Paulo Nogueira: Por que Dilma preferiu a Bolívia a Davos

Tempo de leitura: 2 min

posse morales -bolivia

Dilma na foto oficial da cerimônia de posse do presidente Evo Morales, em La Paz – Bolívia. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

É fácil entender por que Dilma preferiu a Bolívia a Davos

por Paulo Nogueira, no  Diário do Centro do Mundo

Uma das tolices que estão sendo propagadas pelos suspeitos de sempre é que Dilma cometeu um desatino ao optar por ir à posse de Evo na Bolívia e não a mais uma edição do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

As críticas derivam de duas coisas. Uma é o preconceito em relação à Bolívia e Evo. Não há nada que se possa fazer a respeito. Augusto Nunes, o Brad Pitt de Taquaritinga, chama Evo de “Llama de Franja”, e presume que está sendo espirituoso.

O segundo fator é a ignorância dos críticos em relação ao Fórum Econômico Mundial, que cobri duas vezes, já quando perdera o brilho.

O WEF, das iniciais em inglês, é agora uma espécie de Ilha de Caras da plutocracia global.

Teve num passado distante, quando a globalização era novidade, alguma relevância.

Nos dias de ouro, até estrelas do cinema como Angelina Jolie iam a Davos, nos Alpes suíços.

Não mais.

Agora, os organizadores têm que se contentar com subcelebridades como Paulo Coelho – sempre presente com tudo na faixa – para tentar promover o encontro.

O WEF, ao contrário do que muitos pensam, é um negócio privado e seu maior objetivo, longe de resolver os problemas do mundo, é proporcionar holofotes a seu dono, o alemão Klaus Schwab.

Como a Ilha de Caras vivia do prestígio de quem ia a ela, o WEF depende também dos políticos e empresários que se deslocam para Davos.

Tente encontrar Obama lá, por exemplo. Obama jamais foi ao WEF, e nenhum dos seus críticos encrencou com isso. Nem Bush compareceu uma única vez a Davos.

Clinton foi, em 2000. Mas estava se despedindo da presidência, e o WEF era um excelente lugar para arrumar palestras de 150 000 dólares ao redor do mundo.

Os líderes empresariais que vão ao WEF estão lá não por seu notório saber e charme inexcedível, mas porque pertencem a empresas patrocinadoras.

Você tem uma empresa e quer pontificar em Davos? Basta procurar o tesoureiro do WEF e verificar o preço de uma cota de patrocínio.

Hoje, 2015, Davos é, sobretudo, uma boca livre. Joaquim Levy provavelmente aproveitará os dois ou três dias lá para relaxar na paisagem deslumbrante de Davos.

É bom que ele relaxe mesmo porque, ao voltar, terá um trabalho duro pela frente.

Quanto a Dilma, fez a opção certa. Em vez de servir de escada para Schwab, foi para um compromisso em que teria a companhia de pessoas de quem gosta – e se livrou dos enfadonhos engravatados do WEC.

O resto, bem, o resto é nhenhenhém de quem não tem a menor ideia do que seja Davos.

Leia também:

Luis Nassif: A marcha da insensatez da mídia com Eduardo Cunha


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Comentários

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Rodrigo Leme

Convenhamos, Davos é para quem entende um mínimo de economia. A Dilma fica perdida em um ambiente desses, melhor ir para a Bolívia mesmo.

FrancoAtirador

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“Fui Assaltado por um Banco”

Por João Pedro Martins, na Visão (Portugal)

Pior do que a morte é a ausência de vida em muitos setores da sociedade.

Há um cheiro nauseabundo a putrefação em todos os processos que prescrevem e lesam o Estado e os contribuintes em milhões de euros.

Mais importante do que fazer uma autópsia ao país, é preciso criar mecanismos preventivos que sejam inibidores do crime e da burla legal.

Precisamos de apostar num sistema de educação que forme pessoas íntegras e profissionalmente idôneas e de criar bases sólidas para que o mérito e a verdade excluam naturalmente a mentira e o clientelismo.

Já tivemos bancos a sério, mas não temos banqueiros sérios.

Exemplos sucessivos mostram que a fraude e a burla legal com recurso a sociedades offshore [em Refúgios Fiscais] são práticas comuns na gestão bancária, perpetuando a batota fiscal e a corrupção, ao mesmo tempo que lesam investidores, clientes e a generalidade dos contribuintes.

