Der Spiegel: Lula salta para a Grande Liga da diplomacia mundial

Tempo de leitura: 7 min

Acordo Nuclear do Irã

Brazil’s Lula Vaults into Big League of World Diplomacy

Erich Follath e Jens Glüsing

da revista alemã Der Spiegel

Cheio de confiança, o presidente brasileiro Luiz Inácio da Silva está elevando seu país ao status global com crescentes avanços na política internacional. Em sua jogada mais recente, ele convenceu o Irã a concordar com um controverso acordo nuclear. Pode oferecer oportunidades para evitar sanções e guerra?

Ele foi acusado de ser muitas coisas no passado, inclusive comunista, um proletário grosseiro e um bêbado. Mas esses dias passaram. No momento em que o Brasil ascende para se tornar um poder econômico, a reputação dele experimentou um crescimento meteórico. Muitos agora vêem o presidente do Brasil como um herói do hemisfério Sul e um importante contrapeso a Washington, Bruxelas e Beijing. A revista americana Time levou a coisa um passo adiante há duas semanas, quando o nomeou “o líder político mais influente do mundo”, mesmo adiante do presidente dos Estados Unidos Barack Obama. Em seu país nativo, há muitos que o enxergam como candidato ao prêmio Nobel da paz.

E agora este homem, Luiz Inácio da Silva, 64, apelidado Lula, que passou a infância em uma favela como filho de pais analfabetos, marcou outro ponto. Em encontros em ritmo de maratona, ele negociou um acordo nuclear com a liderança iraniana. Na segunda-feira, apareceu triunfalmente ao lado do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan e do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Os três líderes chegaram a um acordo que acreditam tirariam da agenda as sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre as possíveis armas nucleares do Irã. O Ocidente, que vinha promovendo o fortalecimento de medidas punitivas internacionais, pareceu pego de surpresa.

Mas o contra-ataque de Washington veio na semana seguinte, abrindo um novo capítulo na crescente disputa nuclear, na qual Beijing, em particular, vinha há muito resistindo a medidas mais duras. A secretária de Estado americana Hillary Clinton anunciou: “Chegamos a um acordo-rascunho em cooperação com a Rússia e a China”. A planejada resolução foi mandada a todos os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, inclusive ao Brasil e Turquia. Os dois países foram eleitos para ocupar por dois anos assentos não-permanentes no conselho de 15 membros, que precisa aceitar a resolução com pelo menos nove votos para que elas entrem em vigor.

Estados Unidos insistem em sanções

Clinton especificamente agradeceu a Lula por seus “sinceros esforços”. Mas sua expressão claramente sugeria que ela entendeu os esforços mais como um empecilho do que qualquer outra coisa. “Estamos continuando a juntar a comunidade internacional em defesa de fortes sanções que em nosso ponto-de-vista vão mandar uma mensagem clara sobre o que esperamos do Irã”, disse Clinton.

Mas não é a solução proposta por Lula a que mais promete? Será fácil assim segurar o Lula Superstar, que tem o apoio da Turquia, integrante da OTAN? Quem quer que tenha seguido a carreira dele vai achar difícil de acreditar. Este homem sempre prevaleceu contra todo tipo de resistência e contra todas as probabilidades.

O pai deixou a família quando Lula era jovem, e a mãe se mudou com oito filhos do Nordeste do Brasil para o sul industrializado, onde ela esperava melhorar as chances da família. Lula não aprendeu a ler e escrever até os 10 anos de idade. Quando criança, ajudou a sustentar a família como engraxate e vendedor de frutas e trabalhando em uma fábrica de tintas. Eventualmente conseguiu ser aprendiz de torneiro mecânico. Quando tinha 25 anos, a esposa Maria e uma criança não-nascida morreram porque a família não podia pagar por serviços de saúde.

