Igor Felippe: Reprise da fórmula de Lula pode não dar certo agora

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Lula

Os perigos da repetição da fórmula Lula em 2014

Por Igor Felippe, no Escrevinhador

Os novos ministros escolhidos pela presidenta Dilma Rousseff, a se confirmar o vazamento antecipado pela velha mídia, apontam para a retomada da estratégia do primeiro governo Lula. A lógica do ministério nº. 1 do Lula era “abraçar” dentro do governo os conflitos da sociedade civil, indicando nomes de personalidades que representavam os diversos segmentos sociais e partidos políticos.

As escolhas de Dilma apontam para a reprodução dessa fórmula de “governo para todos”, com benefícios para banqueiros, industriais, comerciantes, latifundiários, trabalhadores urbanos, subproletariado, agricultores familiares e segmentos mais pobres.

O ano de 2002 foi marcado por uma crise do modelo econômico neoliberal, com pressão do FMI (Fundo Monetário Internacional) para manutenção dos contratos, ataques especulativos do mercado e taxa de juros Selic nas alturas, além do terrorismo midiático.

Lula era favorito na eleição presidencial, o que aprofundava o quadro de instabilidade econômica. Para frear a crise, o então candidato assumiu o compromisso de manutenção dos contratos com o mercado na famigerada Carta ao Povo Brasileiro e em reunião com a direção do FMI.

A vitória do petista representou uma derrota política do neoliberalismo e do capital financeiro internacional. No entanto, essa fração de classe se manteve forte, atuando com um braço no mercado e outro na velha mídia. Assim, mesmo com a derrota eleitoral, conseguiu circunscrever o “ameaçador” governo Lula e influenciar a política econômica, preservando seus interesses econômicos.

O time das finanças tinha o petista-financista Antônio Palocci no Ministério da Fazenda, que era o símbolo do compromisso selado na campanha com o mercado, e o banqueiro Henrique Meirelles no Banco Central. A esquipe da produção era formada pelo vice-presidente José de Alencar, grande empresário do ramo têxtil, o economista Guido Mantega no Ministério do Planejamento e o economista nacionalista Carlos Lessa no BNDES.

O agronegócio tinha como seu representante o professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e quadro formulador Roberto Rodrigues, enquanto Miguel Rossetto, político gaúcho de uma tendência trotskista do PT, encarnava a pequena agricultura e a reforma agrária.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ficou sob o comando do empresário Luiz Fernando Furlan, ao passo que o Ministério do Trabalho foi destinado a Jacques Wagner, sindicalista da indústria petroquímica e fundador da CUT na Bahia.

O árbitro desse jogo era o presidente Lula, que tinha a legitimidade de ser o maior líder de massas do país e ter obtido na eleição mais de 60% dos votos, vencendo com 20 milhões de votos de diferença.

O problema é que as condições políticas, econômicas e sociais de 2014 são muito diferentes de 12 anos atrás. Por isso, é ingenuidade acreditar que a repetição da mesma fórmula terá o mesmo resultado.

1 — Lula encarnou um projeto de reforma do neoliberalismo, que estava em crise. O controle do capital financeiro sobre a economia no governo FHC criou insatisfação em setores da indústria brasileira, que se aproximaram do PT. Assim, construíram juntos um programa de fortalecimento da produção, atendendo demandas da indústria e dos trabalhadores, sem mexer nos interesses do capital financeiro. Por isso, Lula fez um governo para atender todos os segmentos, aproveitando-se de um racha no seio da burguesia.

2 — O PT dirigia ou exercia forte influência nas principais organizações de trabalhadores, camponeses e estudantes, além de ter um grande apelo nos setores médios, especialmente na intelectualidade progressista. A partir disso, o partido tinha hegemonia nas ruas e no pensamento.

3 — A economia estava estagnada no governo FHC, com o desemprego alto e salários achatados com a falta de crescimento. O Brasil estava no fundo do poço, o que colocava para o novo governo um patamar de comparação com um período desastroso.