Nas últimas décadas, a banca transformou-se num cúmplice fiel do crime organizado.

Entre 1970 e 2010, o tráfico ilícito de capitais, através da apropriação indevida de fundos, tornou-se num problema endêmico da economia mundial.

(http://visao.sapo.pt/silencio-da-fraude=s25392)
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Leia também

Ajuda da Europa à banca desde o início da crise
representa cerca de um décimo da riqueza europeia

É o que revela um relatório coordenado por um eurodeputado belga
e que a revista Visão avança na edição eletrónica.

Nestas contas da ajuda pública aos bancos nem tudo é assim tão claro,
pois o relatório fala em dois tipos de ajuda a estas instituições.

Outra das conclusões é que a ajuda, de facto, não é similar aos bancos dos países mais ricos e dos mais pobres.

(http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=712595&tm=8&layout=123&visual=61)
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Eli

Acho que neste início de governo, é o único ponto positivo da presidenta…vamos ver o resultado daqui uns tres meses das medidas recessivas adotadas pelo Quinca Levy.
A Bolívia é um dos países que mais crescem na AL e o povo está contente. Espero que a Pacha Mama abençoe Dilma.

Leonardo

O Paulo Nogueira é perdido demais. Imagina-se que depois de certa idade adquiri-se maturidade na visão dos fatos e consegue-se pelo menos separar as picuinhas da realidade.

JOACIL DA SILVA CAMBUIM

Se a grande mídia criticou Dilma por ter preferido ir à Bolívia, então ela está absolutamente certa. O dia em que essa imprensa elogiar Dilma, passarei a seu o seu maior crítico (a Dilma).

FrancoAtirador

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A BANCA, EM DELÍRIO, ENTRA EM PARAFUSO

“Ninguém mais sabe o que é um preço”

22/01/2015 13h06
Bloomberg

A Volatilidade no Mercado de Moedas,
de US$ 5,3 Trilhões por Dia,
se tornou excessiva para muitos operadores,
embora normalmente eles dependam das Flutuações
nas Taxas de Câmbio para gerar Lucros.

Por Ari Altstedter

Bloomberg) – Quando o valor do dólar canadense sofreu a maior queda em mais de três anos em apenas dois minutos, Brad Schruder se lembrou de uma lição aprendida no caos da crise financeira.

“Já não se pode confiar nos preços que aparecem na tela”, disse Schruder,
diretor de vendas cambiais do Bank of Montreal, ontem em Toronto.
“Ninguém sabe o que é um preço”.

A volatilidade no mercado de moedas, de US$ 5,3 trilhões por dia, se tornou excessiva para muitos operadores, embora normalmente eles dependam das flutuações nas taxas de câmbio para gerar lucros.

As oscilações dos preços aumentaram vertiginosamente e atingiram o maior patamar em um ano e meio, porque medidas surpreendentes, como a inesperada decisão do Banco do Canadá de reduzir as taxas de juros ontem, tornaram os investidores incapazes de acompanhar as mudanças, já que as cotações piscavam na tela dos computadores.

Operadores e especuladores já estavam sofrendo pela decisão-surpresa do Banco Nacional da Suíça (SNB), tomada em 15 de janeiro, de deixar de limitar o valor do franco suíço em relação ao euro.

O Citigroup Inc., o Deutsche Bank AG e o Barclays Plc sofreram perdas cumulativas de cerca de US$ 400 milhões com operações, disseram fontes do setor na semana passada, e o Credit Suisse Group AG e o Saxo Bank A/S disseram que a medida poderia afetar os lucros.

Intermediários

Quatro dias depois, a Dinamarca reduziu inesperadamente as taxas de juros para defender sua ligação com a moeda comum de 19 países, no intuito de silenciar os especuladores que apostavam que o país nórdico seguiria a Suíça e cortaria seus laços com o euro.

As surpresas ajudaram a levar a volatilidade entre as moedas do G7 para o maior nível desde junho de 2013, após rondar valores mínimos recordes até meados do ano passado, mostram índices do JPMorgan Chase Co.

Os operadores ganham dinheiro como intermediários no mercado cambial.
Eles passam cotações para os compradores e depois vão em busca de vendedores por conta própria.

