Mino Carta: Cureau, a censora

Tempo de leitura: 5 min

Cureau, a censora

24 de setembro de 2010

Conta-se aqui uma história insolitamente verdadeira de uma tentativa de assalto à liberdade de imprensa. Vale insistir: esta é autêntica.

Por Mino Carta, na CartaCapital

Permito-me sugerir à doutora Sandra Cureau, vice-procuradora-geral da Justiça Eleitoral, que volte a se debruçar sobre os alfarrábios do seu tempo de faculdade, livros e apostilas, sem esquecer de manter à mão os códigos, obras de juristas consagrados e, sobretudo, a Constituição da República. O erro que cometeu ao exigir de CartaCapital, no prazo de cinco dias, a entrega da documentação completa do nosso relacionamento publicitário com o governo federal nos leva a duvidar do acerto de quem a escolheu para cargo tão importante.

Refiro-me, em primeiro lugar, ao erro, digamos assim, técnico. Aceitou uma denúncia anônima para proceder contra a revista e sua editora. Diz ela conhecer a identidade do denunciante, acoberta-o, porém, sob o manto do sigilo condenado pelo texto constitucional e por decisões do Supremo Tribunal Federal. Protege quem, pessoa física ou jurídica, condiciona a denúncia ao silêncio sobre seu nome. Ou seja, a vice-procuradora comete uma clamorosa ilegalidade.

Há outro erro, ideológico. Quem deveria zelar pela lisura do embate eleitoral endossa a caluniosa afronta que há tempo é cometida até por colegas jornalistas ardorosamente empenhados na campanha do candidato tucano à Presidência. A ilação desfraldada a partir do apoio declarado, e fartamente explicado por CartaCapital, à candidatura- de Dilma Rousseff revela a consistência moral e ética, democrática e republicana dos acusadores, ou por outra, a total inconsistência. A tigrada não concebe adesão a uma candidatura sem a contrapartida em florins, libras, dracmas. Reais justificados por abundante publicidade governista.

Sabemos ser inútil repetir que a publicidade governista premia mais fartamente outras publicações. Sabemos que José Serra, ainda governador, mas de mira posta na Presidência, assinou belos contratos de compra de assinaturas com todas as maiores empresas jornalísticas do País, com exceção, obviamente, da editora de CartaCapital. Sabemos que não é o caso de esperar pela solidariedade- dos patrões da mídia e dos seus empregados, bem como das chamadas entidades de classe, sem falar da patética Sociedade Interamericana de Imprensa. Estas, aliás, se apressam a apoiar a campanha midiática que aponta em Lula o perigo público número 1 para a democracia e a liberdade de imprensa.

Nem todos os casos denunciados pela mídia nativa merecem as manchetes de primeira página, um e outro nem mesmo um pálido registro. É inegável, contudo, que dentro do PT há uma lamentável margem de manobra para aloprados de extrações diversas. CartaCapital tem dado o devido destaque a crimes como a quebra de sigilo fiscal e a deploráveis fenômenos de nepotismo e clientelismo, embora não deixe de apontar a ausência das provas sofregamente buscadas pelos perdigueiros da informação, em vão até o momento, de ligações com a campanha de Dilma Rousseff.

Vale, porém, discutir as implicações da liberdade de imprensa, e de expressão em geral. É do conhecimento até do mundo mineral que a liberdade de informar encontra seus limites no Código Penal. Se o jornalista acusa, tem de provar a acusação. E informar significa relatar fatos. Corretamente. Quanto à opinião, cada um tem direito à sua.
Muito me agrada que o Estadão e o Globo em editoriais e, se não me engano,- um colunista tenham aproveitado a sugestão feita por mim na semana passada. Por que não comparar Lula a Luís XIV, além de Mussolini e Hitler? Compararam, para ampliar o espectro da evocação. De ditadores de extrema-direita a um monarca por direito divino, aprazível passeio pela história. Volto à carga: sinto a falta de Stalin, talvez fosse personagem mais afinada com a personalidade de Lula, aquele que ia transformar o Brasil em república socialista. Quem sabe, a tarefa fique para a guerrilheira terrorista, assassina de criancinhas.
Espero ter sido útil, com uma contribuição aos delírios de quem percebe o poder a lhe escorrer entre os dedos. A campanha midiática a favor do candidato tucano não é digna do país que o Brasil merece ser, e sim adequada ao manicômio. Aumenta o clamor de grupelhos de inconformados de uma velha-guarda que não dispensa militares de pijama, todos protagonistas de um espetáculo que fica entre a ópera-bufa e o antigo Pinel. Que tem a ver com liberdade de imprensa acusar Lula e Dilma de pretenderem “mexicanizar”, ou “venezuelizar” o Brasil? Ou enterrar a democracia?

