Wagner Iglecias: Os significados da vitória de Macri na Argentina

Tempo de leitura: 5 min

Macri

Os significados da vitória de Macri na Argentina

por Wagner Iglecias, especial para o Viomundo 

Cristina Kirchner deixa a presidência da Argentina com cerca de 50% de aprovação a seu governo. No entanto, isso não foi suficiente para que conseguisse fazer com que seu correligionário Daniel Scioli, ex-governador da província de Buenos Aires, alcançasse a Casa Rosada.

O kirchnerismo, iniciado com a presidência de Néstor Kirchner, em 2003, e encerrado com a derrota apertada para o direitista Maurício Macri, neste domingo, acumulou muitos êxitos: conseguiu reestruturar a dívida externa do país, após a quebra completa da economia argentina entre 2000 e 2002; criou políticas sociais destinadas à diminuição da pobreza; recuperou o poder de compra dos setores médios e ampliou o mercado doméstico; reestatizou empresas públicas privatizadas a preços módicos como a petroleira YPF, a Aerolíneas Argentinas, o sistema de transporte ferroviário e o setor de previdência social; promoveu uma política externa mais ativa e altiva que seus antecessores, apostando na integração latino-americana, na diminuição da dependência em relação aos EUA, no impulso à Unasul e nas relações Sul-Sul; reviu a lei que anistiava os crimes contra os Direitos Humanos praticados durante a última ditadura militar (1976-1982); propôs, para financiar políticas sociais aos mais pobres, uma maior tributação dos mais ricos e dos setores que ganharam muito dinheiro com a exportação de commodities; e aprovou legislação visando desconcentrar a propriedade dos meios de comunicação até então nas mãos de dois ou três grupos econômicos.

O kirchnerismo disputou a sua sucessão com Scioli, um candidato oficialmente kirchnerista, mas na prática um tanto distante do projeto político representado por Néstor e depois Cristina.

Pacato, pouco carismático, defendendo sem grande entusiasmo bandeiras importantes, mas consideradas já insuficientes por parte do eleitorado argentino, em especial os mais jovens, Scioli viu um repaginado Maurício Macri quase superá-lo no 1º turno e finalmente derrotá-lo na rodada final. E isso mesmo com uma união de última hora de diversas correntes peronistas em torno de seu nome.

Com o fracasso de Scioli e também de Cristina podem ganhar força nos próximos anos as correntes não-kirchneristas do peronismo, como a representada por Sergio Massa, terceiro colocado na eleição presidencial com pouco mais de 20% dos votos no 1º turno.

Ao que tudo indica o eleitorado de Massa dividiu-se no pleito final entre Macri e Scioli, e agora cabe a ele, Massa, avaliar se vale a pena compor com o novo presidente no Congresso, onde Macri terá maioria apertada na Câmara e minoria no Senado, ou se o melhor é esperar por eventual fracasso do novo governo e reapresentar-se ao eleitorado dentro de quatro anos como uma terceira via entre o kirchnerismo e o neoliberalismo puro apresentado em nova embalagem nesta eleição na figura de Macri.

E por falar em Macri, o que poderá ser o governo dele? É importante notar que com ele a direita argentina chega ao poder após muito tempo pelas urnas, e não por meio de um golpe militar. Tudo bem que Carlos Ménem, presidente do país na década de 1990 fez um governo neoliberal, mas ao menos era do Partido Justicialista (peronista) e em sua campanha eleitoral no longínquo 1989 apresentou uma plataforma política progressista.

Com Macri não é assim. Seu partido, o Cambiemos, que faz parte da coligação Proposta Republicana (PRO), buscou apresentar-se nesta eleição como uma novidade, mas defendeu uma plataforma política de direita e teve como aliado a União Cívica Radical, mais antigo partido político argentino em atividade, fundado em 1891.

Macri, cuja família enriqueceu durante o último ciclo militar (1976-1982), esteve inclusive próximo a Ménem nos anos 1990, presidiu o Boca Juniors e foi prefeito de Buenos Aires. Não é um novato, portanto. E por mais que tenha um discurso modernizado, é um político tradicional da direita argentina, e deverá implementar um clássico pacote de medidas cujas consequências mais duras deverão cair sobre os setores populares e a classe média.

A Argentina deverá encarar no curto e médio prazos um duro ajuste das contas públicas, a desvalorização cambial, cortes nos gastos e investimentos estatais, nova rodada de abertura comercial, alívio tributário para os setores exportadores e um reordenamento da política externa do país. Não se pode dizer que esteja totalmente descartada uma nova rodada de privatizações de empresas estatais. Provavelmente muito disso vai depender da capacidade de resistência dos segmentos populares e dos setores progressistas do país.

