    João PR

    Conservaodor316: você faz parte da "intelectualidade" que é paga para difamar o Islã?? Será que já temos "bolsistas" do Center for Security Policy, o Middle East Forum e o Investigative Project on Terrorism???

    Aqui não meu caro. Não gostamos da intolerância aqui no Viomundo. Sugiro procurar blogs mais afetos a sua forma de pensar.

    Favero

    Deve ser por isso que Israel tem o maior campo de concentração do mundo atualmente – FAIXA DE GAZA. Deve ser por isso que os CRISTÃOS BRASILEIROS lutam ferrenhamente contra a UNIÃO DE PESSOAS DO MESMO SEXO. Deve ser por isso QUE CRISTÃOS NORTE AMERICANOS SÃO OS MAIS XIITAS DO MUNDO.
    Ora VOCÊ SÓ PODE SER UM DESTES QUE ACREDITAM EM TUDO O QUE UM "BITOLADO" FALA NO ALTAR"… OlhE sou CRISTÃO mas daqueles que acreditam NA IGUALDADE E RESPEITO AO PRÓXIMO, independente da cor de pele, religião ou sexo (opção), e CARIDADE algo AUSENTE das nossa IGREJAS CRISTÃS ATUALMENTE…

    Operante Livre

    Mas,até onde eu sei os países em que existem estas restrições não as escondem atrás de um discurso ou imagem de democracia. Democracia pode não ser o melhor regime para todos e nem o tempo todo e em qualquer lugar. E a dita "democracia" ocidental não se mostra melhor para as populações, como se configura ou melhor, como se transfigura.

    valdeci elias

    Pois na historia, os reinos mulcumanos sempre foram complacentes com os judeus e cristãos. Os Cristãos é que viviam perseguindo os judeuse os mulçumanos. Alem de brigarem entre si, católicos e protestantes.
    Quero ver voce abrir uma igreja, num bairro judeu em Israel ? Vai ter ,um monte de barbudo jogando pedra.

    Beto_W

    Nem para lá nem para cá, Valdeci. Historicamente, é verdade, judeus foram muito melhor acolhidos em terras muçulmanas do que em terras cristãs, vide a Inquisição. No entanto, hoje em dia, apenas uma minoria de judeus vive em países como o Irã e a Síria, pois a maioria fugiu durante os anos 30 e 40 no auge do nacionalismo árabe e de uma onda de anti-semitismo no oriente médio, onde houve muitas agressões contra judeus, como por exemplo o progrom de Aleppo, na Síria, em 1947. Por outro lado, esses judeus que permanecem nesses lugares tem a vida relativamente normal e são protegidos pelo governo local. Só não podem ter nenhum tipo de contato com Israel, entre outras restrições.

    Você pergunta se é possível abrir uma igreja num bairro judeu em Israel. Acho que você quer dizer bairro judeu ortodoxo, a julgar pelo "monte de barbudo". Realmente, não sei se chegariam a jogar pedra, mas já testemunhei atitudes repreensíveis de judeus ortodoxos inclusive em relação a outros judeus. O fanatismo religioso, seja de que religião for, cega as pessoas. Concordo, num bairro de judeus ortodoxos seria bem difícil abrir uma igreja católica, evangélica ou algo do tipo. Mas em bairros laicos até mesmo de Jerusalém pode-se encontrar igrejas ou templos de várias denominações , muitos relativamente recentes.

    E vale notar, nos países árabes a coisa não é muito melhor. Pesquise sobre os ataques a igrejas em Imbaba, bairro do Cairo, ainda este ano (em maio, se não me engano). Também quero ver você abrir uma igreja cristã em um bairro muçulmano fundamentalista em grande parte dos países muçulmanos. Até recentemente era proibido construir novas igrejas no Egito, e em muitos países ainda é proibido. Construir uma sinagoga, então…

    A intolerância religiosa existe em todas as formas e em todas as direções, infelizmente.

    Leider_Lincoln

    Este número é extraordinário: 75% ! De onde você o retirou? De qual estudo público? Quando foi feita a pesquisa?Aonde estão os dados brutos? Quem executou a pesquisa e quem a financiou? Enquanto você não informar isso, será apenas um chute, uma mentira safada e sem vergonha que invalida seus "arjumentos" e transformam todo o seu falatório em lixo mentiroso. Antes de falar dos "esquerdisdtas", pare de mentir. Lave a sua boca mentirosa, seus dedos inverídicos, seus argumentos manipuladores. Você não engana ninguém não, criatura. Pelo menos não aqui!

