“SP não aceita quem é tolerante com desvios de dinheiro”

Tempo de leitura: 3 min

FHC repete Serra e usa mensalão em campanha na TV

Ex-presidente diz que São Paulo não aceita ‘quem é tolerante com desvios de dinheiro’; em resposta, Haddad cita ‘mensalão tucano’

10 de setembro de 2012 | 3h 0

ISADORA PERON – O Estado de S.Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estreou na campanha do tucano José Serra, candidato à Prefeitura de São Paulo, abordando o julgamento do mensalão em uma inserção veiculada na TV pelo PSDB, neste fim de semana.

Na peça de 15 segundos, o ex-presidente diz que os paulistanos devem votar em “um administrador honesto” e indica que essa pessoa seria Serra. “A Justiça está despertando o Brasil. Já condenou réus do mensalão e não poupou os poderosos. São Paulo não aceita quem é tolerante com desvios de dinheiro público. Vai votar em um administrador honesto, com história limpa. José Serra”, afirma.

Na sexta-feira passada, foi Serra quem mencionou diretamente o caso pela primeira vez no horário eleitoral da TV.

O processo do mensalão está em julgamento no Supremo Tribunal Federal desde o início do agosto. Ex-dirigentes petistas são réus do caso. O tucano, no entanto, é apoiado pelo PR do deputado Valdemar Costa Neto, que também é acusado de envolvimento no esquema.

O candidato do PT, Fernando Haddad, voltou a criticar ontem o uso eleitoral do caso pela campanha de seu adversário. Questionado sobre as declarações do ex-presidente, afirmou que era provável que Fernando Henrique estivesse falando dobre o “mensalão do PSDB”, em referência a suposta compra de votos ocorrido durante a campanha pela reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.

“Deve ter sido o (mensalão) do PSDB que ele citou (na TV). Como ex-presidente, ele tem que ter uma posição republicana e ele sabe onde começou isso. Começou em Minas Gerais com o partido dele”, disse Haddad, após carreata em Parada de Taipas, zona norte da cidade.

As declarações de FHC foram gravadas na semana passada e fazem parte de uma estratégia montada pela coordenação da campanha de Serra para estancar a queda do tucano nas pesquisas de intenção de voto.

Segundo turno. Desde o início da propaganda na TV, a campanha de Serra tem concentrado as críticas ao adversário petista, poupando o líder da disputa, Celso Russomanno (PRB). Apesar de o tucano estar perdendo votos para o candidato do PRB em áreas antipetistas, é com Haddad com quem ele briga para ir ao segundo turno, uma vez que os dois encontram-se tecnicamente empatados em segundo lugar de acordo com as últimas sondagens eleitorais.

Não é a primeira vez que FHC fala sobre o mensalão. Na semana em que o caso começou a ser julgado, ele veiculou três vídeos no site Observador Político, nos quais abordava o assunto.

No primeiro, disse que o julgamento do mensalão mudaria a cultura política brasileira. Na gravação seguinte, defendeu que todos deveriam cumprir a lei, independentemente do cargo que exerceram. No último vídeo da série, afirmou que os ministros do STF não poderiam se deixar influenciar por pressões externas.

Dos 37 acusados de envolvimento no mensalão, o Supremo condenou até agora oito réus e absolveu dois. A sessão recomeça hoje, com o voto do ministro relator Joaquim Barbosa sobre lavagem de dinheiro.

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Comentários

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Donato: Foco do PT é mostrar o que Serra-Kassab prometeram e não fizeram « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] “SP não aceita quem é tolerante com desvios de dinheiro” […]

José X.

FHC ? zzzzz

Santayana: Em nenhum governo agentes públicos enriqueceram tão rápido quanto no de FHC « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] “SP não aceita quem é tolerante com desvios de dinheiro” […]

Francisco

O PT tem horário eleitoral pago pelo povo brasileiro. Que faça uso.

Não tenho um pingo de paciência nem com mulher de bandido nem com “vitimizados”.

Eu não sou cristão, não tenho gozo em ir para cruz – não sou masoquista.

O PT abra a boca (arreganhe a boca!) e se resolva.

O PT começa a apresentar um quadro patológico que se não me agrada em pessoas, me desagrada totalmente em instituições que (ainda) me representam.

Falando em português claro: PT, seja homem, p#*%@!!!

Urbano

Os tunganos como pilheriadores fariam um sucesso arretado na mídia, embora a péssima qualidade persistisse.

Gersier

Realmente,que o digam os Maluf da vida,diretores da DERSA,o paulo loiro de olhos azuis,o metrô,os que cuidam da merenda terceirizada,os coroneis da reserva nas sub prefeituras,os donos dos pedágios mais caros do país.
Quer mais exemplos senhor fgagac?

    Hélio Pereira

    Pois é Gersier,
    que o digam Celso Pitta,Fleury,Quércia,Serjão,Kassab,Serra,o próprio FHC e também Ney Santos a quem Alckmim chamou de “Futuro da Politica Brasileira”,alias é bom dizer que depois do ABRAÇO do Gov Alckmim, Ney Santos foi preso pela equipe do Delegado Rui Godoy e mesmo assim saiu novamente candidato,desta vez a Vereador do Embu e com o apoio do PSDB.
    FHC “sabe o que fala” o mal é este “Povinho sem cultura” que não entende suas palavras.

francisco.latorre

agora vai.

..

    Cibele

    Latorre, o que fazemos com esse senhor?

    francisco.latorre

    precisa fazer nada não.

    o cara se enterra por si.

    ..

    criminoso busca castigo. sigmund freud. já explicou.

    tava quase saindo ileso. o bocamole.

    não deu. culpa. quer castigo.

    ..

    por mim..

    tô deixando o ultraje crescer.

    cada vez que vejo. a mentira a cara de pau a caradura.

    ..

    carudo. o figura. afrontoso.

    provoca. abusa.

    e vai levar. a rebordosa. psíquica. coletiva.

    pensantes. não aceitam. rejeitam.

    indignação ultraje revolta. crescendo.

    castigo. tá pedindo. vai levar.

