Igor Felippe: Como a paranoia na blogosfera prejudica a esquerda

Tempo de leitura: 6 min

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Paranoia anti-golpista coloca setores progressistas na defensiva

Por Igor Felippe, no Escrevinhador

A aprovação da prestação de contas de campanha de Dilma Rousseff e do Comitê Financeiro Nacional do PT nas eleições 2014 pelo plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por unanimidade, jogou um balde de água fria nos analistas que “anteviram” uma operação para dar um golpe institucional no país.

A cristalização da leitura de que a direita se movimenta para dar um golpe e derrubar a presidenta Dilma é um espantalho que tira o foco das forças democráticas, progressistas e populares.

É evidente que setores minoritários defendem o “Fora Dilma”, tanto por meio do impedimento pela responsabilização nos casos de corrupção na Petrobras como pela deslegitimação das contas da campanha da petista. Uma ala menor ainda advoga por um golpe militar.

No entanto, as grandes placas tectônicas da política brasileira não se movem para catapultar Dilma do Palácio do Planalto.

Um golpe é uma operação bastante complexa e perigosa, que vai para além da batalha das ideias, com manchetes de jornais, discursos na tribuna do Congresso, declarações de ministros da Suprema Corte ou protestos isolados na Avenida Paulista.

A luta política tem diversas esferas, passando pela econômica, social, institucional e ideológica.

Para acompanhar os movimentos dessa disputa, que se manifesta de forma permanente nas questões cotidianas, é fundamental observar cada uma dessas esferas.

As avaliações que apontam para um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff na esquina da República superestimam a dimensão ideológica da disputa, deixando em segundo plano as outras esferas.

Um golpe ou um processo de impeachment, mesmo com alguma legitimidade institucional, tem consequências imprevisíveis e inaugura um período de insegurança jurídica, que assusta até mesmo a burguesia.

Por isso, a tática da classe dominante não passa por um golpe ou pelo impedimento, mas por um sangramento profundo da presidenta Dilma e do PT durante esses quatro anos.

Dilma não é Fernando Collor de Mello. Se o sinal amarelo do golpismo ascender pra valer, a presidenta tem um partido organizado nacionalmente, movimentos populares, sindicatos, entidades estudantis, grupos de intelectuais reconhecidos, blogueiros comprometidos com a democracia, relações internacionais, articulações com os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e Unasul (União de Nações Sul-Americanas) para defender a legalidade.

Até mesmo setores que se identificam com a oposição não necessariamente aceitariam uma ruptura constitucional.

A classe dominante brasileira não tem nenhum compromisso com a democracia, mas sabe que uma aventura de caráter golpista teria como consequência uma radicalização política em torno de uma polarização entre os setores democráticos e os segmentos golpistas, que teria um desfecho imprevisível.

Essa tática tumultuaria ainda mais o quadro econômico, que é o maior pesadelo para os diversos segmentos da burguesia.

O que está em processo não é derrubar o PT com uma paulada, mas aprofundar um processo de rendição do governo, sangramento político e desconstrução moral do partido, dentro de um quadro de crise econômica que intensifica as contradições.

Por isso, o espantalho do golpismo cria um alarmismo que roda em falso, porque não toca as contradições centrais.

No curto prazo, a burguesia quer um governo fragilizado, que possa ceder todos os anéis sob a ameaça de perder os dedos.

Assim, os agentes do mercado têm melhores condições para chantagear o governo, dirigir a política econômica e operar medidas para fortalecer seus interesses.

Já os partidos e parlamentares fisiologistas aproveitam o quadro para ganhar nacos do Estado, cargos nos ministérios e estatais, além da liberação de emendas.

Para o longo prazo, os inimigos do projeto neodesenvolvimentista em curso – como as frações da burguesia associadas ao capital internacional, os partidos de oposição de direita e a velha mídia – fazem uma operação desgaste político para arrancar do peito dos brasileiros e brasileiras, especialmente dos mais pobres, o reconhecimento das conquistas sociais e a gratidão com o grande construtor dessas políticas, o ex-presidente Lula.

