O mundo perde Mandela, símbolo da luta pela liberdade e igualdade

Tempo de leitura: 6 min

Nelson Mandela (1918-2013)

O “Madiba”, cuja vida é inspiração de dias melhores, morreu aos 95 anos em sua casa, em Joanesburgo

por José Antonio Lima , em CartaCapital

“Durante a minha vida, me dediquei à luta do povo africano. Lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu defendi o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e conseguir realizar. Mas, se preciso for, é um ideal para o qual estou disposto a morrer.”
Nelson Mandela, na abertura de sua declaração de defesa no Julgamento de Rivonia, em Pretória, em 20 de abril de 1964

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Em 12 de fevereiro de 1990, quando Nelson Mandela foi solto, após 27 anos encarcerado, a África do Sul estava à beira de uma guerra civil entre brancos e negros. A libertação de Mandela era fruto de negociações entre o regime segregacionista do Apartheid e a resistência negra, mantidas em segredo para não estimular ainda mais violência por parte dos extremistas de ambos os lados. Havia uma imensa desconfiança a respeito das intenções de Mandela, mas mesmo após séculos de opressão e de seu sofrimento pessoal, Mandela tomou as decisões que fazem muitos considerá-lo o maior líder político de todos os tempos.

Ao levar a todo o país uma mensagem em defesa da democracia e da igualdade, o Madiba, como é conhecido no país, se tornou o artífice da reconciliação entre brancos e negros sul-africanos, evitando o que poderia ser uma sangrenta guerra civil. Foi esse homem que a humanidade perdeu decorrente de uma infecção pulmonar, nesta quinta-feira 5. O anúncio oficial foi feito em rede nacional pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

A morte de Mandela era a má notícia que os sul-africanos esperavam há anos, desde que a saúde debilitada do ex-presidente começou a preocupar. A cada internação, o país entrava em apreensão, inúmeros boatos circulavam, o governo divulgava notas oficiais, até que vinha a notícia da alta. Desta vez, foi diferente. A morte de Mandela deve jogar boa parte do país em depressão.

Violência e o fim do Apartheid

O luto não se dá à toa. Após anos lutando contra o regime da supremacia branca de forma institucional, Mandela ajudou a fundar, em 1961, o Umkhonto weSizwe, braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA). Dois anos depois de entrar na luta armada, Mandela foi preso e condenado à prisão perpétua no famigerado Julgamento de Rivonia. Ele deixaria a prisão apenas nos anos 1990, quando se juntaria a algumas poucas figuras que tentariam colocar fim ao Apartheid.

Como o regime beneficiava diversos grupos, a resistência às mudanças seria ferrenha. Logo após a soltura de Mandela, uma onda de violência tomou conta da África do Sul. Chacinas foram cometidas várias vezes por dia em trens e outros locais públicos. Líderes comunitários e outras figuras públicas foram executados. Massacres nos guetos negros se tornaram comuns. A execução do “colar”, por meio da qual um pneu com gasolina era colocado no pescoço da vítima e incendiado, se tornou a horrenda face da violência no país. Isso sem contar a repressão violenta da polícia contra as manifestações de populações negras. Era uma época que os sul-africanos “morriam como moscas”, nas palavras do arcebispo anglicano Desmond Tutu, Nobel da Paz.

A violência daquele período era atribuída a uma guerra entre o Congresso Nacional Africano, grupo liderado por Mandela, que pregava a igualdade entre brancos e negros, e o Inkatha, movimento nacionalista zulu, um dos diversos povos sul-africanos. Essa era apenas parte da explicação. A violência generalizada era uma ação orquestrada pelas forças de seguranças do regime e pelos extremistas de direita do Inkatha. Milhares de membros da facção zulu foram treinados em campos secretos e receberam armas e dinheiro das forças de segurança do regime e de líderes brancos de extrema-direita. Alguns policiais, brancos e negros, chegavam a coordenar e participar dos massacres. Quando não havia gente do Inkatha, mercenários de países como Angola e Namíbia eram contratados. Em silêncio, para não serem identificados como estrangeiros pelo sotaque, matavam sul-africanos a esmo.

Para o Inkatha, aquela era uma luta para manter a autonomia da terra KwaZulu e buscar a independência. Para os extremistas brancos, era uma estratégia dupla: primeiro manter a argumentação de que os negros eram incapazes de se autogovernar. Caso isso não desse certo, o CNA, de Mandela, ao menos ficaria enfraquecido para a eleição presidencial que se seguiria, a primeira na qual brancos e negros poderiam votar e ser votados livremente.

