Lelê Teles: Marina vai aceitar ser vice de Aécio?; Rede diz que a luta continua
Tempo de leitura: 4 min
O PESADELO DE MARINA
por Lelê Teles, via e-mail
O meio ambiente é o meu ambiente.
Ninguém incorporou tão bem essa máxima como Marina Silva. Ex-seringueira, militou ao lado de Chico Mendes em defesa da floresta e dos povos da floresta. Sim, Marina e Chico mostraram que na floresta amazônica tinha gente e que tinha gente matando gente, matando animais e desmatando a floresta.
Ao lutar contra as forças poderosas dos que ainda hoje mandam e desmandam, matam e desmatam, ela sonhou o impossível e trouxe a realidade para os espaços públicos de discussão.
Foi senadora pelo Acre por 16 anos e ministra do Meio Ambiente no governo Lula. Ganhou projeção internacional e é um símbolo da luta ambiental no mundo.
Pediu demissão do ministério em meio a uma forte crise criada em torno do Programa de Aceleração do Crescimento. Ela perdia a queda de braço para os desenvolvimentistas, sobretudo com a Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff.
Por causa disso, depois de 30 anos de militância, desfiliou-se do PT e começou a sonhar com vôos altíssimos. Madura politicamente, aceitou o convite do Partido Verde para concorrer à Presidência da República em 2010. Surpreendeu a todos obtendo mais de 20 milhões de votos.
Em seguida, deixou o PV alegando incompatibilidade de princípios. Ato contínuo, anunciou a realização de um Encontro por uma Nova Política.
Velhos políticos, como Fernando Gabeira, confirmaram presença, além de outros políticos que se dispunham, conforme o site de Marina, a “integrar uma rede colaborativa que construa a nova política, fundada em dois dos valores mais destacados da democracia – a liberdade e o diálogo entre as diferenças que estimula o espírito criativo e inovador”.
Seja lá o que diabos isso queira dizer.
Marina cativou um grande número de pessoas, sobretudo jovens, descontentes com os partidos que aí estão. Eles se autodenominaram marineiros.
E como o negócio era marinar, resolveram criar um partido para a ambientalista ou ela decidiu criar um partido pra ela.
Aí, os sonháticos deram de cara com a realidade. Mesmo tendo obtido 20 milhões de votos, a boa Marina tinha dificuldade em amealhar meio milhão de assinaturas para a criação do seu Rede Sustentabilidade, que partia do princípio que seria um partido sem ser um partido.
E aí começou o pesadelo. A grande mídia e os principais caciques da direita eram fervorosamente favoráveis à criação de seu partido. Mas por que diabos um político lutaria tanto para ter um adversário com tantos votos? O mais comum é que tentem eliminar seus adversários fortes. Marina parecia estar entrando nessa briga como uma inocente útil.
Tradicionais políticos, artistas, jornalistas e juízes ligados à direita foram a público lutar pela criação do partido de Marina, mesmo se fosse necessário dar um jeitinho para validar assinaturas recusadas pelos TREs.
Nomes como Gilmar Mendes e Nelson Jobim estavam ao seu lado na tentativa de criar um partido na marra.
Uma contradição para quem queria acabar com a tradição da política sem limites e para quem acredita representar os que contestam contra tudo o que aí está.
Marina perdeu.
Ao deixar o partido que ajudou a fundar e nele militou por três décadas, Marina sonhava em ser protagonista da cena política nacional. Agora, após ter dado com os burros n’água, querem fazer dela uma coadjuvante de luxo. Aécio e Eduardo querem ela como sua vice.
Os bilionários herdeiros das Organizações Globo costuram a aliança entre Marina e Aécio. Se Marina aceitar se mostrará uma oportunista, a que troca de partidos em troca de oportunidades.
O que dirão os marineiros que terão que votar em Aécio pretendendo votar nela? O que Aécio tem a ver com o sonho que Marina sonha desde que era uma menina pobre e analfabeta que vivia com os pés descalços na floresta?
Que partido no Brasil pode representar os delírios marineiros? Após tantos anos construindo uma imagem independente e mostrando-se diferente dos outros, com quem Ela poderá se juntar sem se parecer contraditória?
Marina será a vice de 20 milhões de votos ou a de 442 mil assinaturas?
Como se vê, sonhar é fácil, mas a realidade é dura.
