Fátima Oliveira: Vaquejada tradicional não maltrata os animais

Tempo de leitura: 3 min

A vaquejada tradicional é diversão que não maltrata os animais
Exibição de vaqueiro e festa de fazendeiro, de ano em ano

por Fátima Oliveira, em OTEMPO
Médica – [email protected]

Amo cavalgar, tanger boi pro curral, tocar boiada e aprecio vaquejada – prazeres da vida simples de cultura vaqueira, do tipo franguinho na panela: “Eu tenho um burrinho preto/ Bão de arado e bão de sela/ Pro leitinho das crianças/ A vaquinha cinderela/ Galinhada no terreiro/ Papagaio tagarela…”.
Ao escrever sou inundada por uma explosão de saudade de quando a vaquejada era só brincadeira anual nos pátios das fazendas: exibição de vaqueiro e festa de fazendeiro.

A “pega de bezerro”, ou “pega de boi”, nos anos 1970, no meu sertão natal, virou vaquejada: um esporte, fora da apartação de gado, como atração nas exposições agropecuárias: imitando o rodeio, mimetizando o estilo country estadunidense e os clichês da filmografia western, com distorções que renegam a vaqueirice. Hoje é esporte rentável, que atrai multidões, mas de reputação polêmica, devido às acusações de maus-tratos a bois e cavalos.

Sem falar na confusão entre vaquejada e rodeio constante em lei – “Entende-se como prova de rodeios as montarias em bovinos e equinos, as vaquejadas e provas de laço, promovidas por entidades públicas ou privadas, além de outras atividades dessa prática esportiva” – que dividiu a atividade vaqueira tradicional em duas: peão de boiadeiro (trabalhador rural: empregado que cuida e treina cavalos e bois) e peão de rodeio (atleta profissional).

A “pega de bezerro” era no dia da apartação, prática da pecuária extensiva, antes da chegada do arame farpado (por volta de 1940, embora inventado em 1873, em Illinois, EUA). O vaqueiro ia “pegar o gado” que pastava solto nas capoeiras, onde gados de vários donos se misturavam. Uma labuta de dias e dias. O vaqueiro não era assalariado. Tinha parte na bezerrada que nascia entre uma apartação e outra, logo tinha “olho de dono”, de amor aos bichos e não maltratava seus animais. Os vaqueiros das redondezas se juntavam para ajudar um colega de ofício a receber a parte que lhe tocava.

Após a “partilha”, os vaqueiros brincavam de “pegar bezerro”. Era uma celebração. Na pecuária extensiva, muitas vacas davam cria no mato, então a bezerrada era selvagem e de difícil captura, exigindo maestria do vaqueiro para enfrentar a caatinga, o cerrado, o carrasco ou a mata fechada, perseguindo e laçando a “bezerrama” para prendê-la no curral. Era uma epopeia! Muitos vaqueiros viravam lendas ambulantes do sertão, inspirando as vaquejadas como diversão: exibição de vaqueiro e festa de fazendeiro, de ano em ano, com comilança, violeiro e sanfoneiro.

O vaqueiro escolhia sua parte no “dois pra uma”: dois machos e uma fêmea. Meu avô Braulino ferrava uma “garrota” pé-duro, hoje em extinção, para cada neto que nascia. Dizia que era uma “sementinha de gado”. Meu ferro de gado era MF, de Maria de Fátima. Numa partilha, Dé, o vaqueiro, escolheu uma cria da minha vaca Margarida. Aprontei a maior choradeira. Neta mimada e no dizer de vovó, com ar de recriminação, “cheia de gostos” – e era! -, na porteira do curral só bebia leite mungido de minhas vacas. De certeza uma menina puro entojo, como dizia a tia Lô. Resumo da ópera: o pai velho deu dois bezerros ao Dé pela minha bezerrinha.

Hoje registro uma promessa ao compadre Dé (sou madrinha de um filho seu) e ao pai velho, que, tementes a Deus, decerto estão aboiando e laçando bezerro no céu: volto aos circuitos das vaquejadas pelo resgate da vaqueirice, uma cultura que não maltrata animais, e pela preservação do gado pé-duro, um patrimônio genético do Brasil.


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Comentários

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Sara Cristina

Se não maltrata o bezerro, faz assim, a gente pega seus filhos, marca a cara deles com ferro em brasa, bota eles pra correr e depois sai atrás com um cavalo, laça ele pelo pescoço correndo o risco até de quebrar algum osso… Pode ser? Você é uma especista e não têm o mínimo respeito ou compaixão pelos animais. Animal não é coisa, não é brinquedo, eles tem todos os sentidos muito mais desenvolvidos que os seus, logo, SENTEM. Absurdo, ridículo, ignorante e de um mal gosto extremo seu texto. Mostra que sua consciência, sua moral e seus valores têm muito a evoluir. Tentem se informar mais sobre as coisas… uma dica, podem começar por aqui: http://www.terraqueos.org/ . Para os animais, você e todas as pessoas que pensam como você, não têm a menor diferença dos nazistas.

