Adriano Benayon: A batalha da Petrobras como empresa nacional

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O Brasil e a Petrobrás

por Adriano Benayon, via portal  Desenvolvimentistas

1. O Brasil vive batalha decisiva de sua História: a da sobrevivência da Petrobrás como empresa nacional. E isso com qualquer resultado, pois a eventual derrota poderá ser o marco, a partir do qual o povo brasileiro resolva partir para o basta e reverter o lastimável processo dos últimos 60 anos em que praticamente só acumula derrotas do ponto de vista estrutural.

2. Principalmente desse ponto de vista, porque, mercê da estrutura que se formou na Era Vargas, ainda foram colhidas — por muito tempo e até os dias de hoje — grandes vitórias em termos de desenvolvimento de tecnologia e capacidade produtiva no País.

3. O progresso estrutural do Brasil ocorreu, até 1954, não apenas em função de investimentos do Estado, mas também por ter este agido como promotor da indústria privada, tendo, antes daquele ano fatídico, surgido firmas nacionais de ótima qualidade, algumas das quais já se tinham tornado grandes.

4. Essas foram as primeiras e grandes vítimas do modelo de dependência financeira e tecnológica adotado desde 1955 e no quinquênio de JK, quando o Estado foi usado como promotor da desnacionalização da indústria, o que gradualmente levou à dos demais setores da economia.

5. Os governos militares (1964-1984), embora se tenham submetido às regras e imposições do sistema financeiro mundial, criaram estatais importantes, como a EMBRAER, em 1969, possibilitada pela criação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em 1946, e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em 1950.

6. A EMBRAER foi uma das inúmeras grandes estatais criminosamente privatizadas pela avalanche de corrupção dos anos 90, que atingiu também a TELEBRÁS, fundada em 1972, a qual igualmente gerara excelentes resultados em produções realizadas com tecnologia nacional, e foi  totalmente esvaziada pelas concessões entreguistas  do sistema de telecomunicações.

7. Em 1990, Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto – de resto,  mediante incríveis manipulações, negadoras da essência da democracia – encaminhou a Lei de Desestatização, juntamente com denso pacote de legislação antibrasileira, formulado em Washington e meteoricamente aprovado pelo complacente Congresso.

8. Interessante que os governos militares não só haviam mantido as estatais da Era Vargas, mas criaram várias outras. Entretanto, os indivíduos  ideologicamente amestrados atribuem comunismo ou esquerdismo aos que, em favor do desenvolvimento, reconhecem  a importância de empresas e de bancos estatais.

9.  Se não estivessem mentalmente controlados pelo sistema de poder mundial veriam que as estatais, além do que realizam diretamente, são fundamentais para viabilizar, ao abrir concorrências, encomendas e financiamento a empresas privadas nacionais, que, com isso, geram empregos qualificados e elevam o padrão tecnológico do País.

10. Ademais, acabar com as estatais significa deixar à mercê dos carteis e grandes grupos privados o grande espaço estratégico, como é o caso da indústria do petróleo e derivados, inevitavelmente ocupado por empresas de grande porte, nos quais a dimensão inviabiliza a concorrência honesta entre empresas privadas.

11. Antes de explicar por que a corrupção não é inerente à natureza das estatais – ao contrário do que imaginam os impressionados pelos inegáveis escândalos de corrupção que têm assolado a Petrobrás – convém lembrar a incoerência dos que se escandalizam com a brutal concentração de renda, cada vez mais acentuada em todo o mundo, e propõem privatizações, cujo efeito tem sido tornar a concentração econômica ainda mais aguda e socialmente insuportável.

12. De fato, todos estão tendo acesso a informações de que, neste mundo de sete bilhões de habitantes, pouco mais de cinquenta grupos financeiros controlam praticamente todas as transnacionais em atividade no Planeta. Fosse isso pouco, o analista da moda, Thomas Piketty, tem observado que  a concentração de riqueza tem sido grandemente subestimada, mesmo nos países sedes da oligarquia financeira mundial.

13. E por que foi implantada a corrupção na Petrobrás? Porque a estrutura de poder político já se tornara dominada pelos interessados em desmoralizá-la e eventualmente privatizá-la e/ou liquidá-la. Amiúde, o primeiro passo dos agentes imperiais é minar e desmoralizar a administração estatal, para justificar a privatização.

