Breno Altman: O Brasil deve produzir a bomba atômica?

Tempo de leitura: 3 min

O Brasil deve produzir a bomba atômica?

por Breno Altman, no Opera Mundi

A revista alemã Der Spiegel, em sua edição mais recente, traz artigo intitulado “O Brasil está desenvolvendo a bomba atômica?”. O autor do texto, Hans Rühle, sem qualquer prova concreta ou evidência honesta, especula que o país estaria trabalhando em um projeto militar secreto para a fabricação de armas nucleares.

A leviandade da matéria não surpreende. A publicação que a abriga fez fama pelo reacionarismo editorial e o descompromisso com a verdade. Uma notória fonte de inspiração, aliás, para suas congêneres mundo afora. Além do mais, não é de se espantar que, às vésperas da viagem do presidente Lula ao Irã, seja dada a largada para uma campanha de desprestígio contra o líder brasileiro.

Mas as aleivosias do jornalista germânico também são um bom motivo para rediscutir a questão atômica. Afinal, por que o Brasil, entre outras nações, não deveria ter o direito de possuir seu próprio arsenal nuclear? Por que apenas alguns países, em flagrante desequilíbrio das relações internacionais, exercem o monopólio atômico?

Nem haveria o que discutir se estivesse em curso um processo de desarmamento generalizado. O país que rompesse esse tipo de acordo, é evidente, deveria ser tratado como um pária e exemplarmente punido. Não é essa, porém, a situação em que vivemos, profundamente injusta e desigual. A propriedade de armas atômicas continua  a ser instrumento fundamental de hegemonia.

Não é à toa o esforço das grandes potências, particularmente dos Estados Unidos, para impedir que novos sócios sejam aceitos no clube da bomba. Regras de controle mais rigoroso têm sido discutidas, inclusive sobre processos de enriquecimento do urânio para fins pacíficos, através de métodos que deitariam por terra a autodeterminação nacional.

Um dos exemplos mais relevantes de submissão a essa política foi a assinatura, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998, do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Até então, o tema vinha sendo abordado de forma soberana, com erros e acertos, através de cláusulas constitucionais ou acordos regionais. Após a aceitação do TNPL, no entanto, o Brasil abdicou de sua independência atômica.

Tal decisão veio na esteira de outras semelhantes, que levaram ao sucateamento das forças armadas e à renúncia a construir uma estratégia autônoma de defesa. A concepção que orientou tais atitudes, afinal, reserva ao Brasil e à América Latina o papel de coadjuvantes no bloco sob comando norte-americano. Ou alguém se esquece, por exemplo, do entusiasmo de Fernando Henrique com a Área de Livre Comércio das Américas, a falecida Alca?

A conseqüência militar dessa visão foi se comportar como apêndice do Departamento de Defesa dos EUA, cuja proposta era transformar os exércitos ao sul em estruturas policiais dedicadas a combater o narcotráfico e o terrorismo. Com essas tarefas, seus contingentes poderiam ser fortemente reduzidos, além de ter seu armamento reconfigurado para uso tático.

A derrota desse ponto de vista, com a emergência de uma orientação integracionista entre países latino-americanos, cobra a elaboração de uma nova doutrina de segurança. A modernização das forças armadas no subcontinente, alcunhada de “corrida armamentista” por veículos mortos de amor pela Casa Branca, é um passo nessa direção.

Não é possível o desenvolvimento de um bloco político-econômico que pretenda romper com a asfixia da dependência sem que seja capaz de se defender contra seus inimigos potenciais. A América Latina, afinal, apresenta um dos maiores inventários de riquezas energéticas e naturais do planeta. A maneira como forem exploradas e controladas terá um peso decisivo nas próximas décadas.

A existência de um forte dispositivo dissuasório é a única garantia histórica para a paz e a soberania. No caso latino-americano, isso pressupõe a renovação combinada, ainda que desigual, das distintas forças armadas, apontando para a integração militar da região. Isso significa instituições comuns, exercícios conjuntos, indústria própria de armamentos, centros integrados de estratégia e comando.

