Só campanha de denúncia internacional barra abusos de procuradores e Sérgio Moro contra a blogosfera

Tempo de leitura: 2 min

foto Marcos Bezerra, do Estadão

por Luiz Carlos Azenha

Sergio Moro não tem o direito de decidir quem exerce ou não “atividade jornalística” na blogosfera.

Eduardo Guimarães não é jornalista de formação, mas exerce o jornalismo de fato desde quando iniciou o Blog da Cidadania, há 12 anos.

Eu era correspondente da TV Globo em Nova York e em seguida me transferi para a emissora em São Paulo quando Eduardo passou de comentarista de fatos políticos nas colunas de leitores dos jornais a blogueiro.

Eduardo Guimarães emite opiniões políticas, das quais em geral discordo — mais ou menos profundamente.

Eduardo Guimarães também faz entrevistas e reportagens. No conjunto, exerce atividade essencialmente jornalística.

O fato de que Eduardo Guimarães foi candidato a vereador pelo PCdoB em São Paulo, em 2014, é muito posterior ao início das atividades jornalísticas dele na blogosfera.

O fato de que o ex-presidente Lula deu apoio à candidatura de Eduardo foi divulgado pelo próprio blogueiro.

Se nas suas atividades jornalísticas Eduardo buscasse privilegiar Lula ou qualquer outra pessoa com suas informações, por que haveria de torná-las públicas?

Segundo Moro, o espaço de Eduardo se destina a veicular “propaganda político partidária”. É uma consideração subjetiva. Qualquer juiz, de qualquer outra cidade do Brasil, pode aplicar o mesmo critério a qualquer blogueiro que não tenha diploma ou registro profissional de jornalista.

Na verdade, trata-se de mera “cobertura” para as ações realmente pretendidas pelos procuradores da Lava Jato e pelo juiz Moro: a apreensão dos celulares, do computador, do pen drive e, especialmente, como destacou o UOL: o exame e a extração de cópias de mensagens eletrônicas armazenadas nos endereços eletrônicos utilizados pelo investigado.

Trata-se, portanto, de pura bisbilhotagem eletrônica, cujas consequências veremos adiante quando Moro, como fez no caso das escutas telefônicas envolvendo a ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, simplesmente “levantar” o sigilo do processo para a Globonews.

Na ditadura judicial em que vivemos, sob a cobertura dos barões da mídia, não há esperança de que a defesa da liberdade de expressão empolgue muitos colegas jornalistas — embora bons sinais tenham vindo tanto de Ricardo Noblat quanto de Reinaldo Azevedo.

Portanto, a única saída é uma campanha de denúncia internacional das arbitrariedades de Moro e dos procuradores da Lava Jato relativamente à liberdade de expressão dos blogueiros, jornalistas ou não.

Destacando que um blogueiro que exerce o jornalismo foi preso e arrancado de casa para revelar sua fonte, mas que a arbitrariedade não para aí: o objetivo é fazer arapongagem com cobertura judicial de todos os contatos pessoais ou profissionais mantidos por Eduardo Guimarães ao longo dos últimos 12 anos.

PS do Viomundo: Nos Estados Unidos, que tanta admiração causam em Moro,  a isso se dá o nome de “fishing expedition”.

Leia também:

Katia Abreu denuncia: “Vaidade, arrogância, abuso de autoridade” na Carne Fraca


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Comentários

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carlos

E o povo brasileiro não sabe que estamos pagando no mínimo 77.000 mil reais mensais para esse ator que eu costumo chamar de pequeno gênio do mal e há de se perguntar porque a OAB não propõe uma ação junto ao CNJ contra o sr. Sérgio Moro por crime de lesa-patria esperamos tbm que a nossa justiça crie um CNN com pessoas de notável saber jurídico e de caráter e reputação ilibada para julgar esses casos omissos por parte do poder judiciário.

Antônio Inácio de Lima

Concordo plenamente com o comentário de José Barbosa. Além de nacionalista, faz jornalismo como deve ser feito, com realidade. Parabéns companheiro, o Brasil precisa de pessoas com vc!

