Médico cubano: “Não é o dinheiro que nos move a ficar aqui”

Tempo de leitura: 5 min

Aramys diz que teve boas experiências no Haiti, no Paquistão e na Venezuela

18/02/2014 – 00:50

Médico cubano desabafa: “Não é o dinheiro que deve nos mover”

Destacado para trabalhar em UBS de Fabriciano, Aramys Cruz diz que todos estavam a par de salário modesto

por Bruno Jackson, no Jornal Vale do Aço online

Um dos 20 médicos cubanos que estão trabalhando na Região Metropolitana do Vale do Aço, Aramys Cruz, de 38 anos, quebrou o protocolo e aceitou ceder entrevista para falar sobre assuntos que são evitados, ou pelo menos tratados com reserva, pela maioria dos seus compatriotas que estão no Brasil para atuar no programa Mais Médicos, implantado em julho de 2013 pelo governo federal. Aramys Cruz é um dos cinco médicos cubanos que vieram para Coronel Fabriciano. Ele está trabalhando na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro São Domingos.

Natural do município de Banes, Província de Holguín, que fica a 760 quilômetros de Havana, Aramys formou-se na Universidade de Ciências Médicas Mariana Grajales, de Holguín. Ele é especialista em Medicina Geral e Integral e tem 16 anos de experiência na área. Além do Brasil, já trabalhou no Haiti, Paquistão e Venezuela.

Em entrevista ao Jornal VALE DO AÇO, Aramys compara o trabalho dos cubanos no Brasil, cujo contrato para atuar no ‘Mais Médicos’ é de três anos, a uma “ajuda humanitária”, e critica a opção da cubana Ramona Matos Rodriguez, que desertou do programa no início deste mês e pediu asilo no Brasil. Sentindo-se bem adaptado em Fabriciano, ele opina sobre assuntos polêmicos, revela sua paixão por futebol e defende o estilo de vida cubano. Confira!

JVA – Como foi a sua adaptação desde que chegou ao Brasil?

ARAMYS – Quando chegamos ficamos um mês em Belo Horizonte fazendo um curso de avaliação no Sesc Venda Nova, onde vimos toda a panorâmica do sistema de saúde do Brasil e fizemos um curso de língua portuguesa. Quando chegamos em Coronel Fabriciano tivemos uma acolhida muito boa. As autoridades do município nos acolheram com carinho e nos deram toda a sua ajuda para que tivéssemos uma rápida adaptação. A acolhida dos habitantes daqui também foi muito boa. O povo brasileiro tem características muito similares ao povo cubano, na forma da cultura, da alimentação e isso nos ajudou para que tivéssemos uma melhor adaptação.

JVA – Sofreu algum tipo de preconceito no Brasil?

ARAMYS – Não. As pessoas nos acolheram bem. Adaptamo-nos muito bem à vida cotidiana em Fabriciano.

JVA – Qual a realidade que você encontrou na UBS do bairro São Domingos?

ARAMYS – O que mais me chamou a atenção foi a característica dos pacientes, das pessoas que ali são assistidas. São pessoas muito necessitadas, que precisam de atenção médica. E pessoas de muito baixo recurso e que realmente precisavam da nossa paciência ali.

JVA – Muitos médicos cubanos veem sua participação no ‘Mais Médicos’ como uma “ajuda humanitária” ao país. O senhor também entende dessa forma?

ARAMYS – Sim. Nossa tarefa cabe precisamente suprir uma necessidade de atenção médica das pessoas de mais baixo recurso. Já estamos acostumados a isso porque ficamos em vários países. Estivemos atendendo países que passaram por grandes catástrofes, como o Haiti. Estivemos no Paquistão, cinco anos na Venezuela, sempre guiados por este sentimento de ajuda à humanidade, de fazer pelos que menos têm e sentirmos úteis para a humanidade necessitada.

JVA – O senhor sabe detalhes do contrato do Brasil com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), que viabilizou a vinda dos médicos cubanos para o nosso país?