Mesmo que o presidente não pronuncie sempre palavras irretocáveis, onde estão as provas desse terrificante projeto? Temos, isto sim, as provas em sentido contrário: os golpistas arvoram-se a paladinos de uma legalidade que eles somente ameaçam. A união da mídia já produziu alguns entre os piores momentos da história brasileira. A morte de Getúlio Vargas, presidente eleito, a resistência a Juscelino, o golpe de 1964 e suas consequências 21 anos a fio, sem contar com a oposição à campanha das Diretas Já. Ou com o apoio maciço à candidatura de Fernando Collor, à reeleição de Fernando Henrique, às privatizações vergonhosamente manipuladas.

É possível perceber agora que este congraçamento nunca foi tão compacto. Surpreende-me, por exemplo, o aproveitamento que o Estadão faz das reportagens de Veja, citada com todas as letras. Em outros tempos não seria assim, a família Mesquita tachava os Civita de “argentários” em editoriais da terceira página. As relações entre os mesmos Mesquita, os Frias e os Marinho não eram também das melhores. Hoje não, hoje estão mais unidos do que nunca. Pelo desespero, creio eu.

A união, apesar das divergências, sempre os trouxe à mesma frente quando o risco foi comum. Ameaça ardilosamente elevada à enésima potência para justificar o revide pronto e imediato. E exorbitante. A aliança destes dias tem uma peculiaridade porque o risco temido por eles é real, a figurar uma situação muito pior do que aquela imaginada até o começo de 2010. Desespero rima com conselheiro, mas como tal é péssimo. De sorte que estão a se mover para mais uma Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade. A derradeira, esperamos. Não nos iludamos, no entanto. São capazes de coisas piores.

Otimista em relação ao futuro, na minha visão vivemos os estertores de um sistema, mudança essencial ao sabor de um confronto social em andamento, sem violência, sem sangue. Diria natural, gerado pelo desenvolvimento, pelo crescimento. Donde, por mais sombrios que sejam os propósitos dos verdadeiros inimigos da democracia, eles, desta vez, no pasaran. Eles próprios se expõem a risco até ontem inimaginável. Se houver chance para uma tentativa golpista, desta vez haverá reação popular, com consequências imprevisíveis.

Episódio representativo da situação, conquanto não o mais assombroso, longe disso, é a demanda da vice-procuradora da Justiça Eleitoral para averiguar se vendemos, ou não, a nossa alma. Falo em nome de uma pequena redação que não desiste há 16 anos na prática do jornalismo honesto, pasma por estar sob suspeita ao apoiar às claras a candidatura Dilma.

Sugiro à doutora Sandra que, de mão na massa, verifique também se a revista IstoÉ recebeu lauta compensação do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema quando o acima assinado em companhia do repórter Bernardo Lerer, escreveu uma reveladora, ouso dizer, reportagem sobre Luiz Inácio da Silva, melhor conhecido como Lula, publicada em fevereiro de 1978. Ou se acomodou-se em uma espécie de mensalão ao publicar oito capas a respeito da ação de Lula à frente de uma sequência de greves entre 1978 e 1980. Ou se me locupletei pessoalmente por ter estado ao lado dele na noite de sua prisão, e da sua saída da cadeia, quando enquadrado pela ditadura na Lei de Segurança Nacional, bem como nas suas campanhas como candidato à Presidência da República. Desde o dia em que conheci o atual presidente da República, pensei: este é o cara.


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Comentários

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Porque decidi votar na Dilma « Janaina Rochido, jornalista

[…] eu nesses pensamentos quando li os textos de Mino Carta e Leandro Fortes na Carta Capital que citei lá em cima. E aí me deu um estalo: não posso anular […]

Azarias

Madame Currô(é assim que se fala em português?), está currando meu sistema nervoso.

Bury

Texto arrepiante!

E dona Cureau só responde pelos que tem o rabo preso, pois ela também faz parte de tal confraria. A indignidade segue dando as cartas nas altas esferas, e minorias lúcidas como o Mino são como as nossas próprias vozes, ampliadas e repercutidas. Avante!

Cézar

O Mino também é "um dos caras"….Elegante, certeiro. Obrigado, Mino. Lavou minha alma.

