Lula: Fernando Henrique tem preconceito contra os pobres e quem trabalha

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ENTRE DOIS PROJETOS OPOSTOS DE BRASIL

LULA ESTÁ COM A PALAVRA PARA MOSTRAR A REAL ESSÊNCIA DESTA ELEIÇÃO

Entrevista de Lula a Mino Carta, em CartaCapital, via blog do Mandacaru13, enviado por Julio César Macedo Amorim

UMA IMPERIOSA CONTRADIÇÃO ESTÁ NO AR: como seria possível uma renovação se o tucanato pretende voltar ao passado, e disso não faz mistério? Como seria possível, de resto, que promessas de mudança pudessem ser postas em prática por conservadores empedernidos? Conservador conserva, diria o Chico Anysio de antigos tempos.

Não bastassem as antecipações de  Arminio Fraga, candidato a ministro da Fazenda em caso de vitória tucana, a fornecer um trailer de puríssima marca neoliberal, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apressa-se a esclarecer, entre a ameaça e o didatismo, que quem vota Dilma além de pobre é desinformado. E qual seria a informação correta?

Fraga prontifica-se a informar o globo de um polo ao outro, no debate com Guido Mantega, mediado (mediado?) na Globo por Miriam Leitão: a crise econômica mundial acabou há cinco anos. Gostaríamos de imaginar, na nossa irredutível ousadia, o que pensam a respeito Ângela Merkel, ou Barack Obama. Tendemos a acreditar que ambos os citados, e outros mais habilitados à citação, agradeceriam Fraga por sua oportuníssima revelação. Há incertezas quanto a existência de Deus, mas dúvidas não subsistem em relação a Fraga, seu profeta.

Na linha das revelações, o Clube Militar informa que, com Dilma reeleita, o País estará à beira da sovietizarão. Há militares ainda dispostos a recorrer a terminologias emboloradas. Ao longo da campanha tucana, corroboradas pelos editoriais dos  jornalões, desfraldaram termos mais contemporâneos. Imperdoável é ser “chavista”, ou “bolivariano”. Pois o único, indiscutível chavista brasileiro é Fernando Henrique Cardoso, que provocou a alteração constitucional destinada a permitir sua reeleição. E não hesitou para tanto em comprar votos de parlamentares.

Não invoquemos de todo modo, exames de consciência por parte da mídia nativa, postada de um lado só na qualidade de porta-voz da casa-grande. Neste exato instante ela transforma em peça eleitoral o vazamento de depoimentos secretos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, do doleiro Youssef  e de sua contadora. Deles emerge uma complexa história, cujo ponto central seria a chantagem sofrida por Lula, por parte de parlamentares da base governista, para forçá-lo a nomear Costa para a direção da estatal.

Era de esperar que a mídia nativa extraísse da manga a carta pretensamente letal. O déjà vu é próprio destas atribuladas vésperas eleitorais desde quando o PT apresenta um candidato à Presidência da República. Lula avisa: “Nunca fui submetido a qualquer gênero de chantagem por parte de congressistas. Fala-se de fatos que teriam ocorrido há dez anos, de sorte que, para averiguar a sua veracidade, seria preciso ouvir o então ministro das Relações Institucionais, o então chefe da Casa Civil, o presidente da Câmara, o líder do PT”.

Tomados em conjunto, comportamentos e eventos dão razão a Lula quando afirma que esta eleição, antes ainda de confrontar Dilma e Aécio, coloca frente a frente dois projetos de Brasil, duas visões profundamente opostas de vida, de mundo, de política, de fé.

MINO CARTA: Meu caro presidente e grande amigo, como é que você se sente ao se perceber pobre e desinformado?

LULA: Olha, eu na verdade me sinto muito ofendido com este preconceito que chega às raias do absurdo. Fernando Henrique Cardoso mostra o que uma parte da elite brasileira e, sobretudo, uma parte da elite paulista, incluindo a elite política, pensa do povo trabalhador deste País. Porque eles não têm preconceito contra o nordestino rico, contra o negro rico, é contra os pobres, contra quem trabalha. E, ao dizer que Dilma teve voto onde as pessoas são desinformadas, revela que o ex-presidente não tem noção da evolução política da classe mais pobre da sociedade.

MC: Política e econômica.

LULA: Não se dá apenas por conta dos programas sociais, do aumento do salário dos aposentados, do aumento do salário mínimo. E por conta da conquista da consciência da cidadania. Os brasileiros estão pensando mais. E muito esquisito que, quando o governo financiava os estudos de um jovem no exterior antes do Ciência sem Fronteiras, tratava-se de uma bolsa aceita por todo o mundo, algo fantástico. Quando o governo cria uma bolsa para dar direito a crianças não morrerem de fome é assistencialismo, é retrocesso, é criar vagabundo. Imagem totalmente equivocada: certamente, o ex-presidente ficou com a imagem do Brasil que ele governou. Porque, quando ele governava, davam voto de cabresto, viviam à procura da frente de trabalho e de uma política assistencialista, por falta de política social invadiam supermercado. Agora não. São respeitadas, e mesmo as mulheres que não trabalham ainda recebem aposentadoria rural, assim como os brasileiros a partir dos 65 anos recebem seu benefício. E sem dever favor ao governo.

