Débora Figueiredo: Crítica ao novo Ministro da Educação

Tempo de leitura: 7 min

Cid Gomes, Jacques Wagner e Kátia Abreu

por Débora Figueiredo, via e-mail

Cid Gomes está confirmado como novo Ministro da Educação. Votei na Dilma com esperança de, pelo menos, ser mais representada do que seria por Aécio.

Sou professora, moro em Fortaleza e SEI o que o nosso ex governador é capaz de fazer com os professores. A Universidade Estadual constantemente em greve, os professores do Estado precisam se humilhar pra conseguir direitos.

São explorados, têm que conviver com todo tipo de situação, inclusive perigosa, em sala de aula. Cid Gomes é uma vergonha para a educação. Nas palavras dele, professor deveria trabalhar por amor. Um homem debochado.

Votei na Dilma, mas, desde o começo, fiquei de olho nas propostas dela para a educação. Não desceu aquele comentário sobre o alto número de disciplinas, tendo ainda “Filosofia e Sociologia”. A presidente precisa entender que nessas eleições, grande parte das pessoas que não votaram nela, sofria de carência de estudos na área de humanas.

Pessoas sem estudo de História, Geografia Crítica, Filosofia e Sociologia. Pessoas que não sabem o sentido de palavras/expressões como: democracia, ditadura, totalitarismo, socialismo, comunismo, liberdade de expressão, moral, ética, etc. Pessoas que não conhecem a história do próprio país.

Tenho relatos de pessoas que viveram a época da ditadura militar e descrevem o período como se tivesse sido um paraíso na terra, enquanto outras estavam sendo torturadas sem que aquelas soubessem. Muita coisa era escondida.

Pouca gente sabe nesse país a influência que a mídia tem na construção da opinião da massa. Poucas famílias comandam a mídia desse país e estas poucas não são imparciais, mas, sim, descaradamente estimulam um ódio fervoroso contra um governo que olha para os mais necessitados.

A presidente precisa entender o quanto é importante e necessário estimular o ensino das humanas de forma maciça para que a própria forma dela de governar seja melhor entendida (embora ultimamente com suas decisões e escolhas nem mesmo sei se ela pretende mesmo ser entendida).

Democracia, ditadura, totalitarismo, socialismo, comunismo, liberdade de expressão, moral, ética, influência da mídia e garantia de direitos, por exemplo, são apenas alguns dos temas que podem ser abordados em aulas de Filosofia de forma aprofundada com o objetivo de formar pessoas e garantir que elas consigam pensar por si próprias e desenvolver um pensamento crítico.

Temas estes que podem ser trabalhados de forma interdisciplinar com disciplinas como Produção Textual, Sociologia e História. Disciplinas estas que podem e devem trabalhar juntas, mas que JAMAIS serem mescladas a fim de reduzir a carga horária, o que traria prejuízo para todas estas disciplinas individualmente.

Nas palavras de Bertrand Russel: “(…) um regime socialista poderia, com o tempo, tornar-se seguro o bastante para não temer a crítica (…)”.

Sei que estamos longe de um regime socialista, mas penso que se o Estado continuar a ignorar a importância do desenvolvimento do pensamento crítico da nossa população, vai ser cada vez mais difícil garantir que governos que priorizam a redução da desigualdade (entre outras coisas) consigam se manter no poder.

Entendo também que a presidente, percebendo que o país está crescendo muito, privilegia a formação de engenheiros e técnicos para que estes possam ajudar no crescimento do “progresso” brasileiro (Vide Ciências sem Fronteiras, Escolas Técnicas, PRONATEC, etc.), PORÉM, insisto, formar técnicos (ou pessoas de quaisquer outras áreas) sem o desenvolvimento crítico dessas pessoas, vai nos levar a um país como este que vimos nas eleições de 2014, com pessoas reproduzindo ideias visivelmente fascistas, sem qualquer noção da realidade e de conceitos básicos.

Não votei no candidato Aécio por ter acompanhado o que foi feito com os professores no Ensino Médio (responsabilidade do GOVERNO) em Minas Gerais. A maneira como o candidato tratava a educação é de causar-me asco.

E agora terei de passar pelo transtorno de ter Cid Gomes como Ministro da Educação?

Reproduzo aqui a carta feita por uma professora de Português do Estado do Ceará ao ex Governador Cid Gomes há alguns anos, mas ainda tão atual:

“Excelência,

Preciso dizer-lhe publicamente que votei muito mal nas últimas eleições estaduais!

Sou professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação e me dedico à profissão intensamente há vinte anos. Votei em Vossa Excelência por o senhor apoiar a campanha de Dilma Roussef. Há quatro revelações que devo fazer aos professores para que possam me desculpar esse ato falho, embora saiba que muitos deles agiram como eu, pois acreditaram em suas propostas de fazer avançar a educação no Estado. É justo que o senhor as conheça!