Sebastião Medeiros

É bom lembrar que aqui no Brasil quem explora este "perigo ISLÂMICO",além da revista Veja,são inúmeros sites e blogs direitistas e religiosos Ultra-conservadores,sendo o principal deles o Mídia Sem Máscara do "filósofo" e ex-astrólogo Olavo de Carvalho.
Depois do perigo Vernelho(URSS),do perigo Amarelo(CHINA DA REVOUÇÃO CULTURAL DE MAO TSE TUNG),agora temos o perigo VERDE(O ISLAMISMO)! Qual será A PRÓXIMA COR QUE A INDÚSTRIA DO MEDO DOS EEUU VAI EXPLORAR PARA ATENDER SEUS GRUPOS DE INTERESSES INTERNOS?

    Operante Livre

    A cor é apenas alegoria. Os americanos precisam apenas vender uma mercadoria chamada segurança. Para tanto precisam criar terrores para ganhar dindin $$$. quando não é possível vender "segurança" eles saqueam e matam. Tem muito semelhança com as milícias e o tráfico nos morros.

    Fabio_Passos

    Não tenha dúvida.

    Nossa direita é tão capacho e estúpida que importa até os preconceitos dos ianques.

    Favero

    TEVE UM COLUNISTA DA revista IN(veja) que DEFENDEU UM PASTOR XIITA AMERICANO em episódio de QUEIMAR O CORÃO!!!! PASMEM – ISTO É IGUALDADE, RESPEITO AO PRÓXIMO E FRATERNIDADE?

FrancoAtirador

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A Questão Judaica

O cristianismo é o pensamento sublime do judaísmo, assim como o judaísmo é a aplicação prática vulgar do cristianismo.

Porém, esta aplicação só poderia chegar a ser geral quando o cristianismo, como religião acabada, levasse a termo, teoricamente, a auto-alienação do homem de si mesmo e da natureza.

Só então pôde o judaísmo impor seu império geral e alienar o homem alienado e a natureza alienada, convertê-los em coisas venais, em objetos entregues à sujeição da necessidade egoísta, à negociação e à usura.

Karl Marx
1843

http://www.marxists.org/portugues/marx/1843/quest

    Beto_W

    FrancoAtirador, este trecho tirado de seu contexto parece até uma crítica aos judeus, reforçando a teoria da conspiração dos famigerados "Protocolos dos Sábios de Sião"… Mas, lendo a peça na íntegra, pode -se perceber que Marx utiliza aí "judaísmo" e "cristianismo" não no sentido da coletividade dos judeus e dos cristãos, mas como figura de liguagem para duas forças antagônicas, o egoísmo capitalista e a abnegação socialista.

    Ademais, o texto consiste em uma resposta de Marx a Bruno Bauer, que defendia que os judeus da Prússia só poderiam se emancipar mediante a conversão ao cristianismo, enquanto Marx defendia que todos os cidadãos devem ser emancipados e ter os mesmos direitos civis e políticos, inclusive o direito de ter sua própria religião, pois o Estado não deve impôr uma religião às outras, e sim aceitar a todas.

    FrancoAtirador

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    Não entendi como crítica pejorativa.

    É apenas uma constatação.

    Verdadeira, por sinal.
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    Beto_W

    Que constatação é verdadeira? A de que o judaísmo impôs seu império geral e converteu o homem em um objeto entregue à necesidade egoísta e à usura? Só se o leitor se subscrever a teorias da conspiração do teor dos Protocolos, do tipo "os judeus dominam o mundo". Bom, eu sou judeu, e não domino o mundo. Aliás, não domino nem minha própria casa, meus filhos mandam e desmandam nela :-P

    O dia em que eu encontrar esses tais Sábios de Sião, eu vou exigir minha parte em dinheiro. À vista.

    FrancoAtirador

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    No hemisfério ocidental, sim.

    Mas só compreende isto

    quem está livre da teocracia.
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    Beto_W

    Deixa eu ver se entendi: os judeus dominam o hemisfério ocidental, mas como eu sou judeu e segundo você não estou livre da teocracia, eu não sou capaz de compreender. É mais ou menos isso?