ARAMYS – Uma vez que foi dada a possibilidade de ficarmos no Brasil, nos foi entregue o contrato com todas as características do ‘Mais Médicos’.

JVA – É verdade que, pelo contrato, o salário dos cubanos que atuam no ‘Mais Médicos’ é de US$ 1 mil, sendo que vocês recebem US$ 400 (R$ 964) para custear a vida no Brasil, e que os outros US$ 600 (R$ 1.446) são depositados em uma conta em Cuba?

ARAMYS – Realmente, sim. Se vamos ficar no Brasil por uma questão humanitária, não é o dinheiro que deve nos mover a ficar aqui. Nós estamos acostumados (a isso) de forma geral. Nossos médicos cubanos são formados em um ambiente de ajuda humanitária, de internacionalismo proletário. Somos desinteressados de uma realidade de dinheiro.  Dinheiro não é o que nos move a ficar fora do nosso país. O que nos move é ajudar a outros países que estão necessitados realmente de uma atenção médica.

JVA – O senhor vê necessidade de no Brasil, assim como em outros países, a medicina estar mais voltada para a ajuda humanitária?

ARAMYS – Realmente essa deve ser a base do proceder médico. A medicina é a profissão mais humanitária que o homem pode escolher. A medicina surge para tratar o ser humano necessitado e doente, e não precisamente como uma mercadoria.

JVA – Como o senhor avalia a conduta da cubana Ramona Rodrigues, que desertou do ‘Mais Médicos’ e pediu asilo no Brasil?

ARAMYS – Essa não é a nossa razão de ser. Ela não representa a nossa conduta. Somos milhares aqui no Brasil e uma só pessoa não representa o sentido de ser dos demais médicos cubanos.

JVA – Quais os pontos positivos da medicina cubana em relação ao Brasil?

ARAMYS – Primeiro é a experiência que nós temos de quase 30 anos em medicina da saúde na família. Portanto, temos mais experiência nessa área. Penso que aí é o maior diferencial. É preciso fortalecer o programa Saúde da Família porque, precisamente, é melhor promover e prevenir enfermidades do que curar enfermidades.

JVA – Como é viver em um país socialista? O povo cubano se sente feliz com o regime que tem?

ARAMYS – Não concordo que essa seja a definição do nosso regime. De qualquer forma, para mim não há sociedade 100% justa. Porém, acho que meu país é um dos melhores onde você pode viver, porque tem assistência médica gratuita, tem educação gratuita. Então acho que sempre houve uma campanha contra o nosso país. Mas é um sistema que está desenhando para o bem-estar do ser humano.

JVA – Mudou alguma coisa em Cuba desde que Raúl Castro assumiu o governo, no lugar de seu irmão, Fidel Castro?

ARAMYS – Acho que sim. A sociedade não pode ficar estancada. A sociedade tem que variar, tem que trocar o que tem que ser trocado. E vamos melhorando e alcançando uma sociedade mais justa.

JVA – O que Fidel Castro representa para a nação cubana?

ARAMYS – Para nós Fidel representa a verdade, o desenvolvimento, o bem-estar humano. Uma sociedade mais justa e mais igualitária.

JVA – Se pudesse, você traria sua família para morar no Brasil?

ARAMYS – Tenho três filhos e eles estudam. Então é melhor que fiquem por lá.

JVA – Você está carregando um chaveiro do Cruzeiro. Fale um pouco da sua paixão pelo futebol?

ARAMYS – Minha preferência de clube é o Real Madri. Sou madrilhista desde pequeno. Um dos meus filhos chama-se Roberto Carlos em homenagem ao lateral-esquerdo brasileiro que jogou no Real. Mas aqui torço pelo Cruzeiro. Cheguei e já sou campeão (risos). Em se tratando de seleção, primeiramente a Argentina, e logo torço pelo Brasil e posteriormente Espanha. São minhas três seleções, mas primeiramente a Argentina.