Lula se tornou politicamente ativo como jovem, quando se filiou a um sindicato e organizou greves ilegais durante a ditadura militar. Ele foi preso várias vezes nos anos 80. Insatisfeito com a esquerda clássica, fundou seu próprio partido de trabalhadores, que ele gradualmente transformou de um partido marxista em um partido social democrata. Fez três tentativas mal sucedidas de se tornar presidente até que na quarta tentativa ele venceu a eleição presidencial de 2002 por margem significativa. Quando Lula ganhou a eleição, os mais ricos, temendo expropriação, se garantiram mantendo os tanques de seus jatos particulares abastecidos.

O herói dos pobres evitou a revolução

Mas aqueles que esperavam uma revolução no Brasil ficaram surpresos. Depois da posse, Lula levou alguns ministros a uma favela e lançou um programa de larga escala chamado Fome Zero para aliviar as dificuldades dos menos privilegiados. Mas ele não assustou os mercados. Aumentos nos preços das commodities e uma política econômica moderna que enfatizava investimento estrangeiro, educação doméstica e o treinamento de recursos humanos ajudaram Lula a se reeleger em 2006.

O mandato dele expira em dezembro, quando não poderá mais buscar a reeleição. Ele arrumou a casa domesticamente preparando um sucessor em potencial. Mas o presidente autoconfiante evidentemente quer deixar um legado na política externa: ele considera um dever transformar o país, cuja população é de 196 milhões, em um poder mundial com um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Lula reconhece que ajuda manter boas relações com Washington, Londres e Moscou em busca deste objetivo. Mas ele também sabe que relações próximas com a China e a Índia, assim como com o Oriente Médio e países africanos, podem ser ainda mais importantes. Ele se vê como um homem “do sul”, como líder dos pobres e destituídos. E, naturalmente, ele também reconhece as mudanças que estão acontecendo. No ano passado, por exemplo, a República Popular da China ultrapassou pela primeira vez os Estados Unidos como o maior parceiro comercial do Brasil.

Lula é o único chefe de Estado que participou tanto do exclusivo Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suiça, quanto do Fórum Social Mundial, que é crítico da globalização, em Porto Alegre, no Brasil. Ele é um incansável viajante, tendo visitado 25 países na África, muitos na Ásia e quase todos na América Latina — sempre com uma delegação. Ele prega sua crença em um mundo multipolar. E porque Lula é um orador carismático e um sindicalista “autêntico”, multidões em todo o mundo o incentivam como se ele fosse um popstar. Na cúpula do G-20, em Londres, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aparentemente um fã, disse: “Eu amo esse cara”.

Mas Obama não pode mais ter certeza de que Lula é de fato “seu cara”. Ao se distanciar de Washington, o brasileiro está se tornando mais e mais autoconfiante e, às vezes, até busca confronto.

Crescente autoconfiança

Honduras é um exemplo. Os Estados Unidos, que sempre viram a América Central como seu quintal, ficaram aturdidos quando Lula deu ao presidente deposto Manuel Zelaya refúgio na Embaixada Brasileira em Tegucigalpa no ano passado e exigiu participar da solução do conflito. Ao se negar a reconhecer o novo presidente, Brasília se opôs abertamente a Obama.

As coisas aconteceram rapidamente depois daquilo. Lula viajou para Cuba, onde encontrou Raul e Fidel Castro e pediu o fim imediato do embargo americano. Para prazer dos que o receberam, Lula comparou críticos do regime que sofrem nas prisões de Havana a criminosos comuns. Lula também fez questão de aparecer ao lado do presidente venezuelano Hugo Chávez, que solta fogo contra Washington e tem crescentemente calado a imprensa em seu país. Falando à Spiegel, Lula caracterizou o líder autocrata como “o melhor presidente da Venezuela nos últimos 100 anos”.

E quando recebeu Ahmadinejad em Brasília alguns meses atrás, Lula congratulou o presidente iraniano por sua aparente vitória eleitoral e comparou a oposição iraniana a fãs frustrados do futebol. O Brasil também não permitiria, ele disse, que houvesse interferência em seu “óbvio” programa nuclear pacífico.