PS do Viomundo: PPS e PTB já se ofereceram a Marina como partidos barriga-de-aluguel.
Rede Sustentabilidade continuará processo de criação do partido
A votação de ontem (3/10) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contrária à criação neste momento da Rede Sustentabilidade, não representa uma derrota nem aos seus membros nem à população brasileira que apoia uma nova forma de fazer política no país. Isso resulta tão somente em um atraso no processo irreversível de reformas do país.
“Já somos partido político sim. Se agora não temos o registro legal, temos o registro moral perante a sociedade brasileira”, avalia a ex-senadora Marina Silva, uma das idealizadoras da #rede.
Essa determinação dos membros da #Rede é não apenas um desejo nosso, mas uma obrigação para com os 900 mil cidadãos que apoiaram diretamente a criação da Rede Sustentabilidade e os milhões de brasileiros que esperam por mudanças profundas nesse país, as quais os atuais partidos e a atual estrutura do Estado não permitem tornar realidade.
A Rede Sustentabilidade considera o resultado proferido pelo TSE uma clara demonstração dos entraves burocráticos que os brasileiros têm de enfrentar. Exigências descabidas e ilegais por agentes do Estado, atrasos injustificados e regras inaplicáveis foram alguns dos entraves enfrentados pela #Rede ao longo do processo de criação do partido.
Da mesma forma, ficou evidente a estrutura precária do Estado brasileiro, incapaz de cumprir as leis que ele impôs a si mesmo. Cartórios com pessoal sem treinamento; falta de insumos básicos para executar o trabalho; inconsistência generalizada nos dados utilizados para comparação das assinaturas.
Tudo isso culminou em uma situação paradoxal, na qual o mesmo órgão que exige o cumprimento da lei que prevê 492 mil assinaturas certificadas para aprovar a criação de um partido, não exige o cumprimento de outras que permitiriam viabilizar as certificações nesse montante, como a validação das assinaturas em até 15 dias ou a obrigatoriedade de se justificar todo ato administrativo.
A mobilização da Rede Sustentabilidade continuará inabalável nos próximos dias, meses e anos. Nossos apoiadores acreditam na causa pela qual lutam e se manterão firmes no objetivo de democratizar a democracia brasileira.
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Comentários
J Souza
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Alberto Nasiasene
“trouxe a realidade”?… Só se fora a “realidade sonhática”…
“Madura politicamente”?…
É preciso desmistificar a afirmação de que ela militou ao lado de Chico Mendes (como se ela fosse copartícipe em pé de igualdade com ele). Ela era uma pessoa que estava ao lado dele, como tantas outras que não tiveram importância decisiva em suas lutas e a bandeira partidária que ele empunhava com firmeza era a do PT (nada que ver com PV, entendam bem). Aliás, ele foi assassinado exatamente por isto, não por causas ecológicas abstratas da moda, mas por enfrentamento socioeconômico e político que ia direto ao cerne da questão maior na qual o meio ambiente se situa em meio às sociedades humanas no capitalismo.
Quer dizer então que ela rompeu uma suposta militância petista de 30 anos porque entrou em choque com os desenvolvimentistas? Então o que ela propõe em lugar do desenvolvimento socioeconômico, a estagnação socioeconômica neoliberal dos mercados ortodoxos (mantendo as desigualdades sociais profundas do país)? Mas ainda falta esclarecer várias questões, como por exemplo, com crescimento zero ou de descrescimento (como pregam setores ponderáveis do ambientalismo)?
O UOL anuncia que ela se filiou ao PSB do Campos. Então, que nova política é esta que ela anunciou na criação de sua Rede? A nova política com novos convertidos como os Bonhausen e o Itaú?
Ao que parece, de certo mesmo o temos é que os velhos bilionários herdeiros das Organizações Globo e outras grandes empresas e bancos costuram a aliança entre Marina e Aécio, ou entre Marina e Campos (nada mais antigo do que este jogo político na história do Brasil).
Se Marina aceitar, não há mesmo como esconder que ela se mostrará uma oportunista como qualquer outro político, a que troca de partidos em troca de oportunidades (neste caso, tanto faz que seja o PSB ou o PSDB, PPS ou PTB; o que importa é ela entrar na eleição supostamente para repetir os vinte milhões de votos alcançados em 2010, se é que o eleitorado evangélico votará novamente, em peso nela, só porque ela é evangélica; mas tendo que engolir, ao seu lado, os velhos políticos dos velhos partidos – neste caso, o discurso da nova política vai para o beleléu).