    ..

    agora.. pra castigar mesmo..

    judiar o ego..

    que tal..

    leitura diária. obrigatória.

    da nota. da presidenta. a lambada.

    pra baixar as penas.

    ..

    Cibele

    Sensacional.

Jair de Souza

Só não concorda com FHC neste caso quem não entende patavina da ideologia tucanalha. Para esta valiosa forma de ver o mundo, bens públicos são aqueles destinados a servir, em primeiro lugar, os interesses dos que mais deles necessitam. E quem vai duvidar de que José Serra, sua filha, o espanhol tio de sua esposa, seu amigo Paulo Preto, o próprio FHC e alguns outros poucos sejam de fato os mais necessitados dos recursos do Estado (e do estado)? Só alguém de má fé não pode entender a lisura do comportamento público de José Serra, e da tucanalhada de modo geral. Para esses hereges e infieis, eu recomendaria a leitura do verdadeiro evangelho da ética pública que é o livro A Privataria Tucana. Ali poderemos constatar, com fartura de documentos, que há motivos de sobra para sempre crer e confiar no manejo das coisas públicas por José Serra e os tucanalhas mais achegados. Até pode ser que haja um ou outro deles que não se enquadre neste perfil, mas o padrão e exemplo são os ditados pela liderança, e não pela simples ralé.

Maria

Iiiih, Será a idade ou ele esqueceu que mandou todo mundo esquecer que foi um intelectual? Ele esquece tudo o que ele fez no passado, incluindo a venda de votos para ficar mais 4 anos no poder.E agora, ele é tão insignificante, que, de fato, esquecemos quem ele é? A propósito, quem é FHC?

Hélio Pereira

“SP não aceita quem é tolerante a desvios de dinheiro”.
FHC ou esta brincando,ou esta sob efeito de um daqueles “charutões” proibidos que ele vive defendendo a liberação!

Indio Tupi

Aqui do Alto Xingu, os índios acham que, como recordar é viver, é sempre bom relembrarmos as realizações do Governo Lula:

Economia

Salário Mínimo – Passou de R$ 200,00, em 2002, para R$ 510,00, em 2010. Na comparação com o dólar, subiu de US$ 81 para US$ 288 no período. O poder de compra do mínimo subiu de 1,4 cestas básicas, em janeiro de 2003, para 2,4 cestas básicas em julho de 2010.

Emprego Formal – O governo Lula gerou 14,7 milhões de empregos (2003-2010), enquanto o reinado de FHC (1995-2002) criou apenas 5 milhões de empregos.

Taxa de desemprego – Em 2002, ela era 9,2%. Em setembro de 2010, baixou para 6,2%, a menor taxa desde o início da medição pelo IBGE.

Inflação – Baixou de 12,53% ao ano, em 2002, para 4,31% em 2009.

Exportações – Subiram de US$ 60,3 bilhões, em 2002, para US$ 152,9 bilhões em 2009.

Reservas internacionais – Passaram de US$ 38 bilhões em 2002 para US$ 275 bilhões em 2010.

Dívida com o FMI – FHC entregou ao governo com uma dívida acumulada de US$ 20,8 bilhões, em 2002. Lula quitou toda a dívida em 2005, e, hoje, é credor externo, tendo emprestado US$ 10 bilhões ao FMI em 2009.

Investimento Público – A taxa de investimento passou de 1,4% do PIB, em 2003, para 3,2% do PIB (abril de 2010).

Risco Brasil – Teve um pico de 1.439 pontos em 2002. No governo Lula, ela baixou para 206 pontos em setembro de 2010.

Desenvolvimento Social

Estrutura social – Em 2002, 44,7% da população tinha renda per capita mensal de até meio salário mínimo. Em 2009, o índice havia caído para 29,7%, o que significa que 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza entre 2003 e 2009.

Programas de transferência de renda – A soma de todos os programas de FHC totalizou R$ 2,3 bilhões, em 2002. Já o Bolsa Família, em 2010, destinou R$ 14,7 bilhões para as famílias mais carentes.

Saúde

Desnutrição infantil ¬– Caiu de 12,5%, em 2003, para 4,8% em 2008.

Taxa de mortalidade infantil – Caiu de 24,3 mortes por mil nascidos vivos, em 2002, para 19,3 por mil em 2007.

Saúde da Família – Em 2002, 4.163 municípios eram atendidos por 16.734 equipes. Já em 2010, 5.275 municípios são atendidos por 31.500 equipes.

Agentes comunitários de saúde – Eram 175.463 agentes em 5.076 municípios em 2002. Hoje, são 243.022 agentes em 5.364 municípios.

SAMU 192 – Hoje, 1.437 municípios são atendidos pelo SAMU, que não existia antes do reinado de FHC. São 1.956 ambulâncias que percorrem o Brasil atendendo casos de urgência.

Assistência farmacêutica – Os recursos do Ministério da Saúde destinados à distribuição de medicamentos no SUS passaram de R$ 660 milhões, em 2002, para R$ 2,36 bilhões em 2010.

Educação

Analfabetismo – A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 11,9% da população, em 2002, para 9,6% em 2009.

Ensino Técnico – O número de escolas técnicas cresceu duas vezes e meia no governo Lula. No final de 2010, já existiam 214 novas escolas. FHC só construiu 11 escolas técnicas.

Prouni – Garantiu acesso à faculdade para 748,7 mil jovens de baixa renda. Com FHC, o programa não existia.

Universidades Federais – Lula criou 15 novas universidades e inaugurou 124 novos campi, a maioria pelo interior do país. FHC, o príncipe da Sorbonne, criou apenas uma universidade.

Matrículas no ensino superior – o número de matrículas no ensino superior cresceu 63% entre 2003 e 2009, passando de 3,94 milhões para 6,44 milhões.

Política urbana

Investimentos em habitação – Os recursos aplicados no setor foram R$ 7 bilhões em 2002. Em 2009, foram R$ 63,3 bilhões.