    FrancoAtirador

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    Marx trata da "auto-alienação do homem de si mesmo e da natureza".

    Você consegue compreender isso?
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    Beto_W

    Até aí tudo bem. Mas, como eu já disse acima, na minha opinião Marx usa cristianismo e judaísmo como figuras de linguagem, e não literalmente. E, pelo que entendo, voc~e acha que é literal, e acha que os judeus dominam realmente o hemisfério ocidental.

    FrancoAtirador

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    Não somos todos descendentes de Adão ?
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    Beto_W

    Essa eu não entendi. Se somos todos descendentes de Adão? Depende da crença de cada um. Mas isso prova alguma coisa???

    FrancoAtirador

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    Deixa p'ra lá, Beto_W.

    Shalom.
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    Sergio Barbosa

    Sr. Beto,KARL MARX não é considerado um renegado pelos JUDEUS?

    Beto_W

    Marx era de origem judaica, mas se não me engano sua família se converteu ao protestantismo luterano para escapar de perseguições anti-semitas, e ele se declarava ateu. Acho que uma parte dos judeus, ao ler "Sobre a Questão Judaica", imediatamente o rotula de anti-semita, mas já li algumas análises mais cuidadosas que concluem que Marx apenas estava se valendo do estereótipo dos judeus na época – usurários, capitalistas, mercadores – para construir uma crírica ao capitalismo liberal.

Tomudjin

A turma da rua de tráss provocam mais medo.
É o tal do back street boy dos pesadelos.

Jair de Souza

A demonização dos árabes (e do Islã) não é coisa muito nova. Há bom tempo, a imagem deles que vem sendo construída pela indústria da cultura estadunidense é horripilante. Podemos sentir como é posta em prática esta estratégia de manipulação constante no documentário “Filmes Ruins, Árabes Malvados: Como Hollywood transforma um povo em Vilão – Reel Bad Arabs (2007)”. Para ver o documentário e conhecer mais detalhes sobre o mesmo, recomendo que visitem a página de DocVerdade: http://docverdade.blogspot.com/2009/12/filmes-ruihttp://www.youtube.com/watch?v=r4157QYY3o4

FrancoAtirador

Livro

A Invenção do Povo Judeu
Shlomo Sand, historiador israelense

Em seu mais recente livro, o historiador israelense Shlomo Sand afirma que a expressão "povo judeu" é uma invenção do sionismo:

“Por que o sionismo define o judaísmo como um povo, uma nação, e não como uma religião?
Acho que insistem em ser um povo para terem o direito sobre a terra. Povos têm direitos sobre terra, religiões não.”

Na carteira de identidade do historiador israelense Shlomo Sand, no lugar reservado à nacionalidade, está escrito que ele é judeu.

Sand, 64, solicitou ao governo que seja identificado de outro modo, como israelense, porque acredita que não existe nem um povo nem uma nação judeus.

Seus motivos estão expostos em “A Invenção do Povo Judeu”. Best-seller em Israel, traduzido para 21 idiomas e incensado pelo historiador Eric Hobsbawm, o livro chega agora ao Brasil (Benvirá).

O autor defende que não há uma origem única entre os judeus espalhados pelo mundo. A versão de que um povo hebreu foi expulso da Palestina há 2.000 anos e que os judeus de hoje são seus descendentes é, segundo Sand, um mito criado por historiadores no século 19 e desde então difundido pelo sionismo.

“Por que o sionismo define o judaísmo como um povo, uma nação, e não como uma religião? Acho que insistem em ser um povo para terem o direito sobre a terra. Povos têm direitos sobre terra, religiões não”, diz, por telefone, de Paris.

“Na Idade Média a palavra povo se aplicava a religiões: o povo cristão, o povo de Deus. Hoje, aplicamos o termo a grupos humanos que têm uma cultura secular -língua, comida, música etc. Dizemos povo brasileiro, povo argentino, mas não povo cristão, povo muçulmano. Por que, então, povo judeu?”

Valendo-se de fontes e documentos históricos, a tese de Sand, ele mesmo admite no livro, não é em si nova (cita predecessores como Boaz Evron e Uri Ram). “Sintetizei, combinei evidências e testamentos que outros não fizeram, pus de outro modo.”

