Projeto de Nabil Bonduki afeta Frias e Marinho?

Tempo de leitura: 2 min

A ponte paulistana pode perder o nome de Octavio Frias de Oliveira, o dono da Folha que emprestou uma jornal para a repressão e carros de entrega para torturadores?

BONDUKI QUER MUDAR NOMES DE RUAS QUE HOMENAGEIAM DITADURA

do portal da Câmara Municipal de São Paulo, via Facebook

O vereador Nabil Bonduki (PT) defendeu nesta terça (27/2) um Projeto de Lei de sua autoria que permite aos vereadores mudarem nomes de ruas quando estas homenagearem figuras ligadas à ditadura militar. Atualmente, nomes de vias e logradouros públicos só podem ser alterados em casos específicos, como quando houver outros locais homônimos.

O PL 219/2013 inclui entre essas exceções toda “denominação que faça referência a agentes públicos que contribuíram para a instalação e manutenção do regime militar entre o período de 02 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979”.

“Foi um dos piores períodos da nossa história”, justificou o petista. “Que esses agentes não possam ser homenageados em nossa cidade.” Bonduki também é o autor do PL 177/2013, que muda o nome do Elevado Costa e Silva para Minhocão, como a obra é conhecida pelos paulistanos.

A iniciativa foi criticada por Andrea Matarazzo (PSDB). Para o tucano, as figuras que colaboraram com o regime militar fazem parte da história do país e precisam ser lembrados, mesmo que tenham exercido um papel considerado negativo.

“A critério de quem vai ficar decidir quem prejudicou e quem não prejudicou nossa cidade?”, questionou.

[Quer saber como funcionam os bastidores da Globo em uma eleição? Patrocine o documentário!]

Já Natalini (PV) defendeu que cada caso seja analisado individualmente. “Eu acho que em alguns casos há exagero. Por exemplo, há em São Paulo uma rua chamada Sérgio Paranhos Fleury”, exemplificou. O Delegado Fleury foi um dos mais notórios torturadores da Ditadura.

Os dois projetos de Bonduki ainda precisam passar pelas comissões de mérito antes de poderem ir à votação em plenário.

(23/04/2013 – 17h47)

Leia também:

Ex-delegado: Folha financiava a repressão durante a ditadura militar

Alípio Freire e Beatriz Kushnir: A Folha e a ditadura

Beatriz Kushnir: Quem eram os cães de guarda?

Ivan Seixas: “Otavião” tinha medo de ser fuzilado

Beatriz Kushnir: Como a mídia colaborou com os militares

Ivan Seixas: O jornal que “matava” nas manchetes


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Portal da Câmara: Bonduki quer mudar nomes de ruas que homenageiam ditadura | Cidade Aberta

[…] publicada no Portal da Câmara no dia 23/04/2013. Republicada no Viomundo com o título “Projeto de Nabil Bonduki afeta Frias e Marinho?” no dia […]

Heber

Que tal…AVENIDA GEÚLIO VARGAS…AVENIDA JOÃO GOULART…AVENIDA LUIZ CARLOS PRESTES….AVENIDA lEONEL BRIZOLA,

Mardones

“A iniciativa foi criticada por Andrea Matarazzo (PSDB). Para o tucano, as figuras que colaboraram com o regime militar fazem parte da história do país e precisam ser lembrados, mesmo que tenham exercido um papel considerado negativo.”

Já imaginaram uma via com o nome Adolf Hittler em Berlim? Pelo raciocínio tucano, o alemão precisa ser lembrado.

Viva a São Paulo e seus bicudos.

    Rodrigo Leme

    Se for pra tirar nome de criminoso de rua, nesse pacote pode entrar facilmente a rua Carlos Marighella.

Andre LB

Mas o PSDB mal se da ao trabalho de esconder seu mal-caratismo, mesmo… nessa toada, Sr. Andrea Matarazzo, que tal se o sr. morasse na rua Joaquim Silverio dos Reis ou Av. Adolf Hitler?

O legal, no entanto, seria mudar o nome de Av. Roberto Marinho para Av. Getulio Vargas.

FrancoAtirador

.
.
Louvável iniciativa!