Marat

Essa senhora já se Cureau de suas parcialidades? Já se Cureau de suas arbitrariedades? Não? Então está na profissão errada. Ela que vá procurar emprego no PIG ou na sua vara principal: a de Pinheiros. Aliás, nunca uma vara foi tão bem caracterizada como vara de PIGs…

Herli Menezes

Olha, sem dúvida esse texo do Mino certamente será uma peça da história contemporânea do Brasil. Preciso, justo, contundente. Na linha de frente da defesa da democracia, da paz, do progresso e da justiça. Estamos todos de parabéns pelo texto brilhante, escrito em nossa língua.

Marat

Dra Cureau deverá reler seus alfarrábios – rsrsrsrsrsrsrs – provavelmente ela nunca os leu!!!!!!!!!!!!

regina gonçalves

Bravo, Mino Carta ! Continue a denunciar todos os malabarismos da mídia raivosa. Esta semana o "bicho" vai pegar. Atenção 24h. Vamos ficar atentos aos debates e ao Jornal Nacional.

Leonardo Câmara

Realmente isso é uma esculhambação…

Essa dona não tem o menor preparo para a função. Não seria o caso de se investigar como foi que ela conseguiu chegar a este cargo?

Afinal, por aptidão e competência não parece ter sido.

    vera

    o titio era general,na epoca da ditadura,

fernando pantoja

Carta é minha leitura obrigatória desde seu primeiro numero que os guardo com carinho.
è obrigação da segunda feira passar na banca para pegar meu exemplar.
Não assino pelo prazer de ter em mãos um leitura séria e poder vir no onibus degustando de leitura tão prazerosa

druida

Agora que o Estadão declara apoio em editorial ao demotucano, a Madame Cureau não vai pedir a listinha de patrocínios governamentais à vetusta empresa?

El Cid

http://oleododiabo.blogspot.com/2010/09/o-que-pen

Estou realmente pasmo com esta senhora Sandra Cureau, vice-procuradora eleitoral da República. Agora ela revelou-se não apenas uma pessoa com baixíssimo senso de equidade, como também não possuir nenhuma cultura. Como pode ela não perceber que existe um forte desequilíbrio no universo das revistas brasileiras, quase todas comprometidas com ideários conservadores e, portanto, com posturas duramente (às vezes histericamente) críticas aos principais eixos ideológicos do governo Lula e de sua candidata? Nem falo apenas das revistas de variedades mais conhecidas (Veja, Istoé, Época), mas de todo o universo de publicações semanais/mensais/trimestrais. Da Rolling Stones à Piauí, da Caras à Playboy, encontra-se invariavelmente um perfil editorial perfeitamente sintonizado entre si. Parecem todos frequentar os mesmos coquetéis. A Carta Capital, juntamente com outras duas ou três revistas de baixa circulação, integra um grupelho diminuto nesse enorme coro dos (des)contentes.

Considero, portanto, ignorância crassa a postura da sra.Cureau. Se ela leu algum livro que prestasse, não o assimilou. Falta-lhe totalmente a sensibilidade exigida para o cargo. Ela age como um gorila furioso entrando numa lojinha de porcelanas chinesas. Sem noção.

Assim como fez meses atrás, quando desandou a dar entrevistas diárias à grande imprensa, a senhora Cureau faz exatamente aquilo que ela teria obrigação de combater: desequilibra o processo eleitoral e converte a si mesma numa peça política em favor de um candidato.

Pior que isso, usa o seu cargo, público, para ferir a liberdade de imprensa no Brasil, danificando a democracia, além de causar um intolerável prejuízo moral (e portanto econômico) a uma das revistas mais idôneas do país, em benefício de suas concorrentes.

Eu, como cidadão brasileiro, protesto veementemente contra a injustiça praticada pela senhora Cureau, e se tivesse ferramentas jurídicas a meu alcance, eu entraria com uma ação contra ela por: 1) prejudicar o equilíbrio do processo eleitoral, ao transformar-se, mesmo que sonsamente, em ativo político dos adversários da candidata da situação; 2) por atentar contra a liberdade de imprensa no Brasil, ao abusar de sua autoridade para constranger uma revista de reputação ilibada e fundamental para trazer um mínimo de pluralidade ideológica ao universo editorial do país; 3) por ofender moralmente uma empresa privada, prejudicando-a economicamente, num mercado agressivamente competitivo como é o das revistas semanais.

A senhora Sandra Cureau é irresponsável, injusta, insensível e truculenta. Não merece, de forma alguma, exercer a função que lhe foi outorgada. A democracia brasileira não estará segura enquanto depender das arbitrariedades de pessoas incompetentes e desequilibradas como esta senhora.