MC: Esses benefícios vão muito além do Bolsa Família.

LULA: Mas muito além. O Bolsa Família é apenas uma parte dele. O que aconteceu com o crédito rural para a pequena propriedade, o que aconteceu com o microempreendedor, o que aconteceu com a aprovação da Lei Geral da Pequena e Média Empresa.

MC:E a abertura do crédito?

LULA:E a abertura do crédito consignado. Foram 60 milhões de contas bancárias abertas. Sabe o que é isso? E colocar uma Colômbia e meia no sistema financeiro brasileiro. As pessoas passaram a entrar no banco para negociar empréstimo, não apenas para pagar conta de luz. Mas observe quem também ganhou com isso. E muito. Foi a sociedade mais abastada. A classe média, em vez de ficar constrangida quando se fala de política social, deveria entender que, ao receber algum recurso, o pobre gasta. Para comer, para vestir, esse dinheiro retorna para o mercado no dia seguinte e quem ganha é a loja, o shopping, a fábrica, o agricultor. Certa vez, discuti com um cidadão que reclamava porque o Luz para Todos era mais uma política do Lula para ajudar o pobre e que eu só pensava no pobre. Eu lembrei a ele que, quando a gente levava o Luz para Todos, o beneficiado ligava três lâmpadas, comprava uma geladeira, 80% deles compravam um televisor. Ou seja, um simples programa chamado Luz para Todos, que levou energia para 15 milhões de brasileiros, resultou na venda de quase 4 milhões de mercadorias. Até empresas multinacionais ganharam muito com esse programa social. Sem contar os empregos criados. Mas, infelizmente, há ainda quem prefira ver indigentes nas ruas em lugar de gente humilde consumindo. E lamentável que um cientista político tão estudado como Fernando Henrique Cardoso tenha proferido uma frase tão agressiva contra eleitores brasileiros. Porque há sempre aquela idéia de que as pessoas que não votam do jeito que desejamos não sabem votar. Eu aprendi a respeitar o voto, contra ou a favor. Aprendi isso na fábrica. Aquele que votava contra a greve eu o respeitava tanto quanto quem votava a favor. O eleitor que vota em mim é tão importante quanto aquele que não vota. E um direito dele. Cabe a mim tentar convencê-lo. A elite brasileira levou cem anos para colocar 3,5 milhões de estudantes na universidade. Nós, em 12 anos, colocamos 7,2 milhões.

MC: Tudo isso não aproveita a criação de um capitalismo oposto àquele precipitado pelo neoliberalismo?

LULA: Uma vez me perguntaram: Lula, você é operário e os banqueiros estão ganhando dinheiro no seu governo. Eu disse: eu prefiro que os banqueiros ganhem dinheiro porque, se eles não ganharem, vai ter que ganhar um Proer, é o Estado que passa a financiá-los outra vez. Eu quero que ganhe todo mundo. Fui dirigente sindical e sei que, quando o empresário perde, quem perde mais é o trabalhador, porque perde o seu emprego.

MC: Onde fica o FMI, que entrou na campanha?

LULA: Se você for analisar os números da economia do Brasil hoje, eles são aqueles que desejamos. Também nós somos vítimas da crise mundial. Os números da Alemanha também são insatisfatórios, os EUA não conseguem se recuperar.

MC: Mas lá o problema não é interno, como no Brasil?

LULA: O Brasil foi o país que melhor soube tratar a crise. Em 2008, quando tudo começou, o governo já vinha com política de desenvolvimento do PAC e nós entendemos que o consumo não poderia arrefecer. E o que eu disse? Se você parar de comprar, a indústria para de produzir, a loja para de vender e você vai perder o emprego. Então é bom a gente comprar, fazer dívida de acordo com a nossa possibilidade de pagar e vamos tocar o barco para a frente. Está escrito: nós sustentávamos na reunião do G-20 que a melhor forma de enfrentar a crise seria não permitir a volta do protecionismo e incentivar o comércio no mundo. Se os países ricos estão estrangulados na sua capacidade de consumo e de endividamento, está na hora de começarem a fazer investimentos para os países pobres poderem consumir, criar indústria, comprar máquinas e se modernizar. Isso foi assinado, e lá estavam Obama, Sarkozy, Berlusconi, todo mundo. Acontece que o FMI só sabe dar palpite quando a crise é no Brasil ou na Bolívia. Quando a crise é nos Estados Unidos eles desapareceram. Na Europa desapareceram. Aliás, desapareceram tanto que nós tivemos de emprestar dinheiro para eles.

MC: Apesar disso, por que os investimentos no Brasil crescem?

