Barack Obama, Jânio Quadros e o fim da privacidade

Tempo de leitura: 3 min

por Luiz Carlos Azenha

Durante a campanha eleitoral de 2008, nos Estados Unidos, eu morava em Washington. Na época o New York Times publicou um perfil de Barack Obama que eu gostaria de ter guardado e traduzido para o site, mas, depois de perdê-lo, nunca mais consegui recuperar o link.

O que me interessou foram alguns breves parágrafos. Contavam de uma viagem de Obama a Israel, quando senador. Numa ocasião, Obama depositou um pedaço de papel — com um desejo escrito — no muro das Lamentações. A viagem não mereceu grande cobertura da mídia, mas mesmo assim algum jornalista foi lá, recolheu o papel colocado por Obama e reproduziu o conteúdo. Era uma frase impecável, digna de um marqueteiro nato.

O Times, a propósito do episódio, concluiu que Obama havia se preparado desde muito cedo para uma possível campanha presidencial, dado o conteúdo do bilhete supostamente ‘secreto’ deixado no muro. O autor do texto também disse que Obama era o primeiro candidato da geração para a qual a sensação de privacidade já não existia mais.

É fato que Obama, desde muito cedo, adotou as novas mídias na arena política. Ganhou a Casa Branca com intenso uso da internet, batendo recorde de arrecadação e de trabalho gratuito de internautas voluntários. Foi o primeiro a levar o You Tube realmente a sério e, mais recentemente, o primeiro a dar uma entrevista para tuiteiros.

A internet é uma arma poderosa, mas também cobra caro: elimina hierarquias e dá ao eleitor o poder de fazer cobranças em tempo real, quando o tempo político — de formação de consensos, de vencer resistências, de construir alianças e do próprio processo legislativo — é outro.

O artigo do Times comparava diferentes gerações de políticos. Não me lembro, a essa altura, se usava o exemplo de John Kennedy, cuja persona pública de bom moço contrastava com a vida nos bastidores. Mas Obama, dizia o articulista, era produto de outro tempo, da transparência total, de uma época em que somos olhados 24 horas por dia, das câmeras de vigilância ao Facebook, do Twitter à blogagem de assuntos que antes eram vistos como estritamente pessoais.

Esse novo tempo gera um descompasso entre os políticos tradicionais e parte considerável do eleitorado, especialmente em países onde haja muitos jovens e grande penetração da banda larga.

Nestes países, nos quais não incluo o Brasil, milhões que usam a comunicação eletrônica e instantânea esperam respostas imediatas para suas demandas e reproduzem com uma velocidade sem igual seu descompasso com a lentidão dos poderes constituídos.

Embora as revoltas na rua árabe e os protestos na Grécia, na Espanha ou no Chile sejam resultado de processos políticos distintos, me parece que a capacidade de difundir e ampliar não apenas informações, mas também sentimentos (lembrem-se, no Facebook uma gigantesca empresa se esconde atrás do que, no passado, seria um familiar mural de universidade) contribui para ampliar numa velocidade inesperada o fosso entre representantes e representados.

Nas últimas semanas, como todos vocês devem ter notado, parte da mídia brasileira parecia tomada por um furor udenista, saudando nas manchetes a “limpeza” e a “varrição” promovida pela presidente Dilma Rouseff no Ministério dos Transportes. É como se o Planalto tivesse, de repente, sido tomado por um Jânio Quadros de saias.

Setores da esquerda, como sempre, fizeram cara de pouco caso. Ainda existe gente na esquerda que considera o combate à corrupção algo “moralista” —  comportamento dito “pequeno burguês”  — e, portanto, menor.

O duro é combinar com os milhões que pagam impostos e que insistem na ideia de que merecem transparência e emprego eficaz do dinheiro público.

O fato é que a presidente, ao satisfazer os autores das manchetes, cobriu também, mesmo que sem querer, o déficit da transparência a que me referi acima.

Dilma tem uma coisa em comum com Obama: ambos eram políticos “novatos” ao assumir a presidência. Ele, senador em primeiro mandato. Ela, em sua primeira campanha eleitoral.

