Estados Unidos: O macaco na gaiola

Tempo de leitura: 5 min

EUA: O neopessimismo

10/3/2011, Charles Simic, New York Review of Books, Blog

Tradução do Coletivo da Vila Vudu

Nem lembro quando ouvi, pela última vez, alguém se manifestar com genuíno otimismo sobre o futuro dos EUA. Descontem-se os políticos, os donos de bancos de investimento e os generais, porque esses são pagos para oferecer garantias para qualquer coisa, apesar da economia que degenera nos EUA e das guerras suicidas em que o país está envolvido, e os narcisistas de sempre, acostumados a dar as costas aos sofrimentos dos nossos irmãos de destino nos EUA.

Até há bem pouco tempo, os anunciadores do apocalipse eram raros entre meus amigos e conhecidos. Sempre houve desses em maior número entre os mais velhos, cuja vida já acumulava considerável carga de tragédias e desilusões, o que bastava para que nos convencêssemos de que aquele pessimismo sombrio não seria aplicável a nós, os mais jovens.

Há algum tempo, ainda se encontravam otimistas inveterados, idealistas e até alguns realistas Niebuhrianos [1] ; hoje, só se encontram pessoas de todas as idades e contextos, sempre ansiosas para contar como tudo vai terrivelmente mal e, em registro mais pessoal, como a vida pessoal e familiar degringolou – e como lhes parece difícil, não só pagar as contas, mas, também, entender como o país que conheciam tornou-se tão completamente irreconhecível.

Considere-se o assalto aos direitos dos trabalhadores pelo novo governador do estado de Wisconsin, Scott Walker e um grupo de senadores, sem qualquer discussão com a sociedade. A mesma abordagem espalha-se para outros estados dos EUA. Nesse país irreconhecível para os próprios norte-americanos, professores, sindicalistas, homens, mulheres e crianças, os desempregados e os desesperados são a causa de déficits insustentáveis; e prevalece uma filosofia de cão-que-devora-cão; e há quem espere que essa filosofia algum dia devolva a grandeza aos EUA.

Hoje, deve ser difícil para quem ofereça jantar aos amigos nos EUA, conseguir que todos não façam outra coisa, ao longo de todo o jantar, além de repetir, uns aos outros, a quantidade espantosa de estupidezes e mentiras que todos ouviram pelas televisões ou leram nos jornais. À medida que o jantar avança, então, vai ficando cada vez mais difícil evitar que se desinteressem da comida, da bebida e do jantar, envolvidos todos no triste jogo de disputar quem ouviu a maior estupidez, a mais completa sandice, da imprensa.

Sei que, quando me reúno com amigos, todos fazemos esforço consciente para falar de outros temas que não sejam filhos ou netos, reminiscências do passado e filmes a que assistimos, mas ninguém consegue, por muito tempo. E todos frustramos e entristecemos uns os outros, voltamos cada um para sua casa, incomodados e frustrados cada um consigo, como se sofrer pelo que está sendo feito contra nós não fosse assunto adequado à polidez das relações sociais.

Nessa atmosfera de ansiedade e histeria crescentes, na qual as causas verdadeiras e a escala do desespero nacional dos norte-americanos são deliberadamente ocultadas e encobertas pelo e no establishment político e pela imprensa-empresa, não surpreende que o que mais cresce sejam a confusão e a fúria, por todos os lados.

Como qualquer um que tenha viajado pelo país e conheça os EUA por conversar com os norte-americanos já sabe, os norte-americanos não são só mal informados; são doloramente ignorantes sobre praticamente todas as coisas que afetam a vida.

Como seria bom se o presidente Obama falasse aos norte-americanos e nos dissesse que o déficit é provocado, principalmente, pelas guerras que lutamos no Afeganistão e no Paquistão, pelas centenas de bases militares que os EUA mantemos pelo planeta, pelos vergonhosamente baixos impostos que se cobram dos ricos, pelo ‘resgate’ de Wall Street. Como todos sabemos, não há sequer uma mínima chance de que isso algum dia aconteça.

