A crise na Caros Amigos: falam os jornalistas e o diretor

Tempo de leitura: 5 min

DIRETOR DA CAROS AMIGOS DEMITE EQUIPE DA REDAÇÃO EM GREVE

do Brasil de Fato

O diretor-geral da revista Caros Amigos, Wagner Nabuco, chamou hoje (11/03/2013) a equipe de redação e anunciou que a empresa está demitindo todos os trabalhadores que se encontravam em greve desde sexta-feira, dia 08/03, alegando “quebra de confiança”.

Nós, integrantes da equipe de redação da revista Caros Amigos – responsáveis diretos pela publicação da edição mensal, o site Caros Amigos, as edições especiais e encartes da Editora Casa Amarela – lamentamos a decisão da Direção. Consideramos a precarização do trabalho e a atitude unilateral como passos para trás no fortalecimento do projeto editorial da revista, que sempre se colocou como uma publicação independente, de jornalismo crítico e de qualidade, apoiando por diversas vezes, inclusive, a luta de trabalhadores de outras áreas contra a precarização no mercado de trabalho.

A greve é um instrumento legal, previsto na Constituição brasileira e direito de todos os trabalhadores. Foi adotada como medida para tentar melhorar as condições de trabalho na revista e foi precedida por uma série de incansáveis diálogos por parte desta equipe, desde que ela começou a ser montada em 2009. As tentativas foram sempre no sentido de atingir o piso salarial para todos os profissionais, encerrar os atrasos no pagamento dos salários e direitos como férias e 13º, que nos atingiram por mais de uma vez, de conquistar o registro dos funcionários fixos e uma melhor relação com colaboradores freelancers, que também convivem e conviveram com baixas remunerações e atrasos nos pagamentos.

Diante de alegações por parte da direção sobre dificuldades financeiras vividas pela empresa por se tratar de uma publicação alternativa, convivemos com salários mais baixos que os pisos e os praticados pelo mercado, e também com a inexistência de muitos direitos trabalhistas. Aceitamos negociar gradativamente a correção desses problemas de forma a fazer com que a Caros Amigos, “a primeira à esquerda”, não se tornasse agente de exploração de seus funcionários e avançasse nessa frente conforme suas possibilidades. Trabalhamos para ampliar a receita da empresa, seja pelo prestígio do trabalho realizado, muitas vezes premiado, seja pelo aumento do trabalho em forma de outras publicações como especiais e encartes.

Em todos os anos entre 2009 e 2013, mantivemos o diálogo salutar com a Direção, buscando negociar melhores condições para desenvolvermos o trabalho com o qual estávamos comprometidos. Isso foi feito por meio de cartas de toda a redação à direção, conversas de comissões da redação com a direção e inúmeras negociações entre o editor-chefe e diretor-geral.

Apesar de todos nossos esforços em construir uma boa relação interna, fomos pegos de surpresa com o anúncio de corte da folha salarial em 50%, com a demissão de boa parte da equipe ou redução do salário dos 11 funcionários de 32 mil pra 16 mil ao todo, conforme relatado em nota divulgada na data de anúncio da greve e que segue novamente ao final desta.

O anúncio de medida drástica que atinge diretamente os trabalhadores foi feito em forma de comunicado pelo diretor-geral, sem margem para negociação. Ainda buscamos pelo diálogo reverter o problema junto à direção por uma semana. Sem margem para conversa, recorremos à paralisação como forma de ampliarmos nossas vozes, mas fomos surpreendidos mais uma vez com o comunicado da demissão coletiva.

Nossa luta não é – e nunca foi – contra a revista Caros Amigos. Pelo contrario, reforçamos a importância de publicações contra-hegemônicas e críticas em um cenário difícil para a democratização da comunicação no Brasil, que cerceia a variedade de vozes. Nossa luta é, portanto, para o fortalecimento e a coerência de um veículo fundamental do qual sempre tivemos o maior orgulho de participar.

Vimos a público lamentar profundamente que essa crise provocada pela direção venha causar sérios prejuízos ao projeto editorial da Caros Amigos, que contou por todos esses anos com nossa dedicação.