Apesar disso, muitos estavam céticos quando Lula foi a Teerã negociar o acordo nuclear com a liderança iraniana, particularmente depois que os iranianos não mostraram nenhuma inclinação para fazer acordo em meses recentes. Numa entrevista de imprensa conjunta com Lula, o presidente russo Dmitry Medvedev disse que as chances de um acordo eram de no máximo 30%. Lula respondeu dizendo: “Acho que são de 99%”. Lá estava de novo o ego pronunciado da estrela política em ascensão. “Ele acha que é um trabalhador milagroso, que pode conseguir o que outros não conseguem”, disse um especialista em América Latina, Michael Shifter.

Vitória ou fracasso?

A esta altura, há apenas provas circunstanciais de que uma verdadeira vitória foi conquistada em Teerã depois de 17 horas de negociação. Também é possível que o encontro foi, como o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung caracterizou, um “fracasso”, apenas uma forma de os iranianos, que no passado muitas vezes usaram subterfúgios, enrolar o mundo de novo.

Autoridades da Agência Internacional de Energia Nuclear em Viena cuidadosamente disseram que qualquer passo na direção de um acordo nuclear é progresso. Os inspetores da agência são responsáveis  por verificar as instalações nucleares do mundo em nome da ONU. Eles recentemente encontraram mais e mais sinais da existência de um programa nuclear ilegal do Irã e pediram a Teerã mais cooperação. A avaliação dos especialistas da agência de Viena, cujas linhas de comunicação com Teerã nunca foram rompidas e que nunca disseram nada que não pudessem provar, terá grande peso agora. O fato de que os iranianos só vão tornar o texto do acordo acessível à AIEA em “uma semana” levantou dúvidas.

Os governos ocidentais tem sido céticos e a resolução que Clinton tornou pública na ONU pouco depois do acordo de Teerã aparentemente deixou os israelenses preocupados. Alguns integrantes do governo de Benjamin Netanyahu estão criticando abertamente o acordo como um golpe destinado a aliviar a pressão internacional contra Teerã. O ministro do Comércio Benjamin Ben-Elieser disse que Teerã aparentemente “está tentando passar o mundo para trás outra vez”.

Acordo dá uma saída ao Irã

O instituto americano ISIS, que sempre advogou uma solução negociada e considera que uma “saída militar” para a questão nuclear do Irã impensável, ofereceu uma avaliação inovadora do acordo Lula-Ahmadinejad-Erdogan. Os especialistas nucleares independentes do instituto listaram suas preocupações citando os pontos fracos do texto conhecido até agora.

Os iranianos concordam apenas com a remessa de 1.200 quilos de urânio baixo-enriquecido para a Turquia, pelo qual eles querem em troca combustível para o reator de pesquisas de Teerã. As dimensões do acordo correspondem a um proposta da AIEA de outubro passado, sob o qual três quartos do urânio produzido no Irã seriam retirados do país, tornando a construção de uma bomba impossível. Era visto como uma medida de confiança para abrir espaço para negociações.

No entanto, o atual acordo não considera o fato de que o Irã, depois de ter colocado em funcionamento suas centrífugas em Narantz, aparentemente tem mais de 2.300 quilos de urânio. Em outras palavras, o acordo permitiria ao Irã manter em casa quase metade do material, um ingrediente básico para a bomba nuclear, podendo portanto ter urânio suficiente para atingir a capacidade de produzir armas nucleares.

O acordo também dá ao Irã uma saída-chave: os lideres iranianos teriam o direito de obter de volta o urânio mandado para a Turquia se, em sua opinião, qualquer cláusula do acordo “não fosse mantida”. Mais importante, o acordo não requer que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio. “Nem sonharíamos com isso”, uma autoridade disse. Mas é isso precisamente o que as Nações Unidas pediram de forma inequívoca nas três primeiras rodadas de sanções.

Todas estas objeções não preocupam Lula. Ele demonstra que não pode mais ser ignorado no palco mundial. Na última terça-feira, os amigos do presidente brasileiro saudaram suas tentativas de paz em uma cúpula da União Europeia-America Latina em Madrid. Sua aparição lá teve o objetivo de demonstrar que o “lula” tem vários braços. Ele já provou que pode nadar com os grandes tubarões.