Nenhum acumulou bagagem de uma longa carreira capaz de destruí-lo na idade da transparência.

De Obama o máximo que a direita conseguiu encontrar foi uma certidão de nascimento “falsa”, o sobrenome Hussein e o suposto envolvimento com radicais dos anos 60.

De Dilma o máximo que a direita conseguiu produzir foi uma ficha falsa, publicada na capa de um blog su… quero dizer, do maior jornal do Brasil.

Portanto, se pode se dar ao luxo, que Dilma faça o papel de Jânio de saias.

Não convém permitir que o fosso entre representantes e representados se abra de forma demasiada, especialmente quando os últimos dispõem como nunca de ferramentas para ampliar e reverberar as suas frustrações.

A política é um teatro onde contam as aparencias e se o eleitorado clama por uma vassourada o papel mais cômodo é o de quem a aplica.


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Comentários

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Zé Fake

Comentário que publiquei e que não saiu (imagino que por bug do IntenseDebate):

Azenha escreveu esse texto num dia em que acordou com "pé direito" e incorporou o Reinaldinho Cabeção. Foi uma incorporação "light", mas visível.

Marcelo de Matos

O discurso da moralidade faz parte do baú de ferramentas da direita, sendo muitas vezes tomado de empréstimo pela ultra-esquerda. Vejam que não estou falando da moralidade em si, mas, do discurso. Jânio, aqui citado, foi um político de direita que, vez por outra, se travestia de esquerdista. Condecorou Che Guevara, deu início a uma política externa independente, sem contar que seu discurso populista podia resvalar para o esquerdismo. Não há razão para comparar Dilma com Jânio: só o PIG enxerga essa analogia. É claro que a Presidenta tem de afastar todos os seus colaboradores aparentemente envolvidos em corrupção. Não cabe ao Executivo, porém, julgar ninguém. O Estado brasileiro está devidamente aparelhado (não me refiro ao “aparelhamento” que vive na boca do PIG) para isso: Tribunais de Contas, Polícia Federal, Ministério Público, Judiciário. As possíveis condutas ilícitas de agentes públicos estão previstas no Código Penal: cabe aos órgãos competentes investigar, indiciar, julgar e punir os infratores. Dilma não tem de imitar Jânio e fazer da moralidade, ou do moralismo, uma ferramenta política.

Morvan

Bom dia.
Como havia falado, devo tecer alguns comentários sobre este novo mote ao trabalho que vem desenvolvendo, a nossa Presidente, quer seja de verdadeira desmontagem de quadrilhas no serviço público.
Até aí, como cidadão (esqueço, por um momento, que também sou agente público), só posso dar loas a toda iniciativa da Presidente da Re[s]pública.
Mas há fatos que, mesmo parecendo acessórios ou incidentais, são na verdade, questões sérias que se inserem em um contexto de poder – vejamos, por pura experiência, que, na política, não há fatos isolados ou meramente incidentais.
Primeiro de tudo, por mais que não pareça, o PIG está pautando as ações da Presidente. É o PIG quem está, seletiva, matreira e sorrateiramente, dizendo que a "faxina" está sendo processada em determinado partido político (da base parlamentar da Presidente, que coincidência! Se fosse algum aliado do PIG, seria "revanchismo"…);
depois, pergunte-se: quem veio antes da Presidente, e "não fez a faxina de casa"? O "cara", o inimigo n° 1 do PIG. Se isto vai ser explorado, no tempo certo, por eles, para eles? Podes ter certeza de que vai, sim, exaustivamente;
além disto, problemas bem mais prementes, do ponto de vista do avanço social, estão sendo vilipendiados, como a questão da Lei dos Meios, a questão da Banda Larga, a revisão desta famigerada "anistia" aos criminosos de guerra no Brasil, etc., ou seja, tá do jeito que o PIG quer;
até agora, a Presidente está se saindo muito bem. Faxina, vassourada e outros vocativos lhes são atribuídos pelos piguentos. Só que haverá um momento em que saberemos se ela é ou não uma mera inocente útil e eu, como cidadão, não estou pagando para ver.
Como disse em post anterior, sou totalmente a favor do saneamento da atividade pública, bem como da utilização dos recursos públicos para funções precipuamente sociais. Não se confunda aqui com não ser a favor da higidez da atividade pública. Apenas sabe-se, por experiência, que o PIG está preparando a comanda. A conta vai vir. Já sabemos quem vai pagar; só não sabemos ainda, o custo (político) desta comanda.