Agora, o quadro é bastante diferente, do ponto de vista econômico, político e social.

1 — Dilma não conseguirá encarnar um governo de conciliação de classes em um quadro de inviabilidade econômica para contemplar os interesses das frações da burguesia e da classe trabalhadora. O modelo neodesenvolvimentista implementado no último período não tem apresentado resultados, o que reaproximou capital financeiro e indústria, em contraposição aos interesses dos trabalhadores e dos mais pobres.

A fórmula de fazer um governo de conciliação em um momento de recrudescimento da luta de classes não tem chances de obter sucesso. A construção de um ministério com representação de todos os setores criará um falso cenário de conciliação, mas o governo terá que escolher um lado para enfrentar as contradições da economia brasileira.

2 — O PT não tem mais a autoridade de antigamente. Houve um processo de fragmentação das organizações progressistas, que levou muitas à oposição de esquerda e outras tantas a uma posição de independência. Embora seja o partido progressista mais importante do país, não tem a mesma capacidade de apontar a direção aos sindicatos, movimentos sociais e entidades estudantis. Não tem mais o mesmo apelo nos setores médios nem na intelectualidade. Desde a crise do mensalão, a direita passou a incidir com mais força nos setores médios e, com o suporte dos velha mídia, fez uma ofensiva conservadora na batalha das ideias.

Um elemento novo na conjuntura é que, na última década, novos movimentos sociais se forjaram, sem qualquer ligação com partidos políticos, que exercem forte influência na juventude que quer mudanças sociais, mas não acredita no sistema político e no que chamam de “organizações tradicionais”.

O melhor exemplo é o MPL (Movimento Passe Livre), que já demonstrou autoridade para convocar mobilizações. No entanto, há inúmeras organizações com essa linha que atuam na área da arte, cultura, comunicação, etnias, gênero, homossexualidade, mobilidade urbana etc. Nesse quadro de fragmentação, a direita colocou uma cunha e também tem estimulado protestos de rua, como as manifestações pelo impeachment da presidenta Dilma.

Com isso, o PT não controla as organizações políticas forjadas no ciclo de lutas dos anos 80 nem têm qualquer canal de diálogo com as organizações que surgiram nos últimos anos. As forças progressistas tradicionais não têm mais a mesma unidade de programa e ação política nem possuem o “monopólio das ruas”. A direita passou a disputar as ruas e fez uma ofensiva sobre a intelectualidade também. Assim, a margem de intervenção se houver um novo processo de mobilização é quase nulo, como ficou patente em junho de 2013, que manteve um caráter progressista.

3 — A economia brasileira tem enfrentado dificuldades para crescer, mas mantém o desemprego baixo e crescimento do salário. Assim, o novo governo terá como patamar de comparação um período com indicadores sociais bastante positivos. Qualquer derrapada da nova equipe econômica implicará perdas para os trabalhadores e para os mais pobres, que podem criar um clima de desestabilização. Por isso, a implementação de uma política de corte de gastos é muito perigosa.

A pergunta sem resposta é: como fazer um “governo para todos” em um período de baixo crescimento econômico, com unidade da burguesia e recrudescimento da luta de classes, sem capacidade de intervenção nas ruas e no pensamento progressista, e com uma política de ajuste fiscal?

Apenas o futuro nos dirá, mas existem elementos para questionar a viabilidade e apontar os perigos da repetição desse modelo.

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Comentários

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Ramos de Carvalho

Acho que a esquerda tem que se preparar para tomar as ruas e se manifestar, contra as medidas amargas que virão, para que elas sejam para os bancos obrigando eles comprarem títulos a Selic mais baixa. Aqueles que não se dispuserem a isto, nos devemos boicotar.
Falando em boicote, o HSBS despediu funcionários a menos de dois meses do natal e seus funcionários entraram em greve. Não deve ser por falte de rentabilidade. Enviei e-mail para duas empresas que me fornecem, avisando para eles que vou mudar de fornecedor se eles não mudarem de banco e expliquei os motivos.

