Recessão, delações e desarranjo institucional darão força ao fascismo da Globo

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O que vem por aí

Apesar de respirar aliviado com o saldo das manifestações, não há otimismo no governo com o que está por vir na política e na economia

Vera Magalhães, no Estadão

05 Dezembro 2016

O governo respirou aliviado com o saldo das manifestações em todo o País: foco no Congresso, em geral, e em Renan Calheiros, em particular, apoio à Lava Jato e nada de coro de “fora, Temer”. Mas não há otimismo no Executivo com o que está por vir na política e na economia.

A expectativa é de que a delação de mais de 70 pessoas ligadas à Odebrecht implique ao menos sete ministros de Michel Temer. Sabe-se, ainda, que o próprio presidente será citado nas delações de Marcelo Odebrecht e de mais ao menos dois executivos da empreiteira, por doações eleitorais negociadas diretamente por ele.

No front econômico, a fritura de Henrique Meirelles, na qual Temer tentou jogar água no fim de semana, não deve cessar. Chamada de “devaneio irresponsável” por um auxiliar do presidente, ela parte do PSDB e de setores do PMDB que veem na demora de melhora dos indicadores econômicos risco real para Temer concluir o mandato-tampão.

O expectativa é de que o envio (finalmente) da reforma da Previdência reforce Meirelles, que, diante de um Eliseu Padilha (Casa Civil) acuado, vai protagonizar sozinho os debates e as explicações sobre a proposta.

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Eugênio Aragão: O caos das instituições com o MP achando que é salvador da pátria

do jornal GGN

DOM, 04/12/2016 – 17:41

Jornal GGN – “Nossas instituições estão o caos, o Executivo que está nas mãos de pessoas que não tem tamanho para governar este país, o Legislativo comprometido até a medula com os maus feitos e o grande responsável pelo golpe parlamentar na presidenta eleita, e o Judiciário cúmplice desse processo, com o Ministério Público rufando tambores achando que é salvador da Pátria”, resumiu Eugênio Aragão, subprocurador-geral da República e ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff.

Parte dessa expressão de instabilidade nas instituições verificadas atualmente pode ser vislumbrada, segundo análise de Aragão ao GGN, nas reações corporativistas do Ministério Público, sobretudo a equipe da Operação Lava Jato.

Para ele, o Projeto de Lei 280, de Abuso de Autoridade, que tramita no Senado Federal, apesar de ser guiado no Congresso por pessoas que “tem que prestar contas à Justiça” é um tipo de freio aos abusos cometidos, tanto por procuradores, quanto por juízes.

Por outro lado, a tentativa de levar o projeto das 10 Medidas é vista pelo subprocurador como “uma tremenda enganação”.

“Primeiro, porque não resolve o problema de corrupção por um confronto normativo. Em segundo lugar, porque na verdade o que está por trás disso é um projeto de poder para fortalecer uma corporação, porque só trata de desequilibrar mais ainda a relação da acusação e defesa no Brasil”, defendeu.

“E as pessoas que estão cientes disso têm razoes de sobra para entender que está na hora de responsabilizar juízes e promotores também. Porque os abusos de autoridade que vieram a ser praticados ao longo de todos esses anos têm que ter uma resposta”, afirmou em entrevista a Luis Nassif.

“Agora, é claro que o corporativismo reagiu de todos os instrumentos, principalmente de publicidade, populista, que é chamar o povo à rua”, visualizou o ex-ministro da Justiça, diante inclusive das manifestações de “voluntarismo” de procuradores, como Deltan Dallagnol, de responder a decisões do Congresso, ainda que controversas, com ameaças de renunciar à Lava Jato.

Dentro dessa formação predominante do corporativismo vista por Aragão, o subprocurador analisa que a liderança que poderia ser capaz de impedir o comprometimento da instituição com esses abusos seria Rodrigo Janot, procurador-geral da República. Mas “o corporativismo venceu”, lamentou.

“Hoje o Janot é apenas um acessório dentro deste processo todo”, disse, complementando que é “muito difícil encontrar eco na maioria para advertência de que esse processo [de corporativismo do MP] não vai levar a lugar nenhum, e nós vamos entrar para a história como os grandes responsáveis por afundar esse país”.

Diante do cenário, a melhor saída, para ele, seria eleições diretas, com a decisão popular.

Entretanto, lembrou, o impacto dos grandes meios de comunicação estão levando a população a formar convicções contrárias à massa crítica.

Segundo ele, o fato de que a possível chegada de um populismo de extrema direita prejudicaria todos os meios de comunicação já deixou em alerta alguns jornais, como a Folha de S. Paulo.

“Mas a Rede Globo está dentro desse projeto, de Sergio Moro e companhia, um projeto de meganhização (de meganha) do Brasil, projeto fascista, porque aproveita da insegurança da população nesse momento de incerteza e promete soluções simplórias, como essas 10 medidas, dando a essa massa de pessoas inseguras o sentimento de pertinência a uma Nação verde e amarela, e no fundo sem notar que estão sendo massa de manobra. Isso é tipicamente um fenômeno fascista”, afirmou.

“Infelizmente o Brasil está num momento talvez mais agudo de fascismo que teve na sua História, e não tem comparação nem no Estado Novo e nem na ditadura militar. Os fascistas saíram do armário e não tem vergonha”, concluiu.

PS do Viomundo: Uma pesquisa feita agora demonstraria, sem qualquer dúvida, o aumento do apoio dos brasileiros à intervenção militar. Será esta a aposta da Globo, que conduz o processo pelo nariz?

Leia também:

Altamiro Borges: Nas ruas, nenhuma faixa contra Geddel, Jucá ou Padilha


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Serjão

O ódio saindo do controle.
Otávio Mesquita incita, aberta e literalmente, a violência:
https://www.youtube.com/watch?v=8sBr5cZdk-k

Não demora e o sangue dos brasileiros vai ser derramado.
Mais uma vez os Marinhos terão as mãos sujas de sangue!

FrancoAtirador

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Franklin Martins vê Michel Temer “Virar Mingau”
e Risco a 2018 por Falta de Nome Forte à Direita

https://t.co/lFPZItFXPG
https://twitter.com/tijolaco/status/805766395124469760
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FrancoAtirador

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É a Fase ‘Salve-se Quem Puder’ nos Phodêres.

Gilmar, Renan, Maia, Temer, Serra, Alckmin,

Aécio, Moro, Dallagnol, Lima, Marinho, Frias…

Tudo Sob Pressão de Patrocinadores do Golpe,

desde os ‘Investidores’ do Mercado Financeiro

até o Governo dos Estados Unidos da América.
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