Vinische

Fico imprecionada que para tantos os mais sábios e cultos se mostram tão atrasados, tão ignorantes.
Ridículo.

jose franson

"No homem e no animal a dor é igual"
Por que os praticantes e assistentes de vaquejadas não se laçam uns aos outros, seria divertido.

Médica publicou artigo fazendo apologias às vaquejadas “tradicionais”. Protestemos já! | Rede Social Vista-se

[…] Fernando de Souza A médica Fátima Oliveira, em artigo enviado para o site do jornal O Tempo (e reproduzido no blog Viomundo, de Luiz Carlos Azenha), fez uma apologia às vaquejadas “tradicionais”, aquelas que […]

Sheila

Nada como brasileiro medíocre tendo orgulho da própria mediocridade… dr. Fátima poderia fazer apologia a leitura, à música, à dança… Não, prefere exaltar a barbárie, o primitivismo, a crueldade.
Com tanta violência neste mundo, precisamos realmente nos divertir às custas das outras espécies? Apesar da "inteligência" os animais humanos ainda gostam de ver sangue para se divertir? Exatamente da mesma forma que se extasiavam com crucificações, enforcamentos e decapitações. Que espécie evoluida é essa?
E quem se indigna diante da crueldade e violência, quem deseja respeito e paz acaba sendo execrado…

sonia maria rabello

Creio que essa médica ainda não evoluiu como a maioria das pessoas nesse mundo, por culpa da mesmice que é passada de geração para geração! Os animais não vieram ao mundo para nos servir, não entendo como as pessoas que falam tanto de Deus, não o vejam nos animais, não o vejam na natureza!
Não matarás, lembram????? Creio que isso também serve para os animais, e olha que eu nem religião tenho, mas respeito a Flora e a Fauna!
E acredito que a humanidade irá pagar muito caro, pelo desrespeito a esses seres indefesos, os pobres animais! Cresçam, evoluam, NÃO SOMOS OS DONOS DO MUNDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bárbara de Almeida

É complicado entender o que motiva tantas pessoas acreditarem ser motivo de "boas lembranças" o ato de maltratar, marcar e até mesmo COMER outras espécies. Além de tudo, propagar esse tipo de experimento doloroso às novas gerações não passa de um estimulo à exploração violenta de animais, assim insensibilizando nossas pequenas crianças ao sofrimento alheio! Se concientize, saia das cavernas… Como já dito anteriormente: Crueldade contra animais nunca mais!

Proteste já: Médica faz apologia à vaquejada “tradicional” em artigo « Arauto da Consciência

[…] lugares onde o artigo foi postado: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/fatima-oliveira-vaquejada-tradicional-nao-maltrata-os-animai… […]

Ismael Ribeiro

Os defensores virtuais de animais arrumaram um lugarzinho de papapagio de pirata no bonito ebrilhante artogo de Fátima Oliveira e vieram aqui atr;as de fama,.
Eita gente sem desconfiômetro. Isso aqui, nosso país, é uma democracia e criar animais e praticar esportes legais com eles não é crime.
Vão plantar feijão bando de desocupados, que o preço tá é bom..
Vocês são tão a toas que ao invés de centrar na parte do artigo que diz que as vaquejadas precisam voltar à cultura da vaqueirce, o que é uma crítica da autora ao modo como elas são hoje, e a autora é alguém que pode trabalhar isso com probabilidade de sucesso, não. preferem ficar nessa denúncia idílica e não fazem nada para diminuir o sofrimento dos animais no hoje. Essa gritaroa do contra e pronnto não tem poder de melhorar as vaquejadas bandod e a toas.

A Vaquejada e os vegetarianos | ESTADO ANARQUISTA

[…] Tudo começou com este texto da Fátima Oliveira, d’O TEMPO ( [email protected] ), publicado  no Viomundo: […]

Evandro T. Tavares

"A dor do animal é a mesma do homem". Marguerite Yorcenar

"Para os animais todas as pessoas são nazistas". I.B. Singer, sobrevivente de Auchwitz.

    Leider_Lincoln

    Ô meus sais!

    Leider_Lincoln

    E para os carnívoros, todos os vegetarianos são soldados e políticos israelenses, que são aquilo em que os sobreviventes do nazismo e seus descendentes se tornaram.

Alysson

Onde as relações estão mais naturalizadas é onde mais se necessita de filosofia e reflexão. Evocar uma paisagem bucólica, interiorana, de resgate de práticas culturais "inocentes" com palavras como "perseguir", "ferrar", "laçar" "derrubar", etc, revela a contradição e a essência da prática ocultada no discurso de quem a pronuncia, ainda mais quando diz explicitamente que isso não acarreta maus tratos.