Gerson Carneiro
Essa atende ao anseio dos que estão tentando culpar o PT pelo fracasso da Rede:
“Fundador da Rede detona as falhas de Marina.
Segundo o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), a ex-senadora “comete erros de avaliação estratégica”, cultiva um processo decisório “caótico”, “reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes” e “não estabelece alianças estratégicas com seus pares”; parlamentar afirma ainda que reprovação no Tribunal Superior Eleitoral era previsível; “demos mole”, diz ele; erros apontados por um colaborador próximo indicam que Marina na presidência da República talvez fosse um grande risco.”
jõao
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Operação França
Investigações chegam ao topo do esquema e mostram que líderes tucanos operaram junto com executivos franceses para montar o propinoduto do PSDB paulista. Os acordos começaram na área de energia e se reproduziram no setor de transporte trilhos em SP
Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas
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As investigações sobre o escândalo do Metrô em São Paulo entraram num momento crucial. Seguindo o rastro do dinheiro, a Polícia Federal e procuradores envolvidos na apuração do caso concluíram que o esquema do propinoduto tucano começou a ser montado na área de energia, ainda no governo de Mário Covas (1995-2001), se reproduziu no transporte público – trens e metrô – durante as gestões também de Geraldo Alckmin (2001-2006) e de José Serra (2007-2010) e drenou ao menos R$ 425 milhões dos cofres públicos. Para as autoridades, os dois escândalos estão interligados. Há semelhanças principalmente no modo de operação do pagamento de propina por executivos da multinacional francesa Alstom a políticos e pessoas com trânsito no tucanato para obtenção de contratos vantajosos com estatais paulistas. Nos dois casos, os recursos circulavam por meio de uma sofisticada engenharia financeira promovida pelos mesmos lobistas, que usavam offshores, contas bancárias em paraísos fiscais, consultorias de fachadas e fundações para não deixar rastros. A partir dessas constatações, a PF e o MP conseguiram chegar ao topo do esquema. Ou seja, em nomes da alta cúpula do PSDB paulista que podem ter tido voz ativa e poder de decisão no escândalo que foi o embrião da máfia dos transportes sobre trilhos. São eles os tucanos Andrea Matarazzo, ministro do governo FHC e secretário estadual nas gestões Serra e Covas, Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE). Serrista de primeira hora, Matarazzo é acusado de corrupção por ter se beneficiado de “vantagens oferecidas pela Alstom”. De acordo com relatório do MP, as operações aconteciam por meio dos executivos Pierre Chazot e Philippe Jaffré, representantes da Alstom no esquema que teria distribuído mais de US$ 20 milhões em suborno no País. É a chamada conexão franco-tucana.
http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/328062_OPERACAO+FRANCA/1
Maurício Dias: Morto-vivo ainda não está tão morto assim – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Lelê Teles: Marina será vice de Aécio? […]
ricardo silveira
Mais de 30 partidos políticos há no Brasil. Nenhum servia à ex-senadora, que então resolveu criar o seu. Agora que não conseguiu vai fazer o quê? Entrar em um partido que não lhe servia? Esperar para que seja possível criar o seu e ficar fora de 2014? O que fizer vai mostrar, por inteiro, que é. Mas já se sabe que é politicamente incompetente. Uma pessoa que foi ministra do governo Lula sabe que não se governa com discurso, até para criar partido político é preciso competência, pois um bom número de cidadãos têm que consentir.
Helenita
Agora que Marina está mais desocupada, talvez pudesse explicar para nós do centro oeste o que foi que ela fez lá na Amazônia em prejuízo dos índios, à respeito da exploração dos frutos da palmeira muru-muru… O que chegou ao nosso precário conhecimento é que como Ministra do Meio Ambiente essa senhora, espertamente, decidiu a favor de um grupo econômico e contra o interesse dos índios, alegando que a lei tem “falhas” que permitem tirar o controle dos índios sobre mais essa riqueza vegetal, para dá-lo a quem mais sabe aproveitar: os brancos e ricos… Fale, Marina! Em muito boa hora o presidente Lula te demitiu! Você não passa de uma ongueira, submissa aos grupos econômicos que esgotam a Amazônia! Você não engana ninguém…
Gil
O PESADELO DE MARINA, não sei, e nem quero saber, mas o que eu sei é que vou acabar tendo pesadelos, depois de ver a foto dessas duas bruxas lado a lado.
francisco niterói
O messianismo da marina ja era conhecido. Assim, nao me surpreendi com o “democratizar a democracia brasileira”. Ou seja, tudo o que foi feito depois de 88 nao conta. RSRSRS.