Esses passos, no entanto, seriam insuficientes sem a resolução do desequilíbrio nuclear. Obviamente que não se trata, nessa conjuntura, de romper unilateralmente os pactos internacionais e iniciar a fabricação da bomba. Mas é necessário desmascarar tanto o cinismo quanto a acomodação e estabelecer, de imediato, abordagem diferente acerca dessa agenda.

O Brasil e seus aliados, inclusive externos ao bloco regional, têm o direito de declarar um ultimato pela eliminação de todas as ogivas nucleares em prazo determinado – entre cinco e dez anos, por exemplo. Caso esse objetivo não fosse alcançado, estariam extintas as obrigações das nações signatárias com o Tratado de Não-Proliferação.

O que não se pode, de toda maneira, é admitir a supremacia atômica como normal e razoável. Muito menos aceitar mecanismos imperialistas de contenção da capacidade tecnológica ou defensiva de nações livres.

Breno Altman é jornalista e diretor editorial do Opera Mundi


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Comentários

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alemao

O Brasil com seus políticos corruptos estão sendo muito ingênuos o pré sal e cobiçado pelos americanos e tô cuidado com eles

Alexandre

a solução para paz mundial só existe uma, está escrito no livro bíblico de Daniel: capitulo 2 vs 44 e 7:13, leiam tambem o livro de Isaias 9:6-7 em seguida leiam os salmos cap 37vs 9-11. UM GRANDE ABRAÇO A TODOS

rrtrop

Em 08/05 deixei o seguinte comentário no fórum do Spiegel (original emhttp://bit.ly/bmbvs7 ):

Vocês estão deixando o jornalismo sério pela propagana?

As útlimas palavras do artigo explicam tudo: "… e a visão de Obama de um mundo desnuclearizado estará acabada". Quem no mundo ainda acredita que Obama tem alguma intenção de caminhar no rumo de um mundo desnuclearizado? Para quem ainda não está claro que isso significa "um mundo extra-EUA desnuclearizado", ou seja: "EUA como único poder nuclear no mundo"?

O alvo são claramente os esforços brasileiros na direção de um mundo verdadeiramente multilateral, superando a ideia de que o mundo precise ser liderado por algum estado ou povo. Aliás, jamais deveríamos esquecer que a palavra inglesa "leader" é tradução exata do alemão "Führer".

Na América Latina costumávamos pensar que Der Spiegel significava jornalismo sério, ao contrário da imprensa estadunidense. Por que é que vocês estão colocando sua inteira imagem em risco, ao publicar peça de propaganda tão óbvia?

Gerson Carneiro

Bomba Atômica é uma falácia. Não é garantia de nada.

Em 2001 vimos alguns aviõeszinhos civis do Davi aterrorizar o Golias armadão até os dentes. Tem a bomba atômica e não teve aonde usar, nem como usar.

Ademais, em caso de uso a consequência é a destruição daquilo que se deseja. Ou seja, a bomba atômica será usada em último caso, e o último caso será o fim de tudo. E no fundo, ninguém quer de verdade o fim de tudo.

Digamos que desejassem a Amazônia. Jogariam bomba atômica lá? Sobraria o quê?

A Coréia está lá, toda armada. Com uma despesa enorme pra manter todo aquele equipamento. E só. ("Tenho minha bomba. E agora, o que faço com ela?")

Leonardo Oliveira

Para ter a bomba é necessário ter mísseis intercontinentais. Pois aonde vamos jogar um artefato nuclear? Com caças seria mais difícil, qualquer país minimamente equipado do posto de vista militar, teoricamente, é capaz de impedir a invasão do seu espaço aéreo – se bem que os americanos foram atingidos no Pentágono por aviões pilotados por árabes bêbados…

Que as nossas forças armadas precisam estar à altura do tamanho do Brasil, isso sem dúvida. Se caminharmos, segundo analistas, a ser a quinta economia do mundo, precisamos ter capacidade de defesa coerente.

Tecnologia para produzir a bomba nós já temos. Mas já pensou a elite reacionária brasileira junto com os militares mais conservadores em posse de armamento nuclear?

Também não dá para abrir mão num futuro próximo da construção desse armamento. Sendo que é necessário maior maturidade política e maior desenvolvimento social para virmos a ter a bomba, pois, do contrário, como já aconteceu, os nossos inimigos seriam todos aqueles que pensam diferente.