Marduk

O ideal seria Murilo Portugal, mas o Joaquim Levy está de bom tamanho.

Francisco

A única (ÚNICA!) variável a mudar nos próximos dois, três anos é a inauguração de uma série de projetos iniciados ao longo dos últimos doze anos.

É neles que se apostam TODAS a s fichas. Não tem plano B.

Todos esses projetos (redução ou manutenção do custo da energia elétrica e combustível, redução do custo do frete – via Norte-Sul e hidrovia – redução do custo da mão de obra – via PRONATEC, aumento da produtividade e inovação – via capacitação no exterior e ampliação de graduandos, incorporação de áreas ao cenário econômico nacional – via Transposição, domínio tecnológico de setores de alto valor agregado para exportação – vide indústria de armamentos, por exemplo), todos eles somados devem dar algumas vantagens competitivas e reduzir um algo o tal “custo Brasil”.

Essa “folguinha” (oriunda da redução do custo Brasil) é a margem de manobra de Dilma. Só. O efeito colateral é que o agronegócio deve explodir em empoderamento e a indústria nacional não sei se terá condições de traduzir em lucro a agregação de inovação e redução do custo/qualificação de mão de obra.

Do segundo mandato de Dilma, sai um Brasil diferente do que começou o governo Lula. Oremos…

    Mauro Assis

    Francisco,

    Pela Norte/Sul e a Transposição vc pode esperar sentado…
    Quanto ao Pronatec: eu conheço o programa por dentro, é lixo. Não qualifica ninguém, as instituições privadas recebem uma grana preta e o abandono é altíssimo, só que ninguém divulga porque os caras ganham por aluno.

    No mais, que bom que ela botou quem entende prá tomar conta da grana…

FrancoAtirador

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A Falta de Habilidade Política dessa Equipe de Assessores Petistas do Governo

fez com que as Escolhas de Dilma desagradassem tanto a Direita quanto a Esquerda.
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    Mauro Assis

    Franco,

    A direita tá é feliz… só fica um pouco triste porque não vai ser ela quem vai implementar essas políticas, mas como dizia um dos gurus de vocês: não importa a cor do gato, desde que ele cace o rato.

Bacellar

Outra pergunta sem resposta é: Dada a correlação de forças, musculatura financeira, apoios internacionais e disposição das corporações transnacionais, como impor a pauta da esquerda sem ser apeado do poder deixando qualquer coisa no vácuo? Como não fazer concessões e buscar consensos na prática?

O impasse econômico não é apenas nacional e sua solução não depende apenas do Brasil quem dirá então apenas do PT.

No curto prazo tudo fica como está e esteve nos últimos 2 anos. Quem esperava mudança radical de curso não estava lendo bem a situação. Era penúria com Dilma, desmonte com Aécio ou derretimento com Marina. Não subestimem jamais a irresponsabilidade social de nossa oligarquia e nem a draconiana tutela do mercado internacional sobre as economias acessórias.

Não vamos dar um salto de figurantes a protagonistas internacionais sem desempenhar o papel de coadjuvantes com algum talento e constância.

A última coisa que o Brasil precisa é de sectarismo de esquerda. Que um segundo mandato de concessões será turbulento é óbvio; mas um segundo mandato de confronto aberto chegaria ao fim?

Haddad em SP está dando um bom exemplo de como medidas simples e pautas pontuais podem trazer para junto enorme parte dos estratos médios “despolitizados”. A economia brasileira tem dificuldades mas olhando para o Mundo no cenário atual não estamos tão mal posicionados assim.

Engraçado mas quando ouço Lula dizer que seu único plano para 2018 é estar vivo…Não posso deixar de levar ao pé da letra…

    Vlad

    Ô jekyll e hyde…tira a foice e o martelo e põe um tucano aê.