:-)

Morvan, Usuário Linux #433640.

beattrice

O grande debate em torno do combate à corrupção deveria ser não da sua importância, óbvia, mas da sua seletividade, como a que ora se vê por parte do MPE de São Paulo.

Lucas

Concordo que o combate à corrupção é necessário, mas é secundário em relação à ideologia. Um político corrupto é muito menos perigoso para o país do que um político fascista. O problema é que a direita, sabendo que o povo repudia seu programa, tenta se esconder sob o discurso moralista (e, lembremos,quando a direita chega ao poder, raramente combate à corrupção que tanto condena).

    Zé Fake

    "raramente" ?

    Você é bonzinho hein…nunca.

Roberto Locatelli

Realmente, não foi feliz a comparação de Dilma com Janio, pois este era um político direitista totalmente mancomunado com a elite, enquanto Dilma é uma presidenta de centro-esquerda, ex-guerrilheira.

No mais, o artigo acerta na questão da velocidade da internet comparada com a velocidade de velhos políticos. Até poucos anos atrás a Câmara Municipal de São Paulo não tinha um site (!!!), só para citar um exemplo.

Quanto a Obama, acho que ele mesmo não percebeu a importância da internet. Seus assessores, sim.

E os assessores de Dilma? Eu sigo a presidenta no twitter. Só tem um problema: ela não tuita. Ao contrário do presidente Chávez, que publica de 3 a 10 tuitadas por dia. Parece pouco, mas faz a diferença.

Elizabeth

Bem, estou evitando de comentar no "vi o mundo", para evitar a imagem de apenas uma defensora do governo Dilma!rsrs
Mas não resistir agora, diante deste texto, tão inteligente e sutil que li com muita ATENÇÃO e tentar perceber todas as sutilezas das colocações do Luiz Carlos Azenha!
Desconfio que na descrição das “formas políticas” que Obama e Dilma optaram adotar é favorecido por esta “ nova era de transparência”. A era da da falta de “privacidade”, e da comunicação eletrônica e instantânea .
Quando afirma: “Dilma tem uma coisa em comum com Obama: ambos eram políticos “novatos” ao assumir a presidência. Ele, senador em primeiro mandato. Ela, em sua primeira campanha eleitoral.”
E como “Nenhum acumulou bagagem de uma longa carreira política capaz de destruí-lo na idade da transparência”
Ganham vantagens, para gastar em “novas formas” de fazer políticas e diminuir a distancia dos representantes e representados e o déficit na falta de transparências. Já que também a sociedade ganhou ferramentas para ampliar as reivindicações e gritar as suas frustrações.
Bem, se a política precisa de “teatro” para aparentar o que a sociedade exige então Dilma esta se saindo bem vestindo a roupa da faxineira contra a corrupção.
.
Ufa!!! Será que é isso mesmo que entendi do texto da Azenha? Azenha parece deixar entender nos textos…Talvez para buscarmos mais a reflexão sobre os assuntos…
De qualquer forma eu louvo a atitudes contra corrupção e a favor da transparência. E também chega de ficar refém das denuncias e chantagens!!E se a Dilma esta zerada no histórico político, melhor ainda!!!