Fátima Oliveira

HARAS LUA CLARA – Acolhimento de Jegues Abandonados
[email protected]

O email acima está à disposição de pessoas defensoras dos direitos dos animais para que façam contato, caso o amor delas seja denso o suficiente para contribuir numa proposta de acolhimento de jegues que vagam pelas estradas, desprezados pelos seus donos.

Cuidar de jegues abandonados não exige apenas piedade, amor e verborragia virtuais, requer local apropriado e dinheiro para cuidados alimentares, pagar veterinário e cuidadores de animais.

Aceitamos ajuda, de diferentes tipos, incluindo cuidadores de jegues que banquem suas despesas pessoais do próprio bolso, exceto hospedagem! Recebemos visitas agendadas.

Atenciosamente,
Fátima Oliveira

    Alysson

    A beleza do seu gesto de acolher jegues abandonados não exime o equívoco conceitual presente no texto, ao dizer que vaquejada não maltrata o animal. Nem denuncia uma suposta incoerência dos defensores dos animais por não possuírem grandes espaços para fazer na prática a defesa dos animais. Moro num apartamento classe média em Brasília, já acolhi um cachorro e uma gata abandonados e pratico a diária e individual libertação dos animais ao não consumir nenhum tipo de produto de origem animal. Longe de ser verborragia virtual, é uma forma de ação coerente que faz tanto pelos animais quanto o haras que acolhe jegues abandonados. Muito diferente do texto que cultua práticas culturais de exploração disfarçadas em exemplos de cultura que merecem ser resgatados e preservados.

    Messias de Freitas

    Cadê o povo que se habilita a ser cuidador de jegue?!!!!! Falam, falam, mas de concreto não movem uma palha. Só palavras ao vento.

    Maria Clara

    E quem faz valer o direito dos animais são pessoas como a Fátima, que posta coisas que incentivam o especismo e exploração.
    Ah, e você também ajuda muito… (o que você faz, mesmo?)
    Nós, que lemos, informamos, repassamos notícias que não aparecem na mídia que os acomodados estão acostumados, que assinamos petições, criamos as petições, fazemos valer as leis, somos presos, investigamos, colocamos a mão na massa em abrigos, etc, etc e etc… ah nós não fazemos nada. Só palavras ao vento…
    Parabéns pelos argumentos Messias.

    Robson Fernando

    Já pensou, Fátima, que esses mesmos jegues são abandonados por pessoas que vivem como você vivia na infância, acostumadas a tratar animais como objetos, como ferramentas de trabalho dotadas de vida útil? E que a propagação das motocicletas como veículos de locomoção e até tração está fazendo aqueles mesmos que adoram vaquejadas e não dispensam um leitinho quente no café-da-manhã abandonarem seus animais como se fossem apenas tratores velhos inutilizados?

    Admiro quem também luta pelo bem dos jegues vítimas dessa cultura nordestina de exploração e proprietarização de animais, mas sinto em dizer que não adianta tentar posar de defensora devotada dos bichos quando você defende jegues e apoia a exploração violenta (queira você ou não, vaquejada é violência) de bois e cavalos.

    Ismael Ribeiro

    Acho que esse Ribson se apaixonou por Fátim Oliveira. Só pode!
    Sujeiro mais chato e à toa. Não gosta de beber leite, problema teu. não bebe. Mas há quem goste. Deixa de querer ser espada do mundo. Sujeito mais chato. Vai procurar o que fazer.

    Robson Fernando

    E pensar que esse é o nível de discussão dessa gente. Não tem o que argumentar, tenta derrubar pelo insulto mesmo.

    rita amorim

    Quando eles tem que se defender, e' so'com baixo nivel intelectual mesmo! Nao sai nem um argumento mais inteligente que isso!

    Vivian Figini

    O ser humano me desperta mesmo, muita curiosidade. Como podes Fátima defender e proteger uma espécie de animal (jegues) e maltratar outras?
    Quando se trata de dor, os animais possuem, e vc sabe mto bem, aparelho nervoso como nós.
    A pergunta é sempre a mesma: Você gostaria que você com você?

    Jesus a 2.000 anos disse "não faça aos outros o que não querem que te façam" e até agora não aprendemos.

    Onde está a diversão em causar dor? isso se chama sadismo.

Alysson

A doutora Fátima (é médica a articulista, não?) sabe que a capacidade de sentir dor vem da presença no organismo de um Sistema Nervoso Central desenvolvido, que temos humanos e animais. Então, se me dói e me fere ser jogado num chão duro a mesma coisa se passa com um boi ou bezerro. Isso parece fanatismo ou se assemelha mais a um argumento???