    Bacellar

    A sina de quem chama as pessoas à razão é tomar pedrada de todo lado mesmo.

    abolicionista

    Ora, dá pra fazer muito mais do que Dilma está fazendo. Tudo parece impossível até você tentar. O Obama acaba de enfiar uma ‘imigration bill’ pela goela do congresso conservador. Isso se chama coragem. A mídia inteira o acusa de ser um déspota, ele exigiu espaço de resposta em rede nacional e respondeu à altura. Dilma precis honrar quem votou nela, ou não deveria ter prometido reforma da mídia, reforma tributária, reforma agrária e etc. São 12 anos sem nenhuma reforma de base. Seria muito melhor perder a eleição do que jogar a legitimidade da esquerda no lixo, como o PT vem fazendo. Porque, sempre que a esquerda decepciona, isso abre espaço para o fascismo. Dilma precisa parar de se esconder, precisa vir a público e denunciar as forças conservadoras, se são elas que estão atravancando o país. Ninguém aguenta mais essa vitimização da presidenta, esse melodrama não convence mais ninguém. Até porque, no final da eleição, Dilma se mostrou mais combativa e as ruas responderam. Agora é hora de retribuir ao apoio, simples assim. Ou então pede pra sair.

    Bacellar

    “Pede pra sair”…Depois o tucano sou eu. O “T” em PT refere-se a trabalhismo não trotskismo.
    Obama afrontou o mercado financeiro ou jorrou dinheiro público no resgate aos bancos? Taí um belo caso de escolha de pautas. A regularização de imigrantes já estabelecidos pode reverter em aumento de arrecadação tributária, no fim quem canta alto é a grana; for republicans or democrats.
    No curto prazo nenhum governante do mundo opera sem algum setor poderoso dando-lhe respaldo. Dilma momentaneamente estende a mão à 2 setores que podem lhe dar arcabouço: Financeiro e agrobussiness…Realpolitik é suja e escrota mas o compromisso com o povo vem antes da assepsia. Obviamente não são aliados confiáveis mas o pacto de não-agressão ou de menos-agressão tem de ser feito.
    Tudo bem que a esquerda também deve pressionar, faz parte do mesmo jogo político, mas é bom não errar na dose da pressão.
    Existem milhares de pautas de médio prazo que podem avançar desde que o país não seja desestabilizado. A meta agora é estabilizar o Brasil política e economicamente. A economia tem um quadro difícil mas plenamente possível de melhorar, mas a política está por um fio. A esquerda não é maioria entre o povo, pode ser maioria em relação aos conservadores empedernidos mas não é maioria absoluta. Olhem para as abstenções.
    Prefiro o etapismo mesmo que difícil do que fanfarronice vazia.
    Parece que nós da esquerda já nos esquecemos do quão próximos os conservadores estiveram do planalto esse ano.
    Mesmo sendo marxista esse é meu ponto de vista na atual conjuntura: Sequer estamos próximos da massa crítica necessária para um governo de esquerda desabrido ter respaldo entre a população para operar livremente.

    abolicionista

    Sobre o pede pra sair, acho realmente que seria mais digno. Como, aliás, o Chico de Oliveira já havia cantado faz tempo. De resto, nunca te chamei de tucano, não que eu me lembre…

    Você percebe que a esquerda tem gradualmente perdido espaço pelo menos desde a primeira eleição da Dilma?

    Pois é, essa perda de espaço que você menciona é justamente o resultado da realpolitik petista, mas não só dela. Mesmo com realpolitik, o PT poderia ter criado agremiações, investido nos movimentos sociais, no trabalho de base, na politização. Não fez isso porque não queria pressão das ruas, pura lógica eleitoreira, meu caro. São 12 anos no poder, 12!