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Comentários

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joão alberto david miranda

porque dilma não paga os nossos médicos os 100000 liquido,e 08000 para tudo qué não quer?

Ana Paula

UMa medica cubana foi assaltada em timoteo durante um incêndio

VEja: http://www.plox.com.br/caderno/policia/incendio-hotel-deixa-feridos-timoteo

leonardo

Coitado dou alguns meses no brasil pra ele galgar um segundo emprego…

    joão alberto david miranda

    primeiro é necessário equipar ás U B S,segundo,porque não pagar um brasileiro 10000 livre ,pois ele vai gerar riqueza para o próprio brasil,que adianda deixar os nossos brasileiros jogados e importar outros profissionais para desvalorizar a classe competente do nosso país, porque não tranquem todas as faculdades e adote cuba?que é a verdadeira intenção do P T

lulipe

Dá pena em ver o coitado tendo que tecer loas à Cuba e o regime cubano.Mas é compreensível, caso contrário, voltaria amanhã mesmo para se explicar e talvez passar por algum “ajuste de conduta” na “democrática” Cuba.Só rindo…

    Giliard Santos

    Se fosse realmente assim (obrigado a falar bem)ele simplesmente ficaria calado e não daria entrevista. Cuba tem seus problemas, mas no aspecto da preocupação com o desenvolvimento humano (saúde, educação, segurança) está anos luz na frente do Brasil. Aqui somos um país tão rico, mas a riqueza fica nas mãos de uma minoria. Grande vantagem , hein?

Edno Lima

Beleza, tive meu comentário censurado porque a moral, a honestidade e o caráter dos petistas são dogmas por aqui!

ricardo

Claro que não é o dinheiro. Até mesmo porque a grana vai direto para o governo cubano. O que os move é a oportunidade de passar alguns anos longe da ilha-prisão e a eventual possibilidade de escapar para sempre.

Bode do Lula

Pelo visto, o Brasil só vai prestar quando for possível trazer de lá gente para ser professor, vereador, prefeito, depute, ado, senado, presidente, juiz… lixeiro…

    lulipe

    Realmente, bode, lá é tão bom que muitos preferem os tubarões na travessia para Miami…É cada animal que aparece por aqui!!!

FrancoAtirador

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VEJA/ABRIL/NASPERS/FOX: UMA MENTIRA ATRÁS DA OUTRA

MÉDICAS CUBANAS QUE ATUAM EM JARAGUÁ DO SUL-SC

DESMENTEM A REVISTA VEJA NA CARA DURA DOS CIVITA:

“Na verdade saiu tudo diferente do que a gente falou.
Não sei se eles tinham um interesse com a matéria,
mas estamos muito chateados”

“Eu e todos os médicos cubanos sabíamos
quanto iríamos ganhar ao vir ao Brasil.
Ninguém é obrigado a nada,
a gente se inscreve sabendo de tudo.
Eu estou aqui para ajudar o meu país.”
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17/02/2014
OCP On Line
Jaraguá do Sul-SC

Médica cubana contesta versão da Veja

Por Patricia Moraes*

“Eu vim para o Brasil para trabalhar, não para ficar dando entrevistas”

Foi assim que Yamile Mari Min, médica cubana que atua no posto de saúde do Bairro Santa Luzia, me recebeu no início da tarde desta segunda-feira.

Por diversas vezes, ela já havia sido procurada pela equipe do OCP, mas se recusava a falar.
O meu objetivo era repercutir reportagem publicada pela Revista Veja, que denuncia suposta tentativa de pressão por parte do Ministério da Saúde e do governo de Cuba para que os médicos da ilha de Fidel Castro permaneçam no país.

Segundo a revista, Vivian Isabel Chávez Pérez (chamada de ‘capataz dos médicos’ na reportagem) exerceria esta função e teria, sob ameaças, conseguido manter as duas médicas cubanas em Jaraguá do Sul.
O fato foi desmentido pelo o secretário de Saúde, Ademar Possamai (DEM), que foi citado pela revista.