LULA; Quem se preocupa com a economia pensa só nos números de crescimento. E importante crescer muito, está claro, mas este País já cresceu 10% e não gerou emprego. Nós agora continuamos gerando emprego, continuamos aumentando o salário mínimo e a renda do trabalhador. E Dilma disse muito bem: o trabalhador não vai arcar com uma crise feita pelos ricos no mundo. Isto é algo que temos de levar em conta a respeito do caráter do compromisso de Dilma. O Brasil é o país que tem o futuro mais garantido. Um país que tem a quantidade de investimento em obra de infraestrutura para ser feita, muitas já contratadas, um país que tem a perspectiva extraordinária do pré-sal, um país que decide que 75% do dinheiro dos royalties vai para a educação, é um país que está dizendo que o futuro já chegou. Não é jogando nas costas do povo um ajuste fiscal, cortando salários, dispensando funcionários. Esses que querem voltar, que dizem? Que para controlar a inflação tem de ter um pouco de desemprego. Pouco se importam com quem vai ficar desempregado. E o contrário do que a gente pensa. Um deles, aliás, acha que o salário mínimo cresceu demais, quando na verdade cresceu ainda aquém da necessidade da sobrevivência digna. Arminio Fraga, Aécio Neves, essa gente toda significa o retrocesso. E é isso que me preocupa. As pessoas não perceberam que é isso que está em disputa nesta eleição. Não é a Dilma contra o Aécio, não é PSDB contra PT, é mais do que isso. O que está em disputa são dois projetos de sociedade. O que era o Brasil antes de 2003? Como é que a elite brasileira tratou este país e tratou o povo trabalhador até eu chegar à Presidência? E quais são os dois projetos? Um é o projeto de que o País tem de ser governado apenas para uma parte da população, enquanto outra tem de ficar marginalizada. Segundo o nosso projeto, todo mundo tem direito de participar da riqueza produzida no Brasil. Temos de garantir que aqueles mais necessitados, mais debilitados economicamente, os mais frágeis do ponto de vista da sua formação profissional, tenham o direito de comer, de estudar, de dizer “eu sou brasileiro e não desisto nunca”. E esse projeto que está em jogo.

MC: Mas não seria um projeto capitalista?

LULA: E lógico que é. E só recordar Henry Ford, que dizia: eu tenho de pagar bem os meus funcionários para que eles possam comprar o carro que eles produzem. E aqui no Brasil o pobre ter carro incomoda. Eu trabalhei a vida inteira e como operário nunca pude ter um carro. Meu primeiro carro foi uma Brasília. MC: Eu tenho em mente alguns números. Por exemplo, investimento estrangeiro no Brasil: no tempo tucano, o máximo a que se chegou foi de 10 bilhões de dólares. LULA: Uma vez, acho que chegou a 19 bilhões. MC: Este ano, a previsão é de 67 bilhões. Mais do que no ano passado, que fechou com 64 bilhões. LULA: Pois é, há quatro anos consecutivos nós só perdemos para a Rússia, China e EUA. Nós somos o quarto ou quinto país receptor de investimentos externos diretos.

MC: Mas será que os investidores estrangeiros são cretinos?

LULA: 64 bilhões, 65 bilhões, 67 bilhões… Todo ano nós crescemos mais. Significa que as pessoas de fora estão acreditando muito mais no Brasil do que alguns brasileiros. Porque há quem, neste momento eleitoral, fique brincando com a Bolsa de Valores, especulando, ganhando dinheiro, comprando e vendendo. E é importante o povo ficar atento. Eu fui candidato muitas vezes, perdi eleições muitas vezes, sei das safadezas que eles fazem com a Bolsa. E quer saber de uma coisa, sem radicalismo? Eu nunca pedi voto para o mercado. Eu não sei quantos votos tem esse mercado, o que sei é que o povo tem voto para ele que a gente tem de pedir voto. E eu quero voto do rico, da classe média, do profissional liberal, do sem-teto, do sem-terra, do com terra, eu quero  voto de todo mundo, porque todo mundo é brasileiro e tem de ser tratado com igualdade de condições. O que eu dizia e a Dilma diz: nós governamos este País para todo mundo, agora o braço do Estado tem de estar mais atento às pessoas mais necessitadas. E este país que precisamos fortalecer, onde todo mundo seja tratado com igualdade de condições, onde a escola seja efetivamente de qualidade. Através da educação se estabelece a oportunidade de ascensão social. Mas há quem não a queira, a possibilidade de ascensão oferecida a todo mundo. Uma vez, muito tempo atrás, almoçava com você, o Weffort, que era secretário-geral do PT, o Jacó Bittar, e eu fui ao banheiro e, ao voltar à mesa, passei diante de duas senhoras e ouvi: “Ele diz que é pobre, mas está comendo aqui onde a gente come”. E o Jacó revidou: “É a senhora que vai pagar a conta dele? Sou eu que vou pagar a conta dele”. O sociólogo Fernando Henrique Cardoso, quando pronunciou sua frase infeliz, retratou um sentimento histórico da elite brasileira, algo que vem desde o tempo da Coroa.

