Pepe Escobar: Doutrina Trump, com seu novo eixo do mal, prevê derrubada de Maduro com a ajuda do Brasil, Colômbia e Peru

Tempo de leitura: 5 min

Revelado: Doutrina Trump promete carnificina para o novo Eixo do Mal

por PEPE ESCOBAR, no Counterpunch

Sugerido por Azov

Não foi um “discurso profundamente filosófico”.

Nem uma demonstração de “realismo com princípios”, como vendido pela Casa Branca.

O discurso do presidente Trump nas Nações Unidas foi “carnificina americana”, para usar uma frase previamente utilizada pelo autor de discursos dele, o nativista Stephen Miller.

É preciso entender a enormidade do que foi dito por Trump.

O presidente dos Estados Unidos, diante da burocracia inchada que se passa por “comunidade internacional”, prometeu “varrer do mapa” a República Democrática Popular da Coreia (25 milhões de habitantes).  E talvez o faça, ainda que milhões de sul coreanos morram como dano colateral.

Muitas tentativas foram feitas para conectar as ameaças de Trump à “teoria do louco” inventada por Nixon em parceria com Henry Kissinger, segundo a qual a então União Soviética deveria viver sempre sob a impressão de que Nixon era suficientemente doido para, literalmente, apertar o botão nuclear. Mas a Coreia do Norte talvez não se impressione com o remix da teoria.

Isso deixa, na mesa, um upgrade aterrador de Hiroshima e Nagasaki (Trump repetidamente falou sobre Truman no discurso).

Diplomacia frenética está em andamento tanto em Moscou quanto em Beijing: a Rússia e a China tem sua própria estabilidade/conectividade em jogo para conter a Coreia do Norte.

A Doutrina Trump foi finalmente enunciada e o novo eixo do mal delineado.

Os ganhadores são a Coreia do Norte, o Irã e a Venezuela.

A Síria, sob Assad, é uma espécie de meio diabo, assim como Cuba.

Crucialmente, a Ucrânia e o mar do Sul da China receberam apenas menção passageira de Trump, sem acusações duras contra Rússia e China.

Isso pode refletir algum grau de realpolitik; sem o RC — a parceria estratégica de Rússia e China que está no coração dos BRICS e da Organização de Cooperação de Shangai (SCO) — não há solução possível na Península Coreana.

Nesta batalha épica dos “muitos justos” com os “poucos perversos”, com os Estados Unidos descritos como uma “nação benevolente” que busca “harmonia e amizade, não conflito”, é um tanto estranho ver que o Estado Islâmico não foi retratado por Trump como sendo tão diabólico quanto a Coreia do Norte e o Irã — mereceu apenas alguns parágrafos.

A ARTE DE DESMONTAR UM ACORDO

De acordo com a Doutrina Trump, o Irã é “um estado malfeitor economicamente exausto, cujos maiores produtos de exportação são a violência, o derramamento de sangue e o caos”, um “regime assassino” que lucra com um acordo nuclear que é “uma vergonha para os Estados Unidos”.

O ministro das Relações Exteriores do Irã tuitou: “O discurso de ódio de Trump pertence aos tempos medievais — não à ONU do século 21 — e não merece resposta”.

O ministro russo Sergey Lavrov mais uma vez reafirmou completo apoio ao acordo, antes do encontro P5+1 em que Zarif deveria se sentar na mesma mesa que o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson.

Sob avaliação, se o acordo com o Irã está sendo cumprido. Tillerson é o único que busca renegociação.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, vem usando um argumento inatacável sobre as negociações nucleares.

Ele disse que o acordo — que o P5+1 e a Agência Internacional de Energia Atômica concordam que está funcionando — poderia ser usado como modelo em outros lugares.

A chanceler alemã Angela Merkel concorda.

Mas, Rouhani diz, se os Estados Unidos decidirem abandonar o acordo de maneira unilateral, como seria possível convencer os norte coreanos de que vale a pena sentar e negociar qualquer coisa com Washington?

O que a Doutrina Trump busca, na verdade, é o velho golpe dos neocons: retomar a dinâmica da guerra fria entre Washington e Teerã nos moldes dos anos Dick Cheney (o vice de W. Bush).

O script é o seguinte: o Irã precisa ser isolado (pelo Ocidente, só que agora os europeus não aceitam mais isso); o Irã está “desestabilizando” o Oriente Médio (a Arábia Saudita, fundição ideológica do jihadismo salafita, recebe passe livre); o Irã, que desenvolve mísseis balísticos que alegadamente poderiam carregar ogivas nucleares, é a nova Coréia do Norte.

Isso abre as portas para Trump cancelar o acordo em 15 de outubro.

Este perigoso jogo político colocaria Washington, Tel Aviv, Riade e Abu Dhabi contra Teerã, Moscou, Beijing e capitais europeias não alinhadas.