Saímos desse espaço de forma digna diante de uma situação que tornou a greve inevitável, na esperança que nossos apelos sirvam de acúmulo para o futuro da Caros Amigos de modo que ela se torne exemplo não só no campo editorial, mas nas relações que mantém com seus funcionários e colaboradores. Esperamos que o compromisso assumido com colaboradores durante a gestão dessa equipe seja louvado e que eles recebam seus pagamentos sem atrasos. Também que sejam honrados nossos diretos trabalhistas.

Agradecemos todos que se solidarizaram com nossa situação e os que seguirão nos apoiando nessa nova etapa. Esperamos que esta experiência sirva de acúmulo e motivo de debate sobre a precarização, o achatamento de salários, a piora nas condições de trabalho e atitudes patronais – que existem tanto em empresas da grande imprensa quanto nas da contra-hegemônica – no sentido de buscarmos melhores condições para todos exercerem suas profissões. Por fim, esperamos que o exemplo comece pela imprensa contra-hegemônica com a correção de práticas como esta.

São Paulo, 11 de março de 2013.

Alexandre Bazzan
Caio Zinet
Cecília Luedemann
Débora Prado
Eliane Parmezani
Gabriela Moncau
Gilberto Breyne
Hamilton Octavio de Souza
Otávio Nagoya
Paula Salati
Ricardo Palamartchuk

*****

Resposta de Wagner Nabuco, diretor-geral da Caros Amigos

Nessa sexta-feira (8/3) estava em reunião, anteriormente agendada, com o contador e advogados, quando a equipe editorial entregou uma carta manifesto se declarando em greve.

Assim que terminei a reunião desci ao andar da redação e não encontrei ninguém; as mesas estavam limpas e vazias. Confesso que me surpreendi, pois ao longo de 2012 e em 2013, tivemos várias reuniões com toda a redação (e suas comissões de representantes) para tratar dos assuntos que  apresentaram na carta. Aliás, esta sempre foi minha postura com as várias equipes de redação, estagiários e free-lancers, que por aqui passaram e deram inestimável colaboração ao longo desses 16 anos.

Devo dizer que reuniões assim também foram feitas com as equipes financeira, administrativa e comercial, hoje com apenas 9 pessoas, sendo que alguns trabalham e colaboram comigo e com a revista desde 1997.

Ressalto que nessas reuniões mostrei todos os números da editora, sua movimentação financeira e o prejuízo mensal que a revista vem acumulando pois, mesmo com os milhares de leitores, as receitas de publicidade são pequenas ( e agora com mais restrições da SECOM/PR ) , todo o mercado de circulação – bancas e assinaturas – está em queda , os custos vem aumentando acima da inflação, e não podemos repassar para o preço de capa.  Essa situação atingiu duramente os veículos alternativos e contra hegemônicos, que tiveram que fazer ajustes para continuar suas operações e  produzir um jornalismo crítico e independente.

Expliquei à todos  , sem distinção entre redação , comercial e operacional, que precisava tomar essas difíceis medidas para garantir a sobrevivência da revista como tenho feito em momentos de crise já vividas desde 1997.

Mais uma vez, tenho certeza, a Caros Amigos contando com o empenho de suas equipes internas , o apoio dos amig@s e a fidelidade dos nossos leitores , por todo o Brasil, sairá mais fortalecida dessa lamentável crise.

Abraços

Wagner Nabuco

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Sala Fério

No dos outros é refresco. Quando a greve é no setor público eles vêm com tudo, quando é com eles agem de maneira autocrática. Dois pesos e duas medidas.

Sala Fério

A desculpa é e vai ser sempre ‘culpa da Dilma’ … mas na realidade não se sabe se a greve obedeceu ao que manda a lei de greve e se a revista não decidiu mandar embora porque na prática não respeita grevista e só apóia greve quando é no serviço público.

Sala Fério

Os que entraram em greve cumpriram os requisitos da lei de greve? (comunicação prévia, etc.)
Os que os mandaram embora justificam com perda de verbas públicas, mas na realidade a distribuição das verbas publicitárias só fez melhorar desde o início dos governos petistas, tornando-se muito mais democrática do que era historicamente. Desculpa esfarrapada.
Reparo que quando se trata de defender direito de greve em universidades e órgãos públicos, a imprensa alternativa dá todo apoio e não quer saber se vai prejudicar alguém, nem mesmo os alunos, mesmo que a greve tenha finalidade essencialmente política, mas na hora de administrar uma pequena greve interna, pipoca e estrila. Bacana! Dois pesos e duas medidas.