Pelas contas do presidente Obama, dizer a verdade aos cidadãos comprometeria sua campanha de reeleição, porque, se disser a verdade, ele não conseguirá arrecadar os bilhões de dólares de que precisa para reeleger-se. O tipo de gente que tem esse tipo de dinheiro e concordará em doá-lo para a campanha eleitoral sabe muito bem o que eleitores bem informados em democracia que funcione diriam a e fariam contra aquele tipo de gente, desde que os eleitores soubessem, com clareza, que eles, não nós, rasparam as caixas do Tesouro dos EUA e reduziram esse país à miséria, para enriquecimento deles, não dos EUA nem dos eleitores.

Não há dúvidas de que o presidente Obama e seu partido farão o que puderem para esconder a verdade e oferecerão soluções atraentes – como o programa de assistência à saúde, que não só não aumenta a cobertura, mas é mais vantajoso para as empresas médicas que para os cidadãos doentes, e pouco reduz os custos médicos.

O presidente Obama e seu partido contam com que essas medidas enganarão a maioria dos eleitores que não cuidam de procurar melhor informação sobre os detalhes. Além disso, são medidas que sinalizam claramente para os endinheirados que nada os perturbará muito gravemente.

Quanto aos norte-americanos que continuam a repetir que há algo fundamentalmente errado numa democracia que não se preocupa com a desigualdade sempre crescente, que denunciam a loucura galopante das aventuras militares infindáveis em que os EUA meteram-se no Afeganistão, que veem a miséria em que vivem os doentes e os desempregados, que veem o sofrimento dos mais pobres, sempre tão perto, tão à vista… Esses serão tratados como incapazes de avaliar com objetividade a realidade. E são lembrados de que, com o outro partido no poder, as coisas seriam ainda piores.

O motivo pelo qual os pessimistas e desesperançados multiplicam-se nos EUA é que todos desonramos a inteligência, o que esse país aprendeu da história, cada vez que nos recusamos a admitir que a corrupção é a fonte de todos os nossos males.

Não é preciso grande esforço mental para perceber que não há forças políticas ativas nem em Washington nem nas pequenas comunidades, nem em lugar algum, capazes de corrigir as ilusões em que os EUA afundam-se, de que os EUA seriam os guardiões do mundo. Qualquer ideia de boa solução que surja, sempre será avaliada pelos lucros que traga a um ou outro grupo de interesses – e correspondentemente bombardeada, se não trouxer os lucros imediatos com que contam e dizem merecer.

Diz o ditado, que o macaco se coça com a chave com que poderia abrir a gaiola que o prende. Há quem ache engraçado, há quem ache triste. Desgraçadamente para os EUA, somos o macaco na gaiola.

NOTA

[1] Karl Paul Reinhold Niebuhr (1892-1971) foi teólogo norte-americano, conhecido comentarista de assuntos públicos. Orador poderoso e escritor sedutor, já foi descrito como o mais influente ator da política interna nos EUA nos anos 1940s e 1950s. É autor da teoria da “guerra justa”. Seus escritos têm sido citados como importante influência no pensamento de muitos políticos dos EUA, entre os quais Jimmy Carter, Madeleine Albright, Hillary Clinton, John McCain e, recentemente, Barack Obama. O próprio Obama já reconheceu a influência do pensamento de Reinhold Niebuhr em seu pensamento. De fato, o motivo real pelo qual Obama interessou-se pelo pensamento de Niebuhr parece ser a ideia de combinar uma compreensão realista da política e da natureza humana, com um idealismo de inspiração religiosa [NTs, com informações de Wikipedia].