Isso não é compatível com uma “nação benevolente” que busca “harmonia e amizade, não conflito”.

UM AFEGANISTÃO NA AMÉRICA DO SUL

A Doutrina Trump, como anunciada, privilegia a soberania absoluta do estado-nação.

Mas há aqueles “regimes perversos”que precisam de, bem, troca de regime.

Dá enter na Venezuela, agora “à beira do precipício”, governada por um “ditador”; assim, os Estados Unidos, “não podem parar e assistir”.

Sem parar, com certeza. Na segunda-feira Trump jantou com os presidentes da Colômbia, Peru e Brasil (o último deles indiciado como líder de uma organização criminosa e com uma taxa de aprovação inversa à da dinastia Kim, de menos 95%).

No menu: troca de regime na Venezuela.

O “ditador” Maduro tem apoio de Moscou e, mais crucialmente, de Beijing, que compra petróleo e investiu amplamente na infraestrutura do país, depois que a gigante brasileira Odebrecht foi atingida pela investigação da Lava Jato.

Há muito em jogo na Venezuela.

No início de novembro, tropas do Brasil e dos Estados Unidos farão exercícios conjuntos na floresta amazônica, na fronteira com o Peru e a Colômbia.

Podem chamar de ensaio para a troca de regime na Venezuela.

A América do Sul poderá muito bem se tornar um novo Afeganistão, uma consequência que deriva da afirmação de Trump de que “grandes porções do mundo estão em conflito e algumas, de fato, estão indo para o inferno”.

Apesar de toda a conversa sobre “soberania”, o novo eixo do mal dos Estados Unidos, mais uma vez, é sobre mudança de regime.

A Rússia e a China tem um plano para desarmar a disputa nuclear, seduzindo a Coreia do Norte a entrar na Belt and Road Initiative (BRI) e na Eurasia Economic Union (EAEU), através de uma ferrovia transcoreana e de investimento em portos do país.

O novo nome do jogo é integração euroasiática.

O Irã é essencial para a BRI.

É também um futuro membro pleno da Organização de Cooperação de Shangai, está conectado à India e Rússia pelo Corredor de Transporte Norte-Sul e é possível fornecedor futuro de gás para a Europa.

O nome do jogo, de novo, é integração euroasiática.

Enquanto isso, a Venezuela tem a maior reserva inexplorada de petróleo do planeta e é vista por Beijing como um módulo avançado da BRI na América do Sul.

A Doutrina Trump introduz uma nova série de problemas para a Rússia e a China.

Putin e Xi sonham com um equilíbrio de poder similar àquele do Concerto da Europa, que durou da derrota de Napoleão em 1815 até a véspera da Primeira Guerra Mundial, em 1914.

Foi quando o Reino Unido, Áustria, Rússia e Prússia decidiram que nenhuma nação europeia deveria ser capaz de repetir a hegemonia da França sob Napoleão.

Ao se colocar com juiz e executor, os Estados Unidos “benevolentes” de Trump parecem apenas interessados em fazer eco a tal hegemonia.

Este artigo foi primeiro publicado no Asia Times.

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Comentários

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Morvan

Boa tarde. Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos.. A frase, atribuída a Porfírio Díaz, tão atual e tão exorbitante à nação azteca, podendo ser empregada, com efeito, ao Haiti (Ai de ti, ó Haiti, laboratório de eletromagnetismo marcial), ao Brasil, a grande parte do mundo, e, claro, a quem tiver petróleo. Aí se torna “do mal”. Uma infeliz coincidência, por assim dizer.
Quanto à doutrina, poderia ser Trump, Hillary. O nome do títere não importa. Trata-se, isso sim, de problema ciático, ou pentagonal.
Não sei com relação aos demais leitores. Mas, para mim, é como uma crônica de desastre esquadrinhado. Não posso alegar surpresa, com relação aos militares, pois nunca os vi como tendo um mínimo de identificação nacional.

Saudações “#ForaTemerGolpsista; Eleger o ‘Jara’, recobrar o país das mãos dos destruidores. Reforma do Golpiciário urgente. Com esta curriola togada, jamais teremos democracia“,
Morvan, Usuário GNU-Linux #433640. Seja Legal; seja Livre. Use GNU-Linux.

Mateus Bittencourt

Leiam esse texto e entendam o que a AL “ganha” por se subordinar ao império decadente

Como Japão e CdS se tornaram potências tecnológicas capazes de concorrer com a Europa Germânica em produtividade e qualidade dos produtos.