Que os demais vereadores de São Paulo tomem vergonha

e aprovem este Projeto de Lei do vereador Nabil.

Depois, vamos acabar de vez com a ditadura nas ruas

de todo o Brasil, com um projeto de Lei no Congresso.

Será um grande avanço para o exercício da Cidadania

extirpar as metástases do câncer que abateu o País.
.
.

Augusto G. Sperandio

Nomes de logradouros públicos como ruas, avenidas, praças, viadutos, etc… são escolhidos para HOMENAGEAR E IMORTALIZAR cidadãos cujos feitos merecem elogios, merecem ser estudados e difundida sua visão de mundo, e NÃO PARA LEMBRAR humanos que rebaixam a condição e EMPORCALHAM a humanidade. Estes merecem o ostracismo, a vala comum, o esgoto da história.
Parabéns ao vereador e sucesso na empreitada.

Gostaria que houvessem outras formas de patrocinar os documentários que não fossem o uso de cartão. Sou resistente a isso. Se possível, divulgar algum número de conta para contribuição.

Marat

Eu não ia votar no Nabil. Uma pessoa de confiança me disse para nele votar, que teria ótimos projetos para SP. Raramente faço isso, mas, aceitei e votei. Este projeto de lei vem ao encontro de meus anseios. Espero que outros muito bons também venham, afinal de contas, SP precisa progredir!

sebastiao

Florestan Fernandes,Jorge Amado,Emma Goldman,Josue de Castro,Olga Benario,Monteiro Lobato,Simone de Beuvoir,Alexandra Kolontai,Clara Zektin,Margarida Maria Alves,Carlos Lamarca,Paulo Freire,Erico Verissimo,Raul Seixas,Elis Regina,Carlos Mariguela,são alguns que nos deram a honra de terem seus nomes em ruas aqui em São Bernardo do Campo.

Fabio Passos

Excelente iniciativa.
Homenagens aos assassinos, torturadores e cumplices da ditadura? Um completo absurdo.
roberto marinho e otavio frias so como nome de lixao… ou de rede de esgoto.

Carla

Meudeus! há uma rua chamadas Paranhos Fleury? Mas é ultrajante!!!

Isidoro Guedes

Apoiadores e personagens da sinistra ditadura militar (1964-1985) não merecem nenhum tipo de homenagem ou honraria, pois apoiaram, promoveram ou compactuaram com a prisão, tortura e assassinato de inúmeros opositores desse tenebroso Estado de exeção). Agentes do regime militar travestidos de “jornalistas”, como Octávio Frias (da Folha de S.Paulo) e Roberto Marinho (das Organizações Globo), também não merecem honraria alguma, pois foram apoiadores de primeira hora do covil de repressores e assassinos em que se transformou o golpe de 1964.

Pedro

Se o projeto é pra permitir apenas a alteração de agentes públicos, não cabe pra Otávio Frias nem Roberto Marinho.

sonia

tem como colocar o numero da conta da Luta custa, ou criar um link para o numero da conta… ?? Eu tinha visto no Stanley Burburinho no FB e não encontrei mais o numero… quero colaborar!!

    Fabio Passos

    Tambem quero colaborar.
    Como faz?

sonia

Eu sabia que estava votando bem. no Bonduki… Me revolta passar por estas ruas e me nego a chamar pelo nome : É ponte estaiada, é agua espraiada ( que lindo nome !!)
E pau no pensa o Andrea Matarazzo… ele é puxa saco do serra… !!

flor

Pessoalmente acho que São Paulo já é feia o bastante para ter nomes de avenidas e pontes de gosto duvidoso como os que o Bonduki cita. Talvez falte para as eminências pardas da Câmara o nome de coroneis e policiais militares que participaram de grupos de extermínio desde os anos 70 até os dias atuais para São Paulo ficar mais com a cara do militarismo e conservadorismo da elite paulistana.

Ótima proposta do vereador que aliás tenho muito gosto de ter dado meu voto.

Paulo Ribeiro

Temos em São Paulo um viaduto chamado Luiz Eduardo Magalhães, “homenagem” prestada por Celso Pitta. O que fez este sujeito por São Paulo para merecer esta honra? E quem era Pitta para propor uma excrescência como essa?

Deixe seu comentário

Leia também