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Comentários

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Heloisa Villela: Obama 2012, repeteco do discurso de mudança | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Leia aqui “Estados Unidos: O macaco na gaiola”, é sobre o neopessimismo lá. […]

Estados Unidos mandam seu próprio povo à ruína | Blog do Atheneu

[…] Charles Simic, New York Review of Books, Trad. Vila Vudu, no Viomundo […]

Estados Unidos mandam seu próprio povo à ruína | ESTADO ANARQUISTA

[…] Charles Simic, New York Review of Books, Tradução do Coletivo da Vila Vudu, no Viomundo […]

alexandre a. moreira

Não consigo ver definição melhor para a situação americana no momento que a da maria da conceição tavares: eles estão presos na armadilha do "coservadorismo de Bordel" . O establishment americano faz com eles mesmos o que faziam com Cuba

Marcio

Descontem-se os políticos, os donos de bancos de investimento e os generais, porque esses são pagos para oferecer garantias para qualquer coisa /// professores, sindicalistas, homens, mulheres e crianças, os desempregados e os desesperados são a causa de déficits insustentáveis/// Esses serão tratados como incapazes de avaliar com objetividade a realidade. E são lembrados de que, com o outro partido no poder, as coisas seriam ainda piores ( e serão chamados de blogueiros sujos rsrsrsrsr).
São meras coincidências ou continuamos com uma elite e uma mídia que apenas são "caixa de ressonância" das del lá ?

augusto

Uma coisa que nunca neste meu viver imaginei, eu agora tendo a acreditar. E até a secretamente, que o Senhor me perdoe, a desejar!
De 1990 para hoje o quadro e as perspectivas de liberdade e democracia na America do norte, Europa e Asia mudaram de tal forma que… que… uma nova aurora de liberdade, respeito aos direitos das maiorias passa pelo sofrimento, por um muuuito maior sofrimento e esmagamento do povo norte-americano!
Será que passa por ele e que somente virá com ele? Temo que sim ou, desejo que sim, nao sei ao certo.Sorry.

Arthur

Lembro que algum (dos vários) professor marxista que tive dizia que Marx previa como palco da "revolução socialista" os EUA, não a Russia.
Talvez ela (a revolução) ainda não tenha acontecido de fato. Ou alguém conhece algum regime socialista de fato? (se disserem Cuba em mando praquele lugar)

João

O problema do povo dos EEUU é relatado no texto: "os norte-americanos não são só mal informados; são doloramente ignorantes sobre praticamente todas as coisas que afetam a vida".
Como uma população formada, na sua maioria, de Hommers Simpsons da vida pode influir nos destinos dos EEUU????????????????

    Artur

    O que sobra pra nós se eles são Hommers Simpsons?

Scan

"Karl Paul Reinhold Niebuhr (1892-1971) …, já foi descrito como o mais influente ator da política interna nos EUA nos anos 1940s e 1950s."
Eis aí um exagero muito exagerado…

O_Brasileiro

A intransigente defesa do liberalismo econômico dos norte-americanos não passa de uma forma de segregação social, que tem uma certa dose de segregação racial, dadas as disparidades de renda entre brancos de olhos azuis e negros e latinos.
Um pouco de "socialismo" é geralmente tolerado por lá. Dúvida? Então, vejamos: os clientes que usam pouco o sistema de seguro-saúde acabam pagando a conta pelos que usam mais o seguro. Se fosse num capitalismo verdadeiro, cada um pagaria somente pelo que usa.
Agora, o exemplo mais dramático: por que tantos que não aceitam a violência vêem seus impostos sustentando guerras intermináveis, algumas das quais violando direitos humanos? Se existisse capitalismo, apenas os que apóiam as guerras e quisessem doar para as mesmas o fariam. Mas as guerras também são socializadas!!!

    bernardo peres

    lamento infinitamente dizer isto, mas seu comentário é, no mínimo, simplista…
    você esquece que quem manda realmente naquele país são os grandes financistas, os caras que pagam as campanhas milionárias dos políticos e investem, direta ou indiretamente nas grades empresas de mídia de lá. a democracia americana é igual a uma alegoria de carnaval: brilhante e maravilhosa por fora, mas feita de arame e papel…

    Ligeovanio

    No sistema capitalista todas as desvantagens são socializadas…entre os mais pobres.

zhungarian

De que adiantou tanta riqueza, tanto desenvolvimento, se agora não têm a menor ideia de como lidar com isso? Capitalismo e desenvolvimento sustentável, definitivamente, nunca farão as pazes. O padrão de consumo dos americanos é tão grande, tão absurdo, que mesmo que eles reduzissem esse consumo, ainda assim estariam consumindo muito mais do que qualquer outro país do planeta.