Mas me surpreendeu o traço autoritario dela, traço este que nao sou eu quem esta dizendo, mas seu “fiel” correligionaro SIRKIS. Vejam o texto dele abaixo:
” O Brasil da secular burocracia pombalina, do corporativismo estreito e da hipocrisia politico cartorial falou pela voz da maioria esmagadora do tribunal. A voz solitária de Gilmar Mendes botou o dedo na ferida na forma do juz esperneandi. O direito de, literalmente, espernear.Para mim não foi surpresa alguma, nunca foi uma questão de fé –Deus não joga nesta liga– mas de lucidez e conhecimento baseado na experiência pregressa. Eu tinha certeza absoluta que se não tivéssemos uma a uma as assinaturas certificadas, carimbadas, validadas pela repartição cartórios de zonas eleitorais íamos levar bomba.A ministra relatoria fez uma defesa quase sindicalista da “lisura” de seus cartórios. Gilmar Mendes mostrou claramente o anacronismo deles na era digital. Prevaleceu a suposta “dura lex sed lex” mas que pode também ser traduzido, no caso, pelo mote: “aos amigos, tudo, aos inimigos, a Lei”. E o PT já tinha avisado que “abateria o avião de Marina na pista de decolagem”.Mas não ter entendido que o jogo seria assim e ter se precavido a tempo e horas foi uma das muitas auto complacências resultantes de uma mística de auto ilusão.Para ser direto em bom carioquês: “demos mole”.Marina é uma extraordinária líder popular, profundamente dedicada a uma causa da qual compartilhamos e certamente a pessoa no país que melhor projeta o discurso da sustentabilidade, da ética e da justiça socioambiental. Possui, no entanto, limitações, como todos nós. As vezes falha com operadora política comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc e caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais. Reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes e não estabelece alianças estratégicas com seus pares. Tem certas características dos lideres populistas embora deles se distinga por uma generosidade e uma pureza d’alma que em geral eles não têm.Não tenho mais idade nem paciência para fazer parte de séquitos incondicionais e discordei bastante de diversos movimentos que foram operados desde 2010. A saída do PV foi precipitada por uma tragédia de erros de parte a parte. Agora, ironicamente, ficamos a mercê de algum outro partido, possivelmente ainda pior do que o PV.Quanto à Rede, precisa ser vista de forma lúcida. Sua extrema diversidade ideológica faz dela um difícil partido para um dia governar. Funcionaria melhor como rede propriamente dita –o Brasil precisa de uma rede para a sustentabilidade, de fato– mas, nesse particular, querer ser partido atrapalha.Ficarei com Marina como candidata presidencial porque ela é a nossa voz para milhões de brasileiros mas não esperem de mim a renúncia à lucidez e uma adesão mística incondicional, acrítica. Minha tendência ao “sincericidio” é compulsiva e patológica. Nesse sentido não sou um “bom politico”. Desculpem o mau jeito. Hoje tenho oito horas para enfrentar um leque de decisões, todas ruins em relação ao que fazer com uma trajetória limpa de 43 anos de vida política. Mas vou fazê-lo sem angústia de coração leve e mente aberta.”
francisco niterói
Errata: correligionario
Marat
Se ela se deixar levar pelo Gilmar Mendes et caterva, será mais um monstro da direita torpe que tanto atraso nos amontoa!
Fabio Passos
Seria muito interessante a Marina como candidata a Presidenta pelo PSOL… recuperando a defesa dos compromissos históricos da esquerda que o PT abandonou.
Para isso acontecer seria necessário abandonar o apoio do PiG, dos rentistas parasitas, dos fundamentalistas religiosos, enfim… de todos estes vigaristas da direita.
FrancoAtirador
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Tragédia Anunciada:
Rede de Marina se desintegrou,
antes mesmo de virar Partido.