Nos bastidores, Lula Superstar gosta de falar sobre como forçou os diplomatas brasileiros a abandonar a “síndrome do viralata”, seu termo para o profundo complexo de inferioridade sentido por muitos de seus compatriotas brasileiros em relação a estadunidenses e europeus até recentemente.

Foi em 2003, na primeira grande aparição de Lula, na cúpula do G-8 de Evian, na França. Um grupo de pessoas estava sentado no lobby do hotel da conferência, esperando a chegada do presidente George W. Bush dos Estados Unidos. Quando os americanos finalmente entraram no salão, todos se levantaram — exceto Lula, que ordenou a seu ministro das Relações Exteriores que permanecesse sentado. “Não faço parte desta subserviência”, o presidente brasileiro disse. “Além disso, ninguém se levantou quando eu entrei”.


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yacov

Ahahahahahahaha…. O Ubobaldo pediu licença para ir ali no cantinho se enforcar num pé de guanxuma. Acho que ele vai demorar um pouquinho, pesso-all, pois tem uma fila enorme de pigdemotucanos à sua frente… Ahahahahhaha….

"O BRASIL DE VERDADE não passa na glObo – O que passa na glObO é um braZil para TOLOS"

Fernando

Hoje o jornal O Globo destaca a participação do FHC no grupo The Elders ao lado de Mandela, Jimmy Carter, Tutu e etc.

Panorama Internacional – Der Spiegel: Lula salta para a Grande Liga da diplomacia mundial « PLANO BRASIL

[…] Fonte:Der Spiegel via Vi o Mundo […]

Márcia Aranha

Como bem abordou Ricardo Kotscho em seu post de ontem (não sei se continua no ar), teremos sempre os 5% de descontentes, para quem a nossa mídia impressa de massa (sic) escreve.

E quanto mais Lula acerta, e tem reconhecimento interno e externo, mais furibundos essa gente fica.

Fazer o que? É mais fácil livrar-se do cigarro do que do Colonialismo mental…

    Jairo_Beraldo

    E agora, depois da sandice que Israel fez hoje, vamos ver a quantas anda a sua retórica.

Mc_SimplesAssim

O Super Lula vai resolver todos os problemas não apenas deste mundo como também dos outros.

    Carlos

    O que você fez de relevante que pode marcar tua existência?

    Jairo_Beraldo

    Mc, vamos ver agora o que fará a diplomacia brasileira!

Onésimo

Dói só de pensar que há menos de oito anos atrás nós éramos tratados pelo mundo como um país de segunda classe, com um povo de segunda classe.
Foi preciso que se levantasse um governante do meio do povo para mudar essa situação humilhante.
O único sentimento possível com relação a essa elite colonizada safada é nojo.
É preciso lutar com todas as forças para não perdermos essas conquistas conseguidas às duras penas e ampliá-las muito mais.
Sem arrogância, construindo um mundo igualitário, respeitando as diferenças, humanizando as relações entre os povos.
É um longo caminho, mas já demos os primeiros passos.
Ao orgulhoso povo brasileiro, tudo!
Ao grupo dos lesa-pátria, subservientes, a nossa repulsa.

Der Spiegel: O Brasil de Lula salta para a Grande Liga da diplomacia mundial « Projeto ORBIS – Observ@tório de Relações Internacionais

[…] Fonte: http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/der-speigel-lula-salta-para-a-grande-liga-da-diplomacia-mund… […]

Marat

Durante um longo período eu fui preconceituoso. Sempre convivi, aqui em SP, com pessoas assim, de modo que, como tinha cabeça fraca, menosprezava nossos irmão nordestinos. O tempo foi passando, e, creio, evolui: passei a gostar demais desse povo, tanto é que casei-me com uma bela baiana, e possuo muitos amigos oriundos daquelas plagas. Percebo que uma quantidade muito grande de paulistanos ainda é bem atrasada com relação aos nordestinos, e, por isso, não conseguem engolir as inúmeras vitórias de Lula, que, mesmo não sendo o ideal, mesmo sendo apenas nota enre 7 e 8, é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito superior ao ao FHC, com seus 12.568 diplomas…