Roberto Locatelli

É mesmo, Luiz! Tinha esquecido! Vejam só, a Europa incomodada com o Irã e um de seus membros tem a bomba.

Ah, mas eles podem, pois são civilizados. Ora, ora, eles já tiveram duas guerras, já invadiram povos. Aliás, os europeus descendem de povos bárbaros, que já cultivavam o racismo há 3.500 anos atrás.

lcs

quem tem henryk broder como correspondente no oriente médio, dele nao se deve ler uma linha..

kalango Bakunin

de jeito nenhum deveríamos ter a bomba. para que? atira-la nos USA? Na Argentina? Na Colômbia.
o melhor é fazer como Fidel fêz, armar e treinar a população
o império bárbaro, depois da derrota na Bahia de los Cochinos (lembra o PIG, não?) desistiu de invadir Cuba
porque, numa avaliação do pentágono, só no 1o dia morreriam cerca de 10.000 gringos

quando eles quiserem vir para saquear o Pré-Sal ou a água da Amazônia (a partir das bases na Colômbia do fantoche Uribe), vão ter que botar o pé aqui, aí uma boa guerrilha popular (tipo Vietnã) botaria os bárbaros assassinos para correr.
Como agora está acontecendo no Iraque e no Afganistão.

também ajuda muito começar um boicote total contra os bárbaros, não comprar nada que possa mandar grana para os que foram os únicos a jugar bombas nucleares sobre população civil, só para mostrarem o poder. Eu já não compro nada deles, a não ser o inevitável; não quero colaborar para que um dia um filho ou neto seja assassinado por uma bala ou uma bomba que ajudei a ser fabricada e usada aqui.

Leiam um livro chamado Chuva Negra, de Msuji Ibuse, sobre a matança de Hiroshima. Comprei-o há poucos dias e no momento não tenho coragem de avançar na leitura, é preciso muito estômago para conhecer o que é o inferno desencadeado pelos FDP. Tem para vender, baratinho, na Estante Virtual –
http://www.republicadasletras.estantevirtual.com….

mariazinha

Já que não podemos ter a bomba, poderíamos desenvolver escudos que protegessem o solo Brasileiro.
E aí, meus queridos cientistas brasileiros!
Vamos descobrir uma maneira de criar escudos contra a invasão, provável, dos EUA/Israel contra o Brasil.
A invasão poderá até tardar, mas virá, em decorrência da ganância desse povo belicoso e hostil. Algum país nos defenderia das atrocidades?

Os buches e afins não suportarão ver nosso país crescer sob o comando de governos que querem distribuir nossa riqueza entre todos os brasileiros, sem distinção de raça ou credo.

    Bonifa

    Desenvolver armas nucleares poderá ser importante. Mas o Brasil precisa urgentemente de armas convencionais avançadas e poderosas, além de necessitar investir pesado justamente no aperfeiçoamento do monitoramento do território nacional e da Amazônia Azul.

Roberto Locatelli

Sim, o Brasil precisa ter a bomba.

Melhor seria um mundo em que não existisse a bomba atômica. Mas ela existe. E os países que a têm (EUA, Rússia, China, Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte… esqueci algum?) são respeitados.

A bomba será desnecessária num futuro distante, quando o mundo tiver um governo mundial devotado à paz e à evolução do planeta. Antes disso, seria uma tremenda ingenuidade achar que não vão tentar nos invadir.

    Luiz Fernando

    A França também tem.

    Flavio

    Esqueceu dois, ao menos: França e Grã Bretanha

PAULO ANGELO

A única linguagem que os yankes entendem é a das armas. Borram de medo dos desnutridos da Coréia do Norte.
Só podia ser do lesa-pátria do FHC, essa assinatura que coloca o Brasil como refem dos loucos Terroristas de Estado que são os EUA.
Não é atoa que foram os únicos a usarem tal arma. Se der vontade num Insano do Norte, ele faz uso dassas armas tranquilamente, em nome da Defesa Nacional.
E o que é pior, aparecerão no Brasil "jornalistas(sic)" e políticos quinta-colunas" que vão apoiar!