Minha Casa, Minha Vida – O governo Lula criou o Minha Casa, Minha Vida, com a meta de construção de um milhão de moradias. FHC nunca investiu em programas de habitação popular.

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É conveniente, também, relembrar os “feitos” de F(“Esqueçam o que escrevi”)H(“assinei sem ler”)C(“Estou no limite de minhas irresponsabilidades”):

Os crimes de FHC serão punidos?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/

Por Altamiro Borges

No grande circo armado pela mídia para o “julgamento do século” do chamado “mensalão do PT”, até o ex-presidente FHC foi ressuscitado. Ontem (6), na abertura da 32ª Convenção do Atacadista Distribuidor, no Riocentro, ele reforçou o linchamento midiático exigindo a imediata punição dos réus. Na maior caradura, ele esbravejou: “Depois que eu ouvi do procurador-geral da República, houve crime. Crime tem que ser punido… Tenho confiança de que eles [STF] julgarão com serenidade, mas também com Justiça”.

FHC já pediu para esquecer o que ele escreveu. Mas não dá para esquecer as denúncias de corrupção que mancharam o seu triste reinado. O ex-presidente não tem moral para falar sobre ética. Desde que foi desalojado do Palácio do Planalto, o rejeitado ex-presidente tenta se travestir de paladino da ética com objetivos meramente políticos e eleitoreiros. Ele brande a bandeira rota de sua falsa ética para tentar impulsionar e animar as campanhas dos demotucanos às eleições de outubro.

Se um dia houver, de fato, Justiça no país, FHC é que será julgado e punido por seus crimes. Listo abaixo alguns que merecem rigoroso julgamento da história:

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Denúncias abafadas: Já no início do seu primeiro mandato, em 19 de janeiro de 1995, FHC fincou o marco que mostraria a sua conivência com a corrupção. Ele extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, criada por Itamar Franco e formada por representantes da sociedade civil, que visava combater o desvio de recursos públicos. Em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, ele criou a Controladoria-Geral da União, mas este órgão se notabilizou exatamente por abafar denúncias.

Caso Sivam. Também no início do seu primeiro mandato, surgiram denúncias de tráfico de influência e corrupção no contrato de execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam). O escândalo derrubou o brigadeiro Mauro Gandra e serviu para FHC “punir” o embaixador Júlio César dos Santos com uma promoção. Ele foi nomeado embaixador junto à FAO, em Roma, “um exílio dourado”. A empresa ESCA, encarregada de incorporar a tecnologia da estadunidense Raytheon, foi extinta por fraude comprovada contra a Previdência. Não houve CPI sobre o assunto. FHC bloqueou.

Pasta Rosa. Em fevereiro de 1996, a Procuradoria-Geral da República resolveu arquivar definitivamente os processos da pasta rosa. Era uma alusão à pasta com documentos citando doações ilegais de banqueiros para campanhas eleitorais de políticos da base de sustentação do governo. Naquele tempo, o procurador-geral, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido pela alcunha de “engavetador-geral da República”.

Compra de votos. A reeleição de FHC custou caro ao país. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto, conforme inúmeras denúncias feitas à época. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Eles foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como sempre, FHC resolveu o problema abafando-o e impedido a constituição de uma CPI.

Vale do Rio Doce. Apesar da mobilização da sociedade em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas estimavam seu preço em ao menos R$ 30 bilhões. Foi um crime de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses nacionais. Ela detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infraestrutura acumulada ao longo de mais de 50 anos, com navios, portos e ferrovias. Um ano depois da privatização, seus novos donos anunciaram um lucro de R$ 1 bilhão. O preço pago pela empresa equivale hoje ao lucro trimestral da CVRD.

Privatização da Telebras. O jogo de cartas marcadas da privatização do sistema de telecomunicações envolveu diretamente o nome de FHC, citado em inúmeras gravações divulgadas pela imprensa. Vários “grampos” comprovaram o envolvimento de lobistas com autoridades tucanas. As fitas mostraram que informações privilegiadas foram repassadas aos “queridinhos” de FHC. O mais grave foi o preço que as empresas privadas pagaram pelo sistema Telebrás, cerca de R$ 22 bilhões. O detalhe é que nos dois anos e meio anteriores à “venda”, o governo investiu na infraestrutura do setor mais de R$ 21 bilhões. Pior ainda, o BNDES ainda financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como entrada neste meganegócio. Uma verdadeira rapinagem contra o Brasil e que o governo FHC impediu que fosse investigada.

Ex-caixa de FHC. A privatização do sistema Telebrás foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa das campanhas de FHC e do senador José Serra e ex-diretor do Banco do Brasil, foi acusado de cobrar R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar. Grampos do BNDES também flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão. Além de “vender” o patrimônio público, o BNDES destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, ele injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.

Juiz Lalau. A escandalosa construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo levou para o ralo R$ 169 milhões. O caso surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só apareceram em 2000. A CPI do Judiciário contribuiu para levar à cadeia o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do TRT, e para cassar o mandato do senador Luiz Estevão, dois dos principais envolvidos no caso. Num dos maiores escândalos da era FHC, vários nomes ligados ao governo surgiram no emaranhado das denúncias. O pior é que FHC, ao ser questionado por que liberara as verbas para uma obra que o Tribunal de Contas já alertara que tinha irregularidades, respondeu de forma irresponsável: “assinei sem ver”.

Farra do Proer. O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.

Desvalorização do real. De forma eleitoreira, FHC segurou a paridade entre o real e o dólar apenas para assegurar a sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou uma lista com o nome de 24 bancos que lucraram com a mudança e de outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas. Há indícios da existência de um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à turma de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1,6 bilhão de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado.

Sudam e Sudene. De 1994 a 1999, houve uma orgia de fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ultrapassando R$ 2 bilhões. Ao invés de desbaratar a corrupção e pôr os culpados na cadeia, FHC extinguiu o órgão. Já na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a farra também foi grande, com a apuração de desvios de R$ 1,4 bilhão. A prática consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste foram aplicados. Como fez com a Sudam, FHC extinguiu a Sudene, em vez de colocar os culpados na cadeia.

rodrigo

Se Jean-Baptiste Poquelin vivo fosse teria escrito uma Peça em homenagem a essa peça.

