Ipsos: Desaprovação a Doria sobe e encosta na de Lula; Moro tem 48% de aprovação e 45% de desaprovação

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação, com Otavio Conci (Fotos Públicas)

O juiz Sergio Moro deixou, definitivamente, de ser uma “unanimidade”.

Isso, de acordo com pesquisa da Ipsos divulgada hoje pelo Estadão.

O magistrado da República de Curitiba, de acordo com a pesquisa, tem 45% de desaprovação e 48% de aprovação.

Os números do ex-presidente Lula fizeram caminho inverso: a aprovação ao ex-presidente saltou 10 pontos entre setembro do ano passado e setembro deste ano. Mas, enquanto 59% desaprovam Lula, 40% aprovam — por enquanto, vantagem para Moro.

A taxa mais alta de desaprovação é de Michel Temer (94%), seguido por Aécio Neves (89%), Geraldo Alckmin (75%), Henrique Meirelles (66%). Ciro Gomes (64%) e Jair Bolsonaro (63%).

Em seguida aparecem Marina Siva (60%), Lula (59%), Doria (58%), Moro (45%) e Joaquim Barbosa (41%).

Mas a taxa de aprovação do ex-ministro do STF é de 38%, contra 40% de Lula. Neste quesito, Lula perde apenas de Moro (48%).

Mais uma vez, o que mais chama a atenção na pesquisa é como o PSDB foi destroçado por sua aliança oportunista com o PMDB no golpe contra Dilma Rousseff e nas descobertas subsequentes das falcatruas de tucanos e do desencanto com o marketing de Doria.

Doria tem 16% de aprovação, Alckmin 13% e Aécio 5%.

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Comentários

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lulipe

A pesquisa é a de 2018 e é melhor “JAIR” se acostumando!!

Nunes

Mourão x Moro x Temer x Rede Globo

Os militares fecharam os olhos para a derrubada da Dilma. Eles poderiam, se quisessem, ter impedido o golpe.

Eles tinham informações a respeito da quadrilha chefiada por Temer.

Os procuradores da Lava Jato (ou a república de Curitiba) também apoiaram e trabalharam a favor do golpe.

A destruição do parque naval brasileiro, a destruição das empresas de engenharia pesada brasileiras, a entrega do pré-sal às petrolíferas estrangeiras, a entrega da Amazônia a estrangeiros, e todas as medidas tomadas pela quadrilha entreguista chefiada pelo Temer e pela Lava Jato, e que geraram o “caos” atual, foram acompanhadas passo a passo pelos generais das Forças Armadas brasileiras.

Ou será que os generais só assistem ao Jornal Nacional? Por exemplo, os generais nunca ouviram falar na prisão do Almirante Othon? Em que país os generais brasileiros vivem? Brasil ou Brazil?

Que diabo os generais podem fazer melhor do que o governo Temer em termos de entreguismo, que diabo os generais podem fazer melhor do que a República de Curitiba em termos de “combate à corrupção?”

Ou será que a insatisfação dos generais se deve ao fato de que Lula até agora não ter sido preso, e os generais terem pressa? Ou será que a ideia de golpe no golpe surgiu a partir do momento em que a Rede Globo mostrou-se aparentemente “contrariada” com a corrupção no Governo Temer?

Numa frase: qual o plano de salvação das forças armadas para este país destroçado e desmoralizado?

Nunes

E A GLOBO, COMO SEMPRE, FICARÁ A FAVOR DO VENCEDOR DESSA “BRIGA DE FOICE” NO CLARO. AFINAL DE CONTAS, EM QUE O MORO E O MOURÃO DISCORDAM?

O terreno do golpe está ocupado, Mourão. Pelas tropas do Moro

Por Fernando Brito · 24/09/2017, no Tijolaço

Se o objetivo do general Antonio Hamilton Mourão for o de dar um golpe de direita no Brasil, recomenda-se ao militar veterano que se poupe e descanse.

E que não envolva o nosso Exército numa redundância, porque golpe já temos um. E olhe que com lições de tática e estratégia dignas dos melhores manuais castrenses. (para meus leitores de direita: castrense significa relativo a militares, não a Fidel Castro, viram?)

Na manchete do site do Estadão e na coluna do desde sempre grande interlocutor do “Partido do Judiciário”, Fausto Macedo, explica-se como as tropas togadas “ampliam o cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dificultam ainda mais seu plano de disputar um terceiro mandato na eleição de 2018”. A linguagem militar é, nota-se, explícita.

Como nas boas lições de caserna, além da vanguarda liderada por Moro com as sete ações em que Lula é réu e as duas onde está denunciado, há recursos em reserva, como registra o jornal, pois ele “agora é alvo de seis procedimentos de investigação criminal abertos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Curitiba, São Paulo e Brasília”.

Tudo pronto para qualquer argumento na base do “se não foi você, foi seu pai, seu tio, seu avô.

Todos os movimentos caberiam numa cartilha. Os movimentos de pinça, para isolar o adversário, o fogo incessante para minar-lhe as forças, o apoio aéreo da mídia, que provê fogo para a batalha da (des)informação, onde se produz, como é clássico, a primeira morte da guerra, a da verdade.

O baixo oficialato do Judiciário impôs-se sobre suas instâncias de comando, covardes e omissas, tomou o freio nos dentes e empalmou a liderança deste “combate”.

O terreno do golpismo, general Mourão, está ocupado e fortificado e não é pelos militares.

Se alguma tarefa lhes for deixada será a de derrubar as cúpulas do poder constitucional desmoralizado, para instalar nele – nos três poderes, inclusive o Judiciário, os rapazes da fogosa e insubmissa legião da toga. Porque, sabe o caro general, é preciso dar cobertura, nos tempos de hoje, em que as Forças Armadas não podem ocupar diretamente o poder.

Mas nem tudo está perdido. Eles darão aos militares o papel subalterno que as elites sempre lhes reservam: o da “limpeza étnica” – aquela que Caxias recusou na Guerra do Paraguai, deixando a sangueira para o Conde D’Eu.

Desta vez, para ser feita mais perto, na Rocinha e em todas as periferias, lá com os pobres, lá de onde vem as suas tropas.

Lá, vai se poder gritar “Selva!” à vontade, porque na Amazônia logo estarão gritando “Jungle!“.

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