    Fabio_Passos

    É mesmo fundamental lembrar o nome do entreguista que desgovernou o Brasil entre 1995-2002: joaquim silvério dos reis.

    Gerson Carneiro

    correção ortográfica:

    Foaquim Hilvério Cosreis.

Fabio_Passos

Sim.

E deve firmar compromisso de encerrar o programa nuclear para fins de defesa, assim que as demais nações que detem armamentos nucleares fizerem o mesmo.

    Roberto Locatelli

    Excelente colocação, Fabio! É isso!

Carla

Porem é um consolo ler que boa parte dos comentários ao famigerado artigo são de criticas. Ainda bem. Realmente não dá pra entender porque o cara escreveu aquilo. Eu estaria mais preocupada do Pakistão ter a bomba! Ou ele acha mais perigoso o Brasil? Como disse o Lula, "um outro mundo, mais do que possível, é necessário". Os brasileiros tiveram sorte de ter um Lula, mas muitos ainda não querem entender isso.

Engajarte

Armas nucleares são terríveis? Claro, e é por isto que quem as possui continua desenvolvendo seus arsenais.
E como podemos ver um mundo livre delas? Seguindo o TNP ou o TNP Ampliado é que não vai ser, o objetivo destes tratados não é o da eliminação das armas, é sim o da manutenção das armas em um clubinho fechado.
O que fazer então? O caminho é o contrário, é o da ampliação do número de países com arsenais viáveis, e assim criando uma nova situação de igualdade e reciprocidade de poder, só isto é que vai levar o sistema internacional a um novo tipo de acordo, onde os países nucleares façam um novo tratado de abolição de todos os arsenais. Pois isto não é uma obrigatoriedade do TNP atual, o abandono das armas atuais é candidamente voluntário.

    Flavio

    Você é louco ou não sabe do que está falando. Ampliar o número de países com armas nucleares? O que é isso? Além do mais -e isso vale pra todos os comenta'rios desta página- armas de fissão nuclear (como as tem a Índia, o Paquistão, a Coréia e o Irã quer ter) são piada frente às verdadeiras armas nucleares, de fusão. É preciso ter uma para ter a outra, mas a distância em termos tecnológicos é enorme. ter um arsenal de armas nucleares de fissão significa ser um perigo para quem não tem ou para quem tem as de fissão. Nenhum maluco faria guerra contra um país com armas de fusão usando armas nucleares de fissão.
    Outro ponto: vamos lá, então, vai que o Brasil petista resolve ter armas nucleares de fissão. Aí vocês acham que a Argentina ficaria quieta? E aí os signatários dos comentários acima morariam onde, no interior de Tocantins?
    Outro ponto: ter armas nucleares implica em sistemas de segurança para tê-las, o que em um país como o nosso seria meio caminho andado para um estado policial
    Outro ponto: países com armas nucleares são todos alvo permanente de ataques terroristas em seu território (vejam a lista acima; a Coréia do Norte não conta porque ela mesma é inteira um ataque terrorista em marcha…). Querem isso, bandos de manés? Não temos nem sistema de inteligência que preste, nem vetores de lançamento, nem política de segurança, nem nada.
    O Brasil nunca quis nem nunca vai querer entrar no clube nuclear. Lula e os itamaratecas que o apóiam querem só encher o saco dos EUA. Ok, mas pensem bem em tudo: se der certo, vai custar caro; se der errado, então, vai custar caro…

Engajarte

É como se você, cidadão, tivesse uma lei dura para si e existisse uma outra pequena classe de indivíduos – uma nobreza – que tivesse leis muito mais brandas e com garantias ampliadas.
Isto para um republicano ou para um nacionalista é inaceitável, agora para um político aristocrático, é o mundo dos sonhos, daí você entende a postura dos conservadores.
Hoje temos nosso gigante país sem defesas nucleares, em um mundo bastante agressivo. A responsabilidade disto é de nossos atuais e passados governantes.
O quinto maior país do mundo, com 190 milhões de habitantes, sem defesas, isto é um desastre, claro está que Collor e FHC têm responsabilidades maiores sobre isto, e por seus atos jamais poderão ser considerados estadistas.