Maria Edilene

Sempre comprei a revista CartaCapital na banca. A ação da dra. Cureau me fez decidir pela assinatura.

    Ricardo

    idem para mim. vou fazer o mesmo. já comprava em banca. vou assinar.

    parabéns, Mino.

Mariana Andrade

Nooooosssssaaaaaa!!!!!!!!!
Se eu fosse a Sra. Cural, depois dessa iria pra cama dormir!!! rsrsrsrsrsrs

El Cid

Esse Mino e sua lucidez nos põe sempre a altura da informação precisa, que precisamos para viver de cabeça erguida e com o coração traquillo. Que pena que no Brasil a turma "que pensa" ainda não acordou e continua lendo os dejetos jornalísticos do PIG.

El Cid

… ea resposta já começa na capa da Carta Capital dessa semana! Bom demais!

williamporto

A história da Veja se divide em duas partes: o tempo que foi digida por Mino Carta e depois do Mino. Sem ele virou porta-voz da direita reacionária. Mino era o caráter da Veja, sdem ele, a revista ficou sem caráter. Mino é o grande referencial ético da imprensa brasileira. Sua pena não faz floreios vadios, combate o bom combate, é um esilete que disseca as mazelas do Brasil. Viva Moino Carta.

    El Cid

    Doutor é quem tem Doutorado.

    Sra. Cureau, Proc. Cureau.

    Nunca Dra. Cureau, a menos que ela tenha defendido uma tese de doutorado…

lucia

Mais uma vez Mino Carta dá exemplo de integridade, coragem e lucidez que marcam sua história como Jornalista e homem honesto que põe sua inteligência a serviçodo povo e de seu país de adoção
. Fico sempre encantada em ler seus editoriais e assistir às lutas que encampa. Felizmente temos homens de sua envergadura, tais como, Azenha, Nassif e PHA entre outros que mantêm a nossa esperança de dias melhores para a imprensa deste país e que ensinam que é possível viver, e bem, sem se vender e sem se curvar perante a mediocrelite..
Realmente, parece difícil para seres venais e sem princípios que vivem das migalhas que caem das mesas dos poderosos, acreditar que haja quem defenda valores e princípios acima do vil metal e de outros interesses pessoais.

    El Cid

    Irreprensível!!! Não deixou pedra sobre pedra…

Cícero

Pra calar o Mino, tem de fazer calar primeiramente milhões de brasileiros que já não suportam mais a hipocrisia de certas autoridades públicas mancomunadas com oligarquias de mídia para ocultar a verdade dos fatos, especialmente em épocas de eleição. E o sentimento de indignação que aflora da alma e que se irradia nas ruas, nas esquinas, nas praças, pelos bairros e cidades do Brasil, mostra o repúdio do povo contra os abusos desses agentes públicos que, pagos pelo povo, lançam-se contra o povo, tentando, p. ex., calar uma revista séria, como a Carta Capital, exemplo de jornalismo competente, de qualidade e credibilidade, comprometido com a verdade dos fatos. Calar o Mino, pois, significaria calar a verdade e fazer prosperar a mentira. E isso é incompatível com a função de uma procuradora da Justiça, agente pública, cujo objetivo fundamental deveria ser a defesa da sociedade pelas vias da verdade e nunca pelos tentáculos da mentira.

    El Cid

    … Cícero, o “dom da palavra” é para poucos. Mino o tem!

    Cícero

    Concordo com você. E esse dom da palavra, ninguém consegue tirar dele, nem mesmo a Dra. Cureau.

Internauta D

Isso que o PIG não aceita, o sucesso de Lula, segue link para quadro comparativo
http://josecarloslima78.blogspot.com/2010/09/os-7

O_Brasileiro

O problema da velha mídia é puramente o apego ao atraso.
Querem manter vivas práticas obsoletas como jornais impressos (e anti-ecológicos) e canais abertos que impõem programação e nos quais não há interatividade!
Se eu posso ler a notícia que quero pelo meu celular, para que vou comprar jornal?
Se eu posso escolher o vídeo que vou ver no portal da emissora, para que vou ligar a TV?
Como sempre, o problema é o apego!

J.A.Prata

2010SET25
Falou, M.C., e disse.
Não para, nâo para.

Urbano

Um míssil de alcance antípoda diretamente na carótida de dona curare.

    El Cid

    Sugestão para incluir na sugestão para retorno aos estudos:

    "Tratado da Correção do Intelecto do Filósofo Baruch"
    de Espinosa.