14. De fato, a corrupção foi intensificada durante governos aqui instalados (Collor e FHC) com o projeto de tornar definitivo e irreversível o atraso do Brasil e sua submissão aos centros de poder mundial, na vil posição de fornecedor de recursos naturais, presidindo a abertura de buracos no lugar das estupendas reservas de minerais estratégicos e preciosos, sem que isso sequer impedisse o crescimento vertiginoso dos déficits de comércio exterior e do endividamento público.

15. A desnacionalização predadora não começou com os dois que foram os primeiros eleitos sob o novo regime pretensamente democrático. Mas eles fizeram profundas reformas na estrutura de mercado –  com o usual beneplácito do Congresso — para torná-la ainda mais talhada de acordo com os interesses dos carteis transnacionais.  E o PT não fez reverter essa tendência.

16. Em relação à Petrobrás, FHC promoveu a aprovação da Lei 9.478, de 06.08.1997,  que eliminou, na prática, a norma constitucional do monopólio da União na  produção, refino e transporte do petróleo, não formalmente revogada.

17. Essa lei permitiu, assim, a exploração de imensas jazidas descobertas pela Petrobrás na plataforma continental,  por carteis transnacionais, liderados pelas gigantes empresas angloamericanas — que,  há mais de um século, têm preponderado no produto de maior expressão no comércio mundial.

18. Ademais, dita Lei criou a Agência Nacional do Petróleo (ANP) no esquema de esvaziar a administração do Estado, terceirizando-a para  agências ditas públicas, dotadas de autonomia e postas sob a direção de executivos e técnicos ligados à oligarquia financeira angloamericana.

19. Um desses, genro de FHC, David Zylberstajn, foi nomeado diretor-geral da ANP. Como lembrou o engenheiro Pedro Celestino Pereira, em excelente artigo, teve início, sob o comando de Zylberstajn,  ”o leilão das reservas de petróleo brasileiras, em modelo que não se aplica no mundo desde o primeiro choque do petróleo, permitindo à concessionária apossar-se do petróleo produzido, remunerando o Governo com royalties, ao invés de receber por prestação de serviços.”

20. As constatações de corrupção nas encomendas da Petrobras —  em inquérito da Polícia Federal, ainda não terminado —  estão servindo de tema para a campanha de desestabilização e impeachment da presidente da República, e também de argumento favorável à privatização.

21. Nenhum desses objetivos sustenta-se em bases justificadas, pois o autor da delação premiada tornou-se diretor da Petrobras no governo de FHC, mentor do partido que se pretende beneficiar com a derrubada de Dilma Roussef ou sua transformação em títere completo do capital estrangeiro, o qual tem no PSDB seus principais serventuários locais.

22. Ademais, o delator Paulo Roberto Costa praticou, ele mesmo, os crimes que denuncia, em prejuízo do patrimônio público e em ofensa à moralidade da Administração, como também cometeram políticos de diversos partidos que têm exercido cargos diretivos na Petrobrás.

23. Paulo Metri, conselheiro do Clube de Engenharia,  reafirma ser indispensável investigação profunda na estatal. Ressalva, porém, que a exposição antecipada de fatos investigados pode ter tido por meta somente derrubar as intenções  de votos pró-Dilma.

24. Assinala que a presidente não tolheu as ações da Polícia Federal, nem tem um engavetador para sumir com os processos. Nota: alusão ao PGR de FHC, conhecido como  engavetador-geral da República.

25. Metri considera imprescindível punir, com rigor, os agentes públicos comprovadamente corruptos e também os esquecidos corruptores. Até porque, mais que o desvio de dinheiro, a corrupção com a Petrobrás atinge a auto-estima de que o País precisa para realizar seu projeto nacional.

26. Em relação à Petrobrás, é fundamental corrigir os vícios nela implantados e viabilizar seus investimentos, cuja enorme rentabilidade está assegurada em função das colossais descobertas que a estatal obteve na plataforma continental e no pré-sal.