    Leider_Lincoln

    O tipo de pessoas que equipara o desconforto de um animal ao sofrimento humano me lembra muito o tipo de pessoas que distingue puros de impuros…

    Alysson

    O tipo de pessoa que chama de desconforto ter a pele marcada com ferro em brasa e ter uma argola a perfurar por dentro o nariz me lembra muito o tipo de pessoa que ateou fogo num índio em brasília e chamou isso de diversão

    Robson Fernando

    Por quê?

Alysson

Ser derrubado pelo rabo quando se está correndo, jogado no chão duro e laçado não acarreta sofrimento algum?? Rapaz…. quando a gente cai "de maduro" (como diz no interior) já dói um bocado, imagine se a gente viesse correndo, tentando fugir de alguns doidos que não nos deixam em paz

Pitagoras

Em que mundo a senhora vive? Que tal perguntar aos animais se eles concordam com o "divertimento" sadio de que fala. Da mesma forma, os milhares de animais mortos todo dia para satisfazer o apetite insaciável e irracional dos humanos também não maltrata os animais.
É vaquejada, é experimentação animal, é criação em confinamento, é exploração da força física do animal, é a crueldade gratuita cometida por indivíduos sádicos, e contra as espécies a devastação dos seus habitats extinguindo espécies em número crescente e assustador.
Animais são seres senscientes, sentem dor e não temos o direito ético de maltratá-los. Quem deu ao homem o direito de destruir o próximo, extinguir espécies?
Que tal a senhora visitar um matadouro para testar se sua consciência não vai pesar?
Alguém já disse que se os matadouros tivessem paredes de vidro, todos nós seríamos vegetarianos.

    Leider_Lincoln

    E alguém já disse que bastaria 5 minutos conversando com um vegetarianos para que todos se convencessem de que ser carnívoro é ser humano.

Fátima Oliveira

AINDA SOBRE ESPORTES EQUESTRES:
Muitos esportes equestres se originam de trabalhos diversos do campo: a equitação de trabalho, de tradição italiana, e a atrelagem, do tempo das carruagens, as denominadas corridas de bigas – competição em carruagem puxada por dois cavalos; das trigas, carruagem puxada por três cavalos; e das quádrigas, carruagem puxada por quatro cavalos. A atrelagem remonta ao pós-invenção da roda, pelos sumérios, 3.500 a.C. Foi modismo de nobres na Idade Média (a “Era das Carruagens”).
Além da equitação clássica, temos a equitação rural, o enduro equestre, o turfe, o polo…

    Robson Fernando

    Na mesma época, em culturas que não contavam com animais de tração, escravos humanos eram usados pra esse trabalho – carregar carroças, liteiras e objetos pesados. E a violência entre ou contra escravos era parte da diversão desses povos – vide a dita civilizada Roma antiga com seus gladiadores e a Esparta das Krypteias.

Fátima Oliveira

Sou uma entusiasta dos esportes equestres e pratico cavalgada. Desde criança tenho meu próprio cavalo. Sem dramas de consciência. Por amor, mesmo!
Há vários tipos de esporte equestre e nenhum deles tem como fim maltratar animais, logo se na prática de qualquer deles ocorrer “maldades”, que fique explícito que é uma distorção condenável.
Alguns esportes equestres têm origem na lida do gado e, dependendo do país, recebe diferentes nomes. Aqui é vaquejada, parte integrante do trabalho do vaqueiro, donde decorre a vaqueirice, já bem descrita aqui por outras pessoas.
O debate é bom e eu desejo fazê-lo até à exaustão, pois a vaquejada não pode ser confudida com outras coisas e nem gostar de cavalo pode ser visto como uma forma de escravizar animais!

    Robson Fernando

    Apoiar a vaquejada é normal pra quem foi criad@ desde a infância num ambiente em que a exploração e violência contra animais era ferramenta de trabalho.

    Não quero assim desqualificar o Sertão nordestino muito menos os sertanejos, mas a violência generalizada contra animais ali é um ponto muito negativo na cultura da minha região. Naquele lugar de pecuária extensiva, marcar a ferro, laçar, capturar, derrubar, fustigar, cercar, escravizar, apartar, desmamar à força, matar à marretada ou à facada desde bovinos até caprinos até hoje são ações tratadas como algo muito normal e tranquilo, apesar dos gritos, berros, prantos, agonias e derramamentos de sangue por parte daqueles bichos vítimas da miséria de terem nascido com o fim único da escravidão e do sofrimento.