Em termos de política externa é importante lembrar que o Brasil, principal parceiro comercial de Buenos Aires, é um vizinho do qual a Argentina não pode abrir mão.

Macri já anunciou inclusive que sua primeira visita oficial já como presidente será a Brasília. Assim como a Argentina é hoje muito dependente das exportações para a China e dos investimentos chineses para se dar ao luxo de esfriar as relações com Beijing. Mas muito provavelmente o país não cerrará mais fileiras, como ocorreu durante os anos Kirchner, com vizinhos governados por forças de esquerda como Bolívia, Equador, Cuba e Venezuela nas iniciativas de integração regional latino-americana e no fortalecimento da Unasul.

Pelo contrário, não será surpresa se Buenos Aires aproximar-se, a partir do próximo ano, dos países da região mais restritos à órbita de Washington, como Chile, Peru, Colômbia e México, e caminhar em direção à Aliança do Pacífico.

Em relação especificamente ao Mercosul, o novo governo argentino deverá defender que a Argentina possa estabelecer acordos bilaterais com outros países ou outros blocos econômicos sem que pra isso precise estar acompanhado dos demais países-membros (Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela). E deverá inclusive trabalhar para que a Venezuela seja suspensa ou mesmo expulsa do bloco, por conta da Cláusula Democrática do Mercosul e a questão dos presos políticos mantidos pelo governo de Caracas.

No plano da política doméstica, ainda que não conte, por ora, com maioria no Congresso, Macri terá consigo os governadores das quatro maiores províncias do país. Não é algo de menor importância um presidente argentino ter sob controle de aliados o governo da província de Buenos Aires e também a prefeitura da capital do país, como vai ocorrer a Macri.

A movimentação das diversas correntes peronistas de aproximação ou de afastamento em relação a seu governo nas próximas semanas e meses dirá se ele terá maior ou menor dificuldade em governar.

A Cristina Kirchner, que parece nunca ter abraçado com o entusiasmo necessário a candidatura do derrotado Scioli, caberá observar o que se passará na Argentina nos próximos quatro anos. No caso de eventual fracasso de Macri, poderá ressurgir candidata como ressurgiu sua colega chilena Michelle Bachelet, que teve seu candidato Eduardo Frei derrotado em 2010 por um direitista como Macri, Sebastian Piñera e quatro anos depois, diante do fracasso das medidas neoliberais deste, foi reconduzida ao poder pela vitória nas urnas.

Sobre a vitória de Macri, um último ponto a ressaltar: trata-se da vitória de um marketing eleitoral inovador, cada vez mais presente em toda a América Latina e inventado e crescido nas brechas dos erros dos governos progressistas.

Embora não seja tão jovem, Maurício Macri é da lavra de líderes de direita jovens como o Enrique Peña Nieto (México), Aécio Neves (Brasil), Capriles Radonski (Venezuela), Mauricio Rodas (Equador), Carlos Calleja (El Salvador) etc. Vende para a sociedade uma conjugação de sinais favoráveis à mudança (não à toa seu partido se chama Cambiemos), valorizando inclusive algumas conquistas sociais ocorridas sob os governos de esquerda, com valores típicos da direita liberal, como o individualismo, a meritocracia, o dinamismo, a jovialidade e o sucesso na vida pessoal e no mundo empresarial.

Levando-se em conta a provável derrota eleitoral de Nicolás Maduro na eleição parlamentar da Venezuela, dentro de alguns dias, e as imensas dificuldades que está enfrentando o governo Dilma, no Brasil, a Argentina de Macri poderá estar inaugurando um novo período histórico na região, com o pêndulo político que levou o país e alguns de seus vizinhos para a esquerda nos últimos quinze anos voltando-se agora para a direita e caminhando novamente em direção a Washington. A conferir.

Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades e do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP.

Leia também:

Moro reforça laços com Abril e Globo e sai à caça de Lula


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Nelson

“E deverá inclusive trabalhar para que a Venezuela seja suspensa ou mesmo expulsa do bloco [Mercosul], por conta da Cláusula Democrática do Mercosul e a questão dos presos políticos mantidos pelo governo de Caracas.”

Como assim? Ao colocar esta afirmação desta forma, o nosso sociólogo dá a entender que o governo da Venezuela mantém, sim, presos políticos. É assim mesmo, professor Iglecias?