Engajarte

O ponto chave da ameaça nuclear vem é claro dos países que POSSUEM armas nucleares, os quais só fazem desenvolver e ampliar suas armas, sua tecnologia, seus vetores nucleares, e rotineiramente fazem ameaças de uso de seus arsenais.
Por óbvio o foco dos países poderosos com o TNP é contra os países que NÃO POSSUEM as mesmas armas que eles dispõem aos montes.
A vergonhosa assinatura do TNP pelo FHC foi uma das grandes derrotas do Brasil como país, frontalmente contrária a décadas de orientação do Itamaraty.
E o que ganhamos em troca? Ganhamos agora pressão adicional para assinar um protocolo ampliado, que multiplica as nossas restrições e mantém as mesmas facilidades aos países com armas atômicas.

Engajarte

Capacidade nuclear para o Brasil também significa segurança energética para fomentar o desenvolvimento.
Desenvolvimento tecnológico na utilização dos nossos recursos naturais, é outra ponta.
Claro que isto se insere em um projeto de desenvolvimento do país, um projeto nacionalista.
Acontece que existem grupos políticos e econômicos que são ideologicamente contrários a este tipo de “projeto”, é o pessoal do “desenvolvimento dependente associado”, são os negociantes do neoliberalismo, hoje encastelados na candidatura Serra e nos empresários da grande mídia.
Para um analista de política internacional, o TNP não passa de um simples acordo entre as grandes potências para congelar as estruturas de poder mundial, algo inaceitável para os outros países, principalmente para os grandes países como o Brasil, que tem potencial para vôos mais largos.
E os “pacifistas”? Bem esta ideologia não funciona no vácuo, existe um contexto de poder e de conflitos atuais, e os pacifistas acabam apenas por serem instrumentalizados pelos poderosos interesses em jogo.

Marcelo Ramos

Ótimo artigo. O Brasil tem papel importante a desempenhar. A diplomacia do Brasil pós FHC tem sido justíssima. Mas depois de um certo ponto, o Brasil vai precisar defender suas posições de outra forma, para que não ocorra mais o que ocorreu no Iraque, quando EUA atropelo ONU, despachou sua frota e invadiu o país… e todos ficaram sem reação.

Carlos

Breno
Alguma possibilidade de liberar, pra internet, os textos da Atenção!?

    Breno Altman

    Puxa, Carlos, teriam que ser digitalizados todos… mas quem sabe um dia… abs, B.

Supertramp68

Quanta bobagem!!! |Nós já temos a bomba, ie, nós já dominamos essa tecnologia. O problema hoje é que não temos tecnologia para lançamentos. Nós não fazemos nem televisão. Dependemos de tecnologia estrangeira para tudo, Somos meros montadores de peças. Nossos aviões são importados (Embraer), nossos navios (feitos em Suape) e tudo que se imaginar. Nossa soja é transgenica e até nosso etanol tem patentes americanas (Monsanto). Fazer bomba pra quê? Ainda estamos no tempo do Brasil Colonia. e VIVA O IMPERADOR…

    Christian Schulz

    Surgiu um novo trollha ou esse é véio travestido?

    kalango Bakunin

    acho que é o alter ego do coronel ustra, o fantasma do delegadofleury ou o ectoplasma de adolfhitler
    deixemos prá lá, tramp em inglês pode ser mulher de vida fácil, supertramp também significa mendigo ou vagabundo ou uma bandinha inglesa de rock progressivo que nunca chegou a ser um Pink Floyd ou um Emerson, Lake & Palmer. Resumindo, esse cara não passa de ser um demotucano babaca

Gerson

O Lula foi em missão de paz ao Irã.

Por que o jornal alemão não faz uma enquete perguntando:

Você acha que o Lula merece o premio Nobel da Paz ?

Já vou declarando o MEU voto:

Merece.

Jairo_Beraldo

Parte-01
Por que o Irã não pode ter a bomba atômica?
O Ocidente, que jamais criticou o arsenal nuclear de Israel e jamais criticou os países que possuem tais arsenais, responde: Porque o Irã não está preparado para viver no seio das nações civilizadas.
Mas o que o Irã pode fazer que o Ocidente já não fez?
A Inquisição?Isso o Ocidente civilizado já fez.
Ocupar, saquear e transformar o continente africano em colônia?Isso o Ocidente civilizado já fez.
Ocupar, saquear e colonizar o continente asiático?Isso o Ocidente civilizado já fez.