    Bom estudo, doutora Sandra Cureau!

José Eduardo

Excelente!!!

@marisps

A procuradora poderia ter ficado sem essa! Melhor sair de fininho e se fingir de paisagem.

    El Cid

    E a gente tem que dizer, Maristela : o Mino, esse sim é um verdadeiro jornalista…

Marcelo Pinto

Depois deste Post, tomei uma atitude prática, o que já devia ter feito prática, entrei no site da Carta Capital e fiz uma assinatura de 2 anos. Acredito que esta é a melhor forma de agradecer e fortalecer o jornalismo limpo que ainda existe neste país.

    Ronaldo

    Assinei Carta Capital durante muitos anos, mas "cansei" de ficar sem receber a revista e ter de comprar na banca. Agora compro direto e leio muito antes dos assinantes, quer só a recebem no domingo.

    Dizem que a empresa encarregada de distribuir a revista aqui em Curitiba é da Pholha, o jornal do Serra.

    A Carta Capital precisa escolher melhor os seus parceiros. É o capitalismo, Mino!

Beto

O Mino também é o cara!

Heber Santiago Ayala

Pensei que no meu país, o Paraguay, ja tinha visto tudo o que de política suja trata-se, mais depois ler tudo o que una sub-procuradora la de Säo Paulo e capaz de fazer por puxa-saco de um candidato, percebi que a gente ainda tem muito a ver pela frente. Disculpem o portunhol.

    Jairo_Beraldo

    E para te deixar mais indignado, venho lhe corrigir…ela não não do MPEEstadual. E sim do MPEFederal!

ruypenalva

Seria a Dra. Cureau aquele esteriótipo de Loura Burra? Parece que lhe faltou conhecimento jurídico e agiu apenas com com desconhecimento ideológico, se descurou completamente.

    Gerson Carneiro

    Vamos investigar. Provavelmente cursou Direito em uma dessas faculdades particulares cujo vestibular é de "X" (xiszinho).

    E sabe por que loira odeia prova de xiszinho?

    Resposta: porque não sabe se marca com "X" ou com "CH".

    El Cid

    … tá caçando encrenca com as "blondes", ô cumpadi ?? kkkkk !!

    Gerson Carneiro

    Elas não vão entender… abafa o caso, Cumpadi.
    Tá querendo me meter em encrenca?
    Fica queeeeto…. ômi de Deus.

Renato Lira

E o Claudio Humberto, o mais "bem informado" dos mal informado e mal formados jornalistas, diss que Mino Carta fez o Brasil conhecer Lula "quando estava trabalhando na Veja".

Tem cada figura nessa imprensa grande…

    El Cid

    … esse aí é mais um "caneta amestrada", Renato !!

Kadu

O que que é isto minha gente? Já está na hora deste país se libertar da ditadura e de seus sensores de ocasião, escalados conforme a demanda. Temos Lei ou não temos?

Gerson Carneiro

É direito do "denunciado" saber quem o está processualmente denunciando. Não era assim no período sombrio da ditadura militar. Dra. Cureau, isso é básico, hein.

"…exigir de CartaCapital, no prazo de cinco dias, a entrega da documentação completa do nosso relacionamento publicitário com o governo federal".

Isso me leva a crer que é a fome insaciável do bicão dos tucanos mencionada pelo Lula no comício em Campinas:
"Não há colher que encga aquele bicão" – Lula.

E talvez por isso esse desespero todo em passar por cima da legalidade.

    Jairo_Beraldo

    A gana de querer ser reconhecida, a fez mostrar o quanto é desqualificada. E mais ainda quem a indicou ao cargo. Mas o melhor de tudo, é que ela mostrou claramente que a justiça brasileira é "cega". Cega aos pobres, pretos e afins.

érico cordeiro

Meu Deus! Depois de um texto desse, o que mais dizer?
Mino, além de elegante, sabe ser impiedoso como ninguém.
O talento para escrever, como se sabe, é reservado a poucos. Elegância, idem. Por mais que tentem, os sabujos da direita jamais conseguirão tamanho estilo.
Bravo, Mino. Parafraseando aquela velha frase do conto de François Andrieux, "O Moleiro de Sans-Souci, ("ainda há juízes em Berlim"), podemos dizer: "ainda há Jornalistas no Brasil"!

Jairo_Beraldo

Talvez pensarão duas vezes, antes de subestimarem a inteligencia dos "homens comuns", esses defensores da elite branca de olhos azuis

Oliveira

Estes são os caras.

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