A estratégia de desestabilização não deu resultados graças à força de caráter de inúmeras pessoas, entre elas o então presidente sul-africano, Frederik Willem de Klerk, e de Mandela. Entre 1990 e 1993, a África do Sul revogou leis que davam amparo jurídico ao Apartheid, desmantelou seu arsenal nuclear e convocou eleições livres para 1994. Ao contrário do que pensavam os extremistas, o CNA não estava enfraquecido por conta da violência. Nas urnas, o partido obteve uma vitória massacrante, e Mandela se tornou o primeiro presidente negro na história do país.
“Nação Arco-Íris”

No poder, Mandela operou um milagre político. O Madiba fez os sul-africanos acreditarem no seu sonho, o de que a África do Sul poderia ser mesmo uma “Nação Arco-Íris”, na qual todas as “cores” poderiam conviver de forma harmônica. Mandela conseguiu contemplar os anseios das minorias brancas e conter a ânsia por justiça de líderes negros, muitos dos quais desejavam vingança após décadas de abusos e arbitrariedade.

A face mais visível do esforço de reconciliação feita por Mandela foi o apoio à seleção de rúgbi da África do Sul, os Springboks, na Copa do Mundo de 1995. Mandela não permitiu a mudança de nome e uniforme da equipe e tornou a seleção, símbolo de orgulho dos brancos, em orgulho nacional. A empreitada teve um fim épico com a improvável vitória da África do Sul sobre a Nova Zelândia, no hoje mítico Ellis Park, em Johannesburgo. A história foi registrada de forma magistral no livro Conquistando o Inimigo, de John Carlin, e no filme Invictus, de Clint Eastwood.

O apoio aos Springboks era parte da estratégia de Mandela de liderar pelo exemplo. Para o sul-africano comum, branco ou negro, era inevitável se questionar: como pode um homem que ficou encarcerado por 28 anos deixar a prisão sem qualquer resquício de rancor e adotar um tom tão reconciliatório? Se Mandela podia, todos podiam.

O milagre da Nação Arco-Íris foi também institucionalizado. Sob Mandela, a África do Sul passou a ter programas de habitação, educação e desenvolvimento econômico para a população negra; instalou a Comissão da Verdade e da Reconciliação, que serviu como catarse coletiva para o país; e aprovou uma nova Constituição, vista até hoje como ponto central de estabilidade na África do Sul.

O legado de Mandela

Desde que assumiu a presidência, Mandela deixou claro que gostaria de ser apenas o responsável pela transição da África do Sul, e não o guia eterno do país. Ele fez isso pois desejava uma África do Sul independente, inclusive dele próprio. A África do Sul que Mandela imaginou, no entanto, não conseguiu completar o sonho do líder visionário durante sua vida. Contra a vontade de Mandela, e de sua família, sua imagem é usada persistentemente de forma política, às vezes por líderes que dilapidam seu legado. Esse processo foi agravado pelo silêncio ao qual Mandela foi obrigado a se recolher devido ao agravamento de sua doença.

Nos governos de Thabo Mbeki (1999-2007) e do atual presidente, Jacob Zuma, ambos do CNA, a África do Sul teve grande crescimento econômico, mas a desigualdade social é maior que a existente no fim do Apartheid. O CNA, por sua vez, deixou de ser o partido da liberdade para se tornar um amontoado de políticos acusados de corrupção e de agir em benefício próprio. A Liga Jovem do ANC, fundada por Mandela, passou a ser conhecida pelos atos e palavras de intolerância de seus líderes, um perigo para uma país onde a violência racial está contida, mas a tensão entre brancos e negros, não.

Apesar do uso político de sua imagem, Mandela continua sendo o bastião da democracia na África do Sul. Talvez, o distanciamento entre seu legado e a condição atual do país tenha servido para, nos últimos anos, tornar mais agudo o sofrimento da população a cada nova internação. Hoje, finalmente, chegou o dia de deixar Mandela descansar, e dos sul-africanos colocarem o país no rumo sem um exemplo vivo para guiá-los.

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Comentários

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francisco.latorre

tremenda hipocrisia.

mandela é comemorado não por libertar o povo africano.

e sim por salvar os interesses europeus.

os diamantes. e as terras.

o povo negro. escapou do chicote.

mas terminou condenado à miséria.

..

explicado.

porque a brancaiada racista celebra mandela.

..

http://esquerdopata.blogspot.com.br/2013/12/uma-foto-para-historia.html

http://www.bluebus.com.br/1a-entrevista-de-mandela-tv-em-61-aos-42-para-midia-inglesa-legendado/

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/338143_MANDELA+E+A+DERROTA+DE+SEUS+INIMIGOS

..

    Jose Mario HRP

    Esse é o tipo do dono da verdade que só aceita comer o bolo inteiro duma só vez, depois põe os bofes pra fora!