Antonio Lassance antecipou, na véspera,
em artigo publicado na Carta Maior:
“Marina Silva não criou seu partido,
porque preferiu fazer uma ONG”
“…tropeço na criação da Rede mostra o quanto Marina Silva
se divide entre dois mundos: o dos partidos e o das ONGs.
Um dos problemas no processo de constituição da Rede
foi exatamente o de que sua organização se comportou,
o tempo todo, mais como ONG do que como partido”
(http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22814)
Agora, o deputado federal Alfredo Sirkis,
principal articulador da Rede Marinista,
que nesta sexta (04/10) se desfiliou do PV,
veio confirmar a assertiva de Lassance:
“Marina é uma extraordinária líder popular,
profundamente dedicada a uma causa da qual compartilhamos…
Possui, no entanto, limitações, como todos nós.
Às vezes falha como operadora política,
comete equívocos de avaliação estratégica e tática,
cultiva um processo decisório ad hoc e caótico
e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais.
Reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes
e não estabelece alianças estratégicas com seus pares.
Tem certas características dos líderes populistas
embora deles se distinga por uma generosidade
e uma pureza d’alma que em geral eles não têm.
(…)
“Não tenho mais idade nem paciência
para fazer parte de séquitos incondicionais
e discordei bastante de diversos movimentos
que foram operados desde 2010.
A saída do PV foi precipitada
por uma tragédia de erros de parte a parte.
Agora, ironicamente, ficamos a mercê de algum outro partido,
possivelmente ainda pior do que o PV.
Quanto à Rede, precisa ser vista de forma lúcida.
Sua extrema diversidade ideológica faz dela
um difícil partido para um dia governar.
Funcionaria melhor como rede propriamente dita
– o Brasil precisa de uma rede para a sustentabilidade, de fato –
mas, nesse particular, querer ser partido atrapalha.”
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Assim foi que ruiu o Castelo de Areia da Contradição,
dissipando-se na Incoerente Onda do Mar da Insensatez.
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Mario
Marina vai optar pela legenda do Roberto Freire amanhã, no último minuto do segundo tempo. Será um gol de placa, contra. Marina não tem nada na cabeça e ainda pensa que as coisas só acontecem porque Deus quer. Inclusive na política. E tenta fundar um partido apelando para o jeitinho brasileiro, ou seja, querendo passar por cima das regras elementares do jogo. A rede furou, e eu não me lastimo.
maria de sobral
deferimento so do gilmar, é uma lastima. Se eu fosse ela, ficaria ainda mais triste.
Terezinha
Acompanhei bem de perto as falas nas entrevistas da Marina. Marina está picada. Levou uma picada grande da mosca azul. Aécio sempre sonhou em ser presidente. A marina também quer ser presidente, de qualquer jeito. Se aceitar a proposta da globo ( manipulação de opinião publicada e apoiadora da ditadura)e do banco Itaú ( financiador de campanha) e ser vice do Aécio ela terá que enterrar o seu sonho de ser presidenta do Brasil. Se aceitar ir para qualquer partido tradicionalíssimo (PPS, PTB, PEN) só mostra que quer barganhar a melhor oferta. Seriam estes partidos melhores do que o PV? Estivesse no PT e seria a sua candidata natural em 2018. Pelo jeito caiu na sua própria armadilha de praticar o que dizia que não concordava no PT e por isso teria saído. Teria sido isso mesmo?
pedro – bahia
Tenho grande admiração pela ex-Senadora. Não acredito em aliança com Aécio ou mesmo com o Eduardo Campos. Se isso ocorrer, será mais uma queda em sua carreira política. Também não sei se o Aécio sairá candidato. Será que o Serra vai aceitar?
Pedro
A Marina parece que ainda não cumpriu certos ciclos biológicos. Por isso é que a mídia e os partidos de direita estão dizendo a ela o que ela deve fazer. Foi assim na eleição passada em que a Dilma saiu vitoriosa. Deram-lhe, sobretudo a grande mídia, 20 milhões de votos. Votos, como ela, reacionários. Seria bom alguém perguntar a ela o que ela pensa. Duvido que ela saiba. É verdade que ela esconde muita coisa, sobretudo que vai tentar desfazer tudo o que o PT fez, e principalmente a diminuição da desigualdade. Neste sentido terá todo o apoio do império americano, o maior beneficiário de um mundo repleto de pobres. Viva a pobreza, não é dona marina?