Elias

A entrada de FHC na campanha de Serra me lembra a imagem marcante do filme Titanic…quando o navio afunda. As próximas pesquisas confirmarão tal imagem.

Abdelnur

Ficou muito interessante a página de entrada do site, com o título do artigo acima e o vídeo da reportagem “Cansei de ser assaltado”. Ótimo!

trombeta

FHC tá gagá.

assalariado.

Nunca devemos subestimar um adversários/ inimigos na luta pelo poder, nos três niveis. Acho que o PSDB e seus caras, defensores ideologicos do capital, não são diferentes do lider nas pesquisas lá no municipio de SP. Sim, as elites sempre tem mais que um candidato concorrendo nas eleiçôes, e nem percebemos. Ou seja, corremos o risco de trocar 6, por meia duzia. Estou falando do Fernando Collor de Mello em sua versão paulistana, que o capital, resolveu abraçar como seu representante mor nestas eleições. O nome dele é: Celso Ubirajara Russomanno. Em 6 anos este pequeno burgues malufista triplicou os seus bens patrimoniais. Suponho que tenha ‘trabalhado’ 48 horas por dia, para chegar a este acumulo de riquezas. Ou será que ele é (um dos) exploradores do povo assalariado e explorador da nação.

Deem uma olhada aqui: em 2006.

http://www.tse.jus.br/sadEleicao2006DivCand/procCandidatoCarregarKey.jsp?sg_ue=SP&sq_cand=12920

Depois aqui: em 2010.

http://divulgacand2010.tse.jus.br/divulgacand2010/jsp/abrirTelaDetalheCandidato.action?sqCand=250000001969&sgUe=SP#

Agora aqui: em 2012.

http://divulgacand2012.tse.jus.br/divulgacand2012/mostrarFichaCandidato.action?sqCandidato=250000029107&codigoMunicipio=71072&dtUltimaAtualizacao=20120830140834&ie=t#

Será que eles, nesta situação privilegiada, estão preocupados com os descamisados?

reinaldo bordon carletti

Se uma Carta Aberta de Theotonio dos Santos, economista, cientista político e um dos formuladores da Teoria da Dependência. Hoje é um dos principais expoentes da Teoria do Sistema Mundo. Mestre em Ciência Política pela UnB e doutor “notório saber” pela UFMG e pela UFF. . Coordenador da cátedra e rede UNU-UNESCO de Economia Global e Desenvolvimento sustentável – REGGEN.

O texto é um primor e contribui tanto para entender o quanto o governo do PSDB foi deletério para o Brasil como ajuda a impedir que a mídia tente “lavar branquinho” a história e produzir uma nova versão do que foram os anos FHC.
THEOTONIO DOS SANTOS: CARTA ABERTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Meu caro Fernando,

Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960.
A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação.Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000). Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você… Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário. No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese? Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.

Segundo mito – Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade. E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou drasticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo…te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.

Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição os 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia. Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em consequência deste fracasso colossal de sua política macroeconômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.

Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entrou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o verdadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a frequentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.

Com a melhor disposição possível, mas com amor à verdade, me despeço.

    Cibele

    Azenha, sugestão: faça um post deste comentário, essa carta pro FHHC está demais.

    Luiz Carlos Azenha

    Cibele, esta carta é de 2010 (já publicamos). abs

    Cibele

    Já publicou? Ih, então disfarça.
    Sei que já é meio antiga, pois li há uns dois anos mesmo. Só que, na ocasião, foi um parente que me enviou e me recomendou muito que lesse. Ele pegou no Nassif, agora vi aqui. Valeu, Azenha.

Julio Silveira

Só mesmo esse pandego, para falar o obvio, mas não só Paulistas, ninguem em sã consciência admite isso. Nem os delituosos. Esses não admitem, mesmo quando são pegos no flagrante, negam até o fim. A m. disso é que assim como negam, tem gente que acredita neles também até o fim. São especialistas em usar a honestidade, que muitos possuem como regra autentica, contra os proprios, quando se misturam como predadores camuflados. Com esses que os maus carater contam, mesmo quando condenados ainda haverá quem tenha pena, os achando injustiçados. Afinal estelionatários que são, são mestres na arte de conquistar confianças para o mal. Nesse aspecto São Paulo tem sido a vitima perfeita, espalhando seu mau para o Brasil. Os bem organizados, orquestrados para ludibriar os cidadãos tem conseguido seus intentos. A origem da Privataria está lá mesmo para mostrar. O germe do mensalão, a origem, duvido que tenha saido de Minas, acredito que também saiu de lá, dos amigos do Senador Mineiro, que alguns ex-pertos petistas resolveram copiar, possivelmente com a promessa de seus co-irmãos partidários de que seria uma barbada.

Jorge Portugal

FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo
combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias.

1995. Quebra do monopólio da PETROBRÁS. Pouco se lixando para a crescente importância estratégica do petróleo, Fernando Henrique Cardoso usou seus rolo compressor para forçar o Congresso Nacional a quebrar o monopólio estatal do petróleo, instituído há 42 anos. Na comemoração, Cardoso festejou dizendo que essa era apenas mais uma das “reformas” que o país precisava fazer para se modernizar.

O contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.
1995. O inesquecível PROER: Em 1995 o ex-presidente Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um sábado em novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER, um programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema financeiro – um dinheiro que deixou o sofrido Tesouro Nacional para abastecer cofres privados, começando pelo Banco Nacional, então pertencente a família Magalhães Pinto, da qual um de seus filhos era agregado. Segundo os ex-presidentes do Banco Central, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, a salvação dos bancos engoliu 3% do PIB, um percentual que, segundo economistas da Cepal, chegou a 12,3%.

O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.

As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.