MC: Que sobra disso tudo se o PSDB volta ao poder?

LULA: Para mim, não há questão pessoal com Aécio. A questão não é o Aécio, a questão é a filosofia de vida que o tucano tem, a visão de mundo. Pessoalmente, sou amigo do Aécio, sou é adversário político e ideológico. A vitória de Aécio é a volta daquilo que não deu certo, é a volta do mundo que não deu certo. E por isso que o sistema financeiro está ouriçado para ele ganhar as eleições, é por isso que o FMI, que estava tão escondidinho, voltou a dar palpite, porque não se sabe para onde vai a taxa de juros com o seu Arminio Fraga. Ou se esqueceu da taxa que eu encontrei, os números da inflação e do desemprego? E como as burras estavam vazias? O Brasil de hoje está infinitamente melhor do ponto de vista das finanças públicas, da dívida interna pública, da dívida bruta, da política de juros, da reserva. Quando eu cheguei, o Brasil devia 30 bilhões de dólares ao FMI. A gente tinha 30 bilhões de dólares na reserva, dos quais 16 bilhões ou 17 bilhões de dólares era o próprio FMI. Eu aprendi com a minha mãe que era analfabeta: “Meu filho, a gente não pode fazer dívida que a gente não pode pagar”. Eu falei, sabe de uma coisa, eu não vou ficar devendo para o FMI para vir dar palpite na minha vida aqui. Eles querem que volte isso? Só porque o mercado quer mais. O mercado vai ganhar na medida em que a indústria ganhe, que os trabalhadores ganhem e a agricultura ganhe. E assim que a gente vai fazer um país feliz.

Fonte: Revista CartaCapital Edição 821

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Comentários

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Cláudio

**** Com Dilma, a verdade vai vencer a mentira assim como a esperança já venceu o medo (em 2002 e 2006) e o amor já venceu o ódio (em 2010). ****:D:D . . . . ‘Tá chegando o Dia D: Dia De votar bem, para o Brasil continuar melhorando!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D . . . . ****:L:L:D:D . . . . Lei de Mídias Já!!!! ****:L:L:D:D ****:D:D … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. ****:D:D … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …:L:L:D:D

FrancoAtirador

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Vice de AérioNéco (PSDB), Senador Aloysio (PSDB-SP)

congelou salários e reduziu conquistas trabalhistas.

http://imgur.com/RvU0xmc
i.imgur.com/RvU0xmc.png

(http://mudamais.com/divulgue-verdade/vice-de-aecio-aloysio-proibiu-aumentos-salariais-e-reduziu-conquistas-trabalhistas)
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Igor Tkaczenko

A hipocrisia dos eleitores de Aécio se fundamenta num preconceito contra a expressão popular brasileira. Explico.

Não existe eleitor no Brasil que não conheça o sistema venal e corrupto que sustenta a política brasileira, culpa de quem? Em primeira instância do próprio brasileiro e seus “jeitinhos”. O jeitinho que corrompe a polícia nas ruas, o guarda de trânsito, o fiscal, o funcionário da repartição pública e outras ações de compra de favores, inúmeras e variadas, comuns da classe média, essa mesma que diz estar revoltada com a corrupção.

Por outro lado, sintetizam o voto com um argumento de combater a corrupção reinante do PT, e fazem escolha num partido que tem um histórico de corrupção amplamente difundido! Como assim? A oposição possui escândalos e envolvimentos com toda a sorte de desvios e negociatas, o próprio candidato da oposição utilizou dinheiro público para construir uma aeroporto nas terras de sua família! Isso é inequívoco. E, com relação aos escândalos da oposição, o PSDB em nada investigou essas denúncias, e a imprensa foi “esquecendo” aos poucos. Ora, dizer que um eleitor de Aécio não sabe isso é de uma hipocrisia tamanha e um pensamento tacanho também.

Se há alguma racionalidade no eleitor em como avaliar os aspectos sobre a corrupção, essa não pode ser a racionalidade da substituição para “limpar” a política, o voto anti tal. Pois o que se pretende colocar no lugar nada mais é do que um novo grupo cheio de escândalos. Para que seja feita uma avaliação racional, de fato, é necessário pesquisar/estudar como os partidos lidaram com a corrupção. Como foi o combate? O que verdadeiramente fizeram? Quais as propostas contra a impunidade? É nesse quesito que o PT dispara na frente, pois em nenhum outro governo houve tanto combate assim, isso não é uma propaganda do PT, mas sim um fato histórico. O PSDB escondeu tudo e não investigou nada, outro fato histórico.

Mas, se é assim, se são apontados de maneira inequívoca como reagiram os dois partidos frente ao combate da corrupção, por que, então, ainda existam quem prefere cegar-se diante os fatos e votar no PSDB contra o PT “corrupto”?

