Falta de empregos uberiza o trabalhador brasileiro, aponta IBGE

Tempo de leitura: 2 min

O fenômeno global dos escravos modernos começou com o Uber

Desemprego e falta de perspectivas levam brasileiros para informalidade

Agência Sindical, 1º/8/2017

A taxa de desemprego teve um leve recuo para 13% no segundo trimestre deste ano, atingindo 13,5 milhões de pessoas. Porém, segundo o IBGE, essa suposta melhora no mercado de trabalho se deu à custa do aumento da informalidade.

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

O número de empregados sem Carteira assinada, estimado em 10,7 milhões, subiu 4,3% em relação aos três primeiros meses do ano e 5,4% em relação ao segundo trimestre de 2016.

Aumento na informalidade é sinal de desespero diante da falta de perspectiva de empregos formais.

Essa é a opinião de Hélio Gherardi, advogado de entidades de classe e consultor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

“Esses trabalhadores se arriscam em atividades informais e a consequência direta é a perda de diretos. Eles não recolhem INSS e passam a ficar por conta própria. Outro resultado é que, se permanecer esse panorama por muito tempo, a Previdência perde arrecadação, assim como a Receita Federal”, disse o advogado à Agência Sindical.

Hélio Gherardi destaca que a situação pode piorar com as mudanças que virão nas leis trabalhistas, que entram em vigor a partir de novembro: “Se está assim agora, imagine quando a reforma trabalhista começar a vigorar. A nova lei autoriza as empresas a realizarem contratos precários, podendo piorar a situação de falta de proteção trabalhista”, alerta.

A Agência conversou também com Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo.

Segundo ele, essa oscilação na taxa de desemprego pode estar relacionada a dois fatores. “Ou a pessoa desistiu de procurar ou encontrou algo que atenda minimamente suas necessidades, o que geralmente é algo informal” diz.

“A necessidade de pagar as contas está levando as pessoas a buscarem alternativas. Cito como exemplo o Uber em São Paulo, que saltou de três mil para 30 mil veículos em três anos. Com o desemprego ultrapassando 13 milhões, as pessoas estão fazendo o que podem”, comenta.

Comércio – Pedro Afonso diz que não há saída. As pessoas tentam conseguir emprego, mas ao não conseguir buscam alternativas.

“Os comerciantes estão muito preocupados com o comércio informal. São camelôs, pessoas que realizam vendas pela internet, montam sites. O próprio comércio estabelecido aumentou significativamente a venda eletrônica, o que dispensa o vendedor. Tudo isso acaba levando quem está desempregado a ir para informalidade”, ressalta.

Leia também:

A campanha em defesa dos quilombolas


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Leo

pelo menos nao tao passando fome feito na venezuela… q bom que tem como trabalhar com menos burocracia

    leonardo-pe

    esse Leo é muito BURRO. pior, Midiotizado(achando que o povo venezuelano está passando fome)! e ainda defende essa safadeza desse governo temer-PSDB-Globo. com essa imprensa que nós temos, até eu fico imbecil.

    Esmeraldo Cabreira

    NADA COMO SEU UM FDP FASCISTA DEBILÓIDE NA INTERNET…. TAMBÉM NÃO TEM VÍNCULOS COM NINGUÉM NO MUNDO… SEQUER TEM PREOCUPAÇÕES COM SEUS DESCENDENTES E FAMILIARES…..
    Esmeraldo.

Deixe seu comentário

Leia também