    Politica não é magia, mas há ingenuos que pensam q

    Jose Mario HRP

    que é!……

Julio Silveira

É interessante analisar a historia desse grande líder, hoje exemplo mundial, festejado e até celebrado na morte.
A alguns anos atrás já foi classificado como terrorista pelos States, e certamente a nossa mídia corporativa acompanhou como sempre acompanha as opinião que vem do grande irmão deles, do norte. Mas a custa de muito sacrifício pessoal e perseverança esse grande homem conseguiu se tornar uma unanimidade do politicamente correto. Menos por se curvar e mais por estar com a razão e compreender a necessidade da luta que empreendeu para o bem de seu país.
Num paralelo com o Lula analisando fosse brasileiro, vindo de onde veio, não seria tolerado pelos reacionários que comandam o país, mesmo com todos as bons motivos e necessidades da pátria que lhe moviam, mesmo tendo reconhecimento vindo do exterior. Como disse o Lula prova, temos uma elite pior que a dos racistas sul africanos.

Mário SF Alves

Tem um bode na sala. E foi a mídia fora da lei o alimentou. Até aí, nada demais. Em se tratando de um país ainda tido como eminentemente agrícola, de fato nada demais. Até aí, tudo muito ameno. Bode, leite e mídia ama-de-leite. Tudo muito ameno, não fosse por um pequeno detalhe: a exemplo de 64, vivemos hoje o horror do prenúncio de mais um covarde, injustificável, tenebroso, desumano e insuportável regime de exceção, negador do Estado Democrático de Direito.
Algum tempo já se passou desde o início da espetacularização da farsa que engendrou o bode. Porém, ele ainda está lá, plantado bem no coração do Judiciário. E não demora muito, o mesmo poder que o criou e deformou, vai ter de o estirpar de lá. Até porque, a prepotência usada no julgamento e execução da AP 470 é ação danosa com prazo de validade já quase vencido. Seu efeito deve durar apenas tanto quanto dure a hipnose coletiva. E é o exemplo típico do tiro que explode a mão de quem segura a arma pela culatra. Ou seja: mexeram à fundo nos brios da população; trouxeram à tona sentimentos há muito manietados e reprimidos. Portanto, a continuar nesse ritmo, e perdurar por tempo além do esperado sem que se reproduza ali um outro julgamento de mesma natureza e intensidade midiática, a desmoralização do Judiciário poderá ser irremediavelmente avassaladora. Decorre daí que a ordem é uma só: o bode tem de desocupar a sala; sendo ou não candidato. Após isso, e não havendo a recriação de um novo bode, isto é, após cessação do inter curso ditatorial, a sorte dele estará lançada e seu destino estará cumprido. E nada, nem os EUA, e nem a mídia fora da lei que o pariu, o fará escapar do terrível silêncio civil que o aguarda.
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Moral da estória: ante tamanho desvario no enfrentamento do PT, ante tamanho desvario cometido no julgamento de alguns dos maiores líderes do PT, é lícito concluir que o apartheid social no Brasil é, por enquanto, mais difícil de ser superado que foi o apartheid racial na África do Sul.
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O Brasil ainda precisa demais do Lula, da presidenta Dilma e do PT de Genoino, de todos nós e de Dirceu. Mas, sobretudo, e mais do que nunca, o Brasil, precisa da capacidade de discernimento do povo brasileiro. Capacidade essa que, ante o horror imposto pelos criadores do bode, encontra-se deploravelmente entorpecida. ____________________________________________________
O futuro passa pelo PT. O reviver da consciência coletiva depende do PT. O Estado Democrático de Direito no Brasil e na América Latina passa pelo PT. No entanto, é bom que se tenha claro, se o PT se permitir domesticar além do logicamente admissível, tudo estará perdido. Com ou sem a presidenta Dilma; com ou sem o ex-presidente Lula; com ou sem o inestimável exemplo do Mandela.

Lindivaldo

Chega dá nojo a hipocrisia da globo e seus satélites nas homenagens ao Mandela…

Como seria bom desmascará-la pela milésima vez…

Pois, sendo esta grande imprensa colonialista, imperialista, anti-democrática, elitista, branca, preconceituosa e ultra-conservadora, está claro que ela foi contra todas as lutas empreendidas pelo Mandela!

Será se nos arquivos, ou melhor, no lixão da globo, não se encontra nenhum editorial, ou reportagem, em defesa do apartheid ou criticando o Mandela?

    Mário SF Alves

    E que tal esfregar essa imagem no cinismo demagógico dela?

JOSE ANTONIO BATATA

A sorte de Mandela foi ter nascido na África do Sul, se tivesse nascido no Brasil seria acusado de Mensaleiro e estaria PRESO. Guerilheiro , Herói , valente e libertador estão presos no Brasil acusados de um crime que não cometeram. No BRASIL deixamos que a DIREITA prendesse nossos heróis.