Bom, além de uma campanha difamatória de suspeição e acusações sem provas feita pela imprensa partidária, trabalhando o imaginário popular com o sentimento de ódio, embora isso não implique que o PT não tenha envolvimento com corrupção, aliás, quem pode ter controle total sobre o partido? Ninguém. Bom, mas, além disso, existe, também, a meu ver no Brasil, uma cultura invejosa sobre quem faz melhor algo ou qualquer coisa. Existe em nosso país uma necessidade de diminuir o sucesso alheio, a cultura do não reconhecimento, pois é algo nacional, e o nacional no Brasil é mal visto. Isso é uma cultura trabalhada para desvalorização da própria república e que só atende a interesses estrangeiros. É uma inveja do burro colonizado que aceitou essa educação antirrepublicana e que se associa a qualquer expressão popular de inteligência.
Esse comportamento e essa doutrinação da mídia acabam por influenciar o discernimento político de parte do eleitorado em uma visão capenga sobre a pauta das eleições. Pois essa parte ignora por completo a pauta da campanha mais abrangente e de maior qualidade popular, e se fia apenas na questão da corrupção. Como se eleição presidencial não estivessem envolvidas muito mais coisas, tais como: Os planos de governo, e não apenas as promessas. Os feitos e realizações de cada um candidato nas áreas da educação, saúde e economia. Quem será o ministro da fazenda? Como pensam sobre a questão salarial? O salário mínimo, e, claro, a própria corrupção também. Mas daí o eleitorado que tem aversão ao popular que o PT representa hoje, fia-se num discurso contra a corrupção apenas aceitando o uso do tema como retórica política de campanha, como puro panfleto da campanha oficial de seu candidato, nada além de um discurso associado, também, com a campanha da imprensa partidária, resultando, assim, a não verificação e estudo em como os governos que representam cada candidato lidaram na prática com este tema; corrupção. E é a prática que importa.

Portanto, pela prática é que voltamos a percepção da hipocrisia de quem vota em Aécio e seu partido, o PSDB, pois diz não aceitar a corrupção do outro, o PT, mas é condescendente com a corrupção de quem pretende votar! E, pior, ainda fecha os olhos de maneira ignorante frente aos números e feitos históricos reveladores do quanto os governos Lula e Dilma combateram muito mais a corrupção do que qualquer outro na história recente republicana brasileira! Isso é história, é inegável. E, por ser assim histórico, mas não reconhecido, acaba por acentuar a suspeição do aspecto preconceituoso de uma parte do eleitorado sobre o popular que hoje representa o PT, ou simplesmente um ódio irracional.

Esse é o eleitor de Aécio em sua maioria. Fundamenta seu voto numa hipocrisia consciente devido a uma aversão sobre a inteligência popular genuinamente brasileira. Aversão aos nordestinos, aos mais pobres, enfim, aos que não refletem uma estética de classe dominante que eles, aecistas, se consideram pertencer.

Urbano

Os pobres se sustentam através do trabalho árduo, diário; normalmente honesto e bem feito.

Fabio Passos

fhc é repugnante.
Um ex – presidente recalcado e racista!

fhc é o porta-voz da casa-grande.
Um menino de recados da “elite” branca e rica.

Viva o povo pobre que trabalha e sustenta o Brasil!
Viva o povo nordestino “…antes de tudo, um forte”!

Abaixo fhc e os racistas vagabundos que apóiam aécio neve.