Segundo ele, em dezembro, as médicas estavam com dificuldades de adaptação e quase chegaram a se desligar, mas depois de contato do Ministério da Saúde, o problema foi solucionado e hoje está tudo bem.

Depois de alguns minutos de conversa no consultório, Yamile foi perdendo a desconfiança e admitiu que foi procurada pela Veja na semana passada, mas disse que se negou a falar por entender que parte da imprensa vem tratando deste assunto sob a ótica estritamente política.

“Eu e todos os médicos cubanos sabíamos quanto iríamos ganhar ao vir ao Brasil. Ninguém é obrigado a nada, a gente se inscreve sabendo de tudo. Eu estou aqui para ajudar o meu país”, resumiu a cubana já com sorriso no rosto e falando um bom português.

Para ela, a prova da importância do programa é a satisfação da comunidade.
A polêmica em torno da presença dos profissionais cubanos no Brasil está no fato de que eles recebem R$ 1 mil ao mês, os outros R$ 9 mil a que teriam direito são depositados em uma conta do governo de Cuba.

No término do contrato, quando retornam para casa, os médicos recebem mais um percentual do valor, o restante fica com os cofres públicos, funciona como um imposto retido na fonte em um país onde a educação e a saúde são 100% financiadas pelo governo.

De Cuba para Jaraguá do Sul
Yamile Mari Min, médica cubana que atua no Posto do Santa Luzia e foi citada pela Revista Veja desta semana, critica decisão de Ramona Matos Rodriguez, que deixou o programa Mais Médicos e entrou com uma ação trabalhista por danos morais de R$ 149 mil contra o governo federal.
Os cubanos recebem R$ 1 mil ao mês, auxílio moradia, alimentação e transporte.

A matéria da edição desta semana da Revista Veja denuncia pressão para permanência de médicos cubanos no país, citando profissionais que estão em Jaraguá do Sul.

A reportagem cita suposta declaração da coordenadora de Atenção Básica no município, Nádia Silva, que teria dito: “(elas) sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença de tratamento (salário). Não havia uma semana que não reclamassem das dificuldades de viver aqui”.

Procurada pela coluna ontem, Nadia desmentiu as informações publicadas na revista.

“Na verdade saiu tudo diferente do que a gente falou.
Não sei se eles tinham um interesse com a matéria, mas estamos muito chateados”,
contesta a coordenadora, que admite que em dezembro as duas médicas pensaram em deixar o município, mas acredita que tenha sido por dificuldade de estar longe dos familiares e amigos.

“Está tudo muito bem”, avalia.

Patricia Moraes é colunista e editora de política do O Correio do Povo (OCP).

(http://ocponline.com.br/materia/colunistas/plenario-ocp/14211-medica-cubana-contesta-versao-da-veja-.html#.UwRTfNK-pIa)
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Francisco

Que desprendimento! Que lição de solidariedade! Dinheiro pode comprar tudo, menos o espontâneo interesse de servir. Parabens e sejam bem vindos.

Eduardo

Assisti à entrevista do Ministro da Saúda fazendo um primeiro balanço do “Mais Médicos”. Rica em dados sobre o alcance do programa. Mas os jornalista fizeram feio, pra variar. Todas as perguntas giraram em torno dos quatro cubanos que se aproveitaram do programa e da população e os abandonaram. Nenhum jornalista perguntou sobre resultados já verificados ou como ficou a população da cidade que teve aquela “coisa” que se aproveitou de gente simples pra acabar servindo cafezinho para os médicos brasileiros.
OU NOSSOS JORNALISTAS SÃO RUINS OU SÃO PESSOAS RUINS! OU AMBOS!

Eduardo

Palavras simples do Dr.Aramys Cruz, que deveriam aparecer na mídia, a mesma que deu visibilidade àquela “coisa”, que me recuso a chamar de doutora!

Pedro Ribeiro

Desejo muito que o ideal de formação dos médicos cubanos afetem a cultura brasileira de forma positiva, pois a primeira preocupação é evitar que o cidadão adoeça.
Medicina preventiva: Diminui a automedicação e o custo saúde seria muito menor.