1. A primeira é a de que, na verdade, não havia, no Ceará, nenhum candidato dos que disputavam mais veementemente o Governo que fosse convincente, apesar do grande aparato midiático. Dos males, porém, viesse o menor. O senhor pelo menos contribuiu na campanha da Presidenta. O meu prejuízo não foi completo.

2. A segunda confissão é a de que, como o senhor, tentei ser esperta, pois votei em alguém de quem, mesmo não esperando um bom mandato, contribuía para o meu objetivo. Reconheço, contudo, que o senhor me superou no lucro de tudo isso, por ter sabido se apoiar na minha candidata para se eleger.

3. A terceira é a de que não esperava ver colegas escrachados, humilhados, surrados, feridos, ensanguentados, desmaiados, tratados sem o mínimo respeito, como se vítimas dos famosos anos de chumbo da Ditadura Militar, principalmente ocorrendo este fato na Assembleia Legislativa, Casa que deveria defender os interesses da classe em vez de, subservientemente, ceder aos seus caprichos. Felizmente a população já sabe que apenas quatro Deputados votaram contrariamente ao plano de Vossa Excelência. Não será só o senhor a perder no próximo pleito, mas também todos os que, ao contrário dos quatro, “ferraram” os professores (Esta é a expressão: “ferraram”, pois não consigo ser educada e suave diante de barbaridades e brutalidades).

4. A quarta e última é a de que nunca me orgulhei tanto de ser professora. Estou feliz por saber que os meus colegas, os meus digníssimos colegas estão enfrentando como heróis seu autoritarismo e por saber que teremos avanços a partir de agora, pois a história dos professores cearenses muda a partir de agora, bem como a sua!

Continuemos, agora apenas entre nós! Não posso perder a oportunidade de satisfazer a uma curiosidade! Preciso perguntar-lhe: se o estudo do professor não tem valor no Ceará, que valor terá o do aluno? Ah, já sei… o senhor manda distribuir computadores a alguns. Quero lembrar que não são bobos. Vão recebê-los, mas não vão compensar as perdas do ano letivo!

Refiro-me à desvalorização da pesquisa e da obtenção de conhecimentos. Os professores, ao se submeterem a cursos como Especializações e Mestrados, desejam adquirir conhecimentos que difundirão para crianças e jovens do nosso Estado. Sei que não devem obter um título apenas nem principalmente para terem algum acréscimo financeiro em seus vencimentos. Seu maior anseio deve ser aprender mais, para ensinar mais e melhor. Esse argumento, porém, não pode dar sustento à desonestidade e à injustiça. O que se deve pagar a mais ao professor especializado, mestre ou doutor por essa conquista e pelos esforços necessários a ela tem que ser justo, e não desrespeitoso.

Não deve se assemelhar a uma esmola, como a que o Governo de Vossa Excelência insiste em garantir. É necessário que todos os cearenses, da capital e de todos os outros municípios, saibam que a proposta para essa recompensa é humilhante e que precisaria que fosse decuplicada para corresponder a uma pequena porcentagem do subsidio de Vossa Excelência, que não precisou mostrar diploma nem provar conhecimento algum para governar o Estado. Para ser Governador, basta não ser analfabeto.

Algo mais grave!

Trato ainda de algo mais grave: do seu desrespeito ao professor. Suas infelizes frases, reveladoras do grande desdém que Vossa Excelência não soube esconder em seu discurso, magoaram a todos nós, e não apenas aos colegas da rede estadual. A sua sugestão de que professores devem trabalhar por amor só poderia ser aceita se eles não comessem; se não quisessem garantir às suas famílias pelo menos uma diminuta parcela dos benefícios que o senhor garante à sua e a si mesmo; se não se vestissem, se não precisassem pagar por energia, água, telefone e, o que já é impossível, se não precisassem de livros e de outros recursos para o seu crescimento intelectual.

Não posso deixar de comentar também sobre a sua declaração de que o professor que queira ganhar melhor deve migrar para a escola privada. Vossa Excelência não se preocupa com a evasão dos professores da rede estadual? Isso não seria problema? Outros seriam contratados? Não interessa a permanência dos professores por muito tempo no serviço público, para que projetos tenham continuidade e outros benefícios ocorram? A escola privada realmente se mostra mais justa que a pública para com o professor? Esse pensamento de Vossa Excelência é lastimável!

Por que falo tanto?

