Com lucro de R$ 7,2 bi, Santander demite e retira direitos de bancários

Tempo de leitura: 2 min

Santander lucra 7,2 bilhões e retira direitos dos trabalhadores

enviado por Cecília Negrão

Banco demite, fraciona férias e altera regras para horas extras; Sindicato entregou documento cobrando a revogação das medidas e fará um ato nacional nesta quarta (20)

O banco Santander, que tem no Brasil seu maior lucro mundial, utiliza as novas regras da Reforma Trabalhista e faz mudanças para reduzir seus custos com os funcionários.

A categoria bancária tem seus direitos assegurados até o mês de agosto de 2018, quando termina o acordo de dois anos, aprovado em 2016.

Haverá um ato nacional nesta quarta-feira (20) em todas as agências do banco Santander, com concentração na Torre do Santander (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2235 – Vila Olimpia, São Paulo), a partir das 09h.

“A direção do banco impõe um acordo individual de banco de horas e o fracionamento das férias, ancorados pela Reforma Trabalhista. A nova lei permite a negociação direta entre empresa e trabalhador nesses dois temas, em uma correlação desigual de poder, na qual o empregador pode impor sua vontade sobre a prerrogativa de demitir o empregado caso não aceite os termos. Cobramos do banco a revogação dessas medidas e abertura de negociação”, disse Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região “Não podemos aceitar que o banco Santander tenha lucro de R$ 7,9 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, um crescimento de 34,6%, reduza 1,3 mil postos de trabalho desde setembro de 2016 e ainda queira lucrar retirando direitos dos trabalhadores”.

O banco também anunciou que, a partir de março, o salário passará a ser creditado no dia 30 e não mais no dia 20.

E o décimo terceiro, que era pago em março e novembro, passará para os meses de maio e dezembro.

“Esse acordo é inconstitucional. Pela Constituição, bancos de horas somente podem ser negociados em acordos ou contratos coletivos”, afirmou a diretora executiva do Sindicato, Rita Berlofa, presidenta da UNI Finanças Mundial, e funcionária da Santander.

“O banco está se notabilizando por práticas antissindicais e escândalos de lavagem de dinheiro em todo o mundo. Lutamos para manter o acordo de neutralidade nos EUA e aguardamos uma resposta do banco, que mantem no Brasil seus lucros crescentes e, como concessão pública, têm a obrigação de gerar emprego e contribuir para a melhoria da economia e o desenvolvimento do país e não prejudicar seus funcionários e aumentar os bônus milionários aos seus executivos e o lucro dos seus acionistas”.

Ato – Haverá um ato no dia 20 em todo o país. Em São Paulo, trabalhadores participam de mobilização em frente à torre do Santander, a partir das 09h.

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Comentários

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Álvaro Silva

Se todos nós, unidos, encerrarmos a conta neste banquinho…..
Eu já fiz a minha parte.

Carlos

Somos como copos descartáveis para o capitalismo, não valemos nada. É uma pena que muitos acreditem na lorota que se privatizar vai melhorar. Vão dobrar nosso salário, não vão nos demitir, o serviço prestado a população irá melhorar muito e não vai mais ter corrupção, já que empresa privada não corrompe ninguém. Acabou a mamata … empresa privada nao rouba o Estado. E é claro, Papai Noel existe.

Julio Silveira

Esses caras andam pianinho nos paises que lhes impõem respeito. Vieram para o Brasil dentro do discurso FHC entreguista de diversificar as redes bancarias para produzir concorrencia e baixar o spread para os clientes, e o que se verificou foi a incorporação dos naus habitos exploratorios dos nacionais. Se integraram perfeitamente ao ambiente da elite economica dominante, que recebe passe livre para parasitar o povo.
Na minha casa todos os seus numeros telefonicos são bloqueados, e eles insistem, e a cada numero que identico como deles vou bloqueando. Fazem parte dos meus inimigos, camuflados nesse tal mercado.

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