MST continua a avançar sobre terras de corruptos: Eike Batista e Eduardo Alves

Tempo de leitura: 4 min

MST ocupa terras de Henrique Eduardo Alves e Eike Batista

Movimento continua Jornada por Reforma Agrária com ocupações de latifúndios e órgãos públicos em doze estados em todas as regiões do país

do MST, com Redação

A Jornada do Movimento Sem Terra exigindo reforma agrária nas terras dos corruptos continua nesta quarta-feira (26) com mais mobilizações e ocupações de latifúndios.

Nesta madrugada o Movimento ocupou uma área no Rio Grande do Norte ligada a Henrique Eduardo Alves, corrupto atualmente preso, e um complexo de fazendas com 700 hectares em Minas Gerais, de propriedade do empresário preso por corrupção Eike Batista.

No Rio Grande do Norte, a construção dessa obra tem impactado diretamente a região, reconcentrando de forma autoritária e ilegal as comunidades rurais e as áreas de assentamentos, sem indenização justa, expulsando as famílias do campo para viverem nas periferias das cidades, em detrimento da instalação das empresas do agronegócio.

O MST cobra a realização de um Programa de

Reforma Agrária Popular.

Desde a última terça-feira (25), o MST se mobiliza ocupando as terras ligadas a Michel Temer (em São Paulo), Blairo Maggi (no Mato Grosso), Ricardo Teixeira (no Rio de Janeiro), Ciro Nogueira (no Piauí), todos envolvidos em casos de punição.

“Essas terras obtidas ou envolvidas nos esquemas de corrupção precisam ser confiscadas e destinadas a famílias Sem Terra, para que elas tenham trabalho e produzam alimentos pro campo e pra cidade”, declara Gilmar Mauro, da direção do MST.

Outros dois latifúndios foram ocupados também nos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná.

Além das ocupações de terras, o MST ocupou nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Maranhão e em Pernambuco.

O órgão havia sido ocupado ontem também em Sergipe e na Bahia.

Ainda no Maranhão, o Movimento realizou na terça-feira uma manifestação bloqueando a entrada da Base Militar de Alcântara, contra sua entrega para os Estados Unidos.

Mais informações sobre as ocupações desta quarta-feira:

MST ocupa perímetro irrigado articulado pelo golpista Henrique Eduardo Alves, comparsa de Cunha e atualmente preso por corrupção

Na noite do dia 25 de julho, dia do agricultor e da agricultora, em Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, com o lema “Corruptos, devolvam nossas terras”, MST ocupa o Projeto do Perímetro Irrigado Santa Cruz de Apodi, articulado pelo golpista Henrique Eduardo Alves (PMDB), que se encontra atualmente preso por corrupção.

O Perímetro Irrigado é conhecido como “Projeto da Morte” e está localizado na Chapada do Apodi do Rio Grande do Norte, palco de conflito e resistência camponesa contra o processo de instalação do agronegócio na região desde 2012.

Esse projeto é resultado de uma articulação, do então Ministro da Integração Nacional, Henrique Alves (PMDB), junto à bancada ruralista, e as multinacionais do agronegócio, braços do golpe jurídico-midiático-parlamentar-empresarial de 2016, que levou o presidente Michel Temer (PMDB) à presidência e à imposição de uma agenda de retrocessos à classe trabalhadora brasileira e à reforma agrária.

O MST faz parte processo de resistência desde 2012 e nessa jornada ocupou o coração da obra, com o objetivo de pressionar e exigir que as áreas desapropriadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DENOCS) para construção do Perímetro Irrigado não se destinem às empresas do agronegócio.

“Exigimos que as terras desapropriadas sejam destinadas para a construção de um grande Projeto de Reforma Agrária Popular, que democratize a terra e água, avance na construção de um modelo de agricultura camponesa e familiar, que produza alimentos saudáveis para o campo e a cidade”, afirma a Direção Estadual do MST do Rio Grande do Norte.