Antônio Inácio de Lima

Concordo plenamente com o comentário do osé Barbosa. Além de nacionalista, faz jornalismo com realidade. Parbéns, companheiro!

alexandre de melo martins

o moro so’ voltou atras por que os jornalistas a quem ele sempre vazou quando lhe interessava reclamaram
da merda que ele fez , e ele ficou com medo de perder seus canais na midia que lhe dao tanto destaque.
nao foi um mea culpa.
foi ato de vaidade, medo de quebrar o espelho.
medo de ser reprimido por seus bajuladores.

João Bovino

E quem vai conduzir coercitivamente o “juiz” por ele ter-se deixado fotografar ao lado de um dos maiores citados na própria operação que ele conduz? Quem vai conduzir coercitivamente o “juiz”, para ele explicar os prêmios de empresas de comunicação cujo lado todos nós sabemos qual é? E quem vai conduzir coercitivamente o “juiz” por patrocinar a divulgação criminosa de gravações de contatos telefônicos da presidência da república? E quem vai conduzir coercitivamente o “juiz” pelo crime de lesa-pátria que a operação que ele dirige está realizando? Quem? O STF? O CNJ? A OAB? Quem?

Claudio Freire

Segue o link para ajudar o Eduardo Guimarães a adquirir novos equipamentos e fazer sua defesa jurídica.

Apoie agora com qualquer valor:

https://www.catarse.me/apoio_eduardo_guimaraesadania

Divulgue!!!

Nelson

Complementando meu comentário anterior, Azenha, em diria que a coisa está se dando a nível mundial; a ditadura se expõe de forma cada vez mais explícita.

Trata-se do governo mundial que, para ser implementado, não pode tolerar arroubos democráticos. A democracia tornou-se um mero instrumento para o atingimento dos objetivos de dominação.

Em certa medida, isto sempre aconteceu. Quando a democracia serviu ao Sistema, ela foi bem-vinda, quando não, ela foi descartada, sem qualquer pudor. Os brasileiros, estamos vivenciando, sentindo na pele, plenamente, uma situação como esta.

jose carlos lima

O que vc acha desse video onde o Temer anuncia ataque aos blogs: Moro, Globo e Temer Uunidos jamais serão vencidos…mexeu com BV mexeu com Globo…a emissora não pode ter rede social fazendo contraponto e muito menos disputando o mercado de publicidade..o monopolio da informação não pode ser quebrado

http://jornalggn.com.br/usuario/spin-d-de-deriva

Francisco de Assis

EM DESESPERO, LAVAJATEIROS TEMEM A DERROTA EM CASA NO 3 DE MAIO
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Sem dúvida, os lavajateiros fora da lei vão fazer arapongagem com cobertura judicial (lawfare) contra Eduardo Guimarães. E também, como disse o Nassif, os lavajateiros desejam criminalizar os blogueiros progressistas que se opõem aos métodos e convicções da república fora da lei de Curitiba. No entanto, esses são meios e não o objetivo principal da nova empreitada fascista iniciada com o ataque a Eduguim. Eles têm foco e o foco é Lula. Eles têm data e a data é 3 de maio, que eles mesmos marcaram.
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Nesse prazo que vai até 3 de maio precisam: 1) encontrar ou inventar qualquer fiapo de comunicação ou ligação, direta ou indireta, entre Lula e Eduguim ou outras pessoas, inclusive blogueiros, que sirva às suas teorias contra Lula; 2) tentar desqualificar, desmoralizar ou mesmo calar, pela força bruta, a imprensa progressista, para, conjuntamente com o fogo de barragem contra Lula, que produzirão com a grande imprensa golpista nesse período crucial, fazer triunfar a narrativa lavajateira para condenar Lula de qualquer jeito.
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Para isso, não se duvide que já tenham quebrado todos os sigilos possíveis de Eduguim para tentar incriminá-lo no seu depoimento marcado para 3 de abril. E, na sequencia, antes de 3 de maio, quebrar sigilos de quem tenha se comunicado com Edu desde fevereiro do ano passado para juntar fiapos de convicção e tentar incriminar Lula em 3 de maio.
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Eles estão desesperados, pelo que viram em 8, 15 e 19 de março. Não há tristeza maior para os lavajateiros de todos os tipos que ver as imagens do povo na rua lutando por seus direitos e da alegria do Sