Moro recebeu passagem e hospedagem da Petrobras, parte em processo contra Lula, mas não vem ao caso

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Da defesa de Lula, por e-mail

Moro rejeitou a suspeição pela participação dele no congresso da Petrobras, mas reconhece que recebeu “diretamente” da empresa transporte e hospedagem.

A Petrobras é parte em duas ações penais que estão pendentes de julgamento, envolvendo Lula (afora diversas outras).

Como o juiz pode participar de eventos na empresa achando “normal” receber passagem, diária, etc?

Vale lembrar que ele bloqueou todo o patrimônio do ex-presidente Lula para, supostamente, pagar a Petrobras…


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Comentários

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Nelson

Ivam. Aí vai mais uma sobre o Moro e a Lava Jato. Leia com bastante atenção o que Paulo Henrique Amorim publicou no dia 16/12, do filósofo Dany–Robert Dufour:

“Os poderosos usam o direito CONTRA A LEI. E essa não é uma tática exclusiva do Brasil. Ela faz parte de um movimento generalizado, muito perverso, de uso do direito no regime neoliberal. E toma múltiplas formas. Por exemplo, na Europa, grandes empresas europeias são atacadas juridicamente pelo Fisco americano em nome (claro!) da luta contra a corrupção. O objetivo é aplicar a essas empresas multas pesadíssimas para fragilizá-las e permitir que venham a ser compradas por empresas americanas. Embora o Fisco americano dê às empresas americanas um outro tratamento. É por essa razão que a Alcatel, a Alstom e outras grandes empresas (europeias) foram compradas pelos americanos – e, breve, é o que acontecerá à Airbus.”

E leia o comentário de uma navegante, também publicado pelo Amorim no seu blog:

“Os americanos e os neoliberais inventaram uma nova arma de guerra. Mas o que me desespera é pensar que o Moro – aí chamado de Judge Murrow – foi lá para os americanos ensinarem a fazer isso com nossas empresas para os americanos comprarem. Isto é, o Moro foi aprender nos USA como fazer guerra contra seu próprio país. Os americanos devem tê-lo achado um excelente aluno, o que explica os tais prêmios que ele vem recebendo. Medalha de melhor aluno, aquela coisinha de lata da escola primária, que ele pendura no peito orgulhoso.”

Tudo isso pode ser lido em https://www.conversaafiada.com.br/mundo/dufour-pha-moro-e-a-arma-americana-de-guerra.

Então, meu amigo. Muita cautela, mas muita cautela mesmo, com este entusiamo desmesurado para com o juiz Moro.

Nelson

Meu caro Ivam.

Dê uma lida no interessante trabalho de Henrique Beirangê, “A semente dos escândalos”, publicado originalmente na revista Carta Capital e reproduzido em https://jornalggn.com.br/noticia/o-que-diferencia-o-caso-banestado-da-operacao-lava-jato.

Beirangê mostra que, enquanto a Lava Jato e o juiz Moro foram alçados “ao pedestal”, outras operações foram “esquecidas” ou sufocadas e os personagens que as conduziram foram perseguidos e, por inoportunos, “tirados do caminho’.

Diante disso, Ivam, é inevitável inquirir. Por que a mídia hegemônica elevou a Lava Jato, Moro e seus procuradores “iluminados” ao estrelato e à condição de salvadores da pátria, ao mesmo tempo em que escondia a Zelotes, a Satiagraha e a Castelo de Areia e relegava ao ostracismo personagens como o juiz Fausto de Sanctis, o procurador Celso Três e o delegado José Castilho?

Para terminar, eu digo que, se a mídia hegemônica passa a dar grande, vultoso destaque a algo ou alguém, devemos olhar a coisa toda com o máximo de cautela, “com o pé atrás”, devemos nos informar mais e melhor, para não sermos ludibriados.

Nelson

Dando sequência às observações sobre Sérgio Moro, Ivam, aqui vão mais algumas: ele foi o juiz que conduziu o processo do Escândalo do Banestado. Lembra desse? Através do Banestado foram remetidos para fora do Brasil nada menos de R$ 124 bilhões de dólares no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Pois bem. Moro condenou alguns gatos pingados, entre eles o Alberto Yousssef, e deixou uma montoeira de “colas grossas”, como se diz aqui no Rio Grande do Sul, “de lombo liso”. Muita gente do PSDB. Ao Youssef, Moro concedeu o benefício da já famosa delação premiada. Youssef ficou algum tempo preso e saiu prometendo nunca mais delinquir.