Aldemir Freire

Embora more na linda cidade de Natal/RN, sou filho so alto sertão potiguar. E acho que a cultura sertaneja está desaparecendo. Aqui vai dois vídeos, que retratam um pouco dessa cultura na poesia de Zé Marcolino. Fazenda CACIMBA NOVA. [youtube axDPEaqQSzM http://www.youtube.com/watch?v=axDPEaqQSzM youtube] e a mesma música na voz do velho Luiz Gonzaga: [youtube MZzQGqYfBLs&NR=1&feature=fvwp http://www.youtube.com/watch?v=MZzQGqYfBLs&NR=1&feature=fvwp youtube]

sandro lotito

Falar de cultura, do passado no sertão, contato com a natureza, tudo muito lindo…..
pois é muito legal se divertir as custas do sofrimento alheio, eu só queria saber, será que os idiotas
(não da pra chamar de outro nome) que dao valor as essas "festas" acreditam em Deus, promovendo
essa diversão satânica, não da pra entender………

    Robson Fernando

    Sim, uma antaresca maioria acredita em Deus e nos santos católicos. Muito frequentes são missas, celebrações de santos e orações antes de vaquejadas e rodeios.

    Por outro lado, eu não creio em deus nenhum e estou aqui protestando contra o artigo em questão.

    Peço um pouquinho de tolerância de sua parte. Não envolva crença religiosa na coisa, visto que religião definitivamente não define caráter nem respeito aos animais. Existem teístas e ateus que respeitam os animais, da mesma forma que há teístas e ateus que não se importam com maus tratos aos bichos.

    rita amorim

    Sim, acreditar em Deus e fazer o que fazem com outros seres vivos! Bando de HIPOCRITAS!!!!

    O Robson nao e' chato, ao contrario de vc e ssa Fatima, que fazem parte do que o mundo tem de pior! Afinal, para se respeitar animais, e' preciso ter uma mentalidade elevada e nao e' para qualquer um.

José Alcestes

Quando Fátima Oliveira se refere ao resgate da vaqueirice, há um significado especial que, é o fato de ela estar se contrapondo à vaquejada com espirito de tourada e ares de farra do boi. Ela disse que vaquejada não é rodeio e nem tourada. E eu acrescento: nem farra do boi.
Se há distorções na vaquejada oficializada no Brasil, elas devem ser denunciadas, pois vaquejada é apenas derrubar o boi pelo rabo, sem produzir lesões de qualquer tipo!
O artigo dela é um chamado à recuperação do espirito da vaqueirice nas vaquejadas que é um discursod e preservação de animais, do cuidado com eles. É uma atitude de amor pelos animais. Não é amor pelso animais a condenação pura e simpels das vaquejadas, pois a condenação não vai melhorar o trato com os animais.

    Robson Fernando

    "Se há distorções na vaquejada oficializada no Brasil, elas devem ser denunciadas, pois vaquejada é apenas derrubar o boi pelo rabo, sem produzir lesões de qualquer tipo!"

    Você ainda diz apenas derrubar o boi pelo rabo? Isso já não é uma violência? Se não é, seria se fosse derrubar uma pessoa pelo cabelo?

    "O artigo dela é um chamado à recuperação do espirito da vaqueirice nas vaquejadas que é um discurso de preservação de animais, do cuidado com eles."

    Onde você vê "preservação" e "cuidado", eu vejo escravidão e exploração. Como é possível estar tratando bem um ser que está sendo escravizado, privado de liberdade, aprisionado nos limites de uma cerca, laçado ou derrubado numa competição seja ela amadora ou profissional?

    "É uma atitude de amor pelos animais."

    Da mesma forma que "guerra é paz" e "escravidão é liberdade". Puro duplipensar que tenta tornar sinônimas duas coisas totalmente opostas e conflitantes.

    "Não é amor pelso animais a condenação pura e simpels das vaquejadas, pois a condenação não vai melhorar o trato com os animais."

    Seria amor apoiar a continuação de um "esporte" que consiste em perseguir e derrubar animais numa arena, lhes negando a paz, a liberdade e o bem-estar? Que amor é esse?

    Condenar a vaquejada é condenar a violência, a exploração, o abuso gratuito daqueles animais praticado por entretenimento humano. Condenar a exploração animal e desejar direitos e liberdades aos animais é mais do que amor, é ética, respeito. É dar direitos libertários a seres que há milênios sofrem intensamente por sua condição de escravos.

    O fim da vaquejada sozinho não vai trazer a abolição da escravidão animal no Nordeste, visto que ainda temos a exploração animal pra fins de alimentação, tração e vestuário, mas vai acabar com uma tormenta indescritível pra aqueles bois e pros cavalos que vivem sendo esporados pra correr numa arena.