Se é, tenho que dizer que o senhor está a sucumbir à massiva campanha de propaganda levada a cabo pelo governo dos Estados Unidos contra o governo do país vizinho.

Abaixo, transcrevo parte do artigo “Yes, Sir”!, escrito pelo sociólogo argentino, Atílio Borón, bastante esclarecedor sobre esta questão de presos políticos do governo venezuelano:


“Volviendo al caso de los opositores políticos en Venezuela, ¿qué diría Macri si en los próximos días, siguiendo el ejemplo de Leopoldo López, Daniel Scioli hiciese público su desconocimiento del resultado electoral y poco después del 10 de Diciembre intensificase esa campaña movilizando contactos internacionales e impulsando, cada vez con mayor fuerza acciones violentas exigiendo “la salida” extraconstitucional de un “gobierno ilegítimo” apelando a procedimientos vetados por la constitución y las leyes de la república?”

“¿Llamaría en tal hipotético caso a Scioli un “opositor político” o lo calificaría, en función de la normativa vigente, como un político incurso en el delito de sedición, que en este país tiene una pena que oscila entre los cinco y veinticinco años de prisión.”

“La legislación venezolana es similar a la argentina y ambas a la de Estados Unidos, donde el delito tiene una penalidad que, en ciertos casos, llega hasta la prisión perpetua o la pena de muerte.”

“En realidad López, cuya mujer estuvo la noche del domingo en los festejos del bunker de Cambiemos, no es un “disidente político” injustamente perseguido por el gobierno bolivariano.”

“Es el cabecilla de un intento de alterar por la fuerza el orden constitucional vigente en su país y derrocar al gobierno surgido de elecciones en un sistema que el ex presidente de Estados Unidos Jimmy Carter dijo que era “más confiable y transparente que el nuestro.”

“Para ello contó con la colaboración de Uribe, para reclutar un numeroso grupo de mercenarios que camuflados como heroicos “jóvenes universitarios” luchaban valientemente para restaurar las libertades conculcadas en su país. Lanzados a las calles para impulsar “la salida” de Maduro y el derrumbe del orden institucional vigente hicieron uso de cuanta forma imaginable de violencia pueda existir, desde incendios de escuelas y guarderías infantiles hasta la destrucción de medios de transporte públicos y privados, combinado con ataques violentos a universidades y centros de salud, erección de “guarimbas” (barricadas desde las cuales se controlaban los movimientos de la población y se apaleaba o asesinaba impunemente a quienes osaran desafiar su prepotencia) y asesinatos varios.”

“Como producto de estos desmanes murieron 43 personas, la mayoría de ellas simpatizantes chavistas o personal de las fuerzas de seguridad del estado. Tiempo después se descubrió que buena parte de los “guarimberos” eran paramilitares colombianos y que casi no había universitarios venezolanos involucrados en esos luctuosos acontecimientos.”

“La justicia de la “dictadura chavista” lo condenó a una pena de 13 años, 9 meses, 7 días y 12 horas de reclusión.”

“Disconforme con la transición posfranquista en España, el 23 de Febrero de 1981 el teniente coronel Antonio Tejero Molina quiso también él alterar el orden constitucional tomando por asalto el Congreso de Diputados. En su cruzada restauradora el “tejerazo” no produjo ni una sola muerte ni hubo que lamentar pérdidas materiales de ningún tipo. Sin embargo, la justicia española lo sancionó con 30 años de prisión, expulsión del Ejército, pérdida de su grado militar e inhabilitación durante el tiempo de su condena. Nadie lo consideró un opositor político sino un militar sedicioso.”

O artigo de Atílio Borón pode ser lido em http://www.rebelion.org/noticia.php?id=206016&titular=%3Ci%3Eyes-sir!%3C/i%3E-.

mineiro

e sobre esse candidato derrotado , pode-se dizer entao que ele é o poste da cristina kirchner , o lula teve o poste dele aqui , se ele ganhasse entao ele seria outro poste. pode ter certeza , mesmo sendo um poste que fosse eleito ,seria melhor do que esse entrega patria que vai desgovernar a argentina. a argentina vai para o buraco e com a conivencia de quem votou nele, o povo vai ser o maior culpado disso tudo. porque que tem que isentar o povo que vota, nao , o povo é o maior responsavel ,caso nao der certo. mesmo nao sendo a cristina kirchner deveria sim reege-lo de novo , porque o governo esta fazendo para o povo , mas inventou de colocar um da direita. o povo nao aprende mesmo.

mineiro

governo da direita fracassar nao , governo da direita ja nasce fracassado e contra o burrooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo do povo , e o povo imbecil que é vota contra ele mesmo. nunca que isso vai acabar, quando governos progressistas entram no poder , logo ,logo a direita retoma de volta. a esquerda nunca vai vencer a direita , sabe porque? porque nao existe esquerda , é a outra face da direita, mas no fundo sao tudo da mesma laia. existe sim alguns politicos que querem fazer para o povo , mas sao a minoria. os governos progressistas ja estao perdendo força na america do sul. logo , logo infelizmente , a direita vai retomar o poder. se nao bater de frente contra o judiciario e o pig golpista , nunca que vao vencer a direita.