Edgar Rocha

O discurso que vocifera contra o atraso econômico e a corrupção desmedida é falso. Lula demorou até, pra entrar na jogada e começar a contra-argumentar. Mas, a questão a ser debatida seria neste momento: por que este discurso pega tanto? A mídia, claro, faz a sua parte. As ONG’s americanas que insuflam e desarticulam também, A CIA, então, age diretamente na vida política do país (além das suspeitas quanto a morte de Eduardo Campos, já se falou nos departamentos da Agência responsáveis por desenvolver políticas de desarticulação social nos países resistentes aos interesses americanos). Devemos reconhecer. A luta é dura. A mais dura já enfrentada pela esquerda no país. Mais até que a própria ditadura militar, dada sua sofisticação. Mas, considerando o caráter clandestino das práticas oposicionistas, fica claro que tais estratégias se sustentam nas fissuras políticas do pensamento governamental, expandidas com os efeitos decorrentes da defesa dos interesses da elite. Tais fissuras são mais profundas e, por isto mesmo, mais difíceis de detectar e desmantelar do que a fragilidade falsa do governo petista desmontada por Lula nesta entrevista. O PT não tem (e talvez nunca teve) a menor sensibilidade pra dialogar com estes pontos fracos. O Partido e suas lideranças agem como se esquiassem em gelo grosso o tempo todo, despreocupadamente. A aparelhagem de setores cruciais para a defesa da democracia (como as polícias, o judiciário e a mídia)por parte das oposições ao crescimento real implementado por Lula, receberam tardiamente (se é que receberam) atenção maior da parte dos que observam a sucessão de crises fabricadas durante todos os mandatos petistas.
O distanciamento das bases e dos dilemas cotidianos, combustível das reivindicações mais sinceras da parte da população, feriram de morte a percepção positiva sobre as conquistas sociais promovidas pelo governo. A melhoria da qualidade de vida e a afirmação da cidadania como efeitos colaterais da inclusão não ocorreu de fato. Ao contrário, a grande frente de batalha da direita neste 12 anos se deu justamente no cotidiano, sem direito à defesa ou apoio institucional às demandas geradas por suas ações clandestinas. Ações estas que visavam exatamente, nublar o efeito das melhorias sobre a sociedade. Este é um ponto crucial pra entender o porquê do apoio massivo a Aécio em boa parte do sudeste, sobretudo, em São Paulo. Inclusive da parte de quem foi beneficiado pelo Governo Federal de alguma forma. Associar ao PT e ao Governo Federal as ações governamentais do Estado que geram descontentamento, foi uma estratégia fácil de implementar, já que não houve resistência nem posicionamento frente a acusações injustas. Por exemplo, como é que, durante o massacre do Pinheirinho, a Presidenta vem a São Paulo, dialoga com o prefeito da capital, com o Governador e não comparece, não diz uma única palavra, não aciona todos os meios pra impedir ou reverter o que ocorrera? Ou ao menos, deixar clara para a sociedade a total responsabilidade do Governo Estadual e do Judiciário na questão? É um exemplo minúsculo, mas bastante ilustrativo. A conta foi dividida com ela, apesar da presença tímida de lideranças petistas no local durante o processo. Impotentes, contudo.
Soma-se à soberba petista diante das questões ditas “pontuais” e “irrelevantes” que reduzem o potencial bem-estar causado pela melhoria do país, também o discurso, tanto da direita quanto da esquerda, que transforma o cidadão incluído apenas num consumidor, atendendo aos interesses dos adulados setores da elite. Lula é sincero ao reclamar do quanto as políticas federais beneficiaram ao comércio, à indústria, aos bancos. E isto não é negativo. Mas, a base do sistema, os mais pobres, não foram vistos com os olhos da dignidade, além do seu poder de consumo. Isto vem sendo percebido recentemente, como podemos atestar nos posts anteriores referentes a campanha eleitoral. Isto empurra os debaixo da pirâmide para o mundo de valores inerentes à classe dominante. Ou seja, o empurrão é para baixo, do ponto de vista do nível ético, moral e político. Aos que melhoraram de vida, urge ocupar os lugares, absorver valores e simbologias, enfim, comprovar à sociedade, da forma como esta lhe orienta, que são dignos de serem chamados (com boca cheia!) de classe média! E não poderia ser diferente já que este esnobismo, este deslumbramento, é acalentado até pelo maior representante da era Lula: o próprio. É a partir daí que o processo de “traição de classe” deve ser entendido. A nova classe média não quer apenas ser, quer parecer, como única forma de corroborar seu pertencimento ao modelo de “cidadania” que lhe é fornecido pelo consenso das forças políticas do país. E votar no Aécio, repetir os mantras ditados pela mídia contra o governo, são nada mais que decorrentes do que alguns definem como “Efeito Manada”. Quem perde com isto, imediatamente, é próprio PT, ao ser incapaz de apresentar uma leitura mais ampla sobre as conquistas, bem como contrapor-se aos procedimentos que enfraquecem a percepção de bem estar social. Por fim, cumpre-se o ciclo de retorno às velhas estruturas e aos velhos paradigmas, com os retrocessos advindos do reentronamento dos setores mais sacanas do país: fome, desigualdade, crise, roubo, privatizações, autoritarismo, etc…
Há grandes aprendizados a serem extraídos deste sofrimento. Mas, antes, admitir que houve erros seria o melhor recomeço.

    Luiz Gomes

    O seu escrito sobre a opinião do Lula, é muito confuso e prolixo. Ao contrario das respostas do Lula, inteligentes, simples e objetivas. Houve de fato um avanço extraordinário na educação, como reconheceu há pouco uma Representante da ONU no Brasil em entrevista dada a um estação e TV, com quase 95% das crianças frequentando a escola. Do mesmo modo, meu caro que a FAO no mês passado, igualmente que o Brasil fez uma admirável progresso em relação a pobreza e a fome – por favor pesquise – nos últimos anos. Eu mesmo na minha profissão, como Psicólogos, aqui Estado do Rio, fiz avaliações de jovens candidatos a emprego – cerca de 2.0000 aproximadamente – de todas as partes do Brasil, e o que constatei que 80% era de origem muito humilde, da roça ou de lugares mais pobres. Estes jovens tinham acabado de fazer o curso técnico em alguma área importante e estavam concorrendo a um emprego de técnico, alguns já trabalhavam nesta especialidade, já com salários na faixa de R$ 2000,00 em media (três salários mínimos)e pasme meu caro alguns já estavam fazendo curso superior ou pretendiam fazê-lo. É esse é o novo Brasil, mas para quem não tem visão míope da historia e da politica. Por isso votarei no PT e jamais num partido de direita que privilegia o capital e governou sempre para os ricos. Por isso este partido venceu em S. Paulo. Mas felizmente perdeu em Minas – principalmente nas regiões mais pobres – onde o povo vivenciou como é ser governado por esse partido. Vamos praticar o verdadeiro cristianismo meu caro: “bem aventurados aqueles que tem fome de justiça … já dizia Jesus Cristo.