Leonardo

Querida Fátima,

Desde pequeno, frequentei vaquejadas, desde as mais rústicas e locais, até as megas estruturas midiáticas de hoje em dia. E não me lembro de nenhuma, que algum bicho não tenha saido ou morto, ou com a pata quebrada (e depois morto), ou ainda mutilado (sem o rabo arrancado pelos vaqueiros). Isso parece bastante sofrido, não concorda?
Sou também um grande entusiasta e defensor de nossa cultura, da música, dos cordeis, das caatingas, do nosso jeito simples e caloroso de ser e de falar. Porém, acredito que a vaquejada deve ficar apenas em nossas memórias, como uma forma de lembrar uma maneira errada de tratarmos o nosso meio e os animais que nele coexistem conosco.
Abraço à todos,

Leo

    Rui Raposo

    Leonardo, tem certeza que não frequenta touradas mimetizadas de vaquejadas? Fátima Oliveira fala em vaquejadas esporte de vaqueiros e não de toureiros, coisas completamente diferentes. E vejo que ela temr azão

    Robson Fernando

    Um pseudoesporte não precisa matar animais pra ser violento contra eles. No caso das vaquejadas e rodeios, a violência acontece sem que haja o interesse de assassinar suas vítimas.

    Robson Fernando

    Rui, vaquejadas não precisam matar animais pra serem atividades cruéis. Violentá-los com perseguição, derrubadas e laçadas já é uma tremenda agressão.

Leider_Lincoln

O pé duro de vocês é o mesmo do nosso (de Goiás e Minas)? Meu pai tinha uma junta…

    JotaCe

    Caro Leider_Lincoln,

    O gado Curraleiro do Brasil Central, é o mesmo Pé-duro do Nordeste. Trata-se da mesma raça originada de bovinos taurinos (europeus) que os portugueses trouxeram para o Brasil, quando da colonização, provavelmente trazidos por Martim Afonso de Souza em 1534.. A raça, que é extremamente rústica e constituída por animais de pequeno porte, se formou pela adaptação daqueles bovinos não só às condições desfavoráveis do meio, mas também devido às técnicas primitivas de criação. Do vale do S. Francisco, onde se processou o seu desenvolvimento, o gado Curraleiro ou Pé-duro se irradiou para outras regiões do Nordeste e do Brasil Central. Abraços, do

    JotaCe

    Depaula

    Leia e se delicie com "Tocando uma boiada de gado pé-duro"
    http://talubrinandoescritoschapadadoarapari.blogs

David

quem quiser olhar de perto essa cultura, fique a vontade. http://www.youtube.com/watch?v=p0QX-BG0bss

Mateus

Parabéns a Fátima pelo texto e pela memória da vaquejada. Me faz lembrar da minha terra e do povo simples.
Já esses pseudo defensores dos animais deveriam parar com esse “nhênhênhê” e procurar coisas mais importantes pra fazer. Como por exemplo, ir plantar arvores nas estradas privatizadas de São Paulo. Já andei por varias estradas de vários Estados. E nunca vi tanta estrada sem arvores quando as de São Paulo

Marcelo Ferreira

"Domesticar animais é escravizá-los!!!!" "Pela abolição da escravatura de animais!!!".
Meu, tenho a criação de cavalos como um negócio. Vivo disso. Sou amante de esportes equestres. Vaquejada também.
Sou um bicho do mato. Como Fátima Oliveira, defendo "vaquejadas pelo resgate da vaqueirice, uma cultura que não maltrata animais, e pela preservação do gado pé-duro, um patrimônio genético do Brasil." Ou vamos deixar o gado pé-duro desparecer? Defendo vaquejadas com vaqueiros e não com peão de boaideiro, como acontece nas vaquejadas comerciais e como a Lei Pelé permite. Informo ao Robson Fernando, espero que ele sobreviva, que a vaquejada está espalhada no Brasil todo. Visite os sites de vaquejadas..
De férias na praia, estava ficando com uma menina linda, mas era natureba que metia medo. Mas era meu tipo. No dia em falei que tinha um cavalo, eu disse que tinha UM, rsrsrsrsrsrs, ela arregalou os olhos quase desmaiando: "Como você tem coragem de escravizar cavalos? E eu ainda o beijei?"
Claro, quem desmaiou fui eu.

    Messias de Freitas

    Caro Marcelo, parafraseando aqui um comentário do Leider_Lincoln 96p: "Na boa? Você mandou a patricinha verdeosa comer alface, não? "

    Robson Fernando

    É. Espere apenas foras de mulheres que respeitam os animais.

    E não me importo se existe vaquejada por todo o Brasil. Isso não torna a atividade menos violenta e antiética.

    Xerém foi apenas um dos primeiros capítulos de uma história de mobilização animal contra vaquejadas, que hoje em dia ainda é muito fraca.

Francisco Leite

Só avivando a nossa memória: a vaqueirice é sim uma cultura! Ser vaqueiro é uma profissão digna. Ser vaqueiro não é ser criminoso. E a vaqueirice é cultura e não crime.

Robson Fernando

Que vergonha, dona Fátima. Fazendo apologia a um pseudoesporte que consiste claramente na violência e exploração contra animais!

Tem que ser um duplipensador experiente pra dizer que "pegar" (leia-se perseguir e derrubar no chão duro) e laçar animais não é um maltrato.