Luís Carlos

A dor e sofrimento causados pela injustiça pode matar homens ou criar mitos. Mandela é o inefável em forma humana.
Diante dessa personagem histórica, mesmo os vermes podem se redimir.
Saudações solidárias ao grande líder da tolerância.

José Silva

Morre um herói, nasce uma lenda!!! Descanse merecidamente em paz, pois o teu exemplo romperá as barreiras do tempo e em tua memória a luta se renova com esperança e ainda mais força!!! Viva Mandela!!!

Maria Rita

Olhando para o rosto tranquilo, o sorriso extravasando em felicidade, busco explicações para entender como a crueldade transforma a vida de um ser humano que sobreviveu a ela. Mandela era cristalino. Daí que concluo ser um desperdício humano quem troca a ambição pessoal pelo exercício da crueldade. Mandela deixa seu exemplo num tempo muito estranho para o Brasil. 15 de novembro abortou por um acaso do destino.

Paulo Ribeiro

Mandela representou para a África do Sul no século XX o que Luiz Inácio Lula da Silva significa hoje para o povo brasileiro – símbolo de luta contra a opressão e eterna busca pela liberdade e dignidade dos mais humildes. Vai-se fisicamente Mandela, mas permanecem os seus ideais nas mãos daqueles que o admiram e mantém o compromisso de seguir em sua batalha.

    Flavio Lima

    Mandela vivera para sempre!

    Mário SF Alves

    Vou comentar o que ficou claro pra mim:

    “Quando a cobra estiver com overdose de veneno, colocar LULA e fhc na mesma frase é irresponsabilidade civil.”

Eduardo

Madiba morreu! Mais luz no céu, menos esperança na terra. Ofereço minhas lágrimas, minhas orações. Sua obra será eterna!

Horridus Bendegó

Se Nelson Mandela tivesse ocorrido no Brasil, a Globo o trataria como trata o Lula.

    Mário SF Alves

    Sim. E com dose extra daquele sadismo de escravocrata que só ela sabe destilar.

Jose Mario HRP

Obrigado Mr. Nelson!

http://www.youtube.com/watch?v=qKMdFlBuKz0

Carlos Forte

E SE NELSON MANDELA TIVESSE NASCIDO NO BRASIL E LUTADO PELOS DIREITOS DO POVO BRASILEIRO, ELE ESTARIA SOLTO E SERIA TÃO ELOGIADO?

Morreu uma das lideranças mais importante de todos os tempos. O homem que lutou pela liberdade de seu povo, contra o racismo, contra uma discriminação brutal e assassina que prendeu, torturou, e executou dezenas de milhares de negros iguais a ele, em praça pública e nas masmorras de um dos regimes mais criminosos e truculentos da história da humanidade.

E aqui, no Brasil, uma mídia nazi-fascista, desonesta, manipuladora, covarde e tão criminosa quanto o outrora regime de discriminação racial sul-africano, fatura alto com a morte do grande líder ao se arvorar defensora de sua luta pela integração da Africa do Sul. Em letras garrafais e em manchetes sensacionalistas semelhantes, dizem: “morre o líder sul-africano que derrotou o regime do apartheid (Folha de São Paulo); ou então, “Nelson Mandela, o maior ícone da luta contra o apartheid morre aos 95 anos” (Estado de São Paulo). Nos telejornais, as mesmos frases ôcas de “reconhecimento” pela luta do grande Nelson Mandela. E os brasileiros de boa fé engolem essa xaropada, esse espetáculo deprimente de hipocrisia e manipulaçao e, aqueles que não são racistas, se irmanan nesse momento de luto universal pela morte deste grande homem.

E as perguntas que eu faço são as seguinte: se Nelson Mandela tivesse vivido aqui no BRASIL e desempanhado o seu trabalho de combate ao racismo, à miséria, à fome, e às desigualdades sociais, se ele tivesse se engajado na luta pela democracia e pelo direito de todos, negros e brancos, terem uma vida digna e justa, ele teria morrido aqui em liberdade? Sua luta teria triunfado?

    Elias

    Excelentes observações, Carlos.

    Zanchetta

    Bom, ele não ia criar uma COMISSÃO DA VERDADE só para se vingar…

    Luís Carlos

    Você defende torturadores a assassinos.

    Marcos Marques de Sousa Trindade

    Lamento informar, mas foi criado sim uma Comissão da Verdade na África do Sul após a eleição de Nelson Mandela.

    Luís Carlos

    Se Mandela fosse brasileiro você seria um dos perseguidores dele, com os torturadores e assassinos que você defende, do regime da ditadura civil-militar que entrevou o país.

    Mário SF Alves

    1- Zanchetta: Bom, ele não ia criar uma COMISSÃO DA VERDADE só para se vingar…

    2- Luís Carlos:Você defende torturadores a assassinos.

    3- Marcos Marques de Sousa Trindade: Lamento informar, mas foi criado sim uma Comissão da Verdade na África do Sul após a eleição de Nelson Mandela.