Não tenho interesses partidários nem sou membro da oposição. Mas sou uma professora! E mais: sou especialista e mestra. Não gosto de ver meu esforço desvalorizado. Não adentrei o serviço público de educação. Não tive o desprendimento e o heroísmo dos meus digníssimos colegas da educação pública do Estado do Ceará, os quais respeito muito. Não me considero, porém, culpada por não acompanhá-los em tamanho esforço porque, ao contrário de Vossa Excelência, não concordo que eu deva trabalhar só por amor, mas também por dinheiro.

Não digo que a sua visão de que o professor ou qualquer outro profissional deva trabalhar por amor é ingênua, pois ingênua seria eu se assim pensasse. Digo sim que é uma máxima cruel, insensível, revoltante, além de ridícula! Além de respeitar o professor, lamento pelo desdém de que ele é vítima, pelas humilhações a que é submetido. É absurdo um professor precisar destinar-se à Assembleia Legislativa do Ceará para reivindicar desgastantemente um direito garantido por lei que Vossa Excelência insiste em desrespeitar: o direito a um piso salarial de aproximadamente R$ 1100,00.

Um apelo…

Pense melhor, Excelência. Deixe a sensibilidade superar a arrogância e a indiferença pelas necessidades sociais. Seja prudente! O senhor já perdeu por tudo que tem feito!

Um aviso…

Não é só o professor da rede estadual que está insatisfeito, mas também o da rede privada de ensino, bem como outros segmentos. Não há causa sem efeito!

Sem mais,

Ritacy de Azevedo Teles

P.S.: O tratamento respeitoso de “Vossa Excelência” é mera convenção gramatical da qual não consigo me desvencilhar. Não deve entendê-lo literalmente.”

PS do Viomundo: Dilma está montando o ministério da crise econômica, que se agrava em todo o mundo e terá impacto duradouro no Brasil. Neste sentido, é o “ministério do medo”, para ganhar votação no Congresso ou pelo menos impedir derrotas fragorosas. Um ministério que privilegia absolutamente a governabilidade.

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Comentários

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Piada

Antes de criticar Dilma tinha era que provar que votou mesmo nessa. Gente farsante é o que não falta

Carlos Manta p. Araujo

Os extremos se parecem muito. A polarização indica estravagâncias e intolerâncias. O futuro ministro da educação é um exemplo disto. Entender a educação como resultado de instalaçoes prediais ou de equipamentos, coisa de um bom gerente, é compreensível, contudo, insuficiente. Ademais bons tocadores de obras nem sempre são bons políticos e vice versa. No caso do futuro ministro da educação a inabilidade política trouxe sérios trnastornos para o Ceará tanto na educação quanto na segurança pública. Mas ser fiel à presidente no processo eleitoral pesou muito de, gerente para gerente.

Pedro luiz

E o Kassabão no ministério das cidades?.Lamentável a formação do “novo ministério do governo Dilma.Afinal o que tem de novo?.Cadê os técnicos prometidos?.Há dizem os entendidos do babado político que é a governabilidade que está em jogo.Que é a direita que quer desentabilizar. Que é……que é…….votei em Dilma. Acredito “ainda” neste governo. Mas……..

Júlio De Bem

Esta senhora aí votou tanto no aecio quanto o sarney.

    Júlio De Bem

    Digo, na Dilma.

Morvan

Boa noite.

Concordo com as colocações de Débora Figueiredo (e também da professora Ritacy de Azevedo Teles), ambas foram muito felizes, mas entendo que o imbróglio merece mais discussão pela investidura mais adequada do que pela obrigação formal do novo Ministro, afinal, quem vai definir as Políticas Educacionais é a Assessoria, e, em instância última, o Governo. Eu, pudera escolher, e Cid estaria na Articulação, reitero, não pela formalidade acadêmica do cargo, mas pela [melhor] adequação das funções, já que os Ferreira Gomes são aliados (mesmo; e costumam “mostrar as presas”, quando acossados) de Dilma e são muito bons na parte institucional. Quanto ao menosprezo (histórico, mas nem por isso desimportante) pelas ciências humanas, é tragicômico que se verifique em Governo que conhece, no lombo, o peso da falta de cultura filosófico-humanista. Considerando a inversão de valores, diria que Dilma é um jesuíta às avessas. Quer banir as humanas, aqueles, as “ciências” (Sic!). E assim, continuamos o ciclo de visões fragmentadas do conhecimento. Oh, Da Vinci, inspirai-nos. Fazei ver o compósito…

Saudações bolivarianas; {♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥}; “Dilma, Reforma do Judiciário Urgente; recompra as ações da Petrobrás e cala os coscignas. Xeque Mate; o Velho“.
Morvan, Usuário GNU-Linux #433640 (Fedora 21_x64). Seja Legal; seja Livre. Use GNU-Linux.

