Gregório Duvivier: Dona Folha, Hitler ganhou terreno por causa de editoriais muito parecidos com o seu

Tempo de leitura: 2 min

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Dona Folha, tá difícil te defender

Gregório Duvivier, na Folha de S. Paulo, sugerido por Aton Fon e Otto Maia 

Em seu editorial na sexta (2), a senhora diz que se o governo não souber “reprimir os fanáticos da violência”, o Brasil corre o risco de se transformar numa ditadura assim como aconteceu na “Alemanha dos anos 30”. À polícia do Estado de S. Paulo, que já não é famosa pela gentileza, a senhora recomenda que “reprima” mais duramente os “grupelhos extremistas” – porque senão os baderneiros vão tomar o poder e transformar o Brasil na Alemanha nazista.

Concordo que existem muitas razões pra ter medo. Mas não pelas mesmas razões. O vampiro que nos governa acaba de recriar o Gabinete de Segurança Institucional. O ministro da Justiça pede menos pesquisa e mais armamento. Uma jovem perde um olho atacada pela polícia. Uma presidenta democraticamente eleita é derrubada porque teria cometido um crime, mas não perde os direitos políticos porque afinal ela não cometeu crime nenhum. O Senado que a derrubou por causa de créditos suplementares muda a lei em relação aos créditos no dia seguinte à sua queda.

Concordo quando a senhora diz que uma ditadura se avizinha, mas discordo que são os “black bloc” que vão tomar o poder. Dona Folha, a senhora já conheceu um “black bloc”? “Black blocs” em geral têm 12 anos, espinhas e mochila cheia de roupa preta e remédios pra acne.

Não sei se por ignorância ou cinismo, a senhora ignorou o fato de a Alemanha nazista não ter sido criada pelos “fanáticos da violência”. Como bem lembrou Bruno Torturra, a Alemanha nazista se consolida quando Hitler culpa os tais baderneiros pelo incêndio do Reichstag e cria um Estado de exceção com o objetivo de “reprimir baderneiros” – igualzinho a senhora tá pedindo.

Quando o Reichstag pegou fogo, os jornais pediram medidas de emergência contra os “baderneiros” em editoriais muito parecidos com o seu. Hitler não teria ganhado terreno sem uma profusão de jornais pedindo “mais repressão aos grupelhos” – jornais estes que, vale lembrar, depois foram proibidos de circular.

O golpe de 64 não foi obra do “extremismo”, mas daqueles que alegavam querer combatê-lo. Quem instaura a ditadura não são os baderneiros, são os apavorados. Só há golpe quando há medo. Quando a senhora contribui com o medo, a senhora contribui com o golpe.

Um jornal é do tamanho dos inimigos dele. Quando a senhora pede maior repressão a adolescentes desarmados, se alinha com o mais forte e faz vista grossa pra truculência. Jornalismo, pra mim, era o contrário.

Leia também:

Rovai: Repórter da GloboNews dá show de horror no final do ato em SP

 


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Comentários

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FrancoAtirador

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Pensaram que Atentar Coletivamente e Publicamente

Contra a Constituição Federal e Contra o Estado de Direito

fazia parte da Democracia no Brasil. Deu no que Deu.

Por favor, aprendam: “Cría Cuervos y Te Sacarán Los Ojos”
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FrancoAtirador

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Provocadores Nazi-Fascistas Pró-Ditadura Militar Armaram Confusão
junto com Repórteres Serviçais dos Frias e a Polícia Militar do DF.
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Várias pessoas chamavam os favoráveis aos militares de “golpistas”
e aos gritos diziam para eles irem embora do ato.
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Porém, o pequeno grupo de simpatizantes da ditadura se negava a sair
e os repórteres do UOL/FOLHA foram até eles para entrevistá-los.
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Os Policiais Militares que faziam a ‘segurança’ do evento,
que naquele momento protegiam os pró-militares
presenciaram os fatos e nada fizeram para evitar
o confronto entre os participantes e os repórteres.
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El Pais
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Diego

Fala isso para a filha do cinegrafista que foi morto pelos Black blocs que vc tanto defende.
Jovens de 12 anos com a cara cheia de acne, também podem se tornar bandidos e assassinos. Esse bando de arruaceiros merecem ser tratados com todo o rigor da lei, oque ainda é pouco tendo em vista que as leis do Brasil não são tão duras para esse tipo de delinquentes.

FrancoAtirador

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FAB Desviou para a a Cidade de Canoas-RS a Rota de Pouso do Avião

que Conduzia para Porto Alegre-RS a Presidente da República Eleita.

A Chegada ao Estado do Rio Grande do Sul da Presidente Reeleita em 2014,
Dilma Vana Rousseff, estava prevista para ocorrer no Aeroporto Salgado Filho,
Porto Alegre, Capital, onde foi Organizado um Ato pelos Militantes Sociais.