    4- Luís Carlos: Se Mandela fosse brasileiro você seria um dos perseguidores dele, com os torturadores e assassinos que você defende, do regime da ditadura civil-militar que entrevou o país.

    5- A verdade: Você é digno de pena por ser um signo de tanta maldade. Mandela, um dia, após a consolidação da democracia, certamente o perdoaria.

Tiao

” O mundo ficou mais triste.”

Jose Mario HRP

De Nelson Mandela gosto de lembrar do dia de sua definitiva libertação.
Um dia de júbilo, alívio e felicidade mundo afora, daqueles que , ontem como hoje, não podem aceitar, prisões inustas, déspotas, ditaduras e governos opressivos, de qualquer viés politico.
Mandela vive, só está livre de ter que carregar esses nossos corpos toscos, está lá onde os homens/espiritos de muita luz vão após completar suas missões entre os de menos evolução.
Mandela vive, só que bem mais próximo de Jesus, dos engenheiros de Magalhães e do todo poderoso.
Viva Mandela e viva a Liberdade para todos nós.

Mauro Azevedo

Lembro-me da revolta de meu pai, marítimo, quando voltava de viagens ao oriente, quase sempre com escalas em Durban e Capetown, durante a década de 70. Dizia que a tripulação brasileira nos momentos de lazer era obrigada a frequentar locais diferentes. Relatava que em Lourenço Marques (atual Maputo) em Moçambique também havia muito racismo.
Mandela foi um iluminado que contribuiu enormemente para a diminuição destes absurdos.
PS: Na visita ao Rio em 91,a convite de Brizola, parte de nossa ¨imprensa canalha¨ -Copyright Millôr- questionou gastos, hotéis,etc. em matérias tendenciosas e sem contraditório. Há 23 anos… Como demoram no Brasil as mudanças…

FrancoAtirador

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A LANÇA DA NAÇÃO AFRICANA
(http://migre.me/gTOMe)

Manifesto* da Umkhonto we Sizwe

As Unidades da Umkhonto we Sizwe realizaram hoje ataques planejados contra instalações governamentais, particularmente as relacionadas com a política de apartheid e discriminação racial.

A Umkhonto we Sizwe é um novo corpo, independente, formado por africanos, inclui em suas fileiras sul-africanos de todas as raças não está ligado de alguma forma com o chamado `Comitê de Libertação Nacional` cuja existência foi anunciada na imprensa.

A Umkhonto we Sizwe vai continuar a luta pela Liberdade e pela Democracia por novos métodos, que são necessários para complementar as ações das organizações de libertação nacional estabelecidos.
A Umkhonto we Sizwe apoia plenamente o movimento de libertação nacional, e nossos membros em conjunto e individualmente, colocar-se-ão sob a orientação política global desse movimento.

É, no entanto, sabido que as principais organizações de libertação nacional neste país têm sistematicamente seguido uma política de não-violência.
Elas se comportaram pacificamente em todos os momentos, independentemente de ataques e perseguições do governo sobre elas, e apesar de todas as tentativas do governo de inspiração para os incitar à violência.
Elas têm feito isso porque as pessoas preferem métodos pacíficos de mudança para alcançar as suas aspirações, sem o sofrimento e a amargura da guerra civil.

Mas a paciência do povo não é infinita.

O tempo culmina na vida de uma nação, quando restam apenas duas opções: submeter-se ou lutar.

Esse tempo chegou agora à África do Sul.

Não devemos nos submeter e não temos escolha a não ser revidar por todos os meios ao nosso alcance em defesa do nosso povo, do nosso futuro e de nossa liberdade.
O governo tem interpretado a tranquilidade do movimento como fraqueza; políticas não violentas das pessoas foram tomadas como uma luz verde para a violência do governo.
A recusa de recorrer à força tem sido interpretada pelo governo como um convite para usar a força armada contra as pessoas sem medo de represálias.
Os métodos de Umkhonto we Sizwe marcam uma ruptura com o passado.

Estamos nos preparando ao longo de uma nova estrada para a libertação do povo deste país.
A política de força bruta do governo, a repressão e a violência deixarão de ser atendidas somente com resistência não-violenta!

A escolha não é nossa, mas foi feita pelo próprio governo racista que rejeitou a demanda sempre pacífica do povo pelos direitos e liberdades civis, e respondeu sempre essa demanda com força e ainda mais força!

Por duas vezes nos últimos 18 meses, uma virtual lei marcial foi imposta a fim de derrubar a greve pacífica, não violenta, das pessoas a favor de seus direitos.
Agora está preparando suas forças – e ampliando o rearmamento das suas forças armadas e treinando a população civil branca em comandos e clubes de pistola – para as ações militares de grande escala contra o povo.
O governo racista escolheu o curso de força e massacre, agora, deliberadamente, como aconteceu em Sharpeville.