FrancoAtirador
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Quem qué casá com a Dona Baratinha
que tem dinheiro na caixinha?
http://www.feijo.com/~flavia/baratinha.html
(Da Série: Contos da Carochinha)
FrancoAtirador
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MÍDIA BANDIDA AGORA É AGÊNCIA DE CASAMENTO
Ao menos oito partidos oferecem legenda para Marina se candidatar
Campos Machado diz que Marina é ‘Getúlio Vargas de saia’
e sugere o PTB [Partido de Roberto Jefferson] para ela
Marina Silva foi cortejada por sete partidos, diz aliado
O deputado Walter Feldman (ex-PSDB-SP), da Executiva da Rede,
disse que outros sete partidos ofereceram a legenda
para que a ex-senadora Marina Silva se filiasse.
Entre elas, o Partido Ecológico Nacional (PEN) e o PPS.
PDT entra na disputa com o PPS para abrigar Marina Silva.
Fonte: Grupo G.A.F.E.*
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JACÓ
É melhor ficar na segurança da GRANDE PRESIDENTA DILMA e do DEUS da politica mundial LULA.
Bruce Guimarães
Duvido muito que ela embarque em ser vice de Aécio, mas que ela fará oposição a Dilma, isso não tenhamos dúvida!!!
Gil
Quer dizer, ela CONTINUARÁ a fazer oposição a Dilma
sergio m pinto
No fundo, mas bem no fundo mesmo, não passa de uma oportunista. Quem viver, verá.
Urbano
As princesinhas da ‘esquerda, volver à direita sempre, digo, em frente, marcha!’.
pereira
Então eu vou dilmar.
Gil
idem
edir
Sabe de uma coisa ? eu até desejo ver Marina presidenta, sabe porque ?Gostaria de ver Marina toda embaralhada no palácio sendo dominada por um batalhäo de tubaröes picaretas extremistas, uns da direita(PSDB/PTB/DEM-) outros da esquerda (PSOL/PSTU), ela seria apenas uma figura no gabinete, um fantoche nas mäos deles. Acorda Marina, cresca mais, crie sim um partido, e corra atrás de votos mas näo engana seus eleitores, seja real, seja cincera, diga a verdade. O Lula tentou quanto tempo para chegar lá ? quanto tempo o PT precisou aguardar para chegar lá ? e voce quer chegar assim no tapetäo ?
Gil
Desculpe, mas não creio que o PSOL/PSTU tivessem qualquer oportunidade num governo Marina, e também duvido que eles iriam entrar nessa furada
Quanto ao PSDB, diretamente participando, ou indiretamente, com a nomeação de pessoas ligadas ao pensamento neoliberal, e portanto aos tucanos, como André Lara Resende, Edmar Bacha, Pérsio Arida, e quem sabe até promovendo o retorno de Armínio Fraga no BC, muito mais importante para tucanos e mercadistas que qualquer ministério
Enfim os tucanos se contentariam com o BC, BNDES, BB, e CEF.
Baruch Ramses
Grande coisa a Marina ter tido 20 milhões de voto,,,,é o máximo que ela terá e com esse tanto não ganhará eleições e mesmo com 20 milhões foi a terceira colocada. Não esquentem com ela não.
Gil
Isso mesmo em 2002, o Anthony Garotinho (outro evangélico) pelo PSB obteve 15.180.097 de votos, 17,86 %, e nem falamos mais dele como candidato a presidência, vai tentar o governo aqui do Rio, um recomeço que espero que seja mal sucedido para o nosso bem
Foi coisa de momento, modismo.
Morais
A Marina vai acabar mostrando a sua cara, cara de traidora, ela não vai mais conseguir enganar alguns jovens baderneiros e alguns analfabetos políticos mais, se ela se filiar a um partido oportunista ela deixará claro que é também uma oportunista como todos os outros que estão ai,.
Roberto Locatelli
Marina cansou de dizer que a Rede NÃO era um partido. Então, não entendi porque o desespero de concorrer em 2014.
Mardones
Vou repetir: Marina deve ir para Londres. Até mídia já tem por lá. E a desculpa vai ser a de que o Brasil não está preparado para ela. rs rs rs.
Gil
Bom palpite, e mesmo de lá pode ainda faturar como comentarista duma Bandeirantes da vida, e umas colunas, talvez na Época ou no Globo.
roberto almeida
Até a nota é delirante. A culpa é do Estado brasileiro porque ela não conseguiu as assinaturas. Isto é, é dos outros. Mas uma coisa é preciso reconhecer: ninguém se coloca melhor na posição de vítima do que a Marina Sem Rumo.