1- Por medo da evolução da influência soviética e chinesa na Ásia, os EUA resolveram que os dois países pobres em recursos naturais poderiam se desenvolver industrial e tecnologicamente. O plano inicial dos EUA eram transformar o Japão num país agrário mais pobre do que a Indonésia. Mas a revolução de 49 na China mostrou que isso não seria possível. Dessa forma, os EUA emprestaram dinheiro barato para os citados países, fizeram transferência de tecnologia e abriram seus mercados para os produtos japoneses e coreanos. Basicamente o contrário do que fizeram com a América Latina, pois sabiam que aqui a classe média alta controlava a sociedade com seu pensamento conservador, não representando perigo algum ao status quo.

Para a América Latina os empréstimos foram a juros altos e curto período de carência, sabotagem de qualquer tipo de tentativa de desenvolvimento de tecnologia própria, protecionismo até mesmo contra os produtos agrícolas da América Latina. Se hoje somos pobres, agradeçam a essa classe média alta lixo, a mesma que ajudou no golpe de 2016, e sua subordinação aos Estados Unidos. A classe média alta que pouco se importa com a corrupção, mas que apenas quer um país cheio de miseráveis para ter mão-de-obra a preço de banana, utilizando a corrupção como desculpa moralista para atingir seus objetivos elitistas [a esquerda deveria martelar esse fato para o povo, coisa que não faz].

Basicamente, JP e CdS só se desenvolveram porque os EUA permitiram e ajudaram nisso. Outros países que tentaram o mesmo receberam o chicote do Tio Sam. Chile de Allende, Brasil de Goulart, Irã de Mohammed Mossadegh, etc. Não que tenha sido por caridade, afinal, em 1924 os EUA barraram de vez a imigração de asiáticos para o país, porque os consideravam uma “raça inferior”, assim como latinos, europeus do Sul, negros, aborígenes.

2- Além de receber dinheiro barato, tecnologia e abertura de mercados por parte dos EUA, Japão e CdS contaram com forte presença estatal na formação dos grandes conglomerados empresariais do país. Os Zaibatsus e os Chaebols nada foram além dos chamados “campeões nacionais” desses dois países. Eram escolhidos a dedo pelo poder estatal para receberem apoio e crescerem. O Lula tentou o mesmo no Brasil, mas enquanto JP e CdS investiram em empresas de tecnologia e montadoras de automóveis, Lula investiu em empresas de alimentação. Normal para um governo que se dobrou aos latifundiários que mandam nesse país desde 1534.

3 – Ambos países fizeram a reforma agrária, e, com isso, criaram mercado consumidor interno, assim como impediram o êxodo rural descontrolado como visto na América Latina.

4 – Taxação de heranças e grandes fortunas. Houve uma época em que a taxação de heranças no Japão chegava a 80%. Por isso hoje em dia nós não vemos tantos bilionários japoneses quanto em outras potências econômicas. E, quando vemos, geralmente são mais “pobres” do que os bilionários norte americanos, europeus e até latino americanos. Esse dinheiro era investido em desenvolvimento tecnológico, ciência e infraestrutura. Já na América Latina, como sabemos, o inverso é que sempre foi feito. Aqui heranças e dividendos mal recebem taxação.

5 – Controle de fluxo de capitais. Ao contrário do que acontece na AL, CdS e Japão controlavam o fluxo de capitais, impedindo que os lucros saíssem do país livremente e também impedindo a entrada de capitais especulativos. Já no BR, quando um presidente tentou controlar o envio de lucros para fora do país, foi derrubado. João Goulart é o nome do mesmo e essa foi a principal razão de ter sido colocado para correr pela aliança entre empresários brasileiros, grande burguesia norte americana, exército e classe média alta paneleira.

6 – Investimento maciço em educação, infraestrutura, ciência por parte do Estado.

Como resultado, JP e CdS são dos poucos países – ao lado dos países da Europa Germânica – nos quais a taxa de lucros não caiu, como mostrou o economista Michael Roberts. Como a produtividade industrial é alta em comparação a China, América Latina e Europa do Sul e a qualidade dos produtos é superior a dos produtos produzidos nos EUA, esses países conseguem “roubar” o valor produzido nas outras nações do mundo impedindo que a taxa de lucros caia.

Mas isso foi conseguido com muita ajuda externa por parte dos EUA, por medo do crescimento do socialismo real na Ásia, assim como forte presença estatal na economia, com alta taxação de fortunas e heranças, investimento em indústrias de tecnologia, investimento em educação, controle de capitais, reforma agrária. Ou seja, exatamente o contrário do que os liberalecos classe média paneleiros elitistas querem para o Brasil.