A igreja deles é o Shopping Center. Quando forem para o buraco, infelizmente arrastarão meio mundo, inclusive nós, junto.

Mário SF Alves

Pois é… Nada a comemorar. Vivemos sob um dos sistemas sócio-econômicos mais selvagens do planeta e nada, coisíssima alguma, ou PIG algum, indica que isso vai mudar.
Dia desses uma pessoa próxima a mim tentou me fazer ver que a interpretação de um sonho feita por Daniel – aquele da estátua com cabeça de ouro e pés de ferro e barro – seria, na realidade, uma profecia, e que, como tal, explicaria esses dias "finais" do império. Legal. Ouvi até o último argumento, contra-argumentei quando possível. De repente, em dado momento, meu fiel escudeiro para assuntos de revelação (um sentido novo para a expressão apocalipse), explodiu de vez, e disse: quer saber, Jesus vai voltar e vai acabar com toda essa desgraça aí! Pronto, pensei, acabou aqui a tênue perspectiva de diálogo. Daí que, só para não perder o amigo e nem o cenário, perguntei – mostrando um conjunto de edifícios em frente – e como é que Ele vai fazer isso, será que vai manter essa arquitetura que esta aí, ou vamos ter uma coisa totalmente nova, mais compatível com o que será este novo espírito da época?
Tá bom! Eu sei, tem muito de bobagem, reconheço. Mas, será que não seria hora de já irmos pensando seriamente nisso, ou seja: na perspectiva de superação desse sistema? E, em tal medida, não seria o caso de pensarmos, inclusive, em como poderia ser o novo cenário, e até nos prós e contras – existiria algum? – de o abandonarmos? E, se ainda resta dúvida, não, não me refiro à arquitetura divina, posto que inalcançável.

    Salvador

    Concordo com vc Mario, estamos amarrados ao cachorro morto, deveriamos estar discutindo e experimentando soluções para o mundo que virá depois disso, para o país que virá depois que esse Brasil for tragado pelo tsunami.

    bernardo peres

    eu, particularmente, acredito em algo que chamo de "socialismo tecnológico futurista". acho que a tecnologia vai resolver todos os problemas da humanidade porque todos esses problemas são, em última instância, técnicos. mas não faço idéia de quando, nem como isso vai acontecer. talvez a humanidade tenha ainda que passar por uma dessas mega-crises globais para aprender a viver direito. pensar a utopia é construir um novo futuro, mas acho, infelizmente, que não é só isso. muito sangue ainda vai correr, muita fome ainda vai ser sentida, muita morte vai acontecer antes que os que sobreviverem criem uma "nova era". digo tudo isso porque, além de termos que lidar com esse império de rapina viciado em petróleo, temos toda a questão climática, que, ao meu ver, não interessa em nada a esse império e seus mega-financistas…

SILOÉ

Que eles se mexam lá como nos mexemos aqui, as duras penas vamos conquistando todos os espaços que é do povo por direito.
Apesar de toda grande mídia contra, empresariado contra, judiciário contra, legislativo contra, setores do governo contra, a elite da sociedade contra, e por vezes até a maioria da sociedade contra.
Estamos sempre na luta em favor do socialismo, da igualdade de direitos, por uma sociedade mais justa.
A nossa luta maior é contra a corrupção, muitas vezes disfarçadas de lobbys, um cancro do capitalismo.
Democracia é um exercício diário de cidadania e o principal é saber escolher bem nossos representantes. Cometemos ainda muitos erros, porque infelizmente política também é a arte de iludir e como tem mágicos nessa área!!! Mas, estamos mais espertos e atentos, está ficando cada vez mais difícil nos ludibriar, melhoramos muito as nossas técnicas pessoais de avaliação, e passamos a ver política como forma de melhoria global.
Uma prova irrefutável disso foi a vitória aos trancos e barrancos da ficha limpa que só entrará em vigor à partir de 20012. Pra quem esperou esse tempo todo, mais um ano não é nada.
É certo que alguns voltarão e outros nem foram detectados, mais que já deixamos de fora, uma boa parte de políticos corruptos através do voto, ah!!! isso é verdade!!!