Indiana Jones

Ubaldo

Você não se deu conta que você só faz disse calúnias? Que o sucesso econômico é do governo Lula? Que esse papo de barreira linguística encobrindo gafes é um insulto à inteligência comum? Que o falto de você acreditar nisso é um insulto a sua inteligência? Que quanto mais gente como você queira transformar todos os aspectos do governo Lula em fracassos só evidencia mais os seus triunfos, tonando ele ainda maior do que já é? Que está conduta, se não fosse triste, seria patética?

    Ubaldo

    Indiana Jones,
    A contar pelo pseudônimo e pelo fanatismo pelo Lula, você gosta dos heróis. Quando pequenos temos muitos heróis quais se acabam quando crescemos porque entendemos como as coisas funcionam na realidade.
    Lula será lembrado como um presidente pouco letrado, que conseguiu o poder à qualquer custo e governou agradando a todos, distribuindo benesses, privilegiando os lucros dos banqueiros e agindo demagogicamente durante toda sua gestão. Deixa um legado de viuvas e puxa-sacos que sempre exaltarão seus feitos marqueteiros.

    yacov

    Conquistou o poder a qualquer custo??? Governou ageradando a todos??? É rizível… Esquecestes dos 30 milhões que o presidente pouco letrado tirou da linha da miséria e dos 21 milhões que passaram a integrar a Classe Média, Ubaldinho sectário, tendencioso e cabeçudo. Porque que mesmo depois de velho, crescido, como gostas tanto de reiterar, ainda não aprendeu que a lógica da vida é "dialética", e não há uma verdade última, cujo o envelhecimento invitavelmente nos revelarás s só pelos sábios será apreendida… Que papo + furado , meu chapa!!! ACORDA SUA ANTA GORDA!!!! E `^e se vai chorar na cama, que é lugar quente..

    "O BRASIL DE VERDADE não passa na glOBo – O que passa na gLoBo é um braZil para os TOLOS"

Luiz

Olá Azenha. Já que vocês não trouxeram esclarecimento sobre a Correia do Norte se defendento, aqui está o link para espalhar. http://linguadetrapo.blogspot.com/
EUA e Seul reúnem malta para forjar ‘evidências’ contra RPDC
Ao ignorar Grupo das 6 Partes (que conduz as negociações sobre a Península Coreana desde 2003) expõem as insuficiências das ‘investigações’ sobre o naufrágio

dvorak

O Azenha adora quando uma publicação do mundo imperialista, elogia o "divino".Se fosse o contrário estaria criticando tal veículo…O negócio é agradar o rei….

ehehehehehehehehe

    Carlos

    "Agradar o rei" é coisa tua e de gente do teu feitio, do teu naipe.

Marcelo

Como sou brasileiro e amo esse país, já deixei a minha contribuição para o desagrado dos americanos.
O Lula devia adotar essa tática. Um outdoor gigantesco ao hotel que ela se hospedasse. Não ia falhar…rs http://barulhodigital.blogspot.com/

Ubaldo

Vocês ainda não se deram conta que o folclórico Lula está fora daqui há 7 meses? Vocês não se deram conta que ele está apelando e passando por cima da lei sucessivamente, em desespero, para tentar eleger sua escolhida?
Vocês não se deram conta que o Brasil é muito maior que Lula e que os sucessos econômicos alcançados não tem nada a ver com ele? Vocês não se deram conta que o presidente comete gafes e mais gafes e que no exterior a barreira linguística o protege?
O Lula é o Lech Walessa brasileiro!

    Ricardo

    E você não se deu conta que ler Veja é prejudicial à saúde mental?