A vitória de Dilma em um quadro assustadoramente adverso demonstrou a dimensão do sentimento do povo brasileiro em relação às políticas identificadas com Lula e com o PT, apesar da campanha permanente de oposição da velha mídia e da estratégia de desmoralização do petismo a partir do caso do Mensalão.

Esse sentimento é considerado pela classe dominante um câncer que não pode ser arrancado de forma brutal, mas precisa ser tratado com sessões diárias e pesadas de “quimioterapia” pelas ondas da televisão e do rádio.

Desde a crise do Mensalão, a oposição tenta desgastar o governo e, até agora, não conseguiu vencer a eleição presidencial.

Chegaram muito perto neste ano, mas perderam. Assim, atuam para aprofundar o sangramento para ganhar musculatura em 2016 e vencer em 2018, ainda mais com a perspectiva de enfrentar Lula.

A deterioração do quadro econômico, a crise do sistema político e a dimensão da Operação Lava Jato apontam para um período extremamente difícil para a presidenta Dilma e abrem uma janela histórica para a oposição partidária de direita.

Para além de retomar a presidência, os setores conservadores querem destruir os laços de identificação do povo brasileiro com Lula e o PT.

Os próximos quatro anos serão de guerra permanente da oposição de direita e da velha mídia, que não baixarão a guarda porque não querem correr o risco do governo tomar medidas para recompor as forças sociais e avançar com o projeto de desenvolvimento e distribuição de renda, por meio da intervenção do Estado.

A oposição partidária ao governo – com suas ramificações no Estado, especialmente no Poder Judiciário – mantém o tom político elevado e trabalha para desgastar ao máximo a presidenta Dilma e o PT.

Apesar da derrota no 2º turno da eleição presidencial, as lideranças oposicionistas mantêm a ofensiva, tendo como base os mais de 50 milhões de votos recebidos por Aécio Neves.

Por isso, trabalham noite e dia para corroer a autoridade do governo na sociedade, no mercado, no Congresso Nacional e no Poder Judiciário, enquanto Dilma está preocupada em governar e, o PT, com a sobrevivência dentro do time do segundo mandato. O governo apanha, à espera do fim do round.

A oposição ataca o governo, a mídia repercute e amplifica, o Poder Judiciário e o Ministério Público investigam, parte dos depoimentos são vazados, a mídia divulga trechos, a oposição ataca o governo, atrai uma parte da “base aliada”, convoca autoridades do governo e instaura CPIs, a mídia faz a cobertura…

Esse é o círculo vicioso da luta política no país, desde que o PT chegou ao governo federal, em 2003. Esse modus operandi tem mais ou menos êxito a depender da capacidade de coesão da base social e política em torno do projeto em curso.

Em um quadro de dificuldades econômicas, crise política e radicalização da direita, os impactos são maiores.

No entanto, não há novidades em relação aos procedimentos dos setores conservadores, mas na intensidade da ação da oposição.

A direita está raivosa, tem mostrado seus dentes, rosnado e latido. Dessa forma, faz a luta ideológica permanentemente. Assim, é necessário localizar com precisão o lugar do “golpismo” na estratégia global.

Os rumores golpistas são um tempero para dar um sabor de crise institucional, corroer a legitimidade da presidenta, mostrar a fragilidade do governo, colocá-lo na defensiva e criar um clima de paralisia.

Assim, o “golpismo” é funcional, mas não está no centro da tática dos opositores do governo Dilma.

Claro que esse quadro pode mudar, mas não há evidências de que valha a pena para a classe dominante optar por um caminho tão tortuoso.

O efeito perverso da paranoia anti-golpista é levar ao governismo radical, que neutraliza os setores democráticos e populares, que ficam na defensiva e admitem cada passo atrás do governo.

Com isso, abrem mão de fazer pressão para puxar o governo para a esquerda, que é a única saída para os setores progressistas.