eder barbosa

A NOVA TÁTICA DA DIREITA É COLOCAR PESSOAS PARA DIZER QUE TINHA VOTADO NA DILMA, MAS AGORA ESTÁ DESGOSTOSO COM O MINISTÉRIO DELA. ORA, DEIXA A MULHER GOVERNAR, PARA SABER DEPOIS SE ERROU OU NÃO. ESTES COMENTÁRIOS SÃO NITIDAMENTE DE GENTE QUE NÃO VOTOU NA DILMA, MAS NO AÉCIO E HOJE USA ESTE DISCURSO DE MADALENA ARREPENDIDA, PARA TENTAR ENGANAR. MAS NA VERDADE ENGANA A ELES PRÓPRIOS. DILMA MONTOU O MINISTÉRIO QUE LHE CABIA MONTAR. SOU DO TOCANTINS E NUNCA VOTEI EM KÁTIA ABREU, ALIÁS VOTEI SIM UMA VEZ, MAS NÃO POR ELA, MAS PELO ATAQUE NAZISTA MACHISTA QUE SEU ADVERSÁRIO LANÇOU CONTRA ELA, FIQUEI INDIGNADO, PORQUE AQUILO ATINGIA TODAS AS MULHERES E NÃO APENAS KÁTIA ABREU.NÃO MORRO DE AMORES POR ELA, MAS CREIO QUE A PRESIDENTA ACERTOU, PRECISA POR UM PONTO FORTE DENTRO DO AGRONEGÓCIO CONTRA O REACIONÁRIO RONALDO CAIADO, E PARA ISSO KÁTIA ABREU PODE SER O PENDULO.ENTÃO QUE OS DIREITISTAS HIPÓCRITAS SAIBAM QUE NÃO ESTÃO ENGANANDO A NINGUÉM, MAS A ELES PRÓPRIOS. ESTE DISCURSO É PURA BURRICE, ALIÁS MAIS UMA ENTRE TANTAS BURRICES QUE DIREITISTAS PRATICAM TODOS OS DIAS.

    Conceição Lemes

    Eder, letras minúsculas nos comentários, por favor. Norma do Viomundo para aprovação de comentários. abs

    Morvan

    Bom dia.

    eder barbosa (sex, 26/12/2014 – 19:04):

    A nova tática da direita é colocar pessoas para dizer que tinha votado na dilma, mas agora está desgostoso com o ministério dela. ora, deixa a mulher governar, para saber depois se errou ou não. Estes comentários são nitidamente de gente que não votou na Dilma,…

    Eder Barbosa, não podemos incorrer neste erro, de achar, maniqueisticamente, que quem pensa diferente de nós, fatalmente, é “do outro lado”, a não ser que conheçamos, de fato, a história, a práxis da pessoa que posta; eu, por exemplo, estou a ler, pela primeira vez, opiniões de Débora Figueiredo e de Sra. Ritacy e penso que elas teceram seus comentários e postagens sem o ‘Ad Homine‘. São tópicos a serem discutidos. E torcer para ambas ‘queimarem as respectivas línguas’ (elas mesmas hão de querer isso, pois quem luta pela Educação quer mesmo o bem social). A propósito, sugiro à Moderação este linque, para repercussão e contraponto: Cid Gomes: Não Estou no Ministério por Cota Partidária (Fonte: CAf).

    Saudações bolivarianas; {♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥}; “Dilma, Reforma do Judiciário Urgente; recompra as ações da Petrobrás e cala os coscignas. Xeque Mate; o Velho“.
    Morvan, Usuário GNU-Linux #433640 (Fedora 21_x64). Seja Legal; seja Livre. Use GNU-Linux.

Regina Braga

Salto na educação,será? Não colocaria o Cid fora dos Ministérios…só fora da educação.Se vai existir reformas…a educação é a base ou sistema primário das outras reformas,logo é vital.Cid não é a pessoa certa pra fazer a transição…Ah! E a formação de humanas é essencial para mudar…eucação e cultura caminham juntas.Não quero entrar no mérito de outros…mas na educação foi um tiro no pé.Cansativo um governo ,que vive e morre, pela governabilidade…é só o que ouço.Faça propostas e leve ao povo e vamos ver se governa ou não o país!Mas ficar se escondendo com príncipes e monarcas e vai sair da situação,nunca!

Fabio Silva

Quando você lê os comentários e percebe que é impossível saber se as pessoas são do PT ou do PMDB, não sente que alguma coisa está errada?

    Mauro Assis

    Uai, Fabio, porque os partidos das pessoas deveriam poder ser inferidos dos comentários? Não entendi…

Mauro Assis

“… crise econômica, que se agrava em todo o mundo”… onde mesmo? Os EUA vão crescer mais de 2% esse ano, os nossos vizinhos andinos pelo menos 5%, a China e a Índia devem repetir os índices desse ano. A Europa continuará patinando, mas mesmo por lá o pior já foi.