    Flávio

    Você não se deu conta de que o FHC apelou e passou sucessivamente por cima da lei para se reeleger e fez o que fez (quebrou o país por 2 vezes)? Meu caro, todos sabemos que o Brasil é muito maior que o Lula. O grande problema são as pessoas que pensam que o Brasil é menor que Serra/FHC, os quais vederam o nosso país e destruíram a nossa economia. São alienados como você que pagam os anunciantes da Veja, Globo e Folha. São alienados como você que atrasam este país.

    Edv

    Pra não ficar chovendo no molhado, se vc não se "der conta" que: o enfrentamento da crise mundial de 2008 tem tudo a ver com "ele"; que ele negou-se a aproveitar sua enorme popularidade para engendrar um terceiro mandato, inventado pelo PIG para transformá-lo num ditador, que não é; que um candidato à presidente com formação superior (há controvérsias) acusar um presidente de um país vizinho de cumplice de tráfico é enorme gafe; que o presidente está realmente fora há 7 meses é um factóide, que a "bareira linguistica" o protege, com google, tradutores simultâneos e documentos juramentados e que um "cara", metalúrgico que chegou onde chegou (no BR e no mundo) não "está desesperado", que vc acredita num PIG que dá manchete de "navio inacabado", tendo a obrigação de saber que é assim que se constrói navios no mundo e na história, e que protege um canditato e ataca a outra avassalodoramente, seu mundo não passa do mundo que o PIG (brasileiro) lhe mostra.
    Eles ficam muito felizes. E eu lamento por vc.

    rodrigor

    Lech Walessa??? Ah sei, aquele que como presidente foi um fracasso? ah sim, desse eu lembro, agora a diferença entre ele e Lula são 04 mandatos e 01 nação orgulhosa do seu líder, apenas isso.

    DILMA 2010.

    Leider_Lincoln

    Desespero? Somos nós que temos que contratar trolls? Que sequer estamos conseguindo um vice? Que temos de usar a mídia e a Justiça? E os sucessos econômicos alcançados pelo Lula tem a ver com o que, Ubaldo? Com os 8 anos e 4 crises do FHC? Com os 240 bilhões em dívidas que ele deixou? Com o "ótimo" estado das economias estadunidense, japonesa e europeia? Quem está certo é você, Ubaldo. Os jornais do mundo, sejam liberais ou conservadores, a opinião pública mundial e 85% dos brasileiros estão errados.
    Ubaldo, você é um Jênio! como não tínhamos isto isso? Obrigado por nos esclarecer. Ah, e cuidado: inveja mata!

    yacov

    OLHa!!! Esta foi a gota d'água do Abobaldo para mim… Que sujeitinho cabeçudo e inconveniente, para dizer o mínimo. como diz o Favre: "Se o LULA andasse sobre as águas, os 'Abobaldos' falariam que elel não sabe nadar". Quanto a vocês, não sei, mas eu terei imenso prazer em desprezá-lo em minhas vindas ao ótimo Blog do Azenha. Abs.

    "O BRASIL DE VERDADE não passa na glOBo – O que passa na glOBO é um braZil para os TOLOS"

Ivo Milanez Gloeden

Prezado Carlos T. Ribeiro

Quem beijou a mão de Eisenhower foi o senador baiano Octavio Mangabeira.

Gerson Carneiro

É importante lembrar também que FHC, obedecendo cegamente as ordens de Washington (tal qual seu ex-chanceler Celso Lafer ao tirar os sapatos), assinaria a ALCA e certamente quebraria o Brasil mais uma vez com a crise americana que ainda perdura.

Emy

Vejo neste blog o que não vejo (ou não leio) nos jornalões da mídia golpista. Muito bem escolhido o nome do blog, aqui e em outros canais da web,temos informação de primeira qualidade, séria e de conteúdo exemplar. (vemos o Brasil e o Mundo), que coisa espetacular!!!!
Digo que a web, atualmente, é a grande responsável pela informação verdadeira para grande parte dos brasileiros que tem acesso a internet. A estes cabe a responsabilidade de levar a informação aos que não a tem, comunicar e instruir como estão acontecendo as coisas no brasil e no mundo. É o mínimo que se pode fazer para não deixar que a imprensa marrom manipule tão vergonhosamente os menos informados, quando repassam informações destorcidas, ou pior, mentirosas..

voxetopinio

“Não faço parte desta subserviência”, o presidente brasileiro disse. “Além disso, ninguém se levantou quando eu entrei”.