Ele compara: “até meados do século 20, a maioria dos franceses achava que era descendente direto dos gauleses, os alemães dos teutões e os italianos, do império de Júlio César. São todos mitos que ajudaram a criar nações no século 19”.

“Neste século 21, não há mais lugar para isso.
Não só o Brasil é uma grande miscigenação. A França, a Itália, a Inglaterra são. Somos todos misturados. Infelizmente há muitos judeus que se acham descendentes dos hebreus. Não me sinto assim. Gosto de ser uma mistura.”

Professor na Universidade de Tel Aviv e na França, onde passa parte do ano, o historiador avalia que as hostilidades entre israelenses e palestinos, reavivadas nas últimas semanas, continuarão por tempo indeterminado.

“Enquanto o Estado palestino não for reconhecido nas fronteiras de 67, acho que a violência não vai parar.”
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Mais sobre o assunto e o livro em:

http://sionismo.net/historia/a-invencao-do-povo-j
http://eusr.wordpress.com/2011/08/27/a-complexa-g

    Jair de Souza

    Estimado Francoatirador, fico feliz com sua lembrança sobre o excelente trabalho de Shlomo Sand. Tive a felicidade de ler o livro há algum tempo (em inglês e em francês). Há uma maravilhosa resenha do mesmo feita por Gilad Atzmon (a qual eu traduzi ao português) que pode ser encontrada em vários blogs, dentre os quais, os seguintes: http://historiaemprojetos.blogspot.com/2009/01/o-… ; http://saraiva13.blogspot.com/2009/01/o-mito-do-j… . Creio que a leitura dessa resenha é uma ótima preparação para a leitura integral do livro.

    FrancoAtirador

    Muito bom.
    Sobre o músico, escritor e ativista israelense, Gilad Atzmon, uma recente entrevista à Revista Fórum:

    Gilad Atzmon: Eu tenho zero respeito pela grande mídia

    Por Silvia Cattori [07.06.2011]

    O saxofonista de jazz Gilad Atzmon tem um blogue onde denuncia a política de seu país de origem, Israel.
    Ele não tem medo de dizer sem rodeios aquilo que acredita ser a verdade, é impenetrável ao conceito de autocensura.
    E fala aqui sobre o quão pouco respeito tem pela mídia ocidental.