Roberto Locatelli

Como já notaram o dukrai e o assalariado, mesmo esse autor bem-intencionado é vítima da lavagem e enxaguagem cerebral que lhe fizeram. Por isso diz que o problema é a corrupção.

Tudo bem, há muita corrupção nos EUA. Empresas falsificam balanços, executivos embolsam dinheiro dos acionistas, a indústria armamentista "compra" parlamentares para votarem a favor das guerras, etc. Mas a questão é: de onde vem essa corrupão? A resposta é uma só: do capitalismo, em sua fase de degenerescência imperialista. Então, não adianta só dar remédio para a febre (corrupção) se não for tratada a causa da febre (infecção capitalista generalizada).

Como disse o cineasta Michael Moore, o capitalismo "não pode ser regulado, tem de ser simplesmente eliminado e substituído por um sistema mais justo."

FrancoAtirador

.
.
Parafraseando a metáfora:

O BRASIL É O MACACO NA GAIOLA DOS EUA.
.
.

    daniel

    Acho que está mais para a chave.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Neste caso,

    Se o Brasil é a chave,

    O patriota é o primata.
    .
    .

Marcelo Fraga

Quem tenta mostrar um pouco da verdade a esse povo ignorante é chamado de comunista (vide Michael Moore).

Então, que se explodam.

Fabio_Passos

Yankee go Home!

[youtube cW2ZNF9MCXE http://www.youtube.com/watch?v=cW2ZNF9MCXE youtube]

assalariado.

Assim é este texto,o sujeito faz todo um relatorio com fatos politicos atuais,até verdadeiros,porém,o seu desfecho(do texto),é um caso da alienação de sua consciencia em prol do capital,explico:neste paragrafo…
" motivo pelo qual os pessimistas e desesperançados multiplicam-se nos EUA é que todos desonramos a inteligência, o que esse país aprendeu da história, cada vez que nos recusamos a admitir que a corrupção é a fonte de todos os nossos males." — Ou seja,em todos os cenários apresentados pelo autor deste post,em nenhum deles,coloca que,esta situação advem do modo de produção capitalista/deus mercado travestido de "democracia".O autor trata esta questão politico/economico/ideologico,como se fosse musica de uma nota só,(a CORRUPÇÃO). Ora,ora ,ele tenta tapar o sol com a peneira: o que são as guerras, fome, miséria, desemprego,corrupção,salários míseros,colonialismo.Enfim,se não frutos podres de uma mesma arvore a qual chamamos de capitalismo.Precisamos acabar com estas análises hipócritas,se quisermos sair deste embrólio que o capital nos meteu,o remédio para isto chama-se,sociedade socialista.

    bernardo peres

    acho que ele quis ser alegórico…

ZePovinho

Independentemente da paranóia anti-esquerdista desses vídeos e textos que coloquei,existem indícios muito fortes de que o que eles falam é real.

ZePovinho

Até a próxima semana!

[youtube QiY8QB1fNAY http://www.youtube.com/watch?v=QiY8QB1fNAY youtube]

ZePovinho

Palocci quer ser o Coronel Mandel House da Dilma.Cuidado com esse MALA,Dilma!!!
http://fimdostempos.net/fed-banco-eua.html

Os bastidores da criação do Fed, o banco central dos EUA

Instituição privada, capaz de manter refém o poderoso tesouro americano, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) é controlado por um grupo que está no centro do processo de desregulamentação do sistema financeiro mundial, que resultou na crise financeira que o mundo está vivendo.

Em entrevista exclusiva ao Monitor Mercantil, o economista Armindo Abreu, que foi executivo financeiro da Petrobras em Nova York, revela os bastidores da criação do principal banco central do mundo e as origens da idéia de banco central independente, que nasceram após a criação do Banco da Inglaterra.

Veja a entrevista:

________

De onde vem seu interesse pelo tema?