    Você mesmo percebe que a política do PT só faz a esquerda perder espaço, que etapismo é esse? Etapismo rumo ao colapso? Pode guardar pra ti.

    O que a política atual do PT tem feito é aumentar a quantidade de fascistas dispostos a exterminar tudo o que cheirar esquerda no Brasil, estão de parabéns. Mas não se preocupe, porque na próxima eleição eu não vou fazer papel de trouxa.

    Bacellar

    Abolicionista: Qual é a opção ao PT? Conseguir bombar o PSOL e atingir 10% dos votos em 2018? Entregar o governo federal aos tucanos?

    Eu não sou filósofo, nem sociólogo, nem economista. Sou fotógrafo (e ilustrador pra ajudar na feira). Trabalho com imagem documental há 15 anos e não posso nunca deixar de pensar na situação emergencial das pessoas que tão generosamente me abriram espaço em sua vida para registrar-las.

    Pouco avanço é melhor que retrocesso. Fácil ser purista e não querer se envolver com a parte suja da política, com as concessões. Mas e o povão como fica? Uma esquerda entrincheirada, pura, mas sem cargos, sem voz no congresso, sem poder de barganha, adianta o que para o povo?

    O que são 12 em 500?

    Não pense que eu não tenho uma tonelada de críticas ao PT. Apenas não as externo pq críticas ao PT não estão faltando na praça.

    Qual é a alternativa, viável, palpável, ao PT? Carajás pro MST? SP sem água? Nordeste migrando massivamente seca após seca? Reza uma expressão popular que “do chão não passa”. Se tem uma coisa que aprendi em 15 anos de rua foi: Ô se passa!

    Uma etapa fundamental, inescapável, para o soerguimento do Brasil é possuir uma base popular minimamente consciente de seus direitos e deveres sociais. Quebrar o medo do tronco e a naturalização da ideia de hierarquia social por decreto divino. Possuir uma base social ampla que compreenda seu papel e àquilo que é do próprio interesse. Com um salário de fome, analfabeto e isolado indivíduo nenhum tem condições pra isso. Primeira etapa: Dar subsídios ao povo para libertar-se da realidade da mera sobrevivência. E não me refiro só ao flagelado dos rincões, mas aos trabalhadores de baixa renda enfurnados em barraquinhos precários, ônibus lotados e uniformes de subalternos. Que defendem o status quo por medo de cair da posição de miserável digno pra indigente desumanizado…

    Claro que emprego e barriga cheia não fazem de ninguém um Che Guevara espontaneamente. Trata-se de pré-requisito básico no entanto para gerar a possibilidade de reflexão. Uma vez estabelecida esta base (e penso que a batalha pontual é não por a perder o que se avançou) começa a batalha pelo esclarecimento do povo, a batalha contra a mídia mainstream internacional. Claro que as medidas podem ser tomadas paralelamente porém o défict civilizatório é gigantesco; prioritário.

    Não acredito pessoalmente num horizonte límpido e luminoso com o PT no poder. Acredito num retrocesso absurdo com o PSDB ou aventureiros do tipo Marina. E não enxergo a mais remota chance, nem sequer por um átimo, da possibilidade de Psol ou PSTU nos próximos 30 anos elegerem um presidente.

    Só tem tu vai tu mesmo. E a esquerda também não precisa ficar esperando o PT pra se movimentar.

Osmri Amaral

A pressa é sempre de quem está perdendo o jogo. Quem está perdendo o jogo? O governo ou a oposição? Penso que é a oposição.

    Cesar Sandri

    Penso que o POVO!!

    Mauro Assis

    Osmri,

    Será mesmo que a oposição está perdendo? Vai mandar na Fazenda, na Agricultura e no Planejamento. O PT perdeu vinte vagas na Câmara. A presidente está na mão do congresso, porque precisa mudar o termômetro prá mostrar que o país não está em coma, e essa fatura vai ser muito alta.