    Silvia Cattori – Suas análises políticas, traduzidas para dezenas de línguas, atingem um grande número de leitores na web. Para quem exatamente você escreve?
    Gilad Atzmon – Escrevo principalmente para mim. Tento entender o mundo à minha volta. Há uns anos, entendi que muita gente por aí está interessada nos pensamentos com os quais me deleito, então eu comecei a deixar outras pessoas terem acesso à minha mente destrutiva em ebulição.
    Cattori – Num tempo em que a imprensa chegou ao seu ponto mais baixo, você está entre aqueles que continua a ler jornais?
    Atzmon – Não, há muitos anos não compro jornais porque estou interessado no Oriente Médio, e a grande mídia tem muito pouco a oferecer nesse sentido. Provavelmente o único especialista na mídia britânica ou mesmo na mídia que fala inglês é Robert Fisk. Se eu quiser saber o que acontece no Oriente Médio, eu vou ao “Counterpunch”, ao “Information Clearing House”, “Veterans Today”, “Rense.com”, “Uprooted Palestinian”, “PalestineTelegraph”, “Palestine Chronicle”, “Dissident Voice”, “Uruknet”, e outros ótimos sites. Nossos websites e blogues são muito mais informativos que a grande mídia. Somos os especialistas, estamos nos tornando a maior fonte de informação. E vejo o tanto de pessoas que visita meu site. Se há uma crise em Gaza, por exemplo, eles querem saber o que Gordon Duff, Ramzy Baroud, Alan Hart, Israel Shamir, Alex Cockburn ou Ali Abunimah tem a dizer sobre. E tenho zero respeito pela grande mídia. Se a grande mídia deseja sobreviver, é melhor se mexer rapidamente, do contrário, estará acabada.
    Cattori – A desinformação sobre Israel não se relaciona ao fato de que jornalistas honestos são, eles mesmos, objetos da propaganda israelense?
    Atzmon – No que concerne à Grã-Bretanha, está longe de ser um segredo que os maiores apoiadores da guerra criminosa de Blair contra o Iraque foram os jornalistas David Aaronovitch e Nick Cohen, ambos que escrevem também para o notório. Acho que essas pessoas agora estão expostas. Como digo frequentemente, “a maré mudou”.
    Cattori – Nós vemos os mesmos mecanismos de censura e controle de informação funcionando na nova mídia alternativa. Qualquer um que possa discordar do programa dos donos dos sites é censurado.
    Atzmon – Acho que isso é normal. Você tem que se lembrar que todo discurso é, na prática, um conjunto de limites. Isso deve explicar porque o artista é muito mais efetivo do que o agitador marxista ou mesmo que o acadêmico. Enquanto o marxista ou o acadêmico estão ali para manter os limites, o artista está ali para apresentar uma realidade alternativa. Minha escolha é obviamente clara, sou um artista.
    Cattori – Em sua opinião, a imprensa israelense é mais livre que a nossa?
    Atzmon – Interessantemente, a imprensa israelense não é livre, mas ainda é mais aberta do que a mídia ocidental. Apesar da censura, é aberta a discussões sobre questões judaicas e mais crítica sobre o Estado de Israel do que o Guardian, o The New York Times ou mesmo o Socialist Worker. Aliás, mesmo o Zionist Jewish Chronicle (JC) do Reino Unido é mais aberto que o Guardian. Eu estive no JC onde li uma reportagem sobre as implacáveis tentativas de David Miliband em alterar as leis britânicas universais de jurisdição.
    Cattori – Apesar da dureza de suas críticas contra Israel, o jornal diário israelense Haaretz ou o canal Arte não te censuraram. É o grande músico de jazz ou o oponente israelense que ganha o interesse da mídia? Isso seria um sinal de que alguma coisa mudou?
    Atzomn – Ambos, acredito. Eu sou interessante para eles em sentidos diferentes. Ofereço a eles uma oportunidade de dizer o que pensam exatamente onde eles não têm coragem de dizê-lo. De qualquer forma, o título de meu novo álbum é “The Tide Has Changed” (A Maré Mudou). Algo está mudando e é grande, muito muito grande, na verdade. Vejo que mais pessoas admitem que meus escritos tem se tornado influentes. Na Grã-Bretanha posso dizer que sou bastante famoso em certos círculos. Quando eu faço turnês ao redor do mundo eu dou muitas entrevistas e palestras. Eu também tenho alguns inimigos que tentam me silenciar e se esforçam para cancelar meus shows e palestras. Como você vê, eles falharam todas as vezes. Eu ainda estou chutando e não tenho planos de parar.

    http://www.revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_n

    Avelino

    Caro Francoatirador
    Acabei de ler esse livro, excelente, revelador, militante.
    Saudações

Augusto

E quanto petróleo no pré-sal! Tomara que não arranjem uma desculpa para fazer guerra conosco!

    JotaCe

    Caro Augusto,

    Você acredita mesmo que seriam necessárias desculpas, depois da invasão (e demolição) do Iraque, Afganistão e, mais recentemente, do assalto destruidor para o saque descarado das riquezas da Líbia? Abraços, JotaCe

FrancoAtirador

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NOS SUBTERRÂNEOS DAS SOCIEDADES OCIDENTAIS

Eugenia, Racismo, Xenofobia, Sexismo, Homofobia, Islamofobia…

A NOVA CRUZADA DO DEUS BRANCO DE OLHOS AZUIS

[youtube teshpaeJ9mE http://www.youtube.com/watch?v=teshpaeJ9mE youtube]

    FrancoAtirador

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    Sobre Zbigniew Brzezinski, citado pelo "especialista" e articulista da Newsweek, na entrevista à MSNBC:

    Brzezinski serviu como Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América durante a presidência de Jimmy Carter, entre 1977 e 1981.

    Conhecido por sua posição intervencionista ("hawkish") em política externa, em uma época na qual o Partido Democrata tendia de modo crescente ao isolacionismo ("dovish"), sua política externa realista é considerada por alguns como a resposta Democrata ao realismo de Henry Kissinger, do Partido Republicano.