A Recepção, Chamada de Carinhaço, foi Cancelada em Função da Mudança
do Local de Pouso para a Base Aérea de Canoas-RS, que tem Acesso Proibido
ao Público Geral, vez que o Local é de Uso Restrito à Força Aérea Brasileira (FAB).

A Frente Brasil Popular no Rio Grande do Sul informou que, em função da troca,
o ato foi suspenso porque os apoiadores não conseguiriam ter acesso a Dilma.

Assessores da Presidente disseram que a Decisão de Alteração do Pouso foi da FAB.
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Cláudio

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: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando: A grande mídia (mérdia) é composta por sabujos sujos a serviço dos ianque$ e do $ionismo de capital especulativo internacional e outras máfias (como a ma$$onaria) dos canalhas direitistas… …
..:.
* 1 * 2 * 13 * 4
*************
.:.
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lula 2018 neles !!!!

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Luiz Carlos P. Oliveira

Folha? É aquele jornaleco às portas da falência? Eles estão com os dias contados. Escolheram fazer jornal só para a direita. Quebrar é o destino deles.

Edgar Rocha

Façamos menção, em contrapartida à pequenez do jornalismo PiG, o esforço dos jornalistas da Rede Record em furar o cerco conservador e conseguir veicular matérias a respeito da ação da polícia de São Paulo, tanto nas manifestações, quanto nas periferias. O resgate do caso da morte do ator que fez Pichote, entre outras matérias de enorme relevância, podem ser o momento de ouro deste processo político. Em anos que assisto TV, não via abordagens tão corajosas sobre o assunto. A milícia criminosa de São Paulo nunca foi devidamente denunciada. Ao contrário, o que não faltam são jornalistas e programas policialescos em defesa da imagem das corporações, exercendo sua função oficialesca, submissa e servil. Faço ideia do quanto é difícil cavar matérias deste tipo na TV brasileira. Isto só demonstra o caráter de jornalistas como Azenha, Amorim e Rodrigo Viana. E este deveria ser o dilema de todo e qualquer profissional em qualquer área. No caso aqui, do jornalismo: dizer-se jornalista apenas por executar atividades inerentes à profissão – sem primar pela integridade – usufruindo das benesses de quem se submete a ser um sub-profissional, qualifica-o para o cargo que ocupa? Creio que não. Alguém é profissional a partir do momento que assume o compromisso de “professar” num determinado campo de atuação. Trata-se de um modo de vida, um sistema de pensamento a partir de uma tarefa que lhe garanta dignidade e integridade humana. Professores podem se dizer professores, mesmo vendendo pipocas. Basta pensar e agir integralmente como professor. O mesmo vale para jornalistas, médicos, advogados, etc… Sem assumir os riscos de defender sua integridade profissional, mais do que dela tirar proveito, não passamos de uma espécie de oficial de cargo, nada mais. Parabenizo-os e peço: continuem sendo jornalistas profissionais.

FrancoAtirador

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O Cartel de Empresas de Comunicação Construiu

um Muro entre a Realidade Fática e a População.
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ALEX MEIRA

Golpe é Golpe em qualquer lugar do mundo.
A sensação de invasão, sufocamento, revolta é a mesma. Com tanques, baionetas ou canetas.
Mas de todas as perdas, talvez essa seja a pior:

http://novoexilio.blogspot.com.br/2016/09/o-golpe-na-amendoeira-por-alexandre.html

Ocupemos mentes e corações. Compartilhe. Faça a resistência.

FrancoAtirador

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O REINADO DE MAMOM

O DEUS MERCADO NO PODER POLÍTICO SEM INTERMEDIÁRIOS
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Neste Estágio Atual do Capitalismo Predador de Vidas Humanas,

as Corporações Empresariais e Financeiras têm o Poder Absoluto

sobre as Coisas, sobre os Seres Vivos e sobre as Relações Sociais.
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Nesse Sistema, a Corporação Econômica está Acima dos Indivíduos:

A Vontade Individual possui Precedência sobre o Interesse Coletivo,

mas é o Proprietário da Corporação aquele que Discricionariamente

escolhe quem deve possuir Merecimento para o Trabalho Individual,

para a Função a ser Exercida e qual o Valor da Remuneração a pagar.
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Por essa Concepção Ideológica e Doutrinária da Economia Política

o Estado Nacional deve ser somente o Mantenedor da Empresa

e os Governos Responsáveis apenas pela Garantia da Segurança.

O Ministério Público e os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário

transformam-se, assim, em Instrumentos para a Execução Idealizada,

e as Entidades Filantrópicas Privadas em Maquiadoras Assistenciais

determinantes, inclusive, do Modo de Ser e Viver, no Agir e no Pensar.
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A “Solução Final” é o que infelizmente testemunhamos nos dias de hoje.
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