Jairo_Beraldo

Parte-02
Provocar a Primeira Guerra Mundial?Isso o Ocidente civilizado já fez.
Provocar a Segunda Guerra Mundial?Isso o Ocidente civilizado já fez.
Lançar bombas atômicas sobre Hiroshima?Isso o Ocidente civilizado já fez.
Jogar a bomba atômica sobre Nagasaki?Isso o Ocidente civilizado já fez.
Invadir o Iraque, saquear suas riquezas e destruir mais de 35 mil sítios arqueológicos?Isso o Ocidente civilizado já fez.
Invadir o Afeganistão e não deixar pedra sobre pedra?Isso o Ocidente civilizado já fez.
Ocupar e transformar a belíssima Guantánamo cubana num centro de tortura?Isso o Ocidente civilizado já fez.

    iguatemi

    Dá-lhe Jairão ! To contigo e não abro !

Urbano

A única garantia que a bomba atômica pode nos proporcionar é a do nosso próprio extermínio. Poderemos criar uma energia infinitamente maior do que o arsenal terrestre se colocarmos todas as nossas fichas na nossa humanização.

setepalmos

O fato de não ter a bomba, e de isto ser proibido por norma constitucional faz do artigo alemão uma piada. Uma péssima piada.

    Alcindo

    A Alemanha tornou-se um calombo americano na Europa. Submissão total, que frequentemente se afigura com mais realismo que o do rei. Mesmo a Inglaterra não é assim, porque resguarda uma certa dignidade e certo distanciamento do seu enteado do novo mundo. E agora, dá-se a pegadinhas infames, como a que a Merkel quis armar prá cima do presidente brasileiro quando de sua visita àquele país, visando justamente embaraçá-lo por suas posições em relação ao Irã. E ainda abriga indivíduos falaciosos como este terrorista verbal, que não se pejam de armar mentiras para tentarem sujar a posição soberana de países pacíficos.

Tweets that mention Breno Altman: O Brasil deve produzir a bomba atômica? | Viomundo – O que você não vê na mídia — Topsy.com

[…] This post was mentioned on Twitter by Paulo Stockler, Alex Artus Rocha. Alex Artus Rocha said: @stockler4 ja leu isso aqui http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/breno-altman-o-brasil-deve-produzir-a-bomba-atomica.html […]

Jairo_Beraldo

Acho mais inteligente,fazer como nosso governo faz.Em vez de gastar dinheiro com armas,fazer seu povo mais feliz.

    Leider_Lincoln

    Acontece, meu caro, que não dá para ser feliz sob ameaça de servidão. Paz sem voz, não é paz, é medo.

    Clóvis

    A voz então vem da força? Para ter voz vc precisa se afirmar na porrada? Voce realmente acredita na paz armada dos americanos e russos?

    Luís C. P. Prudente

    A bomba é só para dissuadir o inimigo a querer te atacar. Porque os EUA não atacaram a Coreia do Norte? Este país está na lista do terror dos estadunidenses há muito tempo, mas como eles tem a bomba, os EUA não atacam. A bomba é uma forma de defesa da Coreia, como pode ser do Irã, do Brasil, etc.

    E se os EUA pode ter a bomba, porque outros países não podem ter a bomba? Os EUA são melhor do que os demais países? Os EUA são os guardiões da paz pelo mundo?

    O correto deveria ser que nenhum país tivesse a bomba atômica, mas…

    Luís C. P. Prudente

    Sou da opinião que o Brasil tem que mudar a constituição e permitir que o país desenvolva a bomba atômica e use para os mesmos fins pacíficos que os estadunidenses usam as deles.

    E com o conhecimento da produção da bomba, o país vai poder transferir este conhecimento para a nossa indústria produzir remédios mais baratos, equipamentos médicos, desenvolver melhorias na agricultura e nos demais áreas da indústria de ponta.

    O medo maior dos estadunidenses é que o conhecimento nuclear se transforme em desenvolvimento social.

    Flavio

    Bomba atômica pra fins pacíficos???

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