Luis

A questão, prezado Azenha, é não confundir moralidade com moralismo. A moralidade, sobretudo para quem se diz de esquerda, é fundamental. A construção de uma nova sociabilidade depende dessa outra moralidade. No entanto, o moralismo que caracteriza, por exemplo, o PSOL e principalmente seu deputado piadista (Chico Alencar) e similares, é um grave problema. Porque desvia o foco: falar em corrupção sem falar de banqueiros, das grandes empreiteiras (Camargo, Andrade, Queirós etc) e afins, como agentes corruptores, é tudo que o Globo, a FSP, o Estadão, Veja et caterva querem.
Exemplo, a combativa senador do PSOL (Pará): ela gritava outro dia, dizendo que "era um absurdo" o Bolsonaro ser deputado". Ora, Bolsonaro é a cara do parlamento burguês: inútil perante o capital, que é uma força extraparlamentar, que "deixa" aquilo funcionar, para que nada mude. Nesse sentido, acho que a bandeira deveria ser: combate aos corruptores, sejam eles quem forem. E não simplesmente: combate à corrupção.
Abraço
@luisk2017

    Maria Thereza

    Concordo plenamente com você e até já me manifestei a respeito em outros blogues. Esse moralismo que está se apresentando já teve péssimos resultados num passado recente. É certo que a Dilma, com essa "faxina" no Min dos Transportes, tirou uma bandeira dessa oposição ralé mas, por outro lado, está alimentando os leões, que não ficarão satisfeitos. Dilma não deve temer se distanciar do povo por não atender a clamores imediatistas e não-estruturais. Vir a público, utilizar todos os mecanismos possíveis para se comunicar com a população (é ao povo que ela deve explicações) e partir para uma política estruturada de transparência nas compras e obras do governo. Por que será que houve tanta gritaria em relação à nova forma de licitação, sem divulgação do orçamento disponível? Além do mais, faxina onde só se pune um lado – o ´setor público – não vai dar resultado. O "poder de compra" dos corruptores é imenso e continua intacto

    Ignez

    Muito bem dito Luis. Concordo plenamente. As vezes textos do Azenha parecem muito "aberto". Sua colocação está perfeita! O moralismo do PSOl é "imoralista" (que me desculpe André Gide).

Marcia Costa

"Palavra: que estranha potência a vossa." É um pedaço do épico Romaneceiro da Inconfidência escrita por Cecília Meireles. Associando os significados e significantes das palavras faxina e vassoura, chega-se à conclusão que elas traduzem o enfeixamento de ramos de árvores para realização de um trabalho. A própria etimologia da palavra faxina remonta à condição de "realização de trbalho árduo". Não é extamente isso a que se propôs a presidenta? Também não esquecer que faxina, vassoura ( que já foi associada a rituais mágicos de fertilidade) são coisas presentes no universo feminino no sentido de organizar, manter arrumado. Logo, descarto esse epíteto de "Jânio de saias": essa é apenas mais uma das apropriações de significados por bem ilustrados políticos. Jung, estudioso do insconnsciente coletivo, certamente teria uma explicação para essa associação que a princípio para tão desqualificadora, mas que no final demonstra a existência de certas verdades implícitas.

    Bonifa

    Concordo. Faltou ao Azenha explicar que a faxina de Jânio se restringiu à sua campanha. No poder, o máximo que conseguiu fazer foi um moralismo ridículo direcionado à sociedade em geral, como a proibição da briga-de galo, do lança-perfume e do uso do biquini.

    Vera Silva

    Márcia,
    Perfeita observação.

ricardo silveira

A corrupção se tornou um fato tão presente na vida pública brasileira que quando é combatida se torna um acontecimento extraordinário. Não obstante, não é outra coisa o que se espera dos governos. É bom, mesmo, a Dilma ser rápida no gatilho, não apenas para dar respostas, mas para se adiantar às demandas. “A internet é uma arma poderosa, mas também cobra caro: elimina hierarquias e dá ao eleitor o poder de fazer cobranças em tempo real, quando o tempo político — de formação de consensos, de vencer resistências, de construir alianças e do próprio processo legislativo — é outro.” Parece-me fora de dúvida que essa aproximação entre representante e representado enriquece a vida política. Por isso mesmo, uma lei de comunicação que assegure a democratização mostra-se cada vez mais indispensável. Adiantar-se à cobrança, neste caso, seria, também, um ganho político extraordinário.