Brasileiros, não deixem que a vaquejada se popularize fora do Nordeste. Não bastasse que minha região tenha sua cultura manchada por esse rito de violência, estão tentando exportar a crueldade made in Nordeste pro resto do Brasil, já tão assolado por rodeios, zoológicos e circos com animais!

    Leider_Lincoln

    Na boa? Vá comer alface!

    priscila presotto

    Leider ,eu como alface,qual o problema?
    Sou contra tudo o que se refere a utilização de animais,para o "bem "e para o mal.
    Infeliz sua réplica.

    Leider_Lincoln

    Estamos em uma democracia, prezada. Te falar que a experiência própria que é mais agradável ouvir um testemunha de Jeová num domingo de manhã do que um vegetariano. ôh povo chatooooooooo. Eu cresci e vivi a maior parte da minha vida em Goiás, onde moro. Somos 6 milhões de goianos e 21 milhões de bovinos.
    Comemos carne, bebemos leite, iogurte, fazemos queijos, requeijões, shankrishes, fazemos tamboretes com o couro, mocotó e geléia com os cascos. Não me venha com esta conversa de quem passou a vida respirando fumaça de escapamento não. Animais para vocês, gente branquela das cidades, com seus olhinhos azuis e sobrenome europeu, são cães e gatos, com os quais costumam gastar muito mais do que apoiando iniciativas democráticas.
    Eu cresci no meio de bois, cavalos e talz. Sei o que é respeitá-los. A Conceição, pelo jeito, também.
    Na minha terra não existe "boi de estimação": é corte, leite e muito raramente, carga. É uma relação diferente, mas não menos respeitosa.
    Nem te conheço, posso estar errado, mas muito provavelmente você é uma pessoa alva, urbana, de olhos claros e que tem cães e/ou gatos e o seu "contra" é por imaginar que todos os animais são como cães e gatos. Vegetarianismo, prezada, é para gente como você, a boa classe média sem apertos que vive em cidades com mercados fartos. A humanidade (o resto dela, como você deve preferir), cresceu sob outros termos, outros valores. Acredito que você seja progressista. Ouvi falar sobre gente como você: os esquerdistas de cristal.
    E quer saber? Vá comer taioba! Ou mangarito, polvilho de araruta, caxi, abóbora d´água, maxixe, guariroba, agrião da terra, ora pro nobis… Só para você, mais do que saber, SENTIR a diferença.

    Alysson

    Dá pra sentir com vc respeita os animais. Trata-os como "corte, leite e muito raramente, carga"(sorte deles, deve ser para evitar a fadiga), faz tamborete com o couro e geléia com os cascos (argh). Equiparável ao respeito que vc tem com a "gente branquela das cidades, com seus olhinhos azuis e sobrenome europeu", enfim, os "esquerdistas de cristal". Pelo menos vc os exortou a comer um monte de verduras e vegetais, isso sim bastante respeitoso. Dá pra sentir a diferença.

    Robson Fernando

    Está explicado por que tanta trollagem contra os comentários de quem vem defender os animais.

    Aliás, deve-se ressaltar que a ruralidade, mesmo quando explora e mata animais a torto e a direito, não ensina preconceito não, viu, seu Leider?

    Sheila

    Leider Lincoln, testemunhas de jeová querem que vc acredite em algo que não existe. Maus-tratos a seres sencientes é bem real. Você pode não se importar com o sofrimentos de outros animais, humanos ou não. Seria esperar demais de quem repete as mesmas babaquices milenares da humanidade. Nada mudou desde os tempos das crucificações, dos enforcamentos, das decapitações, dos gladiadores… Tudo para o êxtase e gozo dos expectadores. Foi assim durante tanto tempo, não é mesmo? Porque mudaram? Pra que mudar? Continuemos, pois, com o pão e circo.
    Este seu brado retumbante pela violência é reflexo da repetição sistematica dos padrões desta nossa sociedade machista e especista que cultua a posse e dominação do mais fraco. Cultura que não tem respeito por nada nem ninguém. Mas você não tem culpa: como a maioria repete sem pensar ou questionar. Assim é a humanidade: acha que é inteligente, mas na realidade é adestrada.

Francisco Leite

Muito bem Cida Taboza. Pegue uma caroninha. E defenda o seu ponto de vista. Não esqueça de respeitar o dos outros. O Brasil ainda é uma democracia e se depender de quem respeita a pluralidade, a diversidade, como eu, em nossa terra haverá lugar para gente como você e para quem tem outras visões de amor, de diversão e de cultura.
A Lei Pelé define a Vaquejada como um esporte. Fátima Oliveira não é uma fora-da-lei. E não é criminosa por gostar de vaquejada. Então, se acalme minha senhora. Aprenda a respeitar outros pontos de vistas diferentes do seus quando os mesmos não constituem nenhum tipo de ilegalidade em nosso país. A autora, com certeza uma pessoa nascida em ambiente rural usa a linguagem que bem lhe aprouver. Você não é obrigada a ler. Eu achei a crônica muito bonita. Gostei demais. E lembre-se cultura não é só a sua e nem o seu fanatismo.