O governo Dilma só sairá das cordas se der um passo à frente, que reorganize as forças sociais antineoliberais, para partir para a ofensiva.

Infelizmente, os primeiros sinais depois da eleição demonstram que a opção foi dar um passo atrás, recompondo com os segmentos neoliberais, o que inviabiliza um salto para um projeto de desenvolvimento nacional.

No entanto, o impacto no Congresso Nacional da Operação Lava Jato dará contornos dramáticos à batalha da reforma política.

No quadro de recrudescimento da crise institucional, os setores conservadores lançarão a carta do impeachment de Dilma, que obrigará o governo recuar ainda mais, inviabilizando o projeto em curso.

A única carta que poderá tirar o governo da defensiva e mudar o quadro é a convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, a partir de um processo de luta social que reorganize os setores progressistas, colocando no centro da crise do conjunto do sistema político para fazer o enfrentamento ao sequestro da política institucional pelo poder econômico.

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FrancoAtirador

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Invertendo a ordem dos termos
e acrescentando outros:

“A [Mídia-Empresa] ataca o Governo,
a [Oposição] repercute e amplifica,
o Poder Judiciário e o Ministério Público investigam,
parte dos depoimentos são vazados,
a Mídia divulga Trechos,
a Oposição ataca o Governo,
atrai uma parte da ‘Base Aliada’,
convoca Autoridades do Governo
e instaura CPIs [no Congresso],
a Mídia-Empresa faz a Cobertura
[e volta a atacar o Governo].

O Governo apanha [calado],
à espera do Fim do Round,
[antes do Nocaute Técnico].”
.
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Marivaldo Antunes Netto

Excelente análise do articulista. Independentemente do que esteja acontecendo na política nacional, os setores populares tem que se organizar. Não precisam ficar esperando o aceno do PT ou de qualquer outra organização de vulto. Até o momento, vimos manifestações esporádicas, mas nada que aglutinasse em torno de um projeto político unificado. Uma Assembléia Nacional Constituinte EXCLUSIVA teria, creio, esse condão. Já foram firmados pelos Movimentos Sociais as bases para a defesa de um projeto de nação que aponte para o avanço democrático e progressista. Falta apenas, agora, desaguar todas essas demandas num projeto de englobe a todos. E uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva tem essa finalidade também.

Carlos Santos

Menino Igor,

O seu longo e enfadonho texto pode ser resumido em uma frase: “o golpe que foi evitado não ia acontecer”. Agora que não aconteceu podes pós-profetizar à vontade.

Da minha parte continuo a pensar que a direita golpista pouco se importa com o caos que possa decorrer de uma queda de Dilma. Por essa tua linha de raciocínio Jango não teria sido derrubado em 1964. O caos é lucrativo, ainda que para poucos.

Edgar Rocha

Não discordo do texto. O que entendi e muitas vezes vi comentado aqui no Viomundo, é que o sangramento do Governo Dilma seria mesmo o caminho mais apropriado pra se conseguir uma tripla vitória: desmoralização do PT, desqualificação dos projetos sociais, conquista de espaço política no jogo de toma lá, da cá.

Contudo, não se pode superestimar a força e as circunstâncias políticas (sobretudo as de geopolítica) capazes de meter medo nos caricatos golpistas de plantão. O PT não é o mesmo da década de 80; movimentos populares, sindicatos e movimento estudantil não estão fechados com o Governo (graças a entrega de muitos anéis e o esquecimento de outros); os BRICs pouco poderão fazer se houver uma articulação interna, devido a premissa hipócrita de que os opositores lutam contra as falhas de seu governo e, ainda mais se estiverem estes países envolvidos em apertos de maior gravidade, como no caso da Rússia com a Ucrânia e da China com Hong Kong.