    Bonifa

    É preciso destruir a percepção de "descriminalização da corrupção" no imaginário popular. É preciso não deixar margem a que um juiz possa por seu próprio juízo dizer que crime financeiro é um crime menor, como aconteceu recentemente em sentença favorável ao Cacciola. É preciso que todos comecem a sentir que roubar o dinheiro público é o mais hediondo dos crimes.

    beattrice

    Até porque o roubo de dinheiro público redunda em mortes em massa, ao destruir por ex estradas e setores da saúde.

Bernardino

VAASOURADA é uma expressao que deveria ser banida do vocabulario politico.POR QUE? O sr JANIO QUADROS foi um FARSANTE,PINGUEIRO,candidato da elite Paulista para retomar o governo do PTB,PSD da epoca,ERa um covarde que renunciou e deixou o Pais ,decepionando seus eleitores,A Dilma nao merece tal comparaçao!O que precisa ser feito é uma faxina no sist politico e na Imprensa,mas issio é tarefa para estadista e gigante e no momento nao temos neste PAÍS e vai demorar pra acontecer!!!
ONtem. o RODA MORTA da cultura que virou um COMITE tucano,apresentou o Mailson da Nobrega aquele do arroz com feijao da economia,deixou o pais com inflaçao 100% ao mes.Ele fez carreira no Banco de Brasil e pasmem defende a privatizaçao do Banco,cuspindo no prato que comeu,so pra agradar a burguesia financeira.QUE Calhorda!!!Nao honra nem a terra em que nasceu a PARAIBA.

    Valdeci Elias

    Não acho, que Janio tenha renunciado, por corvadia. Na verdade, ele era autoritario e não queria governar com um congresso multipluralista e com pessoas que tinham ideias diferentes da dele. Ele queria ser m ditador.

    Bonifa

    O fenômeno que tirou Jânio da presidência foi um repeteco absoluto do fenômeno que tirou Collor. Ambos foram eleitos pela UDN para que a UDN pudesse governar, mas quando se viram com a faixa, quiseram governar por conta própria.

luciano souza

Faz fachina, aparece bem na mídia, mas dá continuidade à politica econômica, com dolar em baixa, os maiores juros do planeta e a sangria do país. Desconfio.

carlos

Vem aí mais um "aditivo" do "DNIT" paulistano, a DERSA:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agenc

mello

Será que não se está reproduzindo, muito a gosto do udeno-moralismo demo/tucano/pps/psol O clamor d "mar de lama" da era Vargas, da "caça aos marajás" da era collor e do "homem da vassoura" da era jânio em contraponto a obras que podem resgatar , como há oito ou nove anos se vem tentando , a viabilidade e a autoestima do povo brasileiro?

edv

Jânio é aquele que, segundo a mírdia, tinha mais de 150 imóveis registrados no Morumbi, ao fazer o tunel para lá?
Que tentou dar um "autogolpe" (apostando contra a posse de Jango), propiciando a interrupção de uma era democrática de desenvolvimento econômico e de diversas outras áreas do país?
Cuja única vassourinha era aquela que tinha entre o nariz e a boca?
Que sonhava fazer Sampa igual a Londres, importando até ônibus vermelho de 2 andares?
Então sua "cena" contra a corrupção era …
Pra inglês ver…
Ñão parece ser o caso da séria Dilma.
De saias ou de calças femininas.

EUNAOSABIA

O Brasil tem uma presidente ou uma diarista?

Douglas O. Tôrres

Está se criando um fosso entre a presidente e sua base,que utiiza estas novas ferramentas para se dar voz.A presidente continua nesta estratégia de de distenção com a velha midia,enquanto Lula volta a arena politica,frequentando os redutos destas bases.Fala-se em estratégia (Nassif é seu maior defensor),e que uma provavel queda da popularidade da presidente,ele seria a opção certa para a continuidade.Mas quem é presidente,ou está é Dilma e por enquanto a velha mídia vem pautando ou influenciando o governo,na ortodoxia econômica principalmente e com um mundo em crise.Então caso aconteça um acidente e percurso(como a crise do mensalão do governo Lula),como se sustentará um governo com suas bases minguadas,desconfiadas e decepcionadas.