    Vinícius

    Melhorou com o Lula, mas voltou ao que estava antes com a Dilma.

    Também observei que está errado simplesmente entregar uma carta e sumir do local de trabalho. Não digo errado moralmente… mas é uma burrice muito grande, um risco desnecessário.

    Já o diretor, não devia se agarrar mais nos seus direitos de empregador do que na ética. Do jeito que foi, parece que puniu um erro de protocolo com demissões. Não que isso ateste contra o jornalismo da publicação, mas sem dúvida revela hipocrisia da parte dele.

Leo V

Bom artigo escrito por um dos jornalistas demitidos:

“Patrões de esquerda, padrões de direita”

http://passapalavra.info/?p=74029

Paulo

Onde está a solidariedade dos esquerdistas? Por que náo se ajudam e procuram uma alternativa para este tipo de bancarrota? Ficam sempre esperando uma ajuda do governo quando este está alinhado na sua ideologia editorial. Tem nojo de entender o tal “mercado” e com isso, abominando o capital, provocam estas microtragédias pessoais. Não é uma provocação ou uma piada! É uma constatação de que pessoas perderam o emprego e, ao que parece, vinham precarizando suas vidas numa gestão típica de administrador que estuda a teoria geral de administração e sente asco quando lê sobre o fordismo. Atribuem, no automático, a figura do mal ao empresário e daí, náo há alternativa senão a “luta de classes”. Por exemplo, quanto aos conceitos de marketing, nunca vi nos blogs “sujos” nenhum tipo de alavancagem de mercado com a referida revista! Esse é um dos grandes problemas desta “esquerda” carcomida pelo estigma de que o homem é o lobo do homem. Nisso, o liberalismo e o anarquismo estão séculos à frente dos ditos “progressistas” destas bandas.

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Migué

Que chato.

Rodrigo Leme

Uma revista de esquerda demitindo funcionário de greve é piada pronta.

    Luiz Carlos Azenha

    Nessa eu tenho de concordar contigo…

    Eduardo Guimarães

    Eu já disse mil vezes: querer fazer um veículo qualquer vingar com base em publicidade do governo nunca vai funcionar. E não adianta argumentar que a Globo ou a Veja também recebem. Esses veículos começaram a andar pelas mãos da ditadura, mas receberam tanto dinheiro público que ficaram autossuficientes. Além disso, de que adiantaria a Dilma dar publicidade se daqui a algum tempo a direita voltaria ao poder e cortaria o barato? Tem que andar com as próprias pernas. É isso ou fechar. Eu preferiria fechar do que ficar me expondo desse jeito. Até entendo o Wagner, já tive empresa, mas uma retórica de esquerda impede uma atitude dessas. Lamentável.

    FrancoAtirador

    .
    .
    HIPOCRISIA EXPOSTA

    Também chama bastante a atenção
    a naturalidade com que o empregador
    trata da redução salarial dos empregados…
    .
    .
    Constituição Federal de 1988

    Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

    VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
    .
    .
    Limites da redução salarial através de negociação coletiva

    Por Gustavo Filipe Barbosa Garcia*

    1. INTRODUÇÃO

    O tema dos limites da flexibilização de direitos trabalhistas é, sem dúvida, um dos mais palpitantes e de maior interesse, tanto prático como científico, na atualidade jurídico-laboral.

    Do universo desses direitos, interessa-nos, no presente estudo, o referente ao salário. Como direito essencial do trabalhador, ele é, de regra, irredutível.
    No entanto, o vigente texto constitucional, de forma expressa, ressalvou a possibilidade de sua redução, em manifesto acolhimento da tão debatida tendência flexibilizadora (art. 7º, inciso VI, da CF/88).

    Serão objeto de análise, de forma específica, os requisitos e as limitações da flexibilização deste direito, externando, em especial, a interpretação que entendemos correta do mencionado dispositivo constitucional.
    A restrição temática que fazemos decorre apenas dos limites impostos a este estudo, ficando ressalvada, como é óbvio, a importância das demais questões ligadas à flexibilização trabalhista como um todo.

