Altamiro Borges: Pesquisa confirma o ódio a Michel Temer; 90% desaprovam

Tempo de leitura: 3 min

Pesquisa confirma: Temer é odiado!

Por Altamiro Borges, em seu blog

A blindagem ao golpista Michel Temer feita pela mídia chapa-branca — às custas de muita grana em publicidade oficial e de outras mutretas — não está surtindo resultado.

Confirmando o que já tinham registrado os institutos Vox Populi e do Ibope, a pesquisa do consultoria Ipsos divulgada nesta quarta-feira (19) aponta que a popularidade do usurpador está derretendo rapidamente.

Segundo a sondagem, a aprovação do governo ilegítimo caiu 10% e o índice de rejeição de Michel Temer bateu novo recorde: 87% dos brasileiros odeiam o Judas. Mais alguns dias e o golpista vai ficar inadimplente na opinião pública.

A nova edição da pesquisa Barômetro Político, realizada pela consultoria Ipsos, mostra que 75% dos entrevistados classificam como ruim ou péssimo o atual governo.

Apenas 4% afirmam ser ótimo ou bom. É o pior índice desde que Michel Temer assumiu a Presidência, em maio de 2015. Em março passado, 62% achavam que o governo era ruim ou péssimo — e 6% achavam que era ótimo ou bom.

A aprovação pessoal a Michel Temer também caiu — 10% dos entrevistados responderam “aprovo” à pergunta “Você aprova ou desaprova” a atuação de Temer, contra 17% no mês anterior — por outro lado, 87% responderam que desaprovam Michel Temer, enquanto em março eram 78%.

Cresceu, também, a proporção de pessoas que acreditam que o Brasil está no rumo errado: 92% dos entrevistados — em março eram 90%. Conforme alerta o site da rede britânica BBC, a pesquisa foi realizada “justamente no período de debate mais intenso sobre as propostas de reforma trabalhista e da Previdência pretendidas pelo governo. Também nesta época, começaram a ocorrer vazamentos relacionados às ‘delações do fim do mundo’, de executivos da Odebrecht, que implicaram dezenas de políticos dos principais partidos” – incluindo o atual ocupante do Palácio do Planalto.

Para Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs e responsável pela pesquisa, “a brusca queda de popularidade de Michel Temer — a maior entre os políticos –, se deve principalmente à pauta das reformas, que causa insegurança na população. ‘Há um temor enorme de perda de direitos e existe percepção grande de que reformas beneficiam os mais ricos e o governo’, avalia. ‘O brasileiro já se sentia desamparado por conta da instabilidade econômica e da crise moral do Brasil. Agora, pelas reformas, se sente inseguro em relação ao futuro. Isso em um contexto em que Temer já tinha uma imagem desfavorável de político tradicional'”.

O Ipsos também sondou a popularidade de outras lideranças políticas.

No caso do ex-presidente Lula, massacrada diariamente pela mídia golpista, sua aprovação caiu de 38% para 34% entre março e abril. Mesmo assim, o líder petista continua com o maior potencial eleitoral para 2018.

“O fato de as delações estarem cada vez mais presentes na mídia pode ter freado a tendência de melhoria da sua imagem… Ele vem de agosto de 2015 até agora mantendo uma aprovação de 30% a 35%. Eu diria que esse é o capital político de Lula, o seu índice de eleitores cativos. As flutuações se explicam pela presença dele na mídia, para o bem e para o mal”, argumenta Danilo Cersosimo.

Já no caso dos principais líderes tucanos, que achavam que seriam os grandes beneficiários do golpe dos corruptos, o resultado da pesquisa é trágico. “Os três presidenciáveis do PSDB — os senadores Aécio Neves e José Serra, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin — também registraram queda de popularidade entre março e abril, e conservam poucas chances de reverter a imagem negativa até 2018, segundo o pesquisador. ‘Os indicadores dos tucanos estão dentro da margem de erro, mas mantêm a tendência de aumento da reprovação e de perda do pouco da aprovação que restou. São nomes que já vêm com algum desgaste há algum tempo e devem ficar ainda mais'”.

Aécio Neves, que é alvo de cinco pedidos de abertura de inquérito na midiática Lava-Jato, foi de 74% para 76% de reprovação no último mês. Geraldo Alckmin, também citado nas delações de executivos da Odebrecht, foi de 67% a 68% de reprovação.

Já o ex-ministro José Serra — acusado de ter recebido múltiplos pagamentos irregulares da empreiteira em diferentes campanhas eleitorais e que é alvo de um inquérito aberto no STF — manteve a reprovação de 70% de março, mas a sua aprovação caiu de 20% para 18%.

Entre outros presidenciáveis avaliados pelo Ipsos, o cenário também não é dos mais tranquilos. A aprovação do fascistóide Jair Bolsonaro caiu de 14% (em março) para 9% em abril. Já o prefeito midiático João Doria teve queda na sua aprov ação de 16% para 14%.

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Comentários

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Luiz Antonio Alves do Sacramento

Já é mais do que notório que o ódio nada constrói. Aos que percebem a desastrosa permanência, desse malfadado governo, cabe diligenciar todas as energias para afastá-lo, a tempo de evitar que ele cumpra os propósitos funestos,para os quais ele foi empossado.

Regina Maria de Souza

O título infelizmente está correto. Trata-se de ódio mesmo o sentimento que o sr. Temer inspira. Temos experiência de políticos que se opuseram a interesses do povo – cito o impeachment arbitrário – mas a oposição não me parecia ódio. Agora esse senhor, que violou em 2010 os princípios básicos da solidariedade de chapa, por ter tramado com a embaixada dos Estados Unidos a derrocada da Presidenta eleita; esse sr. deprecia cada movimento de defesa do povo. Na semana de greve geral marcada, hostiliza o trabalhador ao mandar ser votada a reforma trabalhista na Câmara. Foi aprovada por maioria sempre declinante – mas foi aprovada. Assim, considero que a proposta de férias ao Senado, proposta do sr. Renan Calheiros, que li em uma charge nesta manhã (de Bessinha?) talvez deva ser considerada a sério.

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