    Werner_Piana

    Vamos ver como irá o PR votar na proxima proposta de Lei de interesse do Governo na Camara e no Senado.
    Pegar os desviantes malacos como estes do DNIT parecem ser é ótimo. Perder o apoio no Congresso é grave risco…
    Aguardemos. Collor tentou peitar o Congresso e deu no que deu.
    Oremos.

Mello

acho que somente um erro semântico: ao invés de vassourada, o termo correto deveria ser: detetizada.

vejo mais pelo lado paradoxal da política: dilma e lula, mais o último, forjou os próprios grilhões, suas alianças, a base que tanto asfixia no presidencialismo de coalizão, projeto perfeito de corrupção.

dilma foi mais uma espécie de clint eastwood e atravessou a chuva de tiros da base, da oposição e do PIG e se viu, de repente, junto ao ponto de vista do eleitorado. sorte, competência, astúcia? acho que tudo junto.

Bruno

Acho que já disse isto neste espaço – se não foi aqui, foi em uma mesa de bar – e torno a dizer: se Dilma quiser, terá apoio popular para romper com tudo e todos, acabar com o comissionamento de cargos, expulsar os sarneys e waldemares de sua cola e fazer despencar o descaminho nas contas públicas. Se ela usar a mídia – a tradicional e a nova – em seu favor, usar pronunciamentos a que ela tem direito em rede nacional, se chamar o povo a abrir os olhos para a corrupção – seja do PR, do PMDB, do PSDB ou do próprio PT -, o povo a ouvirá, fato.

Aliás, me parece que Obama usará mais deste expediente na próxima semana para aprovar o aumento de impostos e o teto da dívida pública americana. Ele já conclamou os americanos a pressionarem seus congressistas, e deve apertar o discurso. É relativamente fácil mostrar ao povo estadunidense a chantagem que o GOP faz no momento para conseguir reduzir os gastos em programas sociais – afinal, o Mundo já percebeu, só faltam eles. Se ele tiver um case de sucesso a mostrar daqui a duas semanas – um case que pode tirar os EUA do risco de moratória sem entrar em uma espiral de déficit ou de aumento da pobreza -, Dilma pode se inspirar e deixar um legado maior que o de qualquer presidente da história do Brasil, o de ensinar o povo a se insurgir contra a corrupção.

Moacir Moreira

O Twitter, asim como a poesia, não faz revolução.

O twitter, ao contrários, é um excelente método para se disseminar o golpismo e o terror.

Muita gente influente parece estar querendo uma nova Revolução Francesa em pleno século XXI.

Os povos que derrubaram suas ditaduras pró imperialismo não tinham sequer computador, eram uns pobres coitados que estavam sendo roubados pelo governo que entregava tudo de mão beijada aos gangsteres ianques.

Quanto à tentativa de golpe na Líbia, na Síria e no Irã não preciso nem comentar que foi provocada por agitadores mercenários pagos pelo império..

Que indignação os pequenos burgueses trotskistas e anarquistas tem para manifestar, se estão todos muito bem de vida, com carrinho na garagem?

Que indignação é essa de quem defende o governo reacionário do PT?

Porque PSOL, PCO, PSTU etc. são todos filiais do PT.

Não se enganem os senhores com essas mentiras de que o Lula foi o melhor presidente do Brasil.

Um dia a Comissão da Verdade trará luz aos últimos acontecimentos na História do Brasil que muitos querem ver enterrados para sempre.

Abraços

    Wlado

    Cuidado Moreira!!!

    Moacir Moreira

    Já começam as ameaças típicas dos perigosos fascistas que se encontram no poder.

urbano

Só não posso concordar que seja "comodo" aplicar a vassoura. Para quem precisa da maquina estatal funcionando não é muito comodo ter que demitir toda essa gente e ainda ter depois que se acertar com deputados, senadores, empreiteiros e seus jornalistas de plantão voziferando dia e noite na Globo News e companhia.

Moacir Moreira

A Dilma deveria processar a imprensa golpista por insinuar que mulher boa é mulher que faz faxina.