Gil
Já reparou na quantidade incrível de partidos que temos no Brasil, porque será que o Estado brasileiro só veio a falhar com ela, mas uma teoria da conspiração, provavelmente os agentes cubanos disfarçados de médicos armaram tudo, com participação da Venezuela, das Farc e do Irã
Julio Cesar Montenegro
deve ser duro querer EMBALAR a casa grande
armando entre natura e itau
rede sustentável com marca colunável
20 milhões de eleitores chics no
passivo do passado
e em vez de brilhar com seus fogos de artificio
DAR XABU!!!!!!!!!!
p.s. tadinho do mentes
sozinho querendo habeas corpus
pras assinaturas impugnadas
como acostumou-se a dar para
bandidagens passadas!
claudio
A Rede era só embalagem necessária para um conteúdo sem norte, sem perspectivas, sem idéias claras…Marina foi a beneficiária do “contra tudo que está aí” e logo deverá aliar-se com estes, justamente aqueles que seus seguidores são contrários, apenas para seguir adiante como ser política. A realidade lhe imporá mais esta contradição em seus poucos discursos afirmativos.
Gerson Carneiro
Marina havia entregado a Deus o futuro da REDE.
Parece que agora ela está cogitando ir ao STF recorrer da decisão Dele.
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Rodrigo Leme
Alguém podia investigar o caso das assinaturas da Marina. Por exemplo, no ABC 39% das assinaturas foram recusadas pelos cartórios eleitorais sem justificativa! Uma média assombrosamente maior que no resto do Brasil, mas perto de SP e Brasília (na casa dos 30%).
Esquisito, né? Tem coisa que é tão fora da curva que dá vontade de testar hipótese…se o Lele Teles fala dos indivíduos de direita que se moveram para apoiar Marina, sobra quem do outro lado?
Gerson Carneiro
Será que foi o Lula quem mandou recusar?
Abel
É… deve ser culpa do PT. O PT é culpado de tudo, inclusive pela incompetência alheia ;)
Gil
Alguém podia investigar o caso das assinaturas da Marina, e acabar descobrindo o que não querem, o tiro pode sair pela culatra, atira no quer ver (a mão do PT e do Planalto) e acaba acertando no que não quer se ver
Luis CPPrudente
Lá na Direita tem o Rodrigo Sem Leme, por exemplo. Como legítimo tucano-pefelê ele agora marinou, continuando um tucano-pefelê. Isto mostra que o PSDB queria ter uma segunda legenda com um candidato seu, no caso uma candidata (Marina Silva), para disputar com a Dilma Rousseff.
A estratégia dos udenistas não foi vencedora e a Marina vai ter que mostrar que ela é tão igual ao ACM Neto quanto o Rodrigo Sem Leme.
Gerson Carneiro
Úia, voltou!
Rodrigo Leme tinha saído de fininho pra não comentar o Propinoduto Tucano que o VIOMUNDO tem noticiado.
Bom retorno!
Rodrigo Leme
Nossa, não sabia que vc tbm me rastreava! Daqui a pouco tenho que contratar segurança, é muita gente com obsessão doentia por mim.
Rodrigo Leme
Obrigado a todos do “outro lado” que endossaram a premissa.
Julio Silveira
Tem gente que fica bravo com o politico que muda, tem aqueles aplaudem quando a mudança é de caráter sem sair do partido. A Democracia que temos permite tudo isso, Que se mude sem mudar, que sem mudar se mude, e a cidadania ali, aqui e acola, de boca aberta apreciando, se indignando e sufragando. Marina, Aécio, Lula, Malluf, Collor aquilo roxo, Collor aquilo verde amarelo, é muita mudança pra minha cabeça.
Hoje, hoje, vou escolher não mudar, ainda que nenhuma mudança me dará.
Chico Nunes
Prezado Julio, suas reflexões fazem sentido na medida em que, aqueles que percebem que nenhum desses atores citados não representam qualquer ameaça a ruptura com a estrutura de poder político e econômico dessa sociedade excludente e profundamente desigual, nada disso é democracia, mas sim uma profunda engenharia de poder elitista.
Julio Silveira
Chego as mesmas conclusões.
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