A Umkhonto we Sizwe estará na linha de frente da defesa do povo.
Será o braço luta do povo contra o governo e suas políticas de opressão racial.
Será a força marcante do povo pela liberdade, pelos direitos e pela sua libertação final!

Deixe o governo, os seus apoiadores que o colocaram no poder, e aqueles cuja passiva tolerância de reação o mantém no poder, tomar nota de onde o governo racista está dominando o país!

Nós da Umkhonto we Sizwe sempre procuramos – como o movimento de libertação tem procurado – alcançar a libertação, sem derramamento de sangue e sem choque civil.
Fazemo-lo ainda.
Esperamos – mesmo a esta hora tardia – que nossas primeiras ações venham despertar cada um para a realidade dessa situação desastrosa a que a política racista está conduzindo o país.
Esperamos que possamos trazer o governo e seus apoiadores a seus sentidos, antes que seja tarde demais, para que tanto o governo e suas políticas possam ser alteradas antes que as coisas cheguem ao estado de desespero de uma guerra civil.
Acreditamos que nossas ações possam ser um choque contra os racistas que se preparam para a guerra civil e a ditadura militar.

Nessas ações, estamos trabalhando no melhor interesse de todas as pessoas deste país – preto, mulato e branco – cujo futuro de felicidade e bem-estar não pode ser alcançado sem a derrubada do governo racista, sem a abolição da supremacia branca e sem a vitória da Liberdade, da Democracia e dos Direitos Nacionais completos, e da Igualdade para todas as pessoas deste país.

Apelamos para o apoio e incentivo de todos os sul-africanos que buscam a felicidade e a liberdade do povo deste país.

Afrika Mayibuye!

*Folheto emitido pelo Comando da Umkhonto we Sizwe, 16 dez 1961

(http://www.anc.org.za/show.php?id=77)


http://migre.me/gTOK5

    FrancoAtirador

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    MAYIBUYE!

    Mayibuye é uma expressão vocabular da língua Xhosa da África do Sul que significa ‘Retornar’ (às origens) ou “exortar algo a voltar” (ao estado original).

    A palavra foi utilizada ao final do Manifesto da ‘Umkhonto we Sizwe’ (Lança da Nação) para evocar os africanos à luta pela reconquista da Liberdade suprimida pelo Apartheid, o regime racista Anglo-Saxão imposto aos Nativos na África do Sul.

    Sobre essa exortação, Mandela se manifestou, em 1964, já como réu sujeito à pena capital, prestando um depoimento no Julgamento de Rivonia*, com as seguintes palavras:

    “Acreditávamos que, em resultado da política do governo, o recurso do povo africano à violência se tinha tornado inevitável e que, a menos que uma liderança responsável canalizasse e controlasse os sentimentos do nosso povo, iríamos assistir a atos de terrorismo geradores de um ressentimento e de uma hostilidade entre as raças deste país que nem a guerra seria capaz de produzir.
    Em segundo lugar, sentíamos que, sem a violência, o povo africano não tinha qualquer via aberta para ter êxito na sua luta contra o princípio da supremacia branca.
    Todas as formas legais de manifestar oposição a este princípio tinham sido fechadas pela legislação, e vimo-nos colocados numa situação em que ou aceitávamos uma condição permanente de inferioridade ou desafiávamos o governo”.
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    *O Julgamento de Rivonia ocorreu em 1963 e 1964, na África do Sul sob o regime do Apartheid anglo-saxão.

    Dez réus foram levados a julgamento acusados de sabotagem e traição ao Governo Racista: Nelson Mandela, Walter Sisulu, Denis Goldberg, Govan Mbeki, Ahmed Mohamed Kathrada, Lionel “Rusty” Bernstein, Raymond Mhlaba, James Kantor, Elias Motsoaledi e Andrew Mlangeni.

    Rivonia era um subúrbio da cidade de Joanesburgo, onde foram presas seis dessas lideranças em um esconderijo, numa fazenda chamada Liliesleaf. A prisão ocorreu em 11 de julho de 1963.

    Também foram nele envolvidos Oliver Tambo (CNA, no exílio), Ruth First (líder do PCAS), Joseph Slovo (PCSA, no exílio) e Michael Harmel (PCSA).

    Não foram julgados os seguintes líderes do Congresso Nacional Africano (CNA) e do Partido Comunista da África do Sul (PCAS): Robert Hepple (PCAS), Harold Wolpe e Arthur Goldreich (PCAS, presos em Rivonia, mas conseguiram fugir) e, finalmente, Albert Luthuli, presidente geral do CNA.