Sem capturar, julgar e condenar os empresários corruptores que mamam nas tetas do Estado, não adianta mulher fazer faxina, porque a sujeira volta a se acumular.

Espero que a Dilma tome uma providência contra essa imprensa preconceituosa e intolerante.

    Uélintom

    Concordo. Para mim é evidente a postura machista, para a qual o que a mulher faz é "faxina". Por que ela não seria uma "Caçadora de Corruptos" ou algo do tipo? Porque para o PiG, mulher faz é faxina, mesmo.

    Klaus

    Hummm, a imprensa usar o termo faxina é preconceituoso? No caso do Jânio usar a vassoura como símbolo também era preconceituoso? Gente, o politicamente correto ainda vai acabar com a liberdade. Processar pelo uso do termo faxina???rs Eu me divirto mais aqui lendo os comentários que no Kibeloco.

Rodrigo B. Veríssimo

Azenha:
Acho que deve ser esse o link do NYT que citou: http://www.nytimes.com/2008/10/26/weekinreview/26
E parabéns pelo que escreveu!

Silvana Lemos

Dilma é muito fraca.

Não tem capaidade de governar o país.

Aliado a herança maldita na política e na economia que recebeu de Lula… espero que pelo menos termine seu mandato sem maiores problemas, a dificuldade maior á a herança maldita de Lula.

    @marisps

    KKKK! Herança maldita? Piadista!

    Valdeci Elias

    Por que tanto MEDO , Silvana? Descanse um pouco, voce deve estar cansada .

    priscila presotto

    Silvana ,tente fazer Yoga ,a respiração é tudo!

    [Oz_.]

    Bem que você poderia nos mostrar a "herança maldita", né, dona Silvana!?

    Pff…

    milton

    Suco de maracuja é bom, cha de camomila é melhor, uma caminha quente e uma boa noite de sono melhor ainda, nao se esqueca de rezar o Santo Anjo antes de dormir, faz bem e protege dos espiritos malfazejos,

Daniel Ikenaga

Azenha,

A notícia que você comenta deve ser este link: http://www.nytimes.com/2008/08/28/world/americas/

Parabéns pelo seu blog!

Morvan

Boa noite.
Azenha, só para registro, quando você afirma que "[Obama ] Foi o primeiro a levar o You Tube realmente a sério e, mais recentemente, o primeiro a dar uma entrevista para tuiteiros…"
Devo pontuar que o primeiro político a levar o YouTube realmente a sério foi o republicano George Allen, o homem que proferiu a infelicíssima frase para um eleitor: "You Macaca". Este sim, foi o primeiro a levar o YouTube realmente a sério – por razões, que, se [ele] pudesse, evitaria.

Quando ao texto, como é normal, há partes nas quais eu concordo e partes que não. Deter-me-ei oportunamente.
PS.: nada contra o saneamento do Estado. Super a favor.

:-)

Morvan

Gerson

No pronunciamento do Obama hoje:

“Vamos pedir aos americanos mais ricos e às maiores corporações que abram mão de alguns de seus cortes de impostos e deduções especiais.”

Mais adiante, acrescentou: “Por isso eu peço a todos vocês que façam com que suas vozes sejam ouvidas. Se você quer uma redução do déficit de forma equilibrada, permita que o seu representante no Congresso saiba.”

"Pela primeira vez na história nosso rating AAA (a nota de crédito) pode ser rebaixado". "Podemos entrar em uma profunda crise econômica, causada exclusivamente por Washington".

O B.O. TÁ SABENDO JOGAR. Vamos ver até onde vai.

Fabio_Passos

Bem que o jânio de saias podia ampliar a faxina para a organização da copa… e acertar uma bela vassourada no trampa do ricardo teixeira.

    Klaus

    Quanto ao RT, ela não pode fazer muita coisa. Já o Ministro dos Esportes…

    Bruno

    Esse é bom de corrupção. Vide o serviço de porta-voz do RT que ele assumiu quando a Dilma se cansou de receber o chefão pessoalmente.

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