Começou quando fui executivo financeiro da Petrobras em Nova York. Nunca encontrei apoio na mídia. Percebo que há uma força muito grande contrária à divulgação desses assuntos, por se tratar de um terreno complicado.

Qual a origem do Fed?

Edward Mandell House, tenente coronel da guarda nacional do Texas, que considero o primeiro marqueteiro da história, coordenou os esforços de criação do Fed. Seu pai já era representante da Casa Rothschild – expressão alemã que significa escudo vermelho – que já controlava a Europa. Mandell House fez três governadores e um presidente, Woodrow Wilson, figura apagada, mas digno, sem mácula, e um cristão honrado, porém totalmente alheio às complexidades das finanças internacionais e do governo federal. Com a eleição de Wilson, Mandel House torna-se a eminência parda do poder e responsável direto pelas providências que facilitariam a influência da banca internacional sobre a liberdade e a integridade patrimonial e política da América. Paul Warburg é outro nome importante para a história do Fed. Os Warburg, originalmente, saíram do Mediterrâneo, foram a Alemanha e se associaram aos Rothschild.

Mandell House defendia interesses de grupos estrangeiros dentro dos EUA?

O movimento que controla as finanças mundiais é apátrida e não tem qualquer conotação racial. É um conluio de pessoas pertencentes a todas religiões e etnias, mas todos são associados ao grupo Rothschild. Financiaram, inclusive, o comunismo. Uma das propostas do Manifesto Comunista é justamente a criação de um banco central. Para Lenin, ela representa 90% da “comunização” de um país, pois quem controla o banco central controla o país. Os EUA, que são criados sob regime federativo, passaram a ser obedientes ao banco central. Antes do Fed, quem tivesse carta patente e ouro podia emitir. A legislação do que criou o Fed unificou tudo isso.

Que legislação é essa?

Em pleno recesso do Congresso, no Natal de 1913, já com Woodrow Wilson eleito, foi aprovado o projeto de criação de um conjunto de doze bancos regionais, de controle acionário privado, constituindo um sistema integrado (Federal Reserve System). Este, por sua vez, governado por um “board”, com membros indicados pelos acionistas privados e pelo governo central, denominado Federal Reserve Board. …………………………………

Leider_Lincoln

Ou, para me exprimir melhor: eles não "exportaram valores" para o mundo todo, por 150 anos? Pois é, a hora da colheita chegou. Que se entupam!

Marat

Ou na próxima eleição presidencial estadunidense, ou no máximo, na segunda, Sarah Palin, ou outro quadrúpede de sua espécie será eleito presidente dos EEUU (Império do IV Reich). Será uma verdadeira carnificina para o "resto do mundo": Acordos serão rasgados, infindáveis guerras irromperão, países serão bombardeados ou mesmo invadidos, sob qualquer pretexto, ou sob documentos forjados. Magistrados, jornalistas, associações, ONGs etc, serão comprados. A impren$$$a se limitará a dizer que tem "saudades do Obama", como se ele não fosse terrorista e genocida, como todos os outros, só que um pouco mais comedido e um pouco mais hipócrita. O mundo caminha por um péssimo caminho!

    Mário Salerno

    Isso se a Sarah Palin conseguisse encontrar o caminho até o Salão Oval. E isso ela não consegue nem com um mapa. Talvez ela conseguisse, se alguém deixasse uma trilha de farelos da pão.

    José Manoel

    Se essa for a presidente, haverá guerra nuclear!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Marat

    Prezado Salerno, o Bush Jr., não tinha a mínima condição moral ou intelectual para comandar um país, mas ficou ali, firme (apesar das bebidas) e forte, e deu no que deu… Daquele hospício se pode esperar de tudo, menos equilíbrio…

Leider_Lincoln

Requiem in pace!

Fabio_Passos

É neste momento de debilidade ianke que deveríamos aproveitar para implementar políticas autônomas de desenvolvimento.

O problema é que tanto lá como aqui, os interesses das oligarquias financeiras e mega-corporações capitalistas controlam o regime.

A "democracia" ocidental é uma fraude.