1996. Engavetamento da CPI dos Bancos. Disposto a controlar a crise aberta pelas suspeitas sobre o sistema financeiro, o presidente Fernando Henrique Cardoso ameaçou e “convenceu” as lideranças do Senado a engavetar os requerimentos para instalação de uma CPI sobre os bancos. Em compensação, o ministério da Fazenda se comprometeu (e nunca cumpriu) a prestar contas ao Senado sobre o PROER. Decepcionada, a CNBB distribuiu nota dizendo não ser justo “que se roube o pouco dinheiro de aposentados e trabalhadores para injetar no sistema financeiro, salvando quem já está salvo ou já acumulou riquezas através da fraude e do roubo”.

A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.

1996. Modificação na lei de Patentes. Cedeu em tudo que os EUA queriam e, desdenhando às súplicas da SBPC e universidades, Fernando Henrique Cardoso acionou o rolo compressor no Congresso e alterou a Lei de Patentes, dando-lhe um caráter entreguista e comprometendo o avanço científico e tecnológico do país.

O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.

1996. Escândalo do SIVAM | : O projeto SIVAM foi associado a um superescândalo que redundou na contratação da empresa norte-americana Raytheon, depois da desqualificação da brasileira Esca (uma empresa que acomodava “amigos dos amigos” e foi extinta por fraudes contra a Previdência). Significativamente, a Raytheon encomendou o gerenciamento do projeto à E-Systems – conhecido braço da CIA. Até chegar a Raytheon, o mondé foi grande. Conversas gravadas apontavam para o Planalto e, preferindo perder os anéis para não perder os dedos, Cardoso demitiu o brigadeiro Mauro Gandra do ministério da aeronáutica e o embaixador Júlio César dos Santos da chefia do seu cerimonial. Depois, como prêmio pela firmeza como guardou o omertá, Júlio César foi nomeado embaixador do país no México.

Conversas gravadas de forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

1997. A emenda da reeleição: O instituto da reeleição foi comprado pelo presidente Cardoso a um preço estratosférico para o tesouro nacional. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.

ISSO É APENAS UNS DOS ESCÂNDALOS DO GOVERNO FHC, ISSO TUDO ACONTECEU ANTES DO GOVERNO LULA, LULA FICOU 8 ANOS NO PODER E PASSOU A MÃO NA CABECINHA BRANCA DE FHC, AGORA O GOVERNO LULA QUE É O GOVERNO CORRUPTO, UMA VEZ FHC DISSE ESQUEÇAM MEU DESGOVERNO E SE CONCENTREM NO ATUAL. AGORA AGUENTA!!!!

Marcos

Fernando, o pequeno, é o maior cara de pau do Brasil!!!

alex

MOENDO GENTE

Excelente reportagem sobre as más condições de trabalho nas maiores indústrias brasileiras de carne.

A organização não governamental Repórter Brasil, coordenada pelo jornalista e blogueiro do UOL Leonardo Sakamoto, divulgou nesta segunda-feira (10) reportagem multimídia na qual mostra que os três principais frigoríficos do país –Brasil Foods, JBS e Marfrig– submetem seus trabalhadores a condições degradantes.

O resultado, apresentado nessa reportagem digital, mostra exemplos típicos da realidade descrita acima. São dezenas de unidades industriais condenadas na Justiça, interditadas, multadas ou processadas por graves problemas na organização do trabalho (mais detalhes no mapa da home page).

Exemplos

Em um dos casos levantados, ocorrido no Estado do Mato Grosso, um ex-empregado da JBS cortou gravemente o antebraço esquerdo enquanto manuseava faca. O acidente lesionou os tendões e nervos responsáveis pela mobilidade dos dedos da mão.

Em maio deste ano, o TRT da 23a Região confirmou sentença de primeira instância que estipulara o dano moral em R$ 10 mil e determinou pensão mensal e vitalícia de 7,5% do último salário recebido.

leia matéria completa:

http://moendogente.org.br/#lat=-23.337997582233744&lng=-47.113108802246245&zoom=5&p=74

Regina Braga

O ex-alguma coisa está coberto de razão…demotucanos não fazem mensalão.O negócio deles é o aposentão…roubam tanto, que deixam os familiares cobertos, pelos seguros de paraísos fiscais.Todos sofrem de hemorrágia corruptiva.

Marcia Noemia

Piada de mau gosto (corrigindo o meu erro gramatical do comentário anterior). Ué, a Folha publicou uma matéria que mostra que é o partido da privataria tucana,ou seja, o PSDB, o que têm mais políticos impedidos pela lei da “Ficha Limpa” – uma verdadeira tucanalha. Este sociólogo de plantão, estudioso de Gilberto Freire e defensor da Casa Grande, precisa saber que nem todos os brasileiros são analfabetos políticos e desmemoriados. E muitos brasileiros ainda têm amargas lembranças de seu governo. Ele é um verdadeiro nhe-nhe-nhem.

marta

Será que vão deixar passar o que esse FHC fez? Ele sim comprou parlamentares para se reeleger e sabe disso. Como vem “pregar moral de cuecas”? Penso que Cerra e esse cínico ex -presidente não poderão ir muito longe falando do mensalão. Já que o pilantra vendedor de patrimônio público resolveu aparecer, é hora do PT aproveitar e por os podres dele e de seu partido,também na vitrine. O PT que não durma!

ed.

Ele quer dizer: desvio de dinheirinho mixo… tucanos só desviam de centenas de milhões pra cima… corrupção em “alto nível”

Bonifa

Óbvio que São Paulo não aceita quem é tolerante com desvio de dinheiro. Se aceitasse, o povo paulista seria uma espécie de povo degenerado. O problema é que a imprensa paulista não deixa São Paulo saber quem é de fato tolerante com desvio de dinheiro.

    Ildefonso Murillo Seul

    Tolerante, aderente e operante!!!!