O que a Dilma quer é se proteger do que vem do petrolão, isso sim… por isso a compra de apoio antecipado no congresso.

Romanelli

A crise de lideranças e de Opções partidárias atinge TODO o país ..mesmo pq todas as FACÇÕES foram testadas, e se mostraram limitadas.

Moro em SP, conheço a educação pública como usuário, eu e meus filhos ..tenho muitos parentes professores ..a imagem que colho é das PIORES possíveis ..aqui os professores estão entre os que mais ganham, mais fazem greve, e mais DESRESPEITAM e agridem a população pacífica e ordeira com suas greves ..um inferno ..NUNCA os vi pararem por qualidade de ensino, por melhora de curriculum.

Quanto ao ministério ..a imprensa já falou que tem 3 dependurados com a JUSTIÇA ..o filho do Jader (novidade ?!), a Kátia Flavia (uso de selo falso) e um outro por crime eleitoral

O melhor de todos pra mim é o JAQUES WAGNER, baiano dengoso que ao deixar o governo não demorou pra se pedir por uma aposentadoria pelos 4 anos dedicados a um governo medíocre ..VALOR da FATURA ? R$ 24 mil/mês, sem teto e podendo se sobrepor a outras ..mais até do que o salário da ativa do governador por SP, de R$ 21 mil ..e igual ao que receberá a Roseane Sarney, aquela governadora do Estado mais atrasado e que ficou conhecido por suas “pedrinhas”.

E quanto a não estarmos em um “regime” socialista ..desculpe, mas vivemos sim num regime de INCHAÇOS de pelegos, aparelhamento e de assistencialismo, é gordura pra todo lado ..se é o ideal não sei, mas que carrega em si muitas calorias, não tenho duvidas

E a melhor NOTICIA do NATAL veio por LULA ..ele se mostrou insatisfeito pelo fato duma casa de 30 m2 (TRINTA) do Minha Casa ter custado a bagatela de R$ 96 mil – UM ROUBO !!!!! – e disse que com o mesmo faria uma de 60 m2 ..o que convenhamos, a CUSTO, esta muito caro também ..conclusão, tem muita gente levando, e o povo idiota pagando

Daí que com estes valores e resultados é que concluímos que com estes personagens 2015 promete não ser fácil tb.

FrancoAtirador

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É Brincadêra!

Dos 27 Governadores de Estado, não houve um sequer

que tivesse agradado o Magistério Estadual, no País.

E um deles foi nomeado para o Ministério da Educação.

(http://www.cnte.org.br/index.php/giro-pelos-estados.html)
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Ricardo

Duvido que se essas indicações fossem do FHC ou Aébrio os comentários seriam tão bonzinhos.

infelizmente petista é assim : se for nosso é bom, mesmo se for péssimo. e se for da oposição é péssimo, mesmo se for bom.

já votei muito no PT, arranjei até inimizade por isso, mas engolir Cid Gomes é demais.

não dá. do jeito que a coisa vai, pra garantir a governabilidade Dilma vai nomear William Bonner para o ministério das comunicações, Ronaldo para o dos Esportes e Ana Maria Braga para a Secretaria das Mulheres.

Entregar o ouro na mão dos bandidos agora tem novo nome : governabilidade.

Ricardo

Euler

Tendo sido professor do ensino básico até bem pouco tempo, e sofrendo todas as mazelas comuns à categoria dos educadores de Minas, e do Brasil, entendo cada linha escrita pela autora do texto. Contudo, não acho que seja tão decisiva assim para os destinos da Educação a escolha de um ministro. Explico-me: no governo Lula passaram pelo ministério da Educação, entre outros, Cristóvam Buarque e Fernando Haddad. Buarque revelou-se um fiasco, tanto no ministério quanto ainda mais fora dele. É hoje um quadro auxiliar da direita golpista, com discurso enganoso em favor da Educação.

Já Haddad, enquanto ministro, foi fraco, na minha opinião. Foi omisso em relação ao piso salarial nacional e assumiu posturas que mereceram minhas críticas. O projeto de piso salarial, por exemplo, que ele e Lula encaminharam para o congresso era pior do que a lei aprovada, ainda que não seja cumprida. Já como prefeito de SP ele tem tido, segundo consta, um bom desempenho, quando não concilia com a mídia e com o governo tucano.

Portanto, concordo com o Viomundo que este primeiro ministério da presidenta Dilma é para enfrentar o terceiro e quarto turnos que estão em andamento, sobretudo por parte da mídia, e também no congresso nacional e no STF. Dilma e o PT já perderam feio na comunicação, o que de certa forma explica este “ministério do medo”.