Os políticos não representam seus eleitores. Representam os interesses de seus financiadores de campanha.

    Marat

    Prezado Fábio, o conceito de "democracia" para essa turma é: 1) Capitalism; 2) Neoliberalismo; 3) Patriotismo exacerbado; 4) Crença numa superioridade moral e religiosa; 5) Oferecer uma ou outra esmola, para calar a boca dos contestadores.
    Em alguns pontos, a "democracia" ocidental se assemelha e muito à democracia burguesa ateniense!

ZePovinho

http://gilsonsampaio.blogspot.com/2010/12/federal

Estas foram as palavras do professor Murray N. Rothbard, economista e vice-presidente do Ludwig von Mises Institute, instituto que dedica-se aos princípios do livre mercado e de dinheiro real:

"O Sistema da Reserva Federal controla de facto o sistema monetário nacional, mas não presta contas a ninguém. Ela tem seu próprio orçamento, não está sujeita a auditoria e nenhuma comissão do governo pode realmente controlar as suas acções".

Palocci quer implementar,no Brasil,o mesmo projeto nefasto da Reserva Federal dos EUA???Ele devia lembrar que os brasileiros já deram um chute na bunda desses caras,nas Batalhas dos Guararapes,em Pernambuco,quando eles vieram para cá com Maurício de Nassau.

Eles já tem até um nome:Projeto Ômega:
http://economia.ig.com.br/projeto+omega+tera+inic

Projeto Ômega terá iniciativas além do mercado financeiro

O Projeto Ômega, que prevê a transformação do Brasil em um centro internacional financeiro e de negócios, terá iniciativa mais abrangentes, que extrapolam o mercado financeiro. Para tocar o plano está sendo criada uma associação entre vários agentes financeiros, que será apresentada ao mercado no dia 25 deste mês, em São Paulo.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-criaca

A criação de um centro financeiro internacional
Enviado por luisnassif, sex, 19/02/2010 – 11:16
Do Valor
Ômega: Projeto de transformar país em polo financeiro depende de cinco medidas do governo
BC estuda proposta para criar mercado de moedas no Brasil

Cristiano Romero, de Brasília

A implantação do projeto destinado a transformar São Paulo num centro financeiro internacional, chamado de Ômega, prevê a criação de um mercado de moedas no país, a liberalização do câmbio e a internacionalização do real. O projeto, que vem sendo elaborado pelo setor privado, seria implementado em cinco etapas, todas elas dependentes de decisões do governo. O Banco Central (BC) já estuda as propostas na área técnica, mas elas ainda não chegaram formalmente ao nível da diretoria.

As cinco etapas foram sugeridas ao governo pelas três entidades envolvidas na formulação da ideia – a BM&FBovespa, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). As entidades avaliam que, sem as mudanças propostas, o plano de criar um polo regional financeiro no Brasil, com aspirações globais, não funcionaria ou ficaria muito aquém do pretendido…………………………….

monge scéptico

Há muito sabemos que a posição americana, ao sustentar o enorme contingente
militarno exterior, em covardes exercícios de guerra contra os povos tecnicamente
mais fracos, não se sustentaria para sempre. Mas o mal é engenhoso; agora cui-
-dam de envolver seus satélitas em seus atos criminosos, certamente "rachando"
a conta com eles, para "aliviar seus encargos. Assim poderemos todos um dia es-
-tar trabalhando e pagando mais um imposto ao miliciano mundial, para nos "pro-
-teger" de algo que eles imaginam(FREUD/ JUNG).
Seremos forçados a ser cúmplices de criminosos? Será que dadivisamente, já n/
estamos pagando "proteção"?

Nikacio Lemos

Inveja e Complexo de inferioridade mata .
kkkkkkkkkkkkkkk

    Marcia Costa

    ???????????????

Marcos de Almeida

Os yanques so tem uma finalidade, roubar as riquezas dos paises que não tem armas nucleares como o Brasil e outros.