Marcia Noemia

Este sujeito é uma piada de mal gosto. Tá ficando gagá mesmo, além de hipócrita.

pedro – bahia

Infelizmente, o julgamento político (e não técnico) do “mensalão do PT” pelo STF deu forças e oportunidade para os candidatos de oposição ao PT. Por outro lado o Supremo Eleitor dará resposta nas urnas.

Apavorado por Vírus e Bactérias

Ué, Fernando Henrique Cardoso apareceu para o confessionário? Veio falar das próprias falcatruas e das falcatruas do honesto e correto e trabalhador Se-erra?

Saiam, ou melhor, entrem de retro, que o Pai Pdim Irimão do Santo Aborto no Chile cai mais.

Depois é só xilindró. Com aquele caso da Privataria Tucana. Todo documentado, né Azevedo, azedo, azedo.

Abdula Aziz

Ah é! porque tem neguinho do PSDB solto por ai sem ser incomodado. Neguinho que tá com as mãos sujas. Cadê o Sr. Procurador-Geral da República. Tá dormindo?

Gilson Raslan

Em depoimento perante o Ministério Público de São Paulo, empresário afirma que “mensalão” tucano alimentou campanhas de Zé Serra com dinheiro da educação.
A matéria está no blog http://brasil247.com/

ZePovinho

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Denúncias

O que eu pretendia dizer na TV sobre as ambulâncias de Serra

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/09/10/as-ambulancias-do-cerrafhc-a-globo-censurou-o-azenha/

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Publicado em 10/09/2012
As ambulâncias do Cerra/FHC.A Globo censurou o Azenha

“Peraí. E o escândalo das ambulâncias superfaturadas do José Serra?”, lembrou o amigo navegante VJ.

VJ
Peraí. E o escândalo das ambulâncias superfaturadas do José Serra? http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-que-eu-pretendia-dizer-na-tv-sobre-as-ambulancias-de-jose-serra.html Todo mundo já esqueceu? Esses 15%… de honestos não tem nada. Devem ser todos … piores do que os chefes da oposição. que eles vem defender na internet. Se a Dilma fosse mais esperta, botava a receita federal para devassar a vida de todo mundo que apoiásse ou se declarasse oposição na Internet. Iria faltar presídio para tanta gente. Mas fazer o que, a Dilma é democrata em excesso.http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-que-eu-pretendia-dizer-na-tv-sobre-as-ambulancias-de-jose-serra.html

publicado em 17 de fevereiro de 2009

por Luiz Carlos Azenha

Tenho o costume de guardar os cadernos de anotação que uso durante as reportagens. Faço isso pelo gosto de, anos depois, relembrar episódios da carreira. Outro dia trombei com um caderno dos tempos da Globo de São Paulo. Mais especificamente, do período eleitoral de 2006.

Como vocês devem saber, naquele período vários profissionais da emissora chegaram a se reunir com o chefe local, um sujeito tosco e sonso, para reclamar da cobertura política.

Era consenso entre esses profissionais, alguns dos quais continuam na emissora, que a Globo estava mobilizando recursos para investigar escândalos ligados ao governo Lula, enquanto suprimia informações que poderiam ser comprometedoras para o PSDB e, especificamente, José Serra.

Embora eu não tenha participado da reunião mencionada acima, coube a mim a tarefa de colocar em pé uma reportagem sobre o escândalo das ambulâncias. A Globo não pagou nem mesmo para que eu ou algum outro profissional fosse a Piracicaba para ouvir personagens ligados ao caso. A tarefa coube a uma produtora, que fez o trabalho por telefone. Levantamos as informações. A reportagem foi editada. E transmitida para o Rio de Janeiro. Os chefes paulistas aparentemente acreditavam que ela seria colocada no ar.

Foi parar na gaveta. Curiosamente, foi uma das raras ocasiões em que escrevi o texto em meu caderno de anotações, antes de registrá-lo no computador da redação.

No caderno, rascunhei o texto:

“O churrasco do fim-de-semana foi em comemoração aos 19 anos da Construtora Concivi. Só que o patrão Abel Pereira não apareceu na festa. Na casa dele, em Piracicaba, ninguém respondeu à campainha. Chamadas para o celular caem na caixa postal. Em outra construtora de Abel o funcionário diz que não sabe onde ele está.

Abel está desaparecido desde que seu nome foi citado por Luiz Antonio Vedoin, o dono da Planam. Vedoin disse que Abel era o encarregado de liberar recursos do orçamento para a compra de ambulâncias.

A Polícia Federal está examinando as anotações encontradas no dossiê preparado por Vedoin.

Nos papéis aparece a lista de prefeituras, o número das emendas dos parlamentares e o preço das ambulâncias.

Aparece também a anotação de 6,5% que segundo Vedoin era a propina paga a Abel Pereira depois que o dinheiro era liberado.

Segundo Vedoin, Abel garantia a liberação de recursos no Ministério da Saúde através do então secretário-executivo Barjas Negri.

Negri tornou-se ministro da Saúde quando José Serra se afastou para concorrer à presidência em 2002. Hoje é prefeito de Piracicaba, onde o empresário Abel Pereira tocou 35 obras públicas nos últimos dois anos. A Câmara Municipal da cidade queria investigar as concorrências vencidas pelo empresário, mas a proposta foi derrotada pelos vereadores que apóiam o prefeito Barjas Negri.

O empresário Abel e o atual prefeito de Piracicaba ainda não foram ouvidos pela Polícia Federal. Segundo a CPI das Sanguessugas a Planam forneceu 891 ambulâncias a municípios brasileiros. Setenta por cento delas foram entregues entre 2000 e 2002, período em que, segundo Vedoin, Abel Pereira atuava no Ministério da Saúde.”

Presumo que a informação crucial, que a Globo não topou transmitir ao público, estava na última frase: embora o escândalo tenha sido colocado inicialmente nas costas do governo Lula, 70% das ambulâncias superfaturadas foram entregues durante o período que a Globo eufemisticamente dizia ser o do “governo anterior”. Traduzindo, do PSDB, de Fernando Henrique Cardoso e de José Serra.