    Bode do Lula

    Eu já disse que se o Brasil fechar todas nossas faculdades de pública e mandar todos para Cuba, ganha tanto em dinheiro quanto em qualidade. Assim como, o mesmo, as que diplomam professores, até agora só inutilidades

    abolicionista

    Sim, e aumentam o tempo de consulta e diminuem o tempo e o dinheiro gastos com exames. Muitas vezes, dedicar um pouco de atenção ao paciente pode reduzir drasticamente o número de exames necessários para o diagnóstico. É claro que os laborarórios estão de cabelo em pé. Vão fazer de tudo para manter os lucros exorbitantes.

edir

Quando leio sobre esse pensamento solidário dos médicos cubanos, me alimenta a esperanca de um mundo melhor .

Marat

“Não é o dinheiro que nos move a ficar aqui” – Belíssima frase… Os venais estadunidenses e seus miquinhos da imprensa 50 tons de marrom pelo mundo, bem que poderiam refletir!

abolicionista

Parabéns aos médicos cubanos, estão realizando um grande trabalho! A população brasileira agradece!

Luis Henrique – MG

Só para registrar. Coronel Fabriciano fica cerca de 200 km de Belo Horizonte e conta com 104 mil habitantes. Trabalham na cidade, pelo “Mais Médicos” 2 brasileiros e 5 cubanos que tive o prazer de conhecer. Todos eles pensam como Aramys. Estão aqui para se solidarizar-se com povo brasileiro e não pelo vil metal. Nos ensinam o que vem a ser, de fato, o “internacionalismo proletário”.

Rogerio Becattini

Observamos dois pontos de vista diferentes, Dra Ramona e Dr Aramys. Infelizmente uma amostragem muito pequena.
Ainda estamos num ponto cego: são essencialmente altruístas ou aproveitam uma oportunidade para um ganho monetário melhor, pois é sabido que em sua terra natal a remuneração é mínima.
E ainda existe a possibilidade de ser pelos dois motivos. Não existe pecado em se querer ganhar mais.
A crítica que faço é a indecência da remuneração dos colegas cubanos, diferente das dos brasileiros e de outros estrangeiros. Trata-se de uma excrescência.

    Luís Carlos

    Observado apenas o valor que recebem aqui no Brasil, de fato, poderia parecer pouco, apesar de receberem valor wuené obrigação dos municípios variando entre R$500,00 e R$2.500,00 mês para alimentação e moradia. Porém cabe observar o que Dr. Aramys mesmo afirma. Outra parte vai para Cuba. Vai para família deles em Cuba, sendo recebido mensalmente por familiar.
    O câmbio entre real e a moeda cubana favorece o real, portanto, a receita em reais que chega para familiares dele em Cuba é muito superior a média de renda cubana. Não se trata de meros R$1.446,00 , mas sim uma soma muito, muitíssimo grande em Cuba.
    Muitos desses médicos trabalharam em missões em outros países, como mesmo foi dito pelo médico cubano que trabalhou no Haiti e no Paquistão. Em missões como essas, os médicos não tem remuneração alguma, e trabalham pelo único sentido da solidariedade e “internacionalismo operário”. Esse relato é ouvido de muitos deles que hoje estão trabalhando o Brasil. Tais relatos demonstram como Ramona foi um fragoso fiasco em sua espúria mentira.