A premissa do Igor Fernandes, no entanto, está correta: tudo vai depender de uma conjuntura mais ampla. O problema é ignorar o fato de que esta conjuntura vem sendo preparada há um bom tempo. Há os que dizem lá fora da inevitabilidade de uma nova Guerra Mundial, depois que a Casa Branca aprovou, sem nenhum alarde da imprensa, uma resolução que permite apoio direto e declarado aos golpistas da Ucrânia. Parece-me que a tática utilizada é iniciar a barbárie de dentro pra fora, aproveitando-se das contradições políticas, da força oposicionista alinhada com o Projeto Neo-liberal e, sobretudo da força midiática disposta a difundir mentiras e agir contra o próprio país.

Somando tudo isto com a subserviência do Governo a este jogo manjado que contribui diretamente para seu isolamento, bem como sua disposição em fazer a parte que lhe foi imposta (manter a esquerda e os movimentos sociais em rédea curta) e a possibilidade de um golpe (assim como fizeram com Jango: sufocaram pra depois culpabilizá-lo) não parece tão remota assim.

edson tadeu

Contas de Dilma: Auditoria contesta parecer do TSE

Crazy Bikers Perform Dangerous Stunts In Front Of A Police And Then Shoo Him Away! | BuzzWok | Stories With A Good Taste (Buzzwok)
Por Renato Rovai
dezembro 10, 2014 19:05

CONTAS-DILMA
Muitos ficaram com medo, outros se empolgaram: a rejeição dos técnicos do TSE diante das contas apresentadas pela campanha da presidenta Dilma Rousseff, parecia ter o objetivo de “sangrar Dilma” com a oposição já sentindo “cheiro de golpe”.
Porém, por conta de erros materiais contidos no parecer técnico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que vão desde inacreditáveis erros de soma, até lançamentos em duplicidade de valores absurdos e imprecisões conceituais graves, é totalmente sem sentido a desaprovação das contas da campanha da presidenta Dilma Rousseff.
Essa é a avaliação da empresa de auditoria MGI Sengerwagner Auditores Independentes, que através de seu Relatório de Revisão Especial sobre o Parecer Técnico Conclusivo do TSE, contestou a desaprovação dos técnicos do TCE.
De acordo com a conclusão final do auditor Cláudio Wagner: “A recomendação da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa), no sentido da desaprovação da prestação de contas é totalmente descabida, uma vez que a quantidade de erros materiais contida no Parecer Técnico Conclusivo tornou o mesmo praticamente imprestável para suportar tal recomendação”.
Com isso, o coordenador jurídico da campanha, Flávio Caetano, afirmou que “em razão da flagrante inconsistência do parecer elaborado pela assessoria técnica do TSE”, assim como da “inquestionável regularidade das contas apresentadas, confiamos no sereno julgamento da Corte Eleitoral para a aprovação das contas”.
O documento oficial da empresa auditora pode ser lido aqui: Contestação Parecer TSE – Auditoria Independente
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edson tadeu

10/12/2014

PGR manda aprovar contas de Dilma. “Técnicos” “erram” soma por R$ 4,4 milhões

Tijolaço – 10 de dezembro de 2014 | 17:38 Autor: Fernando Brito

soma

Fernando Brito

O parecer do Ministério Público desmonta a patranha que vinham querendo fazer com as contas de campanha de Dilma Rousseff.

Recomenda, claro, a aprovação das contas, com ressalvas de ordem meramente contábil.

“Não se constatou na presente prestação de contas doações de fontes vedadas ou utilização de recursos que não tenham sido contabilizados. Quer-se com isso dizer não ter se verificado a presença de vícios graves que apontassem a prática de ilícitos eleitorais”, agirmou o vice-procurador geral Eugênio Aragão.

Mas pior: com apenas 48 horas para verificar os vários volumes, já encontraram um erro monstruoso no “parecer técnico” em que se pedia a rejeição das contas.

Os “técnicos” somaram duas vezes a mesma despesa de R$ 4,4 milhões e, claro, apareceu diferença com o valor declarado.