Mais sobre o desenvolvimento da CdS:

https://voyager1.net/economia/o-mito-sul-coreano/

Azov

Fatos:
1) Uma estratégia monumental de guerra foi lançada contra a América do Sul pelos estados unidos
2) Seu impacto político, social e econômico é continental e já pode ser considerado devastador
3) O valor da expropriação das populações sulamericanas avança no intervalo do incalculável
4) A coesão dos estados nacionais na América do Sul já foi severamente comprometida e dificilmente será recuperada
5) O Brasil, alvo pivotante da estratégia, entre a devassidão de interesses de sua classe política e a distração de suas forças armadas com os planos para eliminação de um espectro vermelho na decomposição da luz, caiu inteiro e não tem defesa
6) As forças armadas brasileiras, fraternalmente derrotadas pelo comando sul dos estados unidos, já não respondem à sociedade brasileira ou ao poder civil no Brasil
7) Eventuais divisões nas forças brasileiras apenas potencializarão a estratégia; 7 a 1?
8) Esta derrota não precisará ser reconhecida, porque será apresentada à população como vitória da racionalidade econômica, sinal de prosperidade iminente na América do Sul, graças a bem remunerados think tanques
9) O Brasil não conhece o Brazil.
0) bye bye Brasil

§§
“…existen 72 bases militares de la OTAN en Nuestra América, la enorme mayoría estadounidenses. Con el correr de estos años se fueron agregando algunas más. Sin embargo, para terminar de tomar el control de América del Sur, donde se produjeron proceso políticos con la capacidad de amenazar estratégicamente el poder del polo angloamericano en la región, Estados Unidos debe avanzar sobre el eje sobre el cual se desarrollaron los procesos anti-hegemónicos de Suramérica: Caracas, Brasilia, Buenos Aires. En este sentido, en la Argentina se proyectan tres bases militares norteamericanas ya acordadas con el gobierno de Macri. El núcleo principal de la disputa es Brasil…”
El avance militar de Estados Unidos en la región a partir de acuerdos con Brasil
https://www.aporrea.org/tiburon/a246094.html
§§
Venezuela & Brazil Fall Without Military Intervention
https://youtu.be/kZBwcaWQuGo

Luiz Carlos P. Oliveira

Pergunta aos nossos militares:
Algum presidente ou general dos EUA permitiria que o exército de outro país fizesse manobras militares em território americano?
Nosso exército tem muita experiência em sobrevivência na Amazônia. É seguro passar para os americanos essa experiência?

Luiz Carlos P. Oliveira

Resumindo toda a ópera bufa: os Republicanos americanos, quando estão no poder, necessitam de guerras para vender armas. Da mesma maneira, os Democratas, ligados intimamente aos petroleiros, fazem de tudo para ajudar esses. E não importa se a guerra vai destruir países. Como diria o mentecapto americano, “é o mercado, idiota”.

Nelson

É a monumental crise do sistema capitalista, amigo. Uma crise de superprodução de mercadorias. Crise que acaba por ser ainda mais agravada, porque a super capacidade instalada de produção não encontra, do outro lado, demanda compatível para a quantidade de mercadorias produzidas.

Crise insolúvel, posto que a sua solução implicaria em garantir poder de compra para o bando de consumidores que é composto, em sua maior parte, pelos próprios trabalhadores explorados pelo sistema ou pelos que foram cuspidos para a exclusão social por conta da lógica de funcionamento do mesmo.

Crise insolúvel, porque, para garantir este poder de compra e possibilitar a desova das mercadorias encalhadas, seria preciso aumentar a renda do trabalhador, ou seja, os salários e gerar mais postos de trabalho, milhões de empregos, para integrar os excluídos ao mercado consumidor. Mas esta seria uma medida diametralmente contrária à lógica de funcionamento do sistema capitalista, que determina a acumulação incessante de lucros.

Crise insolúvel, uma vez que, para que, em uma ponta o lucro apareça sempre crescente, na outra o sistema se obriga a fechar postos de trabalho e a reduzir salários, o que vai acabar minando a capacidade de consumo da maior parte da população.

Crise insolúvel, se partimos do princípio que determina que, para ser verdadeiramente válido, um sistema sócio-econômico-produtivo deve garantir a todo e qualquer ser humano a vida minimamente digna a que ele tem direito.

E isto, o capitalismo não tem condições de garantir. Por sua lógica, ele quer acumular lucros e mais lucros. Lucros que vão parar nas mãos de poucos, ao passo que, do outro lado, a quantidade dos que são jogados à exclusão só faz se agrandar mais em mais. É gente, às pencas, que fica cada vez mais longe dessa vida digna.

Então, os capitalistas, que detêm o poder econômico e político na maior parte do planeta e que sabem como funciona o sistema, ao invés de propor algo novo, que possibilite a vida digna a centenas de milhões ou mesmo bilhões de pessoas, postulam a salvação do capitalismo.

E, não importa se, para chegarem a essa salvação eles tenham que esmagar esses bilhões, seja por meio de políticas excludentes, seja mesmo pelo extermínio através das guerras.

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