    Edgar Rocha

    Luiz Gomes, não duvido da capacidade de comunicação do Lula. Reconheço que é bem melhor que a minha. O que critico é a sua percepção e o discurso superficial em relação às conquistas. Tenho certeza que ele pode ir além disto. Ele e o PT. O reducionismo de Lula ao priorizar em sua fala as benesses da inclusão para o mercado e para a elite não é mais que uma estratégia política a qual julgo equivocada. Na minha opinião é esta uma das causas para a Dilma ter 42% dos votos, tendo melhorado a vida de um percentual de pessoas maior que este. Quanta gente aqui mesmo no Viomundo percebeu que há uma enorme parcela de beneficiados pelo Governo Federal que votou no Aécio. O discurso anti PT pegou e o que temos de fazer no momento é avaliar as razões disto. Quanto a você dizer da inclusão na educação e da quantidade jovens humildes beneficiados não muda o que estou falando. Além do que, concordo plenamente que isto tenha ocorrido. Agora, quantos destes jovens participaram das jornadas de junho ‘contratudoquetaí’? Aqui em São Paulo, tenho certeza de que não foram poucos entre os que chegaram à Universidade. O que discuti não foi a qualidade ou quantidade das conquistas implementadas, mas o porquê delas serem tão pouco sentidas ou terem um peso menor na percepção de uma boa parcela da população, sobretudo a urbana. Me desculpe se fui prolixo, mais uma vez. Mas, eu já falo mais do que devo sem que ninguém coloque palavras na minha boca. Não nego o que o Governo do PT fez pelo país, só recuso a soberba de quem prefere se sentir traído simplesmente, sem considerar as falhas de comunicação e as fissuras pelas quais a imagem do Governo se deixou ruir perante a opinião pública. Obrigado por comentar.

    Eridan

    Edgar Rocha, seu comentário, por falta de um termo melhor, foi perfeito!
    Esta campanha está perdida. O que muito sobrou ao PT foi síndrome do poder e amadorismo puro.

    Mesmo sabendo que a mídia sempre inventa uma bala de prata contra eles, nunca se preocuparam em guardar uma simples bala de festin, e tinham como fazer isso.

    Levaram dedo na cara do Bonner como um cachorro leva do seu dono dentro de casa e sequer tocaram na corrupção da globo. Nesse ponto, viva Garotinho e Luciana Genro.

    Diante de tanto amadorismo, já há quem diga que essa derrota foi premeditada.

    Edgar Rocha

    Eridan, obrigado por dialogar. Olha, se esta derrota foi premeditada, eu não sei. Não tive coragem de falar mal de do Joaquim Barbosa antes de ter certeza do que ele estava fazendo. Nem da Marina. Mas, você tem razão em ficar desconfiado. A resistência foi menor do que o esperado. Contudo, temos de reconhecer que a direita está usando de armas pesadíssimas (e importadas, diga-se). Não é mais a bobagem da bolinha de papel. É só ver o que está ocorrendo em outros países pra ter uma ideia do risco que estamos correndo. Se a derrota for premeditada, eu não sei direito se seria um ato de boa ou má fé. A situação na campanha tem contornos tão indefinidos pra nós, simples mortais, que arrisco dizer que o que se passa nos bastidores não deveria nem ser contado agora, se considerarmos a gravidade do que pode estar se passando. O jeito mesmo é esperar. Mesmo assim, prever o movimento do adversário é algo que poucos sabem fazer, né não? Depois de 12 anos vendo a máquina da direita se turbinar sem agir. Entenda-se por máquina da direita a imprensa, o crime organizado e sua relação com as forças de segurança, as ONG’s internacionais (como é mesmo o nome? Shadow warriors, acho)… Até então o governo se sentia protegido pelo carisma do Lula. Agora sabemos que isto tem limites. O limite do medo e do terrorismo de Estado que se implementou nos governo tucanos.

Léo

Fernando Henrique Cardoso, voce fico chateado porque os nordestinos não elegeram nenhum governador do PSDB no primeiro turno este ano?

Pelo que percebo a Região do Nordeste vai mesmo extiguir os governos tucanos.Assim como a região Norte e a região centro oeste.

Façam iguam os mineiros. Jogue o ninho dos tucanos para os quintos dos infernos.