    2. A IRREDUTIBILIDADE SALARIAL COMO REGRA

    Estabelece o art. 7º, inciso VI, da CF/88, ser direito dos trabalhadores urbanos e rurais a:

    “irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo”.

    Os limites da flexibilização desse direito decorrem da análise cuidadosa desta norma, inclusive perante seu contexto sistemático-jurídico.

    A importância do salário, como direito fundamental para o trabalhador, soa até mesmo como obviedade nos dias hodiernos.
    No contrato de trabalho, o motivo para a prestação do labor é, justamente, o recebimento da remuneração (art. 3º da CLT), com o fim de garantir a sobrevivência do empregado e de sua família.

    Em nossa realidade contemporânea, pautada pelo capitalismo, o recebimento do salário faz-se essencial para a existência da própria vida, em plena demonstração da relevância deste direito trabalhista.
    Cabe lembrar que o trabalho mediante salário representa, em linhas gerais, a superação do escravismo como sistema de produção, e o reconhecimento do valor do trabalho perante a sociedade.

    Tendo estes aspectos como pano de fundo, a Lei Maior indica-nos ser o salário, de regra, irredutível.
    Nada mais legítimo, diante da sua importância não só para cada trabalhador individualmente, como para toda a sociedade.

    Portanto, diante do texto constitucional, a redução salarial é autorizada apenas em caráter excepcional (“salvo o disposto …” – destacamos).

    A irredutibilidade salarial, com isso, pode ser erigida em princípio, de hierarquia constitucional, do Direito do Trabalho, diante de sua importância e natureza fundante neste ramo do direito.

    3. A FORMA VIABILIZADORA DA REDUÇÃO SALARIAL

    A redução salarial, além de ser uma exceção, somente é válida se instrumentalizada através de acordo coletivo ou de convenção coletiva, ou seja, desde que prevista em instrumentos normativos decorrentes de negociação coletiva, expressamente reconhecidos no texto constitucional (art. 7º, inciso XXVI).

    Por tal motivo, não foi recepcionada pela ordem constitucional vigente a faculdade, prevista no art. 503 da CLT, de o empregador reduzir, independentemente de negociação coletiva, os salários de seus empregados.

    E ainda: diante da clareza do mandamento constitucional, tem-se que a redução salarial jamais poderá ser prevista, de forma válida, em sentença normativa, ainda que posterior a uma negociação coletiva frustrada. Não tendo sido possível ao empregador, ou ao sindicato da categoria econômica, obter essa redução de forma negociada, a Carta Magna indica dever a vontade coletiva dos trabalhadores ser respeitada, não podendo, neste tema em específico, ser substituída pelo poder normativo da Justiça do Trabalho.

    *Juiz do Trabalho do TRT/MS – 24ª Região. Ex-Auditor Fiscal do Trabalho.

    (Publicado na Justiça do Trabalho nº 221, p. 33)

    Íntegra em: (http://www.amdjus.com.br/doutrina/trabalhista/333.htm)
    .
    .

    Prego

    Azenha, a revista é de esquerda, mas o sistema onde está inserida é o capitalismo. Não vejo contradição aí.

    Lucas Gordon

    Azenha, recomendo você colocar este texto em destaque, é uma analise perfeita do caso feito por um jovem jornalista:
    “Patrões de esquerda, padrões de direita”
    http://passapalavra.info/?p=74029

    Gerson Carneiro

    Eu só vou concordar porque meu ídolo Azenhão concordou.

    renato

    É pegadinha do SBT.
    É pra chora..

Marat

Dilma e o PT são reféns do PIG. Eles ajudam àqueles que lutaram, lutam e lutarão pelo golpe, enquanto deixa à mingua aqueles que tentam fazer um trabalho na contracorrente do capitalismo internacional!

Governo Dilma “asfixia” mídia alternativa – Escrevinhador

[…] Os funcionários demitidos, por sua vez, dizem que entraram em greve por causa da falta de diálogo e para reagir ao anúncio de cortes de 50% na folha de pagamento.  Aqui, no “Viomundo”, você pode ler na íntegra as manifestações dos jornalistas e do … […]

Pedro Cruz

Esses esquerdistas são phoda, não conseguem conviver em grupo. Passou de seis,êles racham. Será que nunca aprenderão??/

Hélio Jorge Cordeiro

Revistas de direita contra o governo social democrática de Dilma tem toda a propaganda que precisa pra se manter, mas as de esquerda que se danem. O GOV. então pode ter propaganda nas revistas, jornais e Tvs de direita, mas nas revistas e jornais de esquerda não! Incrível, mas é real!