Quando os preços mudam com tanta velocidade como têm acontecido ultimamente, o tempo entre passar uma cotação a um cliente e conseguir a moeda pode expor o operador a perdas, disse Schruder, do Bank of Montreal.

A alta da volatilidade chega quando o desmoronamento dos preços do petróleo bruto, que caíram mais de 50 por cento desde junho, está gerando mais ventos contrários para a inflação no mundo inteiro.

Ao mesmo tempo, bancos centrais como o do Canadá, o da Europa e o do Japão
vêm trabalhando para evitar a desinflação ou a deflação direta.

O Banco Central Europeu [BCE] manteve as taxas de juros inalteradas em mínimos recorde
e prometeu comprar bons de governos como parte de um programa de aquisição de ativos
no valor de 1,1 trilhão de euros (US$ 2,3 trilhões) a fim de estimular o crescimento e a inflação.

Dólar canadense

O “loonie”, apelido dado ao dólar canadense pela imagem da ave aquática na sua moeda de um dólar, caiu até 2,3 por cento na quarta-feira, para 1,2394 por dólar americano, seu menor valor desde abril de 2009 e a maior queda em um dia desde setembro de 2011.

Na mesa de operações cambiais do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC) em Toronto, a medida tomada pelo banco central recriou um cenário ocorrido apenas uma semana antes, quando o SNB tomou sua decisão.

“Imediatamente, os operadores começam a gritar”, disse Darcy Browne, diretor administrativo de moedas do CIBC.

“A princípio, a liquidez desaparece, então a primeira coisa que vem à mente é: ‘vamos ter um dia agitado'”.

Poucas horas depois, os movimentos bruscos desaceleraram.

Browne disse que prefere a emoção causada pela volatilidade alta ao tédio da volatilidade baixa no último verão boreal.

“Há um velho ditado”, disse ele em entrevista por telefone, na mesa de operações.

“Se fosse fácil, qualquer um poderia fazê-lo, e faria por muito menos.
Neste setor, você é pago quando a coisa fica difícil”.

Título em inglês:
“Traders Once Starved for Volatility Now See Too Much: Currencies”

(http://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2015/01/22/volatilidade-de-objeto-de-desejo-a-motivo-de-angustia-entre-operadores.htm)
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    FrancoAtirador

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    Quinzinho da Mídia-Empresa

    decidiu prescrever ao Brasil

    a Receita do Fracasso Europeu

    Durante seis anos, a Europa foi o Laboratório de Ponta do Arrocho Neoliberal.

    Hoje, o BCE jogou a toalha e adotou um MegaPlano de Injeção de Liquidez
    de um Trilhão de Euros para acudir uma Economia que oscila entre a Recessão e a Deflação.

    Aqui, a Receita do Arrocho Fiscal é saudada como Redentora…

    Hora a Hora – Carta Maior
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    FrancoAtirador

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    Solução Quinzinho da Mídia

    “Editorial do Globo critica Belluzzo,
    Unicamp e Fundação Perseu Abramo,
    e defende a ‘Solução Levy’
    que promete ‘curar’ o Brasil
    com Arrocho e Desemprego”

    A Recessão vai ‘curar’ o Brasil?

    A elevação da Selic em mais meio ponto
    custará outros R$ 6 bilhões em juros.

    É um exemplo do remédio para consertar
    a perna da girafa que quebra seu pescoço.

    Por Saul Leblon, na Carta MAior

    (http://cartamaior.com.br/?/Editorial/A-recessao-vai-curar-o-Brasil-/32694)
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    Christian Fernandes

    Tudo papel colorido.

    A falta de lastro já deixou de se ocupar, apenas, com o dinheiro e passou às mentes desse povo ensandecido.

    Querem mais é que o mundo se exploda!

Marat

“Llama de franja”??? Será que o pseudo jornalista, o gusano Augusto Nunes gostaria de ver seu patrão comparado a um símio?

Francisco

Na boa, prefiro viver bem com meu vizinho de parede, do que mal com ele e bem com um gringo de fala arrevesada que mora lá nas granfa.

Para o bem ou para o mal, o Brasil está parafusado na América do Sul.

FrancoAtirador

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Viva o Multiculturalismo e a União entre os Povos!

(http://fotospublicas.com/cerimonias-de-posse-terceiro-mandato-de-evo-morales-na-bolivia)
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Zanchetta

Tá mais a altura da estatura dela…

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