Como Dilma, Lula e o PT não têm coragem de enfrentar o monopólio da mídia, que recebe generosamente a maior bolsa-família do país, esta mídia tornou-se, na verdade, o primeiro ou no máximo o segundo poder de fato do Brasil. Sem receber um voto, sequer. É a mídia golpista, que na ausência de uma mídia independente, pauta quem deve ser condenado, quem é bandido e quem é herói, o que é importante para o país discutir ou não discutir, onde se deve investir, enfim, é a dona de fato das opiniões de parcelas muito expressivas da população.

Tivesse o governo federal investido na construção de uma mídia alternativa, com jornalismo de qualidade e presença nacional em rádio, TV, jornais, revistas e blogs, a história do Brasil seria outra. Não estaríamos sujeitos a esta chantagem diária das elites dominantes e golpistas através da sua mídia. E o que pior: além da chantagem, somos bombardeados com uma enorme carga ideológica neofascista, que passa os dias e noites chamando os lutadores pelos direitos humanos de defensores de bandidos; que defende diariamente, via comentaristas com bons salários e caráter nem tanto a mais rebaixada campanha contra o governo federal e em defesa de privatizações, discriminações, segregações, enfim, tudo de ruim contra a maioria da população.

Por isso acho essa questão do ministério secundária. Mesmo que Dilma colocasse no Ministério da Educação uma pessoa a mais comprometida do mundo com as causas da Educação Pública, ainda assim este escolhido estaria sujeito às determinações do governo com suas linhas gerais, no que tange às prioridades e às imposições das forças que disputam o orçamento.

Para governar com o mínimo de tranquilidade, Dilma precisa agradar sua base de apoio político, que é ampla e de maneira alguma é majoritariamente de esquerda. E como não tem uma mídia que a defenda – a não ser na Internet -, o seu governo será sempre vítima de chantagens e sujeito a provar o contrário do que diz a mídia.

Graças a essa realidade estranha, o país vive esse estranho momento de ter a impressão de que elegeu uma presidenta com um discurso, mas que não pode assumir com radicalidade esse discurso para não desagradar a uma parte dos derrotados. Em alguns momentos o país viveu a impressão de que não havia sido o PT o partido vitorioso, já que todo o noticiário era dominado pelo candidato da oposição tucana, deixando para o PT as revelações seletivas da Lava Jato.

Durante a Copa do Mundo, que em tese deveria ser um momento todo especial para o país desde a sua preparação, o evento foi apresentado pela mídia como um fiasco. Até que se provou, às duras penas e debaixo de muita vaia da direita, que a organização da Copa havia sido bem feita. O governo não se comunicou com a população no período anterior sobre os gastos, sobre as metas, sobre os possíveis ganhos para o país e deixou que a mídia fizesse o trabalho sujo de desgastar o governo o quanto pode, até o início da Copa.

Agora, com este ministério, e sem instrumentos de apoio popular nas ruas (não confundir pesquisa de opinião com povo organizado em defesa de um governo, como aconteceu na Venezuela com o chavismo), Dilma talvez queira um tempo para começar a governar. Vamos aguardar os misteriosos próximos passos do governo para tentar decifrá-los, já que a comunicação transparente e diária com os eleitores continua não existindo.

Bacellar

Hohoho, feliz navidad leitores do VoM.

Ministério do medo foi boa. Ministério da cautela eu diria apaziguadoramente. Sempre lembrando que cabeça de ministro é a mais fácil de rolar. E que são cargos subordinados.

São 4 anos. Meio como analisar o time da copa de 2018 com base nesses amistosos do Dunga analisar esses nomes agora.

Respeito muito o Ciro; desconheço a fundo o Cid.

Kassab é dos mais intragáveis pra mim, mas numa pasta inexpressiva.

Kátia; difícil mas pode estar sendo posta na berlinda se de fato está sem sustentação em nenhum lado, do contrário que articule.

Levy eu compreendo.

Tombini mantido achei excelente.

Aldo não cheira nem fede, podia ser o Nicolelis hein? Hahahahaha.

Berzoini, se vier, é um ser político, apesar de tudo entrega. Fará a regulação? A ver…

Eduardo Braga realmente não sei o que esperar mas percebo uma vontade enorme do governo de segurar aquilo que pode ser o nosso próximo grande ciclo econômico com todas as garras (e imaginem pela primeira vez na história o Brasil tendo um grande ciclo atado a interesses sociais…Percebem a importância histórica disso?)…

No fundo creio que Dilma seguirá centralizando tudo com os nove dedos do consiglieri sempre presentes na hora H.

Perfeito não é mas podia ser bem pior.