A Chapada do Apodi é referência nacional na construção da transição agroecológica, com a produção e cooperação das famílias agricultoras assentadas, nos quase trinta assentamentos da reforma agrária e nas comunidades rurais, tendo um dos maiores índices de desenvolvimento humano do estado do Rio Grande do Norte.

A construção dessa obra tem impactado diretamente a região, reconcentrando de forma autoritária e ilegal as comunidades rurais e as áreas de assentamentos, sem indenização justa, expulsando as famílias do campo para viverem nas periferias das cidades.
 
Perímetro Irrigado

Os projetos de Perímetros Irrigados fazem parte dos “grandes projetos”, que foram elaborados pela Ditadura Militar em aliança com os fazendeiros e as empresas do agronegócio, que desde os anos 70, sob os mito do “desenvolvimento” e do “combate à seca”, se instalaram no Nordeste brasileiro.

A retomada desses projetos nos últimos anos tem sido conduzida com os mesmos métodos da ditadura militar e faz parte da opção política e aposta do Estado brasileiro de criar toda infraestrutura para o desenvolvimento do agronegócio como estratégia de desenvolvimento e modelo de agricultura brasileira.

De acordo com os vários estudos de impacto ambiental, o Perímetro Irrigado Santa Cruz de Apodi,não tem nenhuma viabilidade técnica, pois a água existente só viabilizaria o projeto por cinco anos; social, haja vista expropriar as famílias que já vivem na região, representando o que se têm chamado de “reforma agrária ao contrário”; não tem viabilidade ambiental, por adotar um modelo de agricultura baseado, necessariamente, no uso intensivo de agrotóxico; bem como econômica, desarticulando as cadeias produtivas da agricultura, responsável pelo desenvolvimento social da região.

Por Reforma Agrária nas terras dos corruptos, MST ocupa mais uma área de Eike Batista

A fazenda está devastada pela degradação ambiental. As atividades da MMX podem resultar numa crise do abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou na madrugada do dia 26 de julho de 2017, com 200 famílias, o complexo de fazendas com cerca de 700 (setecentos) hectares, em São Joaquim de Bicas, próximo à comunidade Nazaré, região Metropolitana de BH.

As terras fazem parte da empresa falida MMX, de Eike Batista. A ocupação integra a Jornada Nacional de Lutas “Corruptos Devolvam Nossas Terras”.

As terras ocupadas encontram-se abandonadas, depois de terem sofrido crimes ambientais devido à exploração mineral desordenada.

O MST reivindica aos órgãos ambientais responsáveis a notificação e fiscalização, visto que as violações cometidas nesta área fazem parte de uma lista extensa de crimes de Eike Batista.

Desde 8 de março deste ano, 600 famílias ocupam a fazenda Santa Terezinha, no município de Itatiaiuçu, do mesmo empresário.

O acampamento Maria da Conceição – 8 de março, em Itatiaiuçu, segue resistindo à ameaça de despejo.

Eike Batista possui aproximadamente 10 mil hectares de terra na região metropolitana de Belo Horizonte.

Preso, acusado de corrupção, ele responde ao processo em prisão domiciliar, dentro de sua mansão.

Enquanto isso, os trabalhadores brasileiros continuam sofrendo com o desemprego, a falta de moradia e de acesso à terra.

Por isso, além da reivindicação das terras dos corruptos, o MST exige “FORA TEMER, NENHUM DIREITO A MENOS e DIRETAS JÁ!”

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Comentários

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Antonio Passos

O MST parece mais interessado em criar factoides do que lutar pela democracia. Onde estão as manifestações prometidas ? Onde está a luta contra os ataques aos trabalhadores ? Atirar em cachorro morto é fácil.

Lukas

Parece que um sítio em Atibaia não corre perigo.

    Antonio Passos

    Com certeza o sítio em Atibaia é um verdadeiro latifúndio. Kkkkk E pertence a Lula tanto quanto a Friboi pertence a Lulinha. Kkkkkkkk

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