27. A Petrobrás – aduz Metri — tem vencido  obstáculos, como extrair, de grandes profundidades e a distâncias da costa cada vez maiores, petróleo escondido abaixo de camadas incomuns, mercê de tecnologias especiais desenvolvidas por técnicos da estatal.

28. A qualidade destes depende da motivação e de que não sejam preteridos por políticos em cargos de direção nem por terceirizados.

29. Celestino e Metri lembram que FHC elevou desmesuradamente o salário de gerentes e superintendentes, o que os fez, por demais, temerosos de perder seus empregos, e omissos em resistir contra decisões suspeitas, tal como ocorre com terceirizados. Ademais, FHC liberou a  Petrobrás de cumprir a Lei de Licitações, apoiado por decisão do ministro Gilmar Mendes, no STF.

30. Não basta para reverter o descalabro, evitar que Dilma seja substituída por alguém mais propenso a aceitar as imposições imperiais. Há que dar passos na restauração da soberania nacional, ferida inclusive pela alienação, quase graciosa, de 40% das ações preferenciais da Petrobrás, após a promulgação da Lei 9.478/1997, e pelos leilões do petróleo da plataforma continental e do pré-sal, nos governos do PT.

Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

Leia também:

No debate sobre o porto de Mariel, PSDB e  a direita brasileira demonstraram ignorância, desinformação, atraso e preconceito


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Comentários

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Fabio

Azenha e a Vale qual é a avaliação hj em dia depois de 20 anos de privatização ?
O que funciona, e o que não funciona na empresa atualmente ?
Qual foi o retorno que o pais obteve com a privatização desda mineradora.

    Nelson

    Meu caro Fábio.

    No artigo “Quem controla a Vale do Rio Doce, publicado em http://www.anovademocracia.com.br/no-38/90-quem-controla-a-vale-do-rio-doce, em dezembro de 2007, o diplomata Benayon afirmava que:

    “O patrimônio [controlado pela Vale do Rio Doce] arrebatado ao País vale 3 trilhões de reais (1.000 vezes a quantia do leilão) ou grandes múltiplos disso, considerando as reservas de metais preciosos e estratégicos, muitos deles exploráveis por mais de 400 anos, pois é impossível projetar o preço dessas riquezas sequer para um mês. Que dizer de 5.000 meses?”

    Já na revista “Reflexos da Privatização”, o Senge-PR, Sindicato dos Engenheiro do Paraná, avalia em 8 trilhões de reais o patrimônio controlado pela Vale do Rio Doce, que hoje se chama apenas Vale.

    Vale, sem trocadilho, a leitura da revista. Para tanto, você deve acessar
    http://www.aloysiobiondi.com.br/IMG/pdf/engenheiros_pr_privatizacoes_ago10.pdf

    Nelson

    Meu caro Fabio.

    Quanto ao retorno para o país, Adriano Benayon afirma, no artigo que citei anteriormente, o seguinte:

    “Não foram pagos pelo controle da VALE sequer os R$ 3,338 bilhões do lance ganhador: a) a União aceitou, pelo valor de face, títulos comprados no mercado por menos de 10% desse valor; b) o lance mínimo era R$ 2,765 bilhões, e o ágio de 20% (R$ 573 milhões), compensável por créditos fiscais; c) o BNDES financiou parte da operação com juros preferenciais e adquiriu 2,1% do capital votante.”

    Nelson

    Fabio.

    Em post publicado neste Viomundo em 2012, o Azenha mostra um pouco do que “o país obteve” com a privatização da Vale.

    O link para lê-lo éhttp://ww w.viomundo.com.br/denuncias/lucio-flavio-pinto-ritmo-de-exportacao-de-minerio-de-ferro-e-crime-de-lesa-patria.html

FrancoAtirador

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A Dupla GM/DT e a Completa e Definitiva
Desmoralização da Cúpula do Poder Judiciário

Mais uma Coincidência no TSE: MALUF FICHA LIMPA

1) Em 23/09/2014, em Sessão Plenária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
houve o Julgamento do Recurso Ordinário [RO Nº 237384] interposto
pelo Deputado Federal Paulo Salim Maluf contra decisão do TRE-SP
que indeferiu o registro do candidato postulante à reeleição ao cargo,
uma vez que já havia sido condenado por Órgão Judicial Colegiado [TJ-SP]
estando, portanto, enquadrado na Lei da Ficha Limpa [LC 135/2010].

