Paim: Debate sobre reforma trabalhista é entre escravocratas e abolicionistas; onde fica Marta?

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É de conhecimento público que o Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou, sendo certo que mesmo após a condenação de altos dirigentes, sobrevieram novos episódios a envolver a sua direção nacional. Marta Suplicy, agora sob o comando de Romero Jucá, na carta de despedida do PT

Da Redação

O Brasil vive uma implosão institucional. O Senado da república foi colocado a serviço da quadrilha que assaltou o poder. Como apontou o senador Paulo Paim (PT-RS) em sua fala final (ver acima), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou o relatório sobre a reforma trabalhista por 14 votos a 11 sem que um único senador da base governista fizesse um discurso em defesa das mudanças que penalizam os trabalhadores.

O governo Temer tem pressa no andamento da reforma com o objetivo de demonstrar ao empresariado que ainda tem condições de sobrevivência. Por isso, o relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sugeriu que o usurpador vete seis pontos da proposta aprovada na Câmara. É que, se o Senado modificar o projeto, ele volta para a Câmara.

Uma das manobras de Temer para garantir a vitória foi dar a direção da Suframa, a Superintendência da Zona Franca de Manaus, a um indicado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que se manifestou publicamente contra a reforma. Ele mudou de lado, mas o fez de forma covarde: deixou o voto pró-governo ser feito por seu suplente na comissão.

Agora o projeto segue para a Comissão de Assuntos Sociais, presidida pela senadora Marta Suplicy, do PMDB. Ela deixou o PT alegadamente “enojada” com a corrupção.

Será interessante observar a ex-petista sob a liderança de Romero Jucá na CAS. Depois que deixou o partido para concorrer pelo PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta foi acusada de receber 500 mil reais no caixa 2 da Odebrecht e uma mesada de R$ 200 mil pagos pela JBS, durante um período.

Passando pela CAS, o projeto ainda tramitará pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de seguir para o plenário.

Paulo Paim, em sua fala, disse que trata-se de um debate entre escravocratas e abolicionistas, tal será a desigualdade entre patrões e empregados se a reforma for aprovada.

Ele afirmou que o recado para os trabalhadores é de que as leis criadas para defendê-los simplesmente não valem, numa referência à prevista submissão da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — o legislado — ao que for negociado pelas partes — numa conjuntura em que os empresários tem a faca e o queijo na mão (veja, abaixo, os três exemplos dados pela presidenta do PT).

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Comentários

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João Paulo Ferreira de Assis

Concordo sr. Carlos. Senador que se vendeu por cargo na Zona Franca de Manaus tem de ser denunciado nas redes sociais, até ser intimidado, e votar contra.

JULIO CEZAR DE OLIVEIRA

ESSES SENADORES QUE VOTARAM A FAVOR DESTA REFORMA SÓ PODEM TER UMA CERTEZA,NÃO HAVERÁ ELEIÇÕES EM 2018 OU VÃO FRAUDAR AS URNAS,PORQUE EU DUVIDO
QUE ALGUM ELEITOR VOTARÁ NESTES VERMES,E TODAS AS MUDANÇAS QUE ESTÃO SENDO
TOMADAS SERÃO DESFEITAS E ESTES VERMES QUE ESTÃO AGINDO CONTRA A DEMOCRACIA
IRÃO PARAR NO BANCO DOS RÉUS.

    carlos

    Meu caro Júlio César, só tem um jeito de cassar o mandato desses venais, do congresso, é interagindo nas redes sociais em cada Estado, denunciando essa corja de empresários que detém mandato e os lobistas que trabalham em troca de financiamento de campanha. Um abraço amigo.

    Fernando Baitelli

    Eu duvido muito, viu ? Aberrações como Maluf, Sarney, Collor são eleitas…

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