Antes, a MGI Senger Wagner, empresa internacional de auditoria contratada pelo PT para revisar suas contas, emitiu uma nota de fazer corar de vergonha os tais “técnicos”:

” a recomendação da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (do TSE) – ASEPA, no sentido da desaprovação da prestação de contas apresentada pela candidata Senhora Dilma Vana Rousseff ao cargo de Presidência da República, e seu Vice Presidente, Senhor Michel Miguel Elias Temer Lulia, e totalmente descabida, uma vez que a quantidade de erros materiais contida no Parecer Técnico Conclusivo tornou o mesmo praticamente imprestável para suportar tal recomendação .”

Segundo os auditores, como concluiria também a PGR, há ” no parecer técnico do TSE “desde grosseiros erros de soma, até lançamentos em duplicidade de valores vultuosos e imprecisões conceituais graves”.

Como eu venho dizendo, a ânsia de fazer politicagem expôs os técnicos da Justiça a este vexame primário.

Um outro Ministro, se lhe mandam um trabalho porco assim, chama os técnicos e lhes passa um sabão.

Gilmar Mendes é capaz de chamar e lhes dar um bombom.

Contas de Dilma: Auditoria contesta parecer do TSE

Crazy Bikers Perform Dangerous Stunts In Front Of A Police And Then Shoo Him Away! | BuzzWok | Stories With A Good Taste (Buzzwok)
Por Renato Rovai
dezembro 10, 2014 19:05

CONTAS-DILMA
Muitos ficaram com medo, outros se empolgaram: a rejeição dos técnicos do TSE diante das contas apresentadas pela campanha da presidenta Dilma Rousseff, parecia ter o objetivo de “sangrar Dilma” com a oposição já sentindo “cheiro de golpe”.
Porém, por conta de erros materiais contidos no parecer técnico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que vão desde inacreditáveis erros de soma, até lançamentos em duplicidade de valores absurdos e imprecisões conceituais graves, é totalmente sem sentido a desaprovação das contas da campanha da presidenta Dilma Rousseff.
Essa é a avaliação da empresa de auditoria MGI Sengerwagner Auditores Independentes, que através de seu Relatório de Revisão Especial sobre o Parecer Técnico Conclusivo do TSE, contestou a desaprovação dos técnicos do TCE.
De acordo com a conclusão final do auditor Cláudio Wagner: “A recomendação da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa), no sentido da desaprovação da prestação de contas é totalmente descabida, uma vez que a quantidade de erros materiais contida no Parecer Técnico Conclusivo tornou o mesmo praticamente imprestável para suportar tal recomendação”.
Com isso, o coordenador jurídico da campanha, Flávio Caetano, afirmou que “em razão da flagrante inconsistência do parecer elaborado pela assessoria técnica do TSE”, assim como da “inquestionável regularidade das contas apresentadas, confiamos no sereno julgamento da Corte Eleitoral para a aprovação das contas”.
O documento oficial da empresa auditora pode ser lido aqui: Contestação Parecer TSE – Auditoria Independente

Edson Tadeu Tadeu

Foi por falta dessa paranoia no mensalao que todos foram pegos de surpresa. ninguem esperava o que o tal do tirano JB iria fazer e depois foi que todos começaram a destrinchar ol esquema mais ai foi tarde porque ate os pares de JB foram pegos de surpresa enao tiveram acesso aos autos do 2474 e outros. Se nao tivesse denunciasdo as artimanha de Gilmar Mendes Dilma seria cassada sim. eu nao tenho duvidas disso. Quando se partiu para denunciar entao ele viu que seu golpe nao poderia ser executado pois tinha sido exposto.entao ele combinou com sua turminha do TSE a votar a favor da aprovaçao.E tem mais so o fato cde todos os juizes votarem a favor ja é um indicio de que houve conchavo. ok. Os amigos do Viomundo ja deveriam saber de cor e salteado que mesmo ele aprovando deixou em aberto futuras analises que podem ser feitas uma vez que os tecnico do TSE desaprovaram as contas e que tal parecer estava coberto de erros que alguns dizem que pode nao ser proposital , mas pode ter sido sim como valores em duplicidade e muitos outros.