    Zbigniew Brzezinski, enquanto Conselheiro de Segurança Nacional de Jimmy Carter, foi uma espécie de "conselheiro do príncipe", quando aconselhava o presidente Carter a respeito de diversas crises políticas internacionais no decorrer do seu governo, como o desenrolar das guerras civis em Angola e Moçambique, a ascensão ao poder dos Sandinistas na Nicarágua (1979), a ascensão do regime socialista no Afeganistão, seguido da subsequente invasão soviética ao país (1979), a Revolução Iraniana (1979), o início da Guerra Irã-Iraque (1980-1988), a Segunda crise petrolífera (1979-1980), e o início da 2ª Guerra Fria contra a União Soviética.

    Na concepção de Brzezinski, vencer não significava mais a capacidade de derrotar militarmente um adversário, algo inviável na era nuclear. Mas sim, seria a capacidade de prevalecer contra um adversário em uma paciente luta de longo prazo.

    Sua influência em diferentes processos de tomada de decisão são objeto de controvérsia, mas alguns analistas consideram que Brzezinski foi o "autor intelectual" da operação da CIA no Afeganistão para desestabilizar a URSS, que teria coordenado ou supervisionado pessoalmente junto com diretor da CIA, William Casey.

    Partindo da lógica do cerco defensivo contra a URSS, ou política do "cordão sanitário", de Nicholas Spykman, Brzezinski defende uma nova estratégia, de cerco "ofensivo" contra a URSS.
    Isto consistia na idéia de envolver a União Soviética em um conflito interminável no Afeganistão, onde os EUA e os países muçulmanos aliados colocariam bilhões de dólares e toneladas de armas leves para armar os mujahidins, na luta contra o comunismo. Posteriormente esta política foi intensificada por Ronald Reagan que denominou os mujahidins de "freedom fighters" (guerreiros da liberdade), então liderados por Osama Bin Laden.

    Pode-se afirmar também que Brzezinski teve grande influência na chamada "Doutrina Carter", de 1980.
    A Doutrina Carter pode ser sintetizada como a securitização e militarização estratégica do acesso americano ao petróleo do Oriente Médio.
    Incluiu declarações públicas do presidente Carter de que os EUA estariam dispostos a utilizar de quaisquer meios para defender seus interesses petrolíferos no Oriente Médio.

betinho2

Quando chegarem no Céu, São Pedro dirá:

"Não me interessa as Igrejas que frequentaram, não me interessa as religiões que professaram. Quero saber
das OBRAS que promoveram."

E vamo que vamo.

Fabio SP

Gostaria de saber o que Edir Macedo pensaria se os islâmicos começassem a tomar seus crentes por aqui?!?

    Luiz Carlos Azenha

    Ele tem um blog. Vai lá e pergunta pra ele. abs

    Leider_Lincoln

    Nuuuuuuuuuuuuuuuuu! Poderia ter passado o ano sem esta…

    ZePovinho

    Ele abriria uma Mesquita Universal do Reino de Deus(MURD),ora!!!!!!!!!!!!

Fabio_Passos

O racismo e a islamofobia estão institucionalizados na sociedade ocidental.
É o ódio servindo de ferramenta para justificar a perseguição, pilhagem, tortura e guerra contra os povos muçulmanos.

Operante Livre

É comum que muitos dos detratores do islamismo e dos muçulmanos usem discursos teológicos também. Ou seja, usa-se uma fundamentação em leitura teológica para atacar um povo que tem outra leitura. E isto também ocorre no Brasil. Não entendo o por quê de não se dar mais destaque à essa discriminação. Esta violência com relação a grupos étnicos e religiosos se apóia na "liberdade religiosa". Que liberdade é esta que não quer a existência do diferente? Para haver garantias de liberdade há necessidade de regulamentação das práticas sociais. Assim como precisamos de regulamentação para a liberdade de imprensa penso que precisamos quebrar o tabu de achar que práticas religiosas não precisam, igualmente de regulamentações claras. A ausência de regulações favorece práticas de aniquilação dos mais fragilizados. A regulamentação da imprensa está estreitamente ligada à regulamentação das outras práticas culturais, inclusive políticas e religiosas, todas essas construções culturais indissociáveis. Não motivo algum para que uma prática social seja elevada à categoria de irrestrita. Os limites devem ser estabelecidos e movimentados respeitando o direito às distintas existências pacíficas.