    A acusação foi feita pelos promotores Percy Yutar e A. B. Krog, que pediram fosse aplicada a Pena de Morte, tomando por base documentos apreendidos dos réus, dentre eles um referente à Operação Mayibuye, bem como anotações de Mandela sobre guerrilha e seu diário de viagem pela África, de 1962.

    Em 20 de abril de 1964, durante o julgamento, Mandela proferiu o famoso discurso em que afirmou:

    “Eu lutei contra a dominação branca, e eu lutei contra a dominação negra. Eu nutri o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais.
    É um ideal pelo qual eu espero viver e que eu espero alcançar.
    Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual eu estou preparado para morrer”.

    A 12 de junho de 1964 oito dos réus, inclusive Mandela, foram condenados à prisão perpétua pelo juiz Quartus de Wet, no Palácio da Justiça, em Pretória.

    Era, então, primeiro-ministro Henrik Verwoerd e ministro da justiça John Vorster.

    O julgamento foi acompanhado por observadores britânicos e estadunidenses.
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    Jose Mario HRP

    Violencia gera violencia, e ponto final.

    FrancoAtirador

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    Historicamente, meu caro Jose Mario HRP, a questão não é assim tão simples.

    Quando um Governo Déspota violenta o Povo de um País com Humilhação,
    cedo ou tarde, de alguma forma, essa mesma violência se voltará direta ou indiretamente contra os governantes tiranos e, não raro, com muito derramamento de sangue inocente.

    Nelson Mandela, tal como Mahatma Ghandi, teve a Sabedoria e a Coragem,
    que constituem as características comuns aos grandes líderes benignos da Humanidade,
    de pôr em prática e estimular, através do exemplo no exercício da liderança,
    a Desobediência Civil, através de ações de boicote à legislação discriminatória repressora
    e de sabotagem ao Regime Opressor, com violência dosada contra alvos materiais estratégicos específicos,
    sacrificando, tanto quanto possível, o mínimo de vidas humanas,
    ainda que em sacrifício da liberdade pessoal e pondo em risco a própria vida.

    Um abraço camarada e libertário.
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    FrancoAtirador

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    O Massacre de Sharpeville

    No dia 21 de Março de 1960, ocorreu na cidade de Sharpeville, na província de Gauteng, na África do Sul, um protesto, realizado pelo Congresso Pan-Africano (PAC).

    O protesto pregava contra a Lei do Passe que obrigava os negros da África do Sul a usarem uma caderneta na qual estava escrito aonde eles poderiam ir.

    Cerca de cinco mil manifestantes reuniram-se em Sharpeville, uma cidade negra nos arredores de Johannesburg, e marcharam calmamente, num protesto pacífico.

    A polícia sul-africana conteve o protesto com rajadas de metralhadora.
    Morreram 69 pessoas, e cerca de 180 ficaram feridas.

    Após esse dia, a opinião pública mundial focou sua atenção pela primeira vez na questão do apartheid.

    No dia 21 de Novembro de 1969, a ONU implementou o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, que passou a ser comemorado todo dia 21 de Março, a partir do ano seguinte.

    (http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Sharpeville)
    (http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/march/21/newsid_2653000/2653405.stm)
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Carlos MT

Falando do FHC e a notícia da morte do grandíssimo Mandela:

Brasil, o Apartheid continua aqui. Em pleno século 21.

Mandela nunca guardou rancor. Já o FHC e o Joaquim Barbosa são um poço de mágoas, ódio pessoal e RESSENTIMENTOS… O Joaquim Barbosa envergonhou a raça; o outro (Mandela) libertou a raça. FHC guarda um puta RESSENTIMENTO do Lula, já o Mandela PERDUOU aqueles que o mantiveram preso por 27 anos!! O Brasil continua sendo a verdadeira África do Sul do século 21!!

Carlos MT

Nelson

Anos atrás, eu esperava em uma clínica, ser chamado para uma sessão de fisioterapia; nem lembro mais se era no tornozelo, no braço ou outra parte qualquer do meu corpo que eu havia lesionado. Porém, de um fato que aconteceu naqueles instantes eu nunca mais esqueci.

Ao me chamar, a enfermeira disse “Nelson…Nelson Mandela” e, ao chegarmos na sala de fisioterapia, ela veio se desculpar comigo por ter me chamado de Mandela, acreditando que teria me ofendido pelo fato de ele ser negro.

E eu respondi para ela que não tinha que se desculpar, que, para mim, era uma honra ser chamado assim, uma vez que Mandela era um verdadeiro monumento.

Quantos seriam capazes, teriam a coragem e o ânimo de, após suportarem 27 anos de prisão, uma vez livres, retomarem sua luta sem se deixarem dominar pelo ódio? Poucos, pouquíssimos.