Pensem no Ministério dos Bons de Marina ou no Ministério da Hecatombe de Aécio….Esse Ministério do Medo não está de todo ruim…

São horas como essa que exigem de fato comprometimento e coragem.

No mais esses sul-africanos andam se esmerando; hic! Boas festas.

Fabio Silva

Eu achava que a ameaça (para os da direita) de uma nova candidatura do Presidente Lula era para ele trazer a imprensa para si, tirar o foco de algum possível candidato de “cara nova” e fortalecer a transferência de seus votos.
Agora, acho que o Presidente Lula está pensando em si mesmo como plano A e B, depois que a Presidenta Dilma zerar a cota de confiança da esquerda não institucional/partidária durante esse mandato.
A Presidenta foi ferida, mas não abatida pela imprensa de direita.
No entanto, tornando-se antagonista de parte importante do meio acadêmico e científico, do movimento sindical (a conta da crise vai para quem?), dos movimentos sociais por moradia, do ambientalismo, dos indígenas, dos quilombolas, dos sem-terra, dos educadores e dos movimentos pela democratização dos meios de comunicação, como promete o ministério anunciado, será viável mais uma candidatura petista?
A direção do PT acredita que o governo pode se bancar politicamente apenas confiando no nível de emprego da classe C? Acha que, se ela não foi inteiramente convencida pela imprensa da direita, também não será convencida pelos movimentos sociais sob ataque?
Se a direita forçar um golpe institucional, a direção do PT realmente acredita que a imensa militância, ligada a todos esses movimentos, sairá às ruas para defender o governo ou dará a cara à tapa nas redes sociais?
Ou o governo petista descerá ainda mais a ladeira da direita para garantir a governabilidade?
Qual é o limite para isso?
Apostam que a confiança no Presidente Lula será ilimitada, independente do que seja este governo petista?
Há esperança para que a direção do PT e a Presidenta tenham algum humildade para se fazerem essas perguntas?

    Fabio Silva

    Bom, parece que Berzoini está indo para as Comunicações. Torço para que seja um subversivo contra os subservientes.

Julio Silveira

Com esse ministério a Dilma parece que vai conseguir o inimaginável ( afora pelos aloprados e porralocas petistas e, lógico, os proprios politicos beneficiados) ela conseguirá unir a grande cidadania em oposição a sí, pelo bem do Brasil.

Paulo Lopes

“”” A presidente precisa entender que nessas eleições, grande parte das pessoas que não votaram nela, sofria de carência de estudos na área de humanas.””””..

Ou seja, não foram suficientemente ou eficazmente doutrinadas em sala de aula.

“””Entendo também que a presidente, percebendo que o país está crescendo muito, “”””..

Cuma??? 0,3% ao ano, o menor crescimento da história do Brasil exceto Deodoro que viveu uma guerra civil… o país em recessão …ahhh vááá…kkk

Parei….

    Francisco

    Doutrinar é ensinar o que não há: houve ou não houve ditadura no país?

    Quanto ao Brasil crescer, espero que o fato de ter um computador com internet lhe responda o suficiente…

    PS. Meu caro, sabemos que o Brasil não tem memória e que o PT (Lula incluso) tem sido criminosamente ineficaz em preserva-la, mas memória de menos de dez anos, ainda temos…

    Carlos

    Ô chegado, não lembra dos crescimentos negativos do FHC?

    Não concordei com muita coisa na análise da companheira, mas isso que critica foi onde ela mandou bem.

    Aula de humanas não doutrina ninguém, ao contrário, desenvolve espírito crítico e filosófico.

Makarius

Sr. Cid,

Não há AMOR que, acaso não correspondido, resista ao DIVÓRCIO.

FrancoAtirador

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“A informação é a base do desenvolvimento cultural”

“Se não tivermos uma informação correta, desideologizada
e com condições de garantir que a população tenha discernimento
e capacidade de analisar por si mesma, a gente não tem uma sociedade livre”

“Durante os longos anos de Ditadura,
nos acostumamos a ir contra a Censura do Estado.
Mas tem a Censura do Mercado, e outro tipo de Censura
que a Sociedade Brasileira está descobrindo agora,
que é a Censura a partir dos Interesses
dos Donos dos Grandes Meios de Comunicação.”

“A esquerda se aproximou demasiadamente do modus operandi da direita.
Toda vez que a esquerda se parece com a direita, quem ganha é a direita.
A sociedade não percebe mais o ardor mudancista por parte da esquerda”

Juca Ferreira
Secretário Municipal de Cultura
Prefeitura de São Paulo
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Falta de Democracia da Mídia substituiu Censura do Regime Militar

Para o Secretário de Cultura do Município de São Paulo,
sem informação ‘desideologizada’ não há sociedade livre:

“A informação é a base do desenvolvimento cultural”

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual, via Carta Maior

São Paulo – O secretário municipal de Cultura de São Paulo, Juca Ferreira,
disse na segunda-feira (15), após reunião pública inaugural
do ‘Fórum21: Ideias para o Avanço Social’, que a formação da uma sociedade
política e culturalmente madura depende da democratização dos meios de comunicação.