    Acho que a esquerda vai ter que se contentar com o Ministério da Igualdade Racial e a Comissão de Direitos da Câmara… se o pastor deixar.

    Mauro Assis

    Abolicionista,

    Se Kátia Abreu+Levy+Barbosão não é vitória da oposição…
    Claro, sempre se pode contar com a Igualdade Racial para a esquerda.

    abolicionista

    Caro Mauro, fazendo um pouco de humor negro sério, acho que a oposição agora é o PT. Enfim, é óbvio que Dilma está vendendo até a mãe para manter-se no poder, mas não acho que ela vai conseguir acalmar a direita com todas essas “concessões”, eles ainda querem a cabeça dela.

    abolicionista

    Não é a oposição que está ganhando, é o “conservadorismo amigo”, a famigerada “base aliada”.

Osmri Amaral

Ousadia agora na tentativa de reprisar o de antes seria um risco enorme de correr em direção a uma arapuca.

Osmri Amaral

Acredito que com bastante cautela, muita calma nessa hora, identificando e domando uma leão por vez. Talvez seja este o caminho. Afinal não são os “pobres de hoje” que estão no desespero. Mas, uma parcela deles porque estariam sob “dominio” de elites oposicionistas; umas poucas parcelas das elites (aquelas que não se uniram e foram engolidas pelas concorrentes ou se vêem na possibilidade de serem engolidas); e possívelmente um fantasma assombrando a classe média. Então acredito no que foi dito. Até porque faço a pergunta. Quem tem pressa e porquê? A pressa em tomar decisões poderá ser cair na armadilha. Assim penso eu é esta minha visão. Apenas um cidadão comum. (um trabalhador comum).

Antonioc

Cortar gastos e desemprego, o melhor seria cobrar mais impostos de quem mais sangrou a sociedade, os Bancos e financeiras ganharam muito dinheiro nos últimos anos eles teem muito para dar ao país.

    Vlad

    Falou pouco e disse tudo.
    Mas nessepaís dessegoverno onde o Dr. Lázaro Brandão é que escolhe qual de seus diretores será o Ministro da Fazenda, podemos esperar sentados.

    Simas Mayer, Hebert

    Eu nem vou esperar…
    Vou embora pra Passárgada.

    abolicionista

    Assino embaixo, como dizia o Bandeira, como não podemos tentar o pneumotórax, a única coisa a fazer é tocar um tango argentino…

Alessandro Carvalho

“…’Abraçar’ dentro do governo os conflitos da sociedade civil, indicando nomes de personalidades que representavam os diversos segmentos sociais e partidos políticos”. Sobretudo nomes da direita, do quadro técnico do PSDB, do mercado, do agronegócio, nomes especiais que conheçam os meandros de Luxembourg, Isle of Man, Jersey, Panamá e Marchall. Desde a fragmentação da base aliada na MP dos Portos, a gente não vive um momento político tão profícuo. Seria exagero conversar com o Daniel Dantas?

Lukas

Os petistas acham que o governo Lula foi um sucesso APESAR do Henrique Meirelles…

Lula e Dilma, mais espertos, sabem a quem recorrer no momento do aperto.

    Simas Mayer, Hebert

    Diga-me?…
    Pq esse “k” em seu nominho?
    Acho q, pra começar, vc é o q é. Nada!

    Lukas

    Parabéns pela vitória da Dilma na eleição presidencial.

Mauro

A oposição levantou varias frentes de sangria ao Governo e assim foi minando o pensamento progressista,as manchetes tratam de questões morais,éticas,comportamentais,de forma isolada nao fazendo ou até omitindo uma avaliação contextual.Cabe ao Pt e nao ao Governo instrumentalizar seus diretórios permitindo que estes discutam e façam intervenções nas suas Cidades,que os livre de seus acordos regionais,permitindo aos Diretórios uma atuação política livre ,afinal o Pt veio antes do Governo,o Pt foi o primeiro a fazer uma inclusão política.

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