    ZePovinho

    Abel Pereira,o parceirão de Barjas Negri(ex-ministro da saúde de FHC,sucedendo Serra e amigo dele),MUITO ESTRANHAMENTE,morreu de um infarte suspeito logo depois desse episódio.
    Morreu como o pai da Suzane Richtoffen,que foi diretor da DERSA(das concessões de estradas em São Paulo)- uma das principais colunas dos mensalões do PSDB para comprar apoio político e fazer campanhas.
    O Roque Barbieri denuncia o mensalão do PSDB na ALESP:http://www.youtube.com/watch?v=sfEGzDaFOP0

    Deputado denuncia mensalão em SP. E agora, Alckmin?

    O deputado estadual paulista Roque Barbiere (PTB), conhecido como Roquinho, concedeu entrevista ao programa “Questão de Opinião”, no site do Jornal “Folha da Região” de Araçatuba, e soltou a seguinte bomba:

    Entrevistador: – É verdade que tá cheio de deputado que vende emenda, trabalha para empreiteira, faz lobby com prefeitura vendendo, inclusive, projetos educacionais?

    Deputado: – É! Não que tá cheio, tem bastante que faz isso. Não é a maioria, mas tem um belo de um grupo que vive, sobrevive e enriquece fazendo isso.

    Entrevistador: – De 100%, você chutaria um tanto?

    Deputado: – 25 a 30%.

    Entrevistador: – 25 a 30%… você pode citar um?

    Deputado: – Poderia, mas não vou ser dedo-duro e não vou citar. Mas existe! Existe ao meu lado, existe de vizinho, vejo acontecer, falo para eles, inclusive, para parar. Aviso que se um dia vier cassação do mandato deles, não vir me pedir o voto que eu vou votar para cassá-los, mas não vou dedurar.

    Em 2004, Roberto Jefferson fez denúncia semelhante e resultou em tres CPI’s, na maior cobertura midiática promovida pela imprensa dia-e-noite, sem parar, da história do Brasil.

    E agora, governador Alckmin (PSDB/SP)? Vai deixar a ALESP (Assembléia Legislativa) abrir uma CPI só que seja, para os supostos 70% “honestos”, investigarem os “supostos 30%” corruptos denunciados pelo deputado Roquinho? Ou tem medo desse mensalão bater na porta do Palácio dos Bandeirantes?

    E agora, Globo? E agora, Veja? E agora, Folha? Vão ficar caladas, protegendo a corrupção tucana, jogando a sujeira para baixo do tapete, só porque o governador Alckmin comprou com dinheiro público R$ 9 milhões de assinaturas de seus jornais e revistas?

    Na gestão anterior de Geraldo Alckmin no governo do Estado, já houve uma grave denúncia de um esquema da Nossa Caixa (o banco do governo do estado na época, depois vendido), comprar apoio de deputados mediante anúncios superfaturados em jornais e rádios de deputados estudais. Foi tudo abafado e engavetado. Dessa vez será diferente?

    Por sinal, cadê a OAB? Cadê a indignação do Ophir Cavalcanti?

    Bonifa

    Muitos dizem que o Abel Pereira não morreu, foi morrido. Naquela época era um pouquinho pior que hoje, o país era um pouquinho mais subdesenvolvido, e tal morte jamais seria investigada pela polícia.

Guilherme Souto

Estou pagando para ver os paulistanos deixarem de eleger o José Serra prefeito de São Paulo.

    Bonifa

    Se Serra fosse ao segundo turno, uma baixaria monumental derrubaria Russomanno logo de saída. Mas não irá. Quando eles pegam na chave, o parafuso já está apertado. Desta vez não há amadores na jogada.

ZePovinho

CAIXA DOIS TUCANO DE FURNAS

Relação completa de todos os polítcos que fizeram campanha usando caixa dois de FURNAS.

TUCANODUTO?

*Quem é quem e quem recebeu quanto na lista do caixa dois de Furnas *

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http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com.br/

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http://pt.scribd.com/doc/101698046/Lista-de-Furnas-no-MPF

http://www.novojornal.com/politica/noticia/justica-confirma-lista-de-furnas-e-absolve-seu-divulgador-23-06-2010.html

Justiça confirma “Lista de Furnas” e absolve seu divulgador

Enfrentando máquina montada para desacreditar “Lista de Furnas”, Justiça confirma sua autenticidade, absolve divulgador e condena deputado

“Lista de Furnas”. Único documento que comprova como funciona o esquema de corrupção no Brasil entre financiadores e financiados no período eleitoral apareceu anos atrás no desenrolar da apuração do Mensalão e Valerioduto mineiro.

Na época a temida “Lista de Furnas” caiu como uma bomba nas redações dos principais veículos de comunicação do País.

Neste período, o governo Lula encontrava-se acuado pelo PSDB e DEM, devido às investigações do Mensalão. Eram questões de dias para que o Impeachment fosse votado.

Como afirma um ex-deputado federal que participou das negociações: “A “Lista de Furnas” salvou o mandato de Lula”.

O PSDB, principal partido de oposição, ao deparar-se com o documento que mostrava as entranhas de seu esquema de arrecadação financeira pelo caixa 2 para suas campanhas políticas foi obrigado a transigir e recuar na intenção de aprovar o impeachment de Lula.

Porém, o documento era muito sério, continha informações importantíssimas. Desta forma, paralelamente foi montado um pesado esquema junto aos principais veículos de comunicação para desacreditar a “Lista de Furnas”.

A estratégia escolhida foi a de desacreditar o documento “Lista de Furnas”, alegando ser o mesmo falso. Acusando o autor de sua divulgação de tê-la falsificado.

Simultaneamente diversos participantes da “Lista de Furnas” deram entrada em processos judiciais acusando o divulgador da lista, o mineiro Nilton Monteiro, de ter praticado calúnia, difamação e injúria.

Um destes processos foi distribuído para a 7ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte – MG.

Depois de uma profunda investigação, a Juíza Doutora Maria Luiza de Marilac Alvarenga Araujo proferiu sua sentença, absolvendo Nilton Monteiro, reconhecendo a autenticidade do documento e condenando o autor da Ação deputado federal Jose Carlos Aleluia Costa (DEM- BA), que recorreu para o TJMG.