Cida Taboza

E que amor! E que céu! O “amor aos bichos” está a anos-luz da dor, do sofrimento e da exploração a eles impostos diariamente. E nem depois de mortos os pobres têm sossego, continuam sendo laçados?

É preocupante alguém que trabalhe com cura estar tão doente da memória e do coração. Mas há esperança… Que se preserve a Vida e que se aprenda mais do Amor aos animais… e aos humanos, ainda que seja difícil.

Cida Taboza

Pelo contrário, vaquejada é “brincadeira”, “exibição”, “festa”, “esporte”, “atração”, “reputação”, “celebração”, “maestria”, “diversão, claro, para aqueles que se alegram com a desgraça do outro. Cultura? Ô palavrinha… De fato, amigo Benjamin, todo monumento à cultura é também um monumento à barbárie. E que belo patrimônio cultural somos capazes de erigir… Genética é questão de repetição de padrões. E ainda bem que as práticas sociais estão em aberto, transformando a cultura a todo momento. Há esperança… ufa!

Cida Taboza

Pela boca de quem se emociona com “franguinho na panela” e educa seus filhos com “leitinho”, obviamente que a semântica (e a prática) de “tanger”, “pegar”, “apartar”, “perseguir”, “laçar”, “prender”, “comer”, “ferrar” não engloba maus-tratos a animais. Um dicionário social oco em que a maldade, desde que atinja o outro, não aflige. Desse ponto de vista, certamente vaquejada não maltrata animais.

    Leider_Lincoln

    Cida, você está confundindo gado com gato. Ou você acha que as plantas que come pertencem ao reino mineral e não são seres vivos?

    Robson Fernando

    Defendemos animais não por serem seres vivos, mas sim por serem sencientes. Plantas não sentem dor, nem têm quaisquer motivos biológicos pra sentir.

    Boaz

    "E as plantas?" http://j.mp/9b17cA

Klaus

Será que marcar a ferro maltrata os animais? Não sei, mas isto me lembrou uma piada. Perguntado com castrava um determinado animal, um senhor disse que pegava dois tijolos e batia com força nos testículos do animal. Mas isto não doi, compadre, perguntou o amigo. Olha, se vc tomar cuidado pros dedos não ficarem entre os tijolos doi nadinha não.

Gustavo Pamplona

Provavelmente os leitores do blog vão querer discutir o "assunto do momento", mais um capítulo da violência do Rio e até porque sei da filosofia dos "não-assuntos" apresentada pelo Azenha num artigo de Abr/2008

Então como solidariedade a este singelo artigo vou comentar o seguinte:

Fátima, eu não me importo com maltratos a animais, especialmente animas que nos servem de alimento, caso de vacas, bois, porcos, galinhas, etc. (*)

Além do mais… nós mesmos, seres humanos, já nos maltramos uns aos outros, alguns apenas verbalmente (a forma mais branda) enquanto alguns matam (a forma mais severa)

(*) Bom… eu não como carne de porco mais, passei a ter um "nojo" de carne de porco (e não foi por causa da gripe suína), porcos são tão "porcos" que na falta de comida no meio da lavagem podem comer até mesmo os seus próprios excrementos e estou prestes a parar de comer carne vermelha totalmente, mas acho que mais cedo ou mais tarde vou virar um vegetariano total,

    Robson Fernando

    O que isso acrescenta ou critica no texto?

    Isso foi uma demonstração totalmente desnecessária e dispensável de frieza e insensibilidade ao sofrimento animal. E ainda diz que "vai virar um vegetariano total"!

    Leider_Lincoln

    É isso aí Pamplona: para ser um vegetariano total você tem que aprender a ser chato até a medula, intratatável e se sentir superior. quando conseguir está pronto para viver a base de alfaces. Mas tranquilo, vegetais não são seres vivos, não é mesmo? Pelo menos não terá de matar outro ser vivo para comer…

    PS. Se aparecer em Goiás antes desta triste data, comemos um molho de frango!

    Boaz

    Se ser abolicionista é ser "chato", os abolicionistas são seriamente 'chatos': http://j.mp/faJuQ8 , http://j.mp/bgWcps , http://j.mp/dKAjX6 .

JotaCe

Prezada Dra. Fátima,

O seu texto é lindo, como igualmente o são seus sentimentos de saudades. Sou filho das mesmas terras e nelas vivenciei também na minha infância momentos especiais. Mas não permito que a lembrança do meu estilingue tão certeiro, ofusque o pesar que hoje sinto pelo sofrimento dos pasarinhos que voejavam nos céus da minha infância nordestina. Abraços,

JotaCe

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