Na ocasião, o TSE DESPROVEU O RECURSO, por maioria de votos [4×3],
nos termos do voto da Relatora Ministra Luciana Christina Guimarães Lóssio,
acompanhado pelos Ministros Luiz Fux, Maria Thereza de Assis Moura e ADMAR GONZAGA,
vencidos os Ministros Gilmar Mendes, João Otávio de Noronha e Dias Toffoli (Presidente).

2) Em 26/09/2014, o Deputado Paulo Maluf opôs EMBARGOS DE DECLARACÃO [28.189]
com pedido de efeitos modificativos [infringentes] à Decisão do TSE.

3) Em 30/09/2014, o MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL (MPE), parte embargada,
apresentou as contrarrazões [28.846], manifestando-se contra os Embargos.

4) A partir de 03/10/2014, depois de concluídos todos os trâmites internos,
o Processo ficou parado, aguardando dia para inclusão em Pauta de Julgamento.

5) O processo, enfim, foi incluído em Pauta na Sessão de 17/12/2014,
precisamente no dia em que o ministro Admar Gonzaga estava ausente,
pois afastado em viagem oficial pelo TSE, sendo substituído no Pleno
pelo Ministro Tarcisio de Carvalho, que votou a favor de Paulo Maluf.

6) Resultado…
“17/12/2014: O Tribunal, por maioria, acolheu os embargos de declaração para dar provimento ao recurso ordinário e deferir o registro de candidatura de Paulo Salim Maluf, nos termos do voto do Ministro Dias Toffoli (Presidente), que redigirá o acórdão.
Vencidas as Ministras Relatora e Maria Thereza de Assis Moura e o Ministro Luiz Fux.
Votaram com o Ministro Dias Toffoli
os Ministros Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, Gilmar Mendes e João Otávio de Noronha.
Acórdão publicado em sessão.”

(http://inter03.tse.jus.br/sadpPush/ExibirPartesProcessoJud.do;jsessionid=ivsHPGSQQOAq7k9lxOhXe5ZI)
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17 de dezembro de 2014 – 21h50
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Acolhida candidatura de Paulo Maluf a deputado federal por São Paulo

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na sessão plenária desta quarta-feira (17), o registro de candidatura de Paulo Maluf (PP) a deputado federal por São Paulo.

Por maioria de votos, ao julgar recurso (embargos de declaração) apresentado pelo político contra decisão anterior da Corte, os ministros deram provimento ao recurso ordinário original de Maluf, que buscava o deferimento de seu registro.

Ele concorreu nas eleições de 5 de outubro
com recurso pendente de julgamento no TSE
e obteve 250.296 votos [que serão somados
aos da Coligação Paulista (PMDB/PROS/PSD/PP)
para recálculo do quociente eleitoral no TRE-SP,
alterando a composição dos representantes
para a Câmara Federal no estado de São Paulo].

Ao examinar os embargos na sessão desta quarta-feira, os ministros do TSE entenderam que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), na decisão que condenou Maluf, menciona ato culposo e não doloso de improbidade administrativa.

“Essa conduta dolosa foi extraída da fundamentação daquela decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Eu não penso que isso seja possível”, afirmou o ministro Tarcisio Vieira ao votar, destacando que o acórdão do TJ-SP “diz claramente ter havido ato culposo”.

O ministro Gilmar Mendes ressaltou que “não cabe à Justiça Eleitoral fazer o enquadramento da decisão tomada no âmbito da Justiça comum, que é a sede, o foro natural para a definição, no caso, do ato de improbidade”.

Paulo Maluf foi condenado pelo TJ-SP em 4 de novembro de 2013, pela prática de improbidade administrativa na construção do túnel Ayrton Senna, quando era prefeito da capital paulista, em 1996.

Julgamento anterior

Em julgamento no dia 24 de setembro, os ministros do TSE haviam, inicialmente, mantido, também por maioria de votos, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral paulista (TRE-SP) que indeferiu o registro de Paulo Maluf, por suposta inelegibilidade, com base na decisão do TJ-SP.