Embora existam versões de que a juíza tenha sido muito pressionada, não poderia ser diferente, pois, anterior ao julgamento, a Polícia Federal submeteu à perícia, pelo Instituto de Criminalística da Polícia Federal. Laudo Pericial nº. 1097/2006 INC a “Lista de Furnas”. E a mesma foi considerada autêntica.

Desenrolar idêntico ao da 7ª Vara Criminal de Belo Horizonte está ocorrendo nos demais processos instaurados, inclusive em Inquéritos em tramitação perante a Polícia Federal. Resta agora saber se haverá punição para os integrantes da “Lista de Furnas”.

Documentos que fundamentaram a matéria:

Sentença proferida pela Juíza da 7ª Vara Criminal de Belo Horizonte – MG, que absolveu Nilton Monteiro – Parte I: http://anexo.novojornal.com/53481_1.pdf

Sentença proferida pela Juíza da 7ª Vara Criminal de Belo Horizonte – MG, que absolveu Nilton Monteiro – Parte II: http://anexo.novojornal.com/53481_2.pdf

FrancoAtirador

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RECORDAR É VIVER

Quinze anos depois da descoberta do primeiro saque da SMP&B de Marcos Valério Fernandes de Souza aos cofres públicos,
nenhum tostão foi devolvido ou qualquer dirigente responsabilizado.

A Justiça Federal em São Paulo ainda ouve testemunhas da ação civil pública

com pedido de ressarcimento aos cofres públicos de R$ 5,8 milhões

desviados de um contrato de R$ 25 milhões feito em 1997

entre a Fundacentro, fundação ligada ao Ministério do Trabalho, a sucursal paulista da SMP&B e a agência Quality,

durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

A ação contra os envolvidos no episódio foi proposta em 2002 e tramita na 11ª Vara da Justiça Federal de São Paulo.

http://oglobo.globo.com/pais/primeira-denuncia-contra-smpb-esbarra-na-lentidao-da-justica-5763762

Rogerio

RUMO A 2002
Para ex-tucano, há indícios claros de corrupção envolvendo Eduardo Jorge, mas CPI faria FHC refém da situação
FHC não rouba, mas deixa roubar, diz Ciro

SÍLVIA CORRÊA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-ministro Ciro Gomes (PPS) classificou ontem como “omisso” o presidente Fernando Henrique Cardoso ao comentar as denúncias de superfaturamento e lobby que já envolvem o nome do ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Nas palavras de Ciro, “Fernando Henrique não rouba, mas deixa roubar”.
“Neste exato instante, não tenho nenhum dado que me autorize a mudar a minha opinião e dizer que Fernando Henrique é corrupto. Hoje, neste minuto, não acredito que ele seja, me recuso a acreditar”, disse Ciro.
“Mas não sou besta. Esse Eduardo Jorge é corrupto e trabalhava na ante-sala do presidente. É omissão. Eu sempre defendi que a missão de um político sério é não roubar e não deixar roubar. Aproveitando a minha metodologia: eu acho que o Fernando Henrique não rouba, mas deixa roubar”, declarou o presidenciável.
As declarações de Ciro foram dadas durante uma visita à cidade de Piracicaba, base eleitoral do deputado federal João Herrmann Neto, líder do PPS na Câmara dos Deputados.
Piracicaba é a 158ª cidade visitada por Ciro este ano -número que ele pretende dobrar até o final do ano, em uma espécie de pré-campanha para as eleições presidenciais de 2002.

Não sei quem é
Ciro, que foi ministro da Fazenda de Itamar Franco, diz que nunca foi procurado por Eduardo Jorge e nega conhecê-lo.
“Nunca foi procurado, não sei quem é, nunca vi e não tenho notícia”, afirmou Ciro sobre o ex-secretário-geral da Presidência.
“Mais: nunca assinei nada sobre o TRT. Ato funcional meu não há. Eu nunca assinei, porque eu sei o que eu assino”, continuou, classificando com um absurdo o fato de o presidente FHC alegar não ter lido um pedido de suplementação orçamentária para a obra superfaturada da sede do TRT-SP.
“Isso (a alegação de não ter lido) é uma loucura. Claro que você fisicamente não lê tudo o que assina. Mas com a assinatura você assume responsabilidade por aquilo. Isso quer dizer que você tem de ter um conjunto de assessores de absoluta confiança. Mas a partir da hora em que você assina não é desculpável dizer que não leu.”
Para ele, porém, “o fato de você assinar uma proposta de suplementação orçamentária à deliberação do Congresso não quer dizer nada, senão rotina”, não implicando o presidente com os possíveis desvios.

Teatro
Apesar de classificar como “evidentes” os indícios de que Eduardo Jorge está envolvido em irregularidades, Ciro Gomes confirmou que seu partido, o PPS, não apóia a instauração de uma CPI para apurar o caso, quadro que já vinha se delineando nas últimas semanas.
Os argumentos vão em duas frentes.
Sobre as relações de Eduardo Jorge, ele avalia que o Ministério Público e a subcomissão do Senado têm elementos para terminar as investigações.
Sobre a inclusão do nome de Fernando Henrique Cardoso, Ciro acredita que não há elementos que permitam que isso ocorra.
“Há instâncias para serem exauridas antes de definirmos se somos a favor ou contra uma CPI. Se nessas instâncias surgirem elementos contra o presidente, o partido assinará em massa o pedido de convocação de uma CPI. Por enquanto, isso não existe. Para o Eduardo Jorge, não precisa, porque falta muito pouco aos procuradores”, disse Ciro.
O presidenciável nega que sua postura vise preservar FHC e traçar o caminho para uma possível aliança com os tucanos em 2002.
“Isso é um disparate. Uma chapa Mário Covas-Ciro Gomes não vai acontecer. Não falei com o PSDB sobre aliança e acho isso muito difícil”, declarou.

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