Usando uma gíria comum na internet: OWNED! Hahahahaha.

Urbano

O mais magnânimo adjetivo para ser aplicado ao Presidente Lula ainda não existe, pelo menos, em nossa orbe.

Pitagoras

Nda que apequene o artigo, mas a grafia no título é SPIEGEL (espelho), não custa notar.

    clemes

    Pitágoras, já corrigimos. obrigada. abs

Pitagoras

Nunca a política externa brasileira foi tão digna de admiração, orgulho. O Brasil mostra ao mundo que é possível tratar as nações com respeito, solidariedade. Foi o caso da Bolívia, Paraguai, Honduras e agora Irã, contra o paradigma da ameaça, da humilhação, exploração, subjugação.

O Brasil se agigantou perante o mundo, deu o exemplo, deixou os imperalistas com as calças na mão, e nos encheu, pela primeira vez , de justo orgulho de ser brasileiro.

Viva Lula, Garcia, Itamaraty!

Jairo_Beraldo

Dilma sobre a fala do Zé…"Não é possível de forma atabalhoada a gente sair dizendo que um governo é isso ou aquilo. Não se faz isso em relações internacionais, não é papel de um estadista, de quem quer ser um estadista"….esse Zé é um sem noção.

O Brasileiro

É esse orgulho brasileiro que a Ditadura tentou calar durante 20 anos!
Não é preciso arrogância, mas também não pode haver excesso de humildade!

Estevam Silva

O título tá errado, é "Der Spiegel".

    Conceição Lemes

    Estevam, corrigido. Obrogada. abs

Leider_Lincoln

Dois comentários: “Não faço parte desta subserviência”, o presidente brasileiro disse. “Além disso, ninguém se levantou quando eu entrei” é algo que a grande Lampreia da nossa diplomacia jamais aprovaria; deveria ter não apenas se levantado como também retirado os sapatos.
E outra, quem é a Der Spiegel, uma revistinha alemã de quase 70 amos e mais de 1 milhão de exemplares vendidos, para contradizer o que diz o Ubaldo, o grande e imaculado jênio aqui do blogue, que diz que o Lula é um tolo ingênuo cercado de aloprados e ensadencidos anti-americanos do mal? E daí que o PIB estadunidense caiu 300 bilhões desde 2008 e o da China subiu 1.500 bilhões no mesmo período? O Futuro são os EUA, qualquer um vê isso. Da mesma forma e daí que o PIB brasileiro será o quinto maior do mundo em 3 anos? Temos que ficar subservientes à futura segunda maior potência econômica do mundo, por que eles são grandes e nós, nanicos.
Aliás, Azenha, você teria algo sobre o tal "complexo de vira-latas'? É que eu tenho muita dificuldade de observá-lo em nossos comentaristas e candidatos a presidente, por exemplo. Gostaria de saber mais, para não correr o risco de votarem algum animal que acredite que devamos viver de joelhos perante e mundo, humilhando e ofendendo as nações mais fracas e abanado o rabinho para as mais fortes.Sabe como é, não acho que isso seja digno…

    Carlos J.Ribeiro

    E mais: deveria beijar a mão do Bush como Juracy Magalhães fez com Eisenhower e dizer que "o que é bom para os EUnidos é bom para o Brasil".

    Milton Hayek

    Os tucanos,Leider,já deram um choque de "gestão" no complexo de vira-latas.Agora eles têm complexo de carrapato de vira-latas….

    Ubaldo

    Milton Hayek,

    Conforme você, na era FHC mantínhamos o complexo de "vira-latas" e éramos subservientes ao gringos.
    Na era Lula perdemos o complexo de vira-latas e adotamos o complexo de "pitbull desdentado" e ameaçamos os gringos sem poder morde-los.