Fabio Passos

Sou assinante.
E uma revista diferenciada. Publicacao de muito valor. E uma pena o que esta acontecendo. Enquanto isso o governo queima dinheiro promovendo o lixo do PiG.
Como mudar o Brasil se o governo sustenta os racistas vagabundos da revista veja idiotizando brasileiros ao inves de promover a Caros Amigos?

    Under_Siege@SAGGIO_2

    É inexplicavel a atitude do governo federal em relação à imprensa.
    Enfia RIOS e MARES OEANOS de dinheiro publico nos lixoes PIGuistas que o combatem e asfixiam as poucas – e de qualidade – publicações de centro-esquerda que promovem o debate.

    É deprimente. Eu faço minha parte assinando, comprando em bancas, repassando a informação.
    E o governo federal, arrosta.
    Que falta nos faz um Hugo Chávez!

    Fabio Passos

    2!
    Que inveja da Venezuela!

LULA VESCOVI

Eu,que sou leitor desde a primeira edição,fiquei chocado.Uma crise onde os dois lados tem razão.A Caros Amigos não pode fechar.

    Leo V

    Você está dando razão então para qualquer patrão demirtir funcionários em greve.

    Incrível como a própria “esquerda” que acaba com os direitos trabalhistas.

Gerson Carneiro

Neste mundo é mais rico o que mais rapa,
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.

As Cousas do mundo, Gregório de Matos Guerra.

Mardones

Uma pena. Já fui assinante da revista, mas precisei encerrar a assinatura por conta do financiamento de meu apartamento.

    Fernanda Cairós

    Hahahahahaha

assalariado.

Já vi na minha frente esse tipo de situação, quando do fechamento de uma fabrica em minha cidade. Acontece que foi proposto pelos assalariados dessa empresa, assumi -la, como uma empresa cooperativada. Foi proposto também, pagar os fornecedores de forma que levantasse a empresa outra vez e tals. Porém, um juiz (ah, os juízes!) não sei das quantas, boicotou essa iniciativa dos trabalhadores, serem os administradores dessa falência, …

Fico cá pensando. De quanto será o lucro da ‘Caros Amigos’?

Em todo caso, conforme estão dizendo se, se trata, de um jornalismo de esquerda, não custa sonhar um pouco e perguntar: Será que esse capitalista da ‘Caros Amigos’, seria capaz de pensar, em vez de vertical (capitalista), pensar horizontal (socialista) e, imaginar esta empresa de forma cooperativada?

Quanto ao governo da governabilidade. Quanta coerência. Ainda bem que penso socialista, logo, não tenho ilusões com a prima bastarda social democrata. Ah! essa social democracia.

Abraços.

lulipe

Engraçado, e eu que pensei que eles defendessem o direito à greve para todos!!!

Julio Silveira

Francamente, se alarga cada vez mais o fosso da minha decepção. Parece um poço sem fundo.

Moacir Moreira

Não creio que os donos da revista Caros Amigos estejam nadando em dinheiro obtido pela exploração de trabalhadores jornalistas.

Isso tá parecendo golpismo.

Bem que eu tinha notado a presença de trotskistas na redação da revista.

baader

comprei a última (acho) edição. 10,90 reais para poucas páginas. por que comprei? pelo conteúdo, em especial sobre indiano que tira crianças do trabalho escravo/infantil. (o encarte sobre Cuba é claramente um caça-níquel.) comoprei também porque não está disponível na internet. claro que a política do governo federal merece críticas, mas uma publicação que queira viver disso se arrisca na corda bamba, pois governos mudam, bem como suas políticas. estamos em tempos outros e criatividade é algo que sempre moveu o mundo. se uma revista não faz filantropia, menos ainda eu para uma editora que quer lucros. por que será que iniciativas inovadoras não vêm do chamado terceiro-mundo, ou do hemisfério sul? desculpem minha tentativa rasa de manifestação, mas ela traz embutido o que quero dizer a respeito.

    renato

    Não é rasa, não. É bastante profunda.
    Mostra onde pode estar a danação.
    Não vamos começar a culpar Dilma, pelos
    erros de um conjunto todo.
    Dilma não vende revista, só vende se pisar
    feio na bola.Não é o caso.