Mineirim

O golpe não foi dado porque as condições não foram favoráveis. Eles prepararam tudo, mas a falta de apoio popular. As manifestações convocadas por Aécio foram pífias. A pesquisa do IBOPE confirmou a aprovação popular da Presidente mesmo com os bombardeios sobre a Petrobrás e o PT.
O não foi dado porque lhe faltou apoio popular, faltou-lhe apoio de parte da mídia, faltou-lhe apoio político dentro da própria oposição.
Não vamos usar a teoria da conspiração para acreditar que no mundo não existem mais conspirações de golpes e só existem a tal teoria.

Eduardo Guimarães

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2108200524.htm

Azenha, o link acima contém mais um texto pro meninão Igor começar a entender o Brasil. É entrevista que Wanderley G. dos Santos deu em 2005

Eduardo Guimarães

Azenha, manda esse garoto, Igor, ler essa matéria e parar de escrever bobagem http://www.cartacapital.com.br/revista/830/tregua-com-ressalvas-3984.html?utm_content=buffer3e67d&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

Jader

“…desconstrução moral do partido…” HAHAHAHAHA
Conta outra! Como se o PT tivesse com alguma moral para ser desconstruída…

Eduardo Guimarães

Patético

    Elias

    Associo-me à expressão de Eduardo Guimarães em relação ao texto em tela (Patético). Eu também considerava impossível a possibilidade de golpe. Mas na semana passada convenci-me de que o golpe passou raspando o anglo da trave.

L@!r M@r+35

O golpe só não foi pra frente porque iria ter uma eleição em 90 dias com Lula. Aí eles medraram.

Aprenda uma coisa: A elite brasileira não quer dinheiro, ela quer poder! Poder de contratar uma empregada com salário miserável pra ter em quem descontar os xingos que levou da chefe.

FrancoAtirador

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15.12.2014 – 14h39
EBC/Agência Brasil

Comissão do Senado realiza audiência pública
sobre projeto da Câmara dos Deputados
que susta decreto de participação social

Repórter: Carolina Gonçalves | Editora: Denise Griesinger

Aprovado na Câmara na última semana de outubro passado, o projeto (PDC 1.491/14) que susta o decreto da presidenta Dilma Rousseff que criou a Política Nacional de Participação Social (PNPS Nº 8.243/14) foi encaminhado no dia seguinte (29/10) para o Senado.

Quase 50 dias depois de ser enviada, a proposta ainda aguarda decisão
na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) sobre o parecer do relator, Pedro Taques (PDT-MT), favorável ao texto da Câmara dos deputados.

O projeto foi uma reação quase imediata da oposição ao decreto presidencial que desagradou, inclusive, alguns nomes da base aliada ao governo.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por exemplo, manifestou-se contrário à medida do Executivo em plenário.

No dia em que o projeto chegou ao Senado, foi a vez do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) antecipar o possível resultado.

Renan destacou o “quadro de insatisfação” com o decreto e afirmou que “dificilmente” os senadores rejeitariam o projeto que susta o texto do governo.

Enquanto a matéria não inicia tramitação no Senado,
a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Casa
tenta manter a discussão acesa.

Numa audiência pública realizada hoje (15), convidou pessoas
que se dedicaram a apontar os aspectos positivos do decreto.

Perguntados pela Agência Brasil sobre a ausência de representantes críticos,
assessores do colegiado explicaram que o objetivo da reunião
é reunir o máximo de informações a respeito da matéria
e não o de estabelecer um debate.

Segundo ele, os argumentos contrários ao decreto já são conhecidos
pela maioria dos parlamentares que, em plenário e nos corredores do Congresso,
rechaçam o texto do Executivo.

Na CDH, o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
Gilson Dipp, disse ter ficado surpreso com as críticas ao decreto.

“Foi uma metodologia escolhida pelo governo inerente ao regime democrático”,
afirmou.

Segundo ele, o texto do Executivo é constitucional
e não estravaza os limites de outros poderes.

“O decreto, na essência, define diretrizes gerais dos objetivos da PNPS.
E nessas diretrizes gerais fica evidente que há o reconhecimento
da participação pública nas políticas de execução de políticas administrativas e públicas.
Quanto aos objetivos do decreto, há que se dizer claramente:
reflete uma opção política legítima do governo
em eleger a participação como forma de governar”,
afirmou.

O jurista ainda descartou qualquer possibilidade da proposta
afetar a representatividade legislativa.

“Os dispositivos regulatórios do decreto não interferem
de maneira nenhuma no processo eleitoral.
É essa a preocupação das duas Casas?
Se for essa, não se preocupem.
O decreto não influi nas políticas partidárias,
não influi na existência de partidos políticos,
não interfere na realização periódica de eleições democráticas,
com todos os seus sistemas de controles e garantias.
Não se cria um órgão público através do decreto,
não se criam despesas públicas.
Uma leitura desavisada do Decreto torna isso aparente”,
explicou.

Representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Marcelo Lavenère reforçou o apoio ao decreto e afirmou que o texto
“não desqualifica ninguém, apenas diz o que qualquer criança sabe:
o poder emana do povo.
Uma constituição sem povo é uma omelete sem ovo”.

Num tom mais crítico, ele ainda atacou os deputados
que aprovaram o projeto que susta a proposta do governo.

“Os deputados da Câmara pensam que podem.
Eles se apossam do direito para dizer:
‘não concordamos que o governo faça um decreto
com a ousadia de ouvir a sociedade’”, disse.

Pedro Pontual, diretor do Departamento de Participação Social
da Secretaria-Geral da Presidência da República,
ponderou que toda a polêmica acabou abrindo oportunidade
para que a participação popular fosse mais debatida e conhecida pela sociedade,
mas lamentou que muitas argumentações contrárias ao decreto
tenham cunho ideológico e partidário.

“São clichês de que esse decreto iria instituir
uma república bolivariana no Brasil, uma república soviética.
Clichês absolutamente descabidos em relação a um decreto
que eu diria que tem pretensões muito modestas,
ainda que extremamente relevantes, que são a de dar uma organicidade,
uma sistematicidade ao conjunto das instâncias e mecanismos
de participação social, que vêm sendo criados ao longo das últimas décadas
na sociedade brasileira, em particular, que tiveram uma expansão
bastante significativa a partir de 2003”, afirmou.

(http://www.ebc.com.br/cidadania/2014/12/comissao-do-senado-debate-projeto-que-susta-decreto-de-participacao-social)
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FrancoAtirador

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Curiosidade

Com essa Mídia-Empresa Fascista Apátrida, praticando um Crime após o outro,

contra a Constituição Federal, contra a Democracia e contra o Estado de Direito,

com o Endosso da Maioria no Poder Legislativo e da Cúpula do Poder Judiciário,

quem seriam os Eleitos para a Assembléia Constituinte Salvadora da Pátria?
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Detalhe

Após a Publicação da Decisão do STF no Julgamento da ADI

que extinguiu as Doações de Pessoas Jurídicas nas Eleições

não haverá Recursos Financeiros, nem Privados nem Públicos,

para pagar a Divulgação de Programas de Rádio e TV na Mídia.
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Lukas

O golpe ia acontecer, já tínhamos tudo preparado. Mas a atuação do Eduardo Guimarães em seu blog impediu que isto acontecesse…

    Regina Braga

    Não foi só do Eduardo…muitos outros blogs ajudaram.Ganhamos e vamos governar…sangrar um pouco faz parte…mas não vai ficar pedra sobre pedra!A direita possui um calcanhar terrivel…Olha o DEA!

    Luiz (o outro)

    Com golpistas de seu nível, então a Dilma pode dormir tranquila pelos próximos 4 anos…

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