Certamente, Mandela era um desses espíritos que estão anos-luz à nossa frente em termos evolutivos, que o Patrão Velho lá de cima – como chamamos o Criador aqui nos pagos do Sul -, envia, periodicamente, para nos mostrar que o caminho que devemos seguir é o da solidariedade e da cooperação entre todos. Um caminho muito diferente do apregoado, exaustiva e insistentemente, pela propaganda ideológica do sistema sócio-econômico em que estamos mergulhados.

Foram poucos os que o igualaram em dedicação a seus povos e à humanidade.

Viva Mandela!

Fabio Nogueira

Que imprensa escrota. A velha mídia toda usando a morte de Mandela para fazer aparecer o FHC. Ratos de esgoto. Estou revoltado.

Elias

Poucos seres humanos tiveram ou têm a envergadura moral de Mandela. Não será exagero afirmar que dois grandes passos foram dados no começo e no fim do século vinte. O primeiro com Lênin e o segundo com Mandela. Infelizmente a humanidade ainda não concebeu plenamente as ideias e lições desses dois seres humanos. Mas um dia há de surgir multidões de Lênins e multidões de Mandelas.

Meus sentimentos à África do Sul e a todo seu povo. Punho erguido para Mandela! Suas ideias continuarão vivas!

renato

O Mundo está impregnado de Mandela..
Não há que temer sua falta, o que há
de se temer, é a presença da intolerância.
Mas como disse a Consciência Coletiva já
esta exalando Mandela.

    Mário SF Alves

    Consciência coletiva. Taí uma categoria interessante. E curioso: até onde sei, não é considerada uma categoria marxista.

Gerson Carneiro

O presidente do STF sul-africano que mandou prender Mandela por 27 anos está hoje no ostracismo em depressão pois ninguém sabe ao menos o seu nome (não vale pesquisar no Google.

http://fotos.sapo.pt/joaotunes/pic/00212f8e

    Gerson Carneiro

    Leandro

    Manuela foi preso por lutar por um pais justo. Os eus heróis foram presos por lutarem por grana e poder. Basta ver onde um estava no momento da prisão e o outro…num resort de jatinho

    Gerson Carneiro

    Aonde estão os teus herois e fazendo o quê que não estão presos?

    Luís Carlos

    Não se trata dos heróis, mas dos vilões. Da estatutura histórica de Mandela, muito poucos e somente a história nos mostrará quem. Mas os vilões não tem estatura e a história os condena já, a partir de sua ignomínia. Ratos são ratos, aqui ou na África e os papéis, funções e instituições não diferem. Aparelhos ideológicos tem os mesmos papéis em qualquer lugar do mundo.

Gerson Carneiro

Kinshasa, Beirute
Maranhão
o negro que lute
pra poder sonhar
em mudar isso aqui
o poder tem tantas mãos
e só sabe mentir
quanto mais se diz
e mais o povo quer
eleição
ninguém esperava ver
a terra estremecer
com o apartheid
Deus salve Soweto
carência e calor
nos guetos
de cada canto do mundo
meu amor
com tantos assuntos
e eu a te adorar
absurdo seria
não pensar que é normal
se armar todo dia
para combater o mal
o povo votaria
e assim eu amarei
a serra, a maré
o litoral
Deus salve soweto
subtrai de governo

os que trairão,
esses não
já tem gente demais
a querer mandar
o povo quer florescer
e ganhar a vida.

Soweto
Djavan

http://www.youtube.com/watch?v=njYBdLdRM4I

pierre

Como será que o Brasil, país de negros e mulatos, vai reagir a esta noticia. Amanhã, com certeza, no sorteio patrocinado pela FIFA, Mandela será homenageado. Aí veremos, ao vivo e a cores, com “cara de tacho”, dirigentes da FIFA, jornalistas da globo e os apresentadores loiros, que aceitaram substituir, por questão de cor, o casal de apresentadores negros que estavam contratados, derramarem lágrimas de crocodilo pelo passamento do Grande Líder. O Brasil e principalmente a Bahia não merecem isso.

    Adilson

    Pois é Pierre, o pior é ver gente curtindo a foto de Mandela adoidado agora, essa mesma gente que, por exemplo, é radicalmente contra o Bolsa Família.

    Vai entender essas pessoas!

    ps: O jornalisnmo de Ali Kamel deveria ter pelo menos a dignidade de se manter calado nesse momento.

José X.

Eu sempre torci para que o Brasil homenageasse Mandela enquanto ele estava vivo, especialmente quando ainda podia viajar. Infelizmente isso não aconteceu. Agora, não tenho dúvidas que vai aparecer uma porção de ruas e avenidas com seu nome.

    Adilson

    Aqui em Botafogo tem uma!

joraci

MANDELA, GIGANTE!!!! Joaquim barbosa, pigmeu!!!!

    Nelson

    Sim, compreendi o que você quis dizer, Joraci. Ainda assim, creio que tu deves desculpas aos pigmeus.

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