    Edgar Rocha

    Tucanos… coitados dos bichinhos. Uma ave tão bonita, tão representativa de nossa fauna não poderia carregar o fardo de símbolo do que há de pior no país. Temo por eles. Besteira minha. Mas, convenhamos, a despeito de minha consciência ecológica, não posso negar que sua escolha como efígie da direita seja a mais adequada. Vejamos:
    – Tucanos são elegantes, parecem estar constantemente de fraque. Têm aquela aparência inofensiva e aquela cara de bobo que esconde um dos mais cruéis predadores de nossa fauna;
    – Tucanos são onívoros. Devoram tudo sem perder tempo. Manejam aquele bico enorme com a leveza de um espadachim. São oportunistas e ladrões. Invadem pomares, pilham ninhos de outras aves e comem os filhotes.
    – Odeiam-se e raramente formam grupos pacíficos além dos que possuem algum parentesco.
    – São repelidos veementemente por corajosas aves menores, embora mantenham a fleuma de quem se acha no direito de cometer os piores atos.
    – Não obstante ao temperamento frio, são bons bichos de estimação. Abrem mão de sua liberdade voluntariamente, caso recebam um bom quinhão de seus proprietários. Quem os tem, costuma criá-los soltos, na certeza de sempre voltam pra mão do dono.

    Salvo o fato de que todas estas divagações são meras bobagens de uma mente humana desocupada, não se pode negar que as características do bicho se encaixam como uma luva nas aspirações do PSDB. Só não vale sair depenando o belo pássaro por causa disto. Afinal de contas, tucanos sem pena são mais mortais que cobras.

Léo

O Ministerio Publico tem que convocar o Fernando Henrique Cardoso, para ele explicar porque chamou os nordestinos, de pobres, analfabetos, e dos grotões, só poque votaram em Dilma.

Afinal em SP tem nordestinos. Em todo Brasil tem nordestinos.

Minha solidariedade a todos(as) os(as nordestinos(as) deste imenso Brasil. Voces são orgulho para todos nós.

FrancoAtirador

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Em cidades de 300 ou 400 mil habitantes,

a maior parte nas Regiões Sul e Sudeste,

tem gente que ganha 5 Salários Mínimos,

ou até menos, e pensa que ficou rico.

Então, vota no Candidato dos Ricos:

AérioNéco, Bonéco de Papelão de FHC.

Essa está sendo a lógica da “Classe C”,

a tal ‘Nova Classe Média’, ex-lulista.
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    FrancoAtirador

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    Os homens rezaram e as mulheres oraram

    para ter um bom emprego com salário,

    uma casa própria, um plano de saúde,

    escola particular para os filhos…

    e conseguiram, com a graça de Deus,

    com a ajuda de irmãos e irmãs na fé

    e até com auxílio dos classificados

    em jornais e dos programas de rádio.

    Enquanto isso, a Rede Globo e a Veja

    elogiavam a ‘mudança de classe social’

    e prometiam perfume importado barato,

    viagens turísticas para a Disneylândia,

    compradas em pacotes ‘aérios’ para Orlando,

    em vôos de ‘1ª classe’ com escala em Máiâmi,

    ou a bordo de meganavios luxuosos com direito

    a cruzeiros marítimos pelas praias do Caribe.

    E o Governo Federal, em mãos dos Petralhas,

    roubando as estatais e comprando políticos

    para se perpetuar no poder e instaurar

    o comunismo bolivariano ateu e perverso

    que vai fechar as igrejas e matar os fiéis

    que não se filiarem ao poderoso partido único

    que matou 100 milhões de homens bons no mundo.
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    Parece artigo do Professor Hariovaldo, mas não é.

    Infelizmente é esse o saldo cultural de 12 anos

    de sociedade de consumo de massa despolitizada

    e escrava da desinformação do Monopólio de Mídia,

    que agora está convocando os apóstolos para dar

    o golpe de misericórdia em Dilma e Lula e no PT

    para acabar com a corrupção da corja de ladrões.
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    FrancoAtirador

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    Globo e Veja conseguiram desconectar do Imaginário Popular

    qualquer Relação de Bom Desempenho do Governo Federal do PT

    na Economia, sobretudo, com reflexos Políticos e Sociais Graves.

    A chamada ‘Classe C’, Trabalhadora, foi convencida pela Média

    que apoiando os Patrões, haverá retorno em acréscimo salarial

    e melhores condições de vida, pois ‘o bom mesmo é ser Burguês’.

    Assim desconstruíram a história de lutas do movimento sindical.
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    FrancoAtirador

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    A ‘Classe C’, Trabalhadora Assalariada

    foi Cooptada pela Mídia Empresarial,

    com o Discurso Uníssono e Monocórdico

    do Empreendedorismo de Mérito Individual.
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    FrancoAtirador

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    E assim Destruíram toda Representação Simbólica

    de Organização Coletiva da Classe Trabalhadora,

    atingindo em Cheio os Representantes Sindicais

    e diretamente os Movimentos Sociais e Estudantis.

    E precisamente por isso, a Bancada de Parlamentares

    de Centro-Esquerda (PT/PCdoB) foi reduzida a pó.
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