Para ele, a falta de democracia da mídia substituiu, nos dias de hoje, a censura que havia durante o regime militar no Brasil (1964-1985).

“Durante os longos anos de ditadura,
nos acostumamos a ir contra a censura do estado.
Mas (hoje) tem a censura do mercado, e outro tipo de censura
que a sociedade brasileira está descobrindo agora,
que é a censura a partir dos interesses
dos donos dos grandes meios de comunicação.”

Ferreira acredita que os avanços no sentido da regulamentação do capítulo 5 da Constituição – que trata da comunicação, liberdade de expressão e veda o monopólio ou oligopólio dos meios – são difíceis, mas podem ser alcançados com diálogo.

“Se não tivermos uma informação correta, desideologizada e com condições de garantir que a população tenha discernimento e capacidade de analisar por si mesma, a gente não tem uma sociedade livre”, diz.

O secretário paulistano, baiano de Salvador e ex-ministro da Cultura (julho de 2008 a dezembro de 2010) no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, acredita que a democratização e pluralidade de pontos de vista é condição necessária para o desenvolvimento de “uma sociedade (que) faça sua própria avaliação crítica”.

“A relação que isso tem com a cultura é fundamental. A informação é a base do desenvolvimento cultural. Se a informação é viciada, parcial e não democrática, atrasa e dificulta a formação de uma sociedade que se desenvolve culturalmente.”

Para Juca Ferreira, a dificuldade que os governos petistas vem tendo, nos últimos 12 anos, para vencer as resistências e conseguir emplacar a regulamentação dos meios de comunicação decorre do que os líderes políticos e partidários aliados no Congresso e membros do governo avaliam como uma “correlação de forças não favorável”.

Mas, em sua opinião, os avanços nesse sentido são possíveis.

“A grande mídia tem um poder enorme na formação de opinião da sociedade. Quer manter como está, e os que dirigem o processo político têm avaliado que não têm condições (de fazer a reforma democrática dos meios)”, constata.

“Acho que dá para avançar, não com golpe de mão, mas com discussão na sociedade, que vai compreender que é preciso que se regulamente a atividade, não no sentido de cercear a opinião, mas no de ampliar a possibilidade de que todas as opiniões tenham presença nos meios de comunicação.”

A esquerda e Fernando Haddad

O secretário acredita ser urgente um reposicionamento das forças progressistas e uma reaproximação com os movimentos sociais no país para a esquerda voltar a “representar o desejo de mudança”.

“A esquerda se aproximou demasiadamente do modus operandi da direita.
Toda vez que a esquerda se parece com a direita, quem ganha é a direita.
A sociedade não percebe mais o ardor mudancista por parte da esquerda”,
afirma.

Para Juca Ferreira, “é preciso recuperar o espírito original de representar o desejo de mudança, de avanços, de conquistas de direitos sociais, de democratização e modernização da sociedade.
É preciso renovar um programa social e construí-lo junto com a sociedade,
com os jovens, os movimentos sociais, as redes, os sindicatos”.

Na opinião do ex-ministro, o prefeito Fernando Haddad “foi massacrado pela grande imprensa” quando assumiu o mandato, em 2013, pelo “medo de que ele fosse um fator importante no processo eleitoral em São Paulo (em 2014)”.

A queda da popularidade do prefeito no primeiro ano e meio do mandato foi consequência desse “massacre”, acredita.
Mas, para Ferreira, Haddad está no caminho certo e a tendência é recuperar a aprovação popular de seu governo.

“O prefeito está recuperando a popularidade em cima de um programa
absolutamente contemporâneo de valorizar a cidade e o espaço publico,
o transporte público em detrimento do individual”, diz.

Ele cita, por exemplo, o projeto das ciclovias como “culturalmente importante” e prevê que, embora haja críticas segundo as quais não existem ciclistas em quantidade suficiente pra preenchê-las, a população vai adotar o hábito de utilizá-las.

“Vivemos um processo muito rico.
Aqui é um exemplo de retomada de um projeto progressista
substituindo o medo, que era a linguagem dominante na cidade,
por uma linguagem de diálogo, esperança no futuro e conforto no presente.”

(http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/Para-Juca-Ferreira-falta-de-democracia-da-midia-substituiu-censura-do-regime-militar/12/32512)
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