Deputado quer Dia do Orgulho Hétero em SP; para ativista, alimenta preconceito contra LGBTs

Tempo de leitura: 2 min

Deputado Cezinha e Julian

Pastor Cezinha Madureira e Julian Rodrigues

Da Redação

Nessa quinta-feira 21, foi publicado no Diário Oficial o projeto de lei 820/2015 que institui o “Dia do Orgulho Heterossexual” em São Paulo. O pastor  Cezinha Madureira,deputado estadual do DEM,  é o autor do projeto.

Na justificativa o deputado diz que como cristão respeita todas as pessoas. Mas, na sequência afirma que há pessoas que tem “preferências sexuais fora dos padrões normais da sociedade”.

O deputado pergunta: “será que os homossexuais entendem como direito à liberdade, dois bigodudos entrarem em um restaurante e ficarem sem beijando”?

O pastor acredita que os homossexuais devem deixar os beijos e afetos para os lugares reservados ou suas casas, e que comportam como se o “homossexualismo implicasse em algum privilégio”.

“É mais um projeto reacionário, que vem se somar a esse tsunami conservador pelo qual o Brasil passa hoje”, avalia Julian Rodrigues, membro do Conselho Consultivo da ABGLT e  da coordenação estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos/SP.

Para o ativista, a bancada da bíblia (os fundamentalistas religiosos) age de forma coordenada em todos os parlamentos do país, levantando as mesmas bandeiras, que mesmo parecendo folclóricas, são perigosas porque incitam o ódio e alimentam o preconceito contra os LGTBs

“Imaginem se algum parlamentar propuser o Dia do Orgulho Branco. Alguém teria dúvidas de que seria um projeto racista? Ou um Dia do Homem, em contraposição ao 8 de março? Quem teria coragem de dizer que não se trata de um projeto machista? É preciso enterrar mais essa aberração”, arremata Julian Rodrigues.

Para acessar o projeto e a justificativa, clique aqui.

 Leia também:

Lúcia Rodrigues: Telhada na Comissão de Direitos Humanos é acinte 

 


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

ricardo

Todos têm o direito de se manifestar, inclusive ele; não se pode defender a liberdade com repressão.
O que deve ser combatido é o insulto. Se a proposta for um movimento anti-gay, então isso deve ser proibido. Mas demonstrar orgulho por ser como é, é um direito de todo mundo.

    ricardo

    PS.: nada me parece mais homossexual que celebrar a própria macheza. Mas, como já disse, todos têm direito de se manifestar.

Leo

Tenho medo dessa palavra “ativista”. Temos a impressão de que um ativista representa muitas pessoas e que suas falas são a verdade absoluta. Mas temos de ter cuidado com esses reducionismos.
.
E fica também a pergunta: quem, afinal de contas,financia ativistas e ONGs?
.
Abrs

marialibia

Juro que gostaria de ver o desfile lá na Paulista. Imagine que todos irão de ternos, de preferencia escuros, garbosamente desfilando ao som de Wagner. Só mesmo Jesus para expulsar esses vendilhoes de templos.

    Rafael

    Por baixo dos ternos, cinta-liga.

Deixe seu comentário

Leia também