Naquela sessão, a relatora do processo, ministra Luciana Lóssio, votou pelo desprovimento do recurso, ao afastar o argumento da defesa de que a condenação de Maluf pelo TJ-SP se deu somente a título de culpa, não tendo sido preenchido requisito para aplicação de inelegibilidade que requer a prática de ato doloso de improbidade administrativa.

Processo relacionado: RO 237384

(http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2014/Dezembro/acolhida-candidatura-de-paulo-maluf-a-deputado-federal-por-sao-paulo)
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Mário SF Alves

O gasto previsto com o pagamento de juro aos rentistas, em 2015, é da ordem de R$ 265 bilhões de reais. É quase a soma total dos gastos com saúde (R$ 109 bi), educação (R$ 101 bi) e o Minha Casa, Minha Vida (R$ 65 bi).

A agenda ortodoxa acha isso barato.

Um breve resumo da ópera:

“…de agora em diante, para equilibrar contas fragilizadas pela queda nas cotações das commodities, e se financiar no mercado internacional, o Brasil terá que pagar taxas ainda maiores que os 11,75% atuais.

Ou os capitais voadores não pousarão aqui.

Nenhuma das questões essenciais que interessam à população brasileira encontrará resposta no redemoinho dessa lógica.”
Fonte: http://cartamaior.com.br/?/Editorial/O-Brasil-diante-de-suas-provas-cruciais/32444
_________________________________
Perversa lógica. Lógica da ideologia neoliberal. Lógica do capital-financeiro. Lógica dos derivativos. Lógica do rentismo. Estúpida lógica. Injusta lógica. Lógica do aprofundamento da crise de civilização. Lógica de submissão. Lógica imperialista.

Mário SF Alves

“8. Interessante que os governos militares – não só haviam mantido as estatais da Era Vargas – mas criaram várias outras. Entretanto, os indivíduos ideologicamente amestrados atribuem comunismo ou esquerdismo aos que, em favor do desenvolvimento, reconhecem a importância de empresas e de bancos estatais.”
____________________________
Vale [epa! Vale?] ressaltar este ponto. Tudo a ver com você! Tudo a ver com o momento atual!

E que jamais nos falte, a exemplo do item 8, a capacidade de discernimento ante tamanho e denso cipoal de falácias que assola o Brasil.

______________________________
Parabéns, sr. Adriano Benayon.

    Mauro Assis

    Mário,

    Quem diz que o governo militar é de direita são os da esquerda. Na opinião dos verdadeiros liberais, a economia que eles tentaram praticar principalmente a partir de Geisel foi estatizante até o talo. Não tem nada mais parecido com o governo Geisel que o Dilmismo, que nos vão aliás conduzindo a resultados semelhantes: corrupção à solta (na época não noticiada, claro), estagflação etc.

    Em termos de economia Jango, milicos e PT se equivalem… e vamo que vamo presos nessa armadilha.

    Mário SF Alves

    Por pressuposto e por exclusão… e, a seu ver ou no seu entendimento, sobraria o quê mesmo?

    Peraí, deixa eu advinhar:

    Rapinagem… engavetador geral… total submissão a interesses alheios ao interesse da imensa maioria da população… perda de soberania… entrega do patrimônio público a preços vis…

    Diante disso seria necessário dar nome aos bois, prezado Mauro?

    Ou nada disso e você tem um outro referencial político-administrativo para o Brasil real?

    Além do mais essa crítica tão ácida ao PT soa mal; essa antevisão catastrófica soa mal, soa como injustiça, soa como riso antecipado, soa como crítica pessimamente mal contextualizada.

    Olha é muito fácil ficar do lado de quem sempre deteve o poder neste País. Difícil mesmo é assumir dignamente o lado da população.

    A propósito, neste sentido, o senador Eduardo Suplicy, PT-SP, é um magnifíco e incomum exemplo.

Mário SF Alves

1- Fim de semana com gosto amargo para o conservadorismo: Cuba e EUA reatam relações, popularidade de Dilma sobe e Petrobrás resiste ao desmonte.