    Helenice

    Muito esclarecedor seu comentário. A grande questão é que se quer liberdade, não com o reconhecimento do direito do outro também ter liberdade. A liberdade de credo que a maioria defende inclui o direito de impor o tal credo aos demais, já que se raciocina a partir de dogmas. Como os dogmas são inquestionáveis… só podem levar a isso. Há sempre um grupo de "iluminados" que se acha no direito de doutrinar os outros, alegando que os "infiéis" merecem ser castigados.

    JotaCe

    Estimada Helenice,

    Excelente também teu comentário, pela veracidade e clareza da exposicao. Abs, JotaCe

    JotaCe

    Caro Operante Livre,

    No seu post, você abordou um ângulo por demais importante e que, mais uma vez, destaca a necessidade de se impor no Brasil a liberdade de imprensa. Curiosamente, componentes de alguns grupos religiosos ainda não se deram conta de como a exposição de seus princípios e preceitos será beneficiada tão logo se possa dispor da Ley de Medios no Brasil. É tempo que eles se movimentem. Pois, somente com a liberdade de imprensa haverá a plena liberdade religiosa no país e, como disse muito bem a Helenice, os ‘iluminados’ não poderão impor os seus credos aos demais. Abraços,

    JotaCe

Rafael

Toda essa guerra, esse pânico gerado nada mais é que para esconder a verdadeira intenção que é apropriação do petróleo, podem ter certeza que se não existisse petróleo no oriente médio bem provável que nem ouviríamos falar no Islã. É gerado esse pânico porque estabilidade política no oriente médio é prejudicial aos interesses americanos, para usurpar petróleo é preciso um estado confuso, sem democracia para que ninguém reclame direitos, uso do petróleo para desenvolvimento do país.

FrancoAtirador

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Não esqueçam do telegrama da embaixada norte-americana,

sobre a difamação de religiões, trazido a público pelo WikiLeaks.
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Viomundo
3 de abril de 2011 às 17:19

WikiLeaks:
O plano de Washington para constranger o governo brasileiro usando a mídia
Difamação de religiões como estratégia diplomática

Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras:
Até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões.
Mas o Brasil é sociedade multirreligiosa e multiétnica, que valoriza a liberdade de religião.
Um esforço para difundir a consciência sobre os danos que podem advir de se proibir a difamação das religiões pode render bons dividendos.

Grandes veículos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem dedicar-se a informar sobre os riscos que podem advir de punir-se quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país.

Essa embaixada tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados.

Visitas ao Brasil, de altos funcionários do governo dos EUA seriam excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira.

Outra vez, especialistas e funcionários de outros governos e países que apóiem nossa posição a favor de não se punir quem difame religiões garantiriam importante ímpeto aos nossos esforços.

Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil, quando se opuseram à visita ao Brasil do presidente Ahmadinejad do Irã, em novembro.

Particularmente os Bahab e a comunidade judaica, expandidos para incluir católicos e evangélicos e até grupos indígenas e muçulmanos moderados interessados em proteger quem difame religiões [sic]. [assina] KUBISKE

[1] Há matéria da Reuters sobre o assunto, de seis meses antes desse telegrama, em http://www.reuters.com/article/2009/03/26/us-reli… em que se lê: “Um fórum da ONU aprovou ontem resolução que condena a “difamação de religiões” como violação de direitos humanos, apesar das muitas preocupações de que a condenação possa ajudar a defesa da livre expressão em países muçulmanos (sic)” [NTs].

PS do Viomundo:
Na época em que foi feito esse comunicado, a Organização das Nações Unidas (ONU) estava para votar uma resolução condenando a “difamação de religião”.
Os EUA eram contra. Defendiam que não deveria ser considerado crime difamar religiões e queriam mudar o voto do Brasil, que era pela abstenção.
No dia 26 de março de 2009, a ONU aprovou a resolução condenando a “difamação da religião”, como uma violação dos direitos humanos.
Desde 1999, essa questão vai e volta à pauta da Comissão de Direitos Humanos da ONU.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/wikileaks-es

    JotaCe

    Caro Franco,

    Excelente e mais que oportuno teu post! Vale mesmo a pena ler (ou reler) o inimaginável e indecente plano! Abraços,

    JotaCe

    FrancoAtirador

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    Valeu JotaCe.

    Um abraço libertário.
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