Mas, hoje se sabe que, passados poucos anos, já em 2006 Youssef estava enfiado na Petrobras, a praticar as mesmas falcatruas de antes. E não é que, preso outra vez, o Youssef recebe, de novo, o benefício da delação premiada. Este segundo benefício fon concedido por …..; adivinhe.

Sim, Ivam. Ainda que Youssef tenha descumprido sua promessa que teria garantido o primeiro benefício da delação premiada, Sérgio Moro resolveu premiá-lo uma segunda vez. Condenado a quase 80 anos de prisão, desta vez Youssef passaria apenas três anos [?] atrás das grades, para sair e “tocar sua vida”.

Então, Ivam, eu te digo que no dia em que o Moro vier a público, para explicar detalhadamente, de forma convincente, para todos os brasileiros, as razões de ele ter concedido delação premiada por duas vezes ao Youssef e as razões para ter deixado uma grande patota do PSDB e outros escaparem ilesos de condenação por conta da roubalheira no Banestado, eu posso até passar a acreditar nele, posso passar a acreditar que ele veio nos salvar da corrupção.

Sugestão. Se tu quiseres saber um pouco mais sobre o Escândalo do Banestado, leia “O DCM joga novas luzes sobre o Escândalo do Banestado”, matéria escrita por Renan Antunes de Oliveira, que pode ser acessada através do link http://www.diariodocentrodomundo.com.br/exclusivo-o-dcm-joga-novas-luzes-sobre-o-escandalo-do-banestado-por-renan-antunes-de-oliveira/.

Nelson

Meu caro Ivam. Para começar, eu quero lembrar aqui o que disse o cientista político e historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira a respeito de Sérgio Moro. Infelizmente falecido no mês passado, Moniz Bandeira era um estudioso das relações Brasil-Estados Unidos.

Portanto, conhecia muito, se não tudo, das artimanhas de que fizeram uso os governos dos EUA para evitar que o nosso país passasse a trilhar um caminho diferente do que fora traçado pelos estrategistas geopolíticos e geoestratégicos estadunidenses.

Em entrevista concedida em abril do ano passado, por sinal muito esclarecedora acerca da barafunda em que o Brasil havia mergulhado, o nosso historiador afirmou que Sérgio Moro “deveria ser submetido a uma investigação sobre suas conexões com os interesses dos Estados Unidos”

É isto Ivam. Moro foi e está sendo usado – consciente ou inconscientemente – como instrumento geopolítico dos EUA na efetivação do plano traçado, de transformar nosso país em mera colônia das mega corporações capitalistas, notadamente as sediadas na grande nação do norte.

sergio paulo

Este juiz é uma desonra para a classe. Juiz que condena sem provas deveria condenar a si mesmo por cometer crime condenando sem provas. Estou preocupado, em perder meu imóvel mesmo a escritura estando em meu nome é provável que algum juiz, seguindo os argumentos do Sergio Moura venha a dizer que o imóvel não seja meu.

Julio Silveira

Rsrsrs, mas esses tipo tem a prerrogativa da auto indulgencia sobre sua etica, alem de outros “pecadinhos”, emprestada pelo estado. E de julgar o que atribuem como o que poder ser considerado por eles a falta de etica alheia.

Nelson

E daí, qual o problema? O grande herói de 10 entre 10 coxinhas/trouxinhas/patinhos pode tudo, amigo. Assim como a patota da direita, demo tucanos e outros.

A Justiça só vai atrás dos desafetos do sistema. Ah, alguns dos serviçais que já não têm serventia alguma para o sistema serão “fritados”. Até para que seguir iludindo incautos e inocentes, fazendo-os acreditar que o sistema se depura de suas mazelas.

    Ivam

    O que exatamente você viu de errado na conduta do juiz, a Petrobras foi prejudicada? Nós fomos prejudicados?

    Jardel

    “O que exatamente você viu de errado na conduta do juiz,”

    “A Petrobras é parte em duas ações penais que estão pendentes de julgamento, envolvendo Lula (afora diversas outras).”

    Tá dormindo? Acorda!

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