2- Porto cubano de Mariel, a estratégicos 200 kms da Flórida, e o programa Mais Médicos, dois símbolos da parceria cubano-brasileira, demonizados pelo conservadorismo na campanha de 2014, ganham o reconhecimento pelo acerto econômico e a legitimidade política, após o reatamento das relações diplomáticas entre Washington e Havana.

Fonte: Hora a Hora, Carta Maior, hoje, dia 18/12/14

A “grande cartada” de redução tão drástica do preço do petróleo pode ser entendida como parte da estratégia imperialista de subjugar o mundo. É parte d ofensiva contra a soberania, o poder defensivo e o fantástico potencial de desenvolvimento da Rússia. E é parte integrante do pacote de maldades expresso no conjunto de medidas econômicas restritivas/sanções e sabotagens contra o referido País.

Sabotagens… potencial de desenvolvimento… soberania… epa! Brasil no meio?

Ou será à toa que o PiG anda tão alucinado em sua tática de jogar a Petrobrás na lata do lixo?

A tática é tão manjada que lembra a velha estória: “após o banho, a água suja, joga-se-a fora, porém, com o bebê junto.” Só que neste caso o bebê não corre risco algum, não vai ao chão, e SERIA amparado por mãos cujos interesses são frontalmente contrários aos interesses e à realidade social do povo brasileiro.

emerson57

Em quem votaram os diretores e gerentes das estatais? Em quem votaram a alta oficialidade das forças militares? Em quem votaram os mais graduados da administração pública? Em quem votaram os principais “formadores de opinião” e os proprietários da mídia brazuca? Em quem votaram alguns aposentados e pensionistas, “marajás” dos direitos adquiridos que recebem vultuosíssimas quantias mensais? Em quem votou a atriz e as congêneres que não se casam no papel para manter privilégios de aposentadoria conquistados por serem filhas/netas de…Pero Vaz de Caminha?
Quem é que luta mentindo, inventando, denegrindo, pela manutenção dos seus próprios privilégios obscenos?
Será mesmo verdade que o PT chegou ao poder?

Sta. Catarina

A Petrobrás é maior do que a nossa acéfala direita. Ultrapassaremos as dificuldades e continuaremos a tê-la para o bem do país.

    Mário SF Alves

    A direita hoje está zonza.

    A causa:

    “Fim de semana com gosto amargo para o conservadorismo: Cuba e EUA reatam relações, popularidade de Dilma sobe e Petrobrás resiste ao desmonte.”
    ________________________________
    É ou não é a direita mais estúpida, truculenta, enrustida e submissa do mundo?

Lukas

Quem diria que o FHC, depois de 12 anos fora do governo, é o responsável pela roubalheira da Petrobras! E que o PT, que manda e desmanda na estatal, é, na verdade, vítima.

O texto explica, em detalhes, as origens da corrupção ainda no governo FHC, mas falha em explicar como os governos petistas se aproveitaram dela durante 12 anos.

P.S. Interessante que os nomes de Vargas, JK, Collor, FHC e Dilma, bem como “governos militares” apareçam no texto e o de Lula não. O subconsciente não é uma coisa maravilhosa?

    lulipe

    A hipocrisia dos petistas é sem limites, caro Lukas.

    Flavio Duarte

    Sem limites é a burrice de quem não estuda História nem Economia e se mate a palpitar em ambientes públicos como este.

    ps: o Lula encontra-se dentro da expressão “Governos do PT”.

    Flavio Duarte

    O dia em que gente como vocês entender que a Petrobrás é de todos nós, independente de partidos, as coisas andam melhor.

    Mário SF Alves

    Quem diria que o FHC, depois de 12 anos fora do governo, é o responsável pela roubalheira da Petrobras! E que o PT, que manda e desmanda na estatal, é, na verdade, vítima.
    ________________________________
    Sim, e parte disso, da definição de quem será a vítima da vez, é facilmente entendida se se conhece o suficiente sobre a própria História do Brasil e um pouco da Teoria Geral do Estado, não?

    Lukas

    Exato Flávio, “governos do PT”, mas nunca LULA. Reitero: o subconsciente (ou é consciente?) é uma coisa maravilhosa

Mancini

Sempre a direita servil e entreguista! Tem uma piadinha antiga sobre árabes e judeus, mas total e politicamente incorreta! http://refazenda2010.blogspot.com.br/

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