    Leider_Lincoln

    Ameaçamos, Ubaldo? Desde quando? Quem te disse isso? A Veja? O ministério da Propaganda Israelense? Os repórteres sem fronteira? O Graeff? O Ruy Franco? Diga-nos, meu caro, quando ameaçamos os EUA, a futura seundamaior economia do mundo, sem poder mordê-los? Ou você só queria ver se colava?

    yacov

    O "Abobaldo" sofre de Síndrome de Estocolmo em grau avançadíssimo, que é quando o oprimido se apaixona e passa a defender o seu opressor com unhas e dentes, vendo-o até como um coitadinho. Pobrezinhos dos EEUU… Passaram a vida provocando crises no mundo inteiro para sugar melhor suas vítimas e agora que estão em crise vem esse demônio iletrado de 9 dedos e fica questionando suas posições tão justas. Assim não pode!! Assim não dá!! Acho que é um caso terminal, mesmo. O BRASil pode virar a maior potência do Planeta que ele vai morrer dizendo que o que vem do BRASIL não presta e que o que é bom mesmo é cacete de americano… Não liguem, para o idiota, ele é só uma reencarnação do BOB FIELDS!!! Bota uma cruz na frente dele que ele vira poeira!!! VADE RETRO ABOBALDO!!!

    "O BRASIL DE VERDADE não passa na glOBO – O que passa na glOBo é um braZil para os TOLOS"

Milton Hayek

Kyrgyzstan’s ‘Roza Revolution’ – Cui Bono? (Part 1)
Kyrgyzstan as a Geopolitical Pivot
by F. William Engdahl* http://www.voltairenet.org/article165507.html

Kyrgyzstan’s ‘Roza Revolution’ – Cui Bono? (Part 2)
China and the Kyrgyz geopolitical future
by F. William Engdahl* http://www.voltairenet.org/article165551.html

Kyrgyzstan’s ‘Roza Revolution’ – Cui Bono: (Part 3)
Russia and the Kyrgyzstan future
by F. William Engdahl* http://www.voltairenet.org/article165566.html

robledo

Daqui a vinte anos quando alguém quiser pesquisar sobre o governo Lula terá que falar inglês, francês, alemão ou espanhol.

    Carlos Sete

    Uma das frases mais sábias que li sobre política no Brasil.

    Carlos

    Àrabe, chinês, japonês,…

flora

Grande Lula. Beleza de matéria, e o último parágrafo, imperdível!

lucia

Estou sem palavras. Que bela tradução faz esse texto sobre nosso LULA.

Orlando Bernardes

E por aqui aquela ladaínha de sempre, golpe midiático diariamente. O povo vai por um lado e a mídia golpista para outro.Dá nojo ler jornais brasileiros. É uma panfletagem pro Serra o dia inteiro em todas as mídias da velha imprensa. Isto precisa acabar, o povo não aguenta mais esta manipulação. Isto não é jornalismo.

setepalmos

Der Speigel, Time, Le Monde e El País reconhecem Lula como o Lula.

Os nossos jornais estão com aquele mote, que o próprio Lula já disse qual seria, ao estar numa fila de uma padaria:

"É, pode até ser o Lula, mas não parece…"

marcelo

Devemos observar que apesar dos elogios, ou seria apenas constatação dos fatos, Der Speigel é uma revista de direita, vide sua opinião sobre Chaves e a descrença em relação ao Irã. Contudo isso é que deve matar os tucanos de inveja, não é a esquerda que elogia Lula e sim a direita, pelo menos a de outros países.

Lsm

Belíssimo texto.

Tweets that mention Der Speigel: Lula salta para a Grande Liga da diplomacia mundial | Viomundo – O que você não vê na mídia — Topsy.com

[…] This post was mentioned on Twitter by PT Turiúba, Lula Notícias. Lula Notícias said: Der Speigel: Lula salta para a Grande Liga da diplomacia mundial http://bit.ly/a5zugN #Lula #Dilma #PT […]

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