FrancoAtirador

.
.
Jornal argentino faz editorial pedindo perdão para assassinos e torturadores da ditadura e jornalistas se revoltam
.
(https://twitter.com/Iniroif_Ridlav/status/669105184396693504)
(http://caviaresquerda.blogspot.com.br/2015/11/jornal-argentino-faz-editorial-pedindo.html)
.
.

Nelson

Os sabujos, lambe-cus do império dos EUA, babam de felicidade com a vitória de um presidente que vai tentar colocar, outra vez, a Argentina e seu povo completamente de joelhos perante o poderio do grande capital, nacional e internacional.

Sidnei Brito

E olha que lá foi feita a chamada “Ley de medios”, a mídia não é tão concentrada, há um jornal diário decente…
Ou a direita aqui no Brasil é muito incompetente, ou nós é que temos muita sorte!

Otto

Representa a preocupação com o pluralismo político, a democracia, com a liberdade de escolha e opinião, em suma, um repúdio ao autoritarismo de esquerda. Oxalá Macri fortaleça os laços da Argentina com a Aliança do Pacífico e proporcione ao povo argentino prosperidade social e econômica. Ah, e deixe de lado o agonizante e ineficiente Mercosul…

    Nelson

    Si, Si, por supuesto que si!

    O cara ficou milionário apoiando a última ditadura civil-empresarial-eclesiástica-midiática-militar (termo cunhado por Juremir Machado da Silva) que devastou a Argentina e “representa a preocupação com o pluralismo político, a democracia, com a liberdade de escolha e opinião”

    Ditadura esta que foi apoiada e financiada pela maior ditadura que a humanidade já conheceu, a ditadura do Sistema de Poder que domina os Estados Unidos e boa parte do planeta a qual Macri já reverenciou. Em uma das primeiras declarações feitas por após ser eleito ele atacou a Venezuela; assim ele obedece , é claro, aos ditames de seu amo, o Sistema de Poder citado.

    Nelson

    “Oxalá Macri fortaleça os laços da Argentina com a Aliança do Pacífico e proporcione ao povo argentino prosperidade social e econômica”

    Não é bem prosperidade social e econômica que essa Aliança do Pacífico reserva aos povos que caírem na asneira de sucumbir aos tratados de “livre comércio” que vêm sendo impulsionados principalmente pelo governo dos EUA e suas grandes corporações multinacionais.

    Vejamos o que diz Paul Craig Roberts, economista que foi membro do ultra-direitista governo de Ronald Reagan:

    “As parcerias Trans-Pacífico e Trans-Atlântica eliminam soberania política e transferem o governo para corporações globais”

    “Estas chamadas “parcerias comerciais” nada têm a ver com comércio. Estes acordos negociados em segredo concedem às corporações imunidade em relação às leis dos países com os quais elas fazem negócios. Isto é alcançado ao declarar que qualquer interferência de leis e regulamentos existentes ou em perspectivas sobre lucros corporativos como restrições ao comércio, pelo que as corporações podem processar e multar governos “soberanos”.”

    “A democracia simplesmente substituída pelo domínio corporativo.”

    “Por outras palavras, um agente corporativo dos EUA faz a negociação com agentes corporativos dos países que serão abrangidos pela “parceria” e este punhado de pessoas bem subornadas redigirá um acordo que ultrapassa a lei de acordo com os interesses das corporações.”

    “Ninguém a negociar a parceria representa os povos ou o interesse público.”