    Bode do Lula

    [ A crítica que faço é a indecência da remuneração dos colegas cubanos, diferente das dos brasileiros e de outros estrangeiros. Trata-se de uma excrescência.] Vá na a prefeitura ou qualquer órgãos público, quase todo tem, e veja contrato de limpeza com mão de obra terceirizada, e verás o que é excrescência, vendo quando se paga por isso e quanto a empresa paga de salário.

flavio cunha

“Me parece um comunista ferrenho”, isso é hilário. Me lembra as tirinhas do Henfil onde os garçons de um restaurante entregavam o pedido a um suposto comunista com uma enorme vara com a bandeja na ponta para não se contaminarem com aquele comunista. Eu, às vezes, ainda me surpreendo com a ignorância que grassa solta por aí.

lidia virni

Quem está há anos acostumado a ter contato com cubanos (não os chegados a uma Miami), não se admira com o teor da entrevista, eivada de dignidade, respeito e sinceridade. Esse é o novpo homem criado pela Revolução Cubana, dentro do espíritpo da solidariedade, da dignidade e do profundo amor por sua Patria e por sua revolução. São criticos quando têm que ser, mas sem abandonar aqueles príncípios que norteiam o modo de ser e de viver da maioria dos subanos, tudo temperdado com uma alegria típica e contagiante.
Quanto aos trolls da vida, bobagem aconselhá-los a conhecer melhor Cuba e os cubanos, outros além daquela traíra queridinha dos ruralistas escravagistas e dos conselhos médicos coxinhas. Esses internautas são pagos e, ao contrário do dr. Aramys, estão prontos para vender a Pátria a quem der mais.

    Ricardo

    Bem dito!

Luís Carlos

Enquanto Ramona passará a receber R$3.000,00 da AMB para “servir cafezinho” por ter feito papel sujo de mentirosa que dela esperavam escravagistas brasileiros, CRM/MG, conforme divulgado ontem pelo Tijolaço, inocentou médicos brasileiros condenados pelo judiciário por tráfico de órgãos. Entidades médicas brasileiras continuam as mesmas, perseguindo quem atende população e protegendo corruptos e assassinos julgados e condenados pelo judiciário.

bira

Só não gostei desse negócio de ele torcer pela Argentina. Obrigado pela sua solidariedade.

    J Fernando

    rars.. eu também não, mas, aplausos para a sinceridade do médico. Podia ter feito média com o repórter e falado que torcia para o Brasil.
    Pelo menos, em MG, torce para o meu Cruzeiro.

Renato

Este entrevistado foi escolhido a dedo. Me parece um comunista ferrenho. Será que os demais também pensam assim? Acho que alguns, sim, por ideologia. A maioria me parece que não.

    Luís Carlos

    Sugiro que você conheça médicos cubanos que estão trabalhando no Brasil. Mudará de idéia rapidamente.

    Ricardo

    A análise, feita sob a ótica de mercado, não consegue captar o sentido da vida fora das trocas monetárias. Em um mundo onde o deus dinheiro dita as regras, é praticamente impossível vislumbrar algumas características do ser humano simples, altruísta. Quando você consegue se desvencilhar destas amarras, quase que fatalmente você será taxado de demagogo ou comunista.
    O difícil é buscar sabedoria para deixar preconceitos para trás.

    Eduardo

    Renato, me desculpe. Mas acho que você não entendeu nada! Seu poder de síntese é baseado nas “opiniões publicadas”. Se um dia você vivenciar a solidariedade, vai entender o que faz este médico cubano, e tantos outros brasileiros e estrangeiros que estão se lixando pra tentativa escancarada de tirar o atendimento à população, apenas por motivos politiqueiros.
    Procure saber sobre resultados do programa e o que a população atendida acha. Se esses resultados forem ruins, aí sim deve-se criticar negativamente. Mas procure saber! Não vá atrás de outros!

Luís Carlos

Dr. Aramys, seja bem vindo ao Brasil e obrigado pelo seu trabalho e de seus colegas.

    Rosana Lucas

    Seja bem vindo. É este espírito socialista e humanitário que falta em alguns setores de nosso pais. Parabéns Doutor.

    Bode do Lula

    Por isso, a minha proposta foi que, salvo os que quisessem pedir demissão e devolver tudo que já ganharam, devia mandar tudo que é docente de públicas para esses localidades, e trazer docente cubanos para os cursos. Não só se ganhavam médicos de nível acadêmicos dos melhores do mundo, como gente de alto valor humanístico.

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