ZePovinho

http://gilsonsampaio.blogspot.com/2010/12/federal

"Se o povo americano alguma vez permitir que os bancos privados controlem a emissão de moeda, primeiro pela inflação e depois pela deflação, os bancos e as empresas que surgem tirarão ás pessoas a prosperidade até que seus filhos acordem sem casa no continente que os seus pais conquistaram".

Thomas Jefferson

[youtube Rcbq1dXMS6A http://www.youtube.com/watch?v=Rcbq1dXMS6A youtube]

Ele é colonista do Globo e tirou a Globo da concordata

FORA PALOCCI!!!Você não vai entregar a República ao sistema financeiro!!
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/03

Carta denuncia:Palocci quer derrubar Mantega

Saiu na Carta Capital que está nas bancas, na pág 22, reportagem de André Siqueira e Sergio Lirio: “o ministro no alvo. Dispostos a liquidar a continuidade da politica econômica e restabelecer a ortodoxia, os mercados fiam-se em Palocci para investir contra Mantega”.

A nova ofensiva contra Mantega se reforçou com a substituição do Roger – como diz a urubóloga – na Vale (clique aqui para ler “Quero ver o Agnelli vazar informação do Bradesco”).

Ali, Roger, o “mercado” , o PiG (*) e seus colonistas (**) se uniram para endeusar Roger e crucificar o Mantega.

Tudo num pacote só, embrulhado na Daslu.

Veja o que diz a Carta:

“Mas os piores adversários de Mantega não se encontram no Congresso. Embora as expressões publicas de beatitude de Antonio Palocci – e seu silencio jesuíta – possam comover até o Papa Bento XVI, um manancial de intrigas parece jorrar sistematicamente da Casa Civil. Palocci, sabe-se, é uma espécie de ouvidor das butiques bancarias.O problema é que em vez de acalmar os aflitos, ele semeia duvidas e ceva os preconceitos. E tem o hábito de se apresentar como fiador de uma estabilidade que não depende dele.”

Clique aqui para ler “Mantega, não dê ouvidos ao Tony”.

O que o Tony faz naquela cadeira, amigo navegante ?

dukrai

lá pelo meio do texto o autor afirma, "Como qualquer um que tenha viajado pelo país e conheça os EUA por conversar com os norte-americanos já sabe, os norte-americanos não são só mal informados; são doloramente ignorantes sobre praticamente todas as coisas que afetam a vida."
se parasse por aqui tudo ficava muito bem, mas baixou o espírito do "norte-americano" citado acima (entendido como o cidadão dos EUA e Canadá, excluida aquela gentalha abaixo do Rio Grande) e conclui o autor do texto; "O motivo pelo qual os pessimistas e desesperançados multiplicam-se nos EUA é que todos desonramos a inteligência, o que esse país aprendeu da história, cada vez que nos recusamos a admitir que a corrupção é a fonte de todos os nossos males."
apesar disto, o mesmo autor constata que o império é sangrado pelo império das armas e da grana, que o seu povinho trabalhador está se lascando e que o desalento e desencanto tomam conta dos seus corações e mentes.

Moacir Moreira

Como diria Asterix, esses romanos são malucos.

    bernardo peres

    quem dizia isso era o Obelix…

    jose Carlos

    os dois diziam, e não era malucos, e sim neuróticos….

Francisco

Rest in Peace…

Dirceu Alves

O pessimismo descrito é realmente inevitável. Com uma dívida externa de 14 trilhões de dólares, um desemprego beirando 20%, socorro bilionário a bancos e continuidade de investimentos em guerras, não há muito a comemorar nos EUA. A despesa anual em defesa, nesta incluídas as guerras, gira em torno de 1 trilhão de dólares. OS EUA deixaram de ser uma nação democrática para ser a nação do BUSINESS contra o povo. Michael Moore, em Wisconsin, descreveu bem a situação. O povo em terceiro plano. Outro aspecto pouco comentado é a crescente influência dos lobbies na Casa Branca. Com destaque para o lobby dos bancos e da indústria de armas. Vejam o link com a reportagem "20 Lobbyists Infesting The Obama Administration":
http://www.businessinsider.com/meet-the-lobbyists

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