    E Roberts finaliza seu artigo afirmando que “quando os povos descobrirem que perderam todo o controle sobre todo aspecto das suas vidas” dar-se-ão conta de que “a sua única opção é a revolução ou a morte”

    Dê uma lida na íntegra do artigo de Roberts, Sr Otto para ver o que nos reserva a “democracia” que os EUA defendem para nós. Para isso, acesse http://resistir.info/crise/roberts_09nov15.html, “A reescravização dos povos ocidentais”

    Otto

    “O cara ficou milionário apoiando a última ditadura civil-empresarial-eclesiástica-midiática-militar (termo cunhado por Juremir Machado da Silva) que devastou a Argentina e “representa a preocupação com o pluralismo político, a democracia, com a liberdade de escolha e opinião””

    Juremir Machado da Silva? Aquele jornalista esquerdista, chapa-branca e pósmodernoso que fica tachando de fascista, reacionário todo aquele que tem opinião divergente? Grande referencial teórico. Por essas e outras prefiro a almirante Nelson do “Viagem ao Fundo do Mar”

Eto

Tucanada só sobrevoando a carniça.

FrancoAtirador

.
.
Cosa Nostra: Cá como lá
.
Merval Fecha em Forte Baixa de 5,11%
.
Buenos Aires, 23 nov (EFE).- O índice Merval, da Bolsa de Comércio de Buenos Aires,
fechou nesta segunda-feira (23) em forte baixa de 5,11%, aos 13.448,67 pontos,
após a vitória de Mauricio Macri [DIREITA] nas eleições presidenciais de Argentina.
.
.

FrancoAtirador

.
.
Maurício ‘Boca Juniors’ Macri
.
Mais um MegaEmpresário,
com Negócios na Mídia Jabá
e ligado a Clubes Esportivos,
Elevado ao Poder Político.
.
Foi assim na Itália, com Berlusconi,
no Chile, com o Dono do Colo-Colo,
no Paraguai, com o Rei do Fumo,
na Ucrânia, com o Rei do Chocolate…
.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Silvio_Berlusconi)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A1n_Pi%C3%B1era)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Horacio_Cartes)
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Petro_Poroshenko)
.
(http://operamundi.uol.com.br/conteudo/perfis/42370/futebol+oposicao+e+espionagem+conheca+mauricio+macri+novo+presidente+da+argentina.shtml)
(http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/42360/wikileaks+durante+governo+cristina+macri+pediu+que+eua+fossem+mais+criticos+com+argentina.shtml)
.
.

FrancoAtirador

.
.
Gesto de Grandeza da Estadista que Devolveu a Soberania ao Povo Argentino.
.
(https://twitter.com/CFKArgentina/status/668515322840924160)
.
.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Assim como está acontecendo com o Lula no Brasil,
    .
    o Tribunal Midiático da IAPA* já iniciou o Processo
    .
    de Execração e Condenação de CFK na Argentina.
    .
    É um Excelente Sinal. Ela Voltará. Aguardem-na…
    .
    .
    *(http://en.sipiapa.org)
    .
    .

Marlei

Recupere as Esperanças Corrupto AÉCIO, O Seu Amigo da Direita Argentina Venceu as Eleições. Espere Até 2018 e Tente Outra Vez….Pode Contar Com o Esquecimento da População Brasileira. Ela Não Se Lembrará das Suas Bebedeiras, de Que Você, Além de Ser Traficante, É Também, Consumidor da Droga. Que Você Quebrou MG e Desviou Bilhões das Verbas Públicas. Construiu Até um Aeroporto Particular com Verbas Públicas. Parte da População, Não Tem Memória, Cérebro e Adora Ser Manipulada e Enganada…

Luis

Vamos ver o que acontecerá. Prevejo uma tragédia, porém sou de esquerda e torço para a direita da Argentina ser diferente da direita brasileira, ou seja, ser patriota mas o passado recente não demonstra isso. Sorte aos Hermanos, sem golpes. O Brasil tem que aprender o que é democracia. Um governo de direita imprudente como foi o nossa era FHC deixou diversos estragos, os mais pobres que o digam, aliás, eles nem tem voz para esses governos.

    Nelson

    “torço para a direita da Argentina ser diferente da direita brasileira”.

    É, realmente, diferente. Em apenas seis anos, de 1976 a 1982, na última ditadura civil-empresarial-eclesiástica-midiática-militar (pegando emprestado o termo cunhado pelo historiador Juremir Machado da Silva) que devastou o país, a direita argentina assassinou mais de 30.000 militantes de esquerda.

    A ditadura civil-empresarial-eclesiástica-midiática-militar brasileira, que durou 21 anos assassinou em torno de 1.000.

    “Sortes aos hermanos”

    Muito mais que apenas sorte, os argentinos precisarão ter muita vontade de lutar contra a sanha entreguista que será empreendida pelo governo Macri.

lulipe

Começou o expurgo do bolivarianismo na AL, o próximo será o boneco do Chapolim e depois o PT….

Liberal

Puts, até que enfim um texto sério nese site!

Deixe seu comentário

Leia também