FrancoAtirador

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CRITÉRIOS DO ‘MERCADO’ DERRUBAM MAIS UM VEÍCULO DE MÍDIA DE ESQUERDA.

SE ALGUM ‘MURO’ ESTÁ EM CONSTRUÇÃO PELO MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES,

CERTAMENTE É A FAVOR DO GOLPE, AO CONTRÁRIO DO QUE SUGERIU O SAMUEL.
.
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Asfixia financeira destrói ‘Caros Amigos’

Revista fundada em 1997 por intelectuais e jornalistas, detentora de sete distinções do prêmio ‘Vladimir Herzog’ de Direitos Humanos, entra em crise: redação faz greve e é demitida.

Na origem do problema, a asfixia financeira, decorrente das decisões do governo federal de suprimir publicidade de utilidade pública nos veículos da mídia alternativa.

Criada pelo renomado jornalista Sergio de Souza, ‘Caros Amigos’ tornou-se uma referência pela qualidade de suas grandes reportagens e entrevistas.

A revista resistiu ao ciclo tucano dos anos 90, mas não suportou os ‘critérios técnicos’ da Secom no governo Dilma, cuja prioridade é descarregar recursos de publicidade nos veículos conservadores.

(Carta Maior)

Detalhes em:

(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/revista_demite_equipe_de_redacao_em_greve)
.
.
“E ri-se a orquestra irônica estridente
e da ronda fantástica a Serpente
faz doudas espirais…”

(Castro Alves)
.
.
E “TODOS JUNTOS VAMOS, ‘DE RETRO’ BRAzIL”…
.
.

Zilda

Lamentavelmente mais um projeto d esquerda entra em colapso. Trabalhadores em projetos assim precisam ter uma compreensão maior do sentido de seu trabalho para a população e para o país. Se é como disse o Diretor-Geral sobre a crise financeira da empresa, salário de 16 mil, quem ganha em nosso país? Não é bom ter salário reduzido, mas quem sabe é temporário? Já vi uma categoria profissional inviabilizar um projeto assim na área da educação. Um Colégio-cooperativado, projeto inovador, que era mantido com a cotização entre os pais. Professores se rebelaram contra os salários e como não havia mais espaço para ganhos salariais o colégio foi fechado. E olha que era a escola mais cara da cidade, o salário de todos, professores e funcionários era superior ao das outras escolas, número de alunos por sala dentro do melhor padrão pedagógico. Mesmo assim,ficou inviabilizada.Espero que Caros Amigos consiga negociar e recontratar seus jornalistas.

    Willian

    Zilda, acho que os R$16.000,00 são divididos entre os 11.

    CarmenLya

    Zilda…os 16 mil seria a soma do salário dos onze jornalistas. Mas penso que não é esse o problema… a verdade é que as publicações de esquerda da qualidade da Caros Amigos não recebe publicidade do governo. Enquanto isso…

    Lucas

    você não entendeu, Zilda. Os tais 16 mil era a folha de pagamento de todos os 11 funcionários.

    Diogo Anderson

    Zilda, pelo que eu entendi, a folha de pagamentos inteira da redação é esse valor (32 mil reais para 11 pessoas, 3 mil por pessoa, abaixo do piso de jornalista).

    Joe

    Zilda,
    R$3200,00 deve ganhar o Trali ou coisa do gênero…

    renato

    Se ninguém esta entendendo o salário, Zilda!
    Imaginem eles. Por isso não entram em acordo.
    Ficou ridículo esta matéria, expôs uma situação
    dramática dentro dos bastidores da revista.
    Alguém ganhou , alguém perdeu!
    São de esquerda e não apreenderam a negociar com
    o Governo.
    Estou estranhando????…esquerda não perde numa mesa
    de negociação a muito tempo.
    E não precisam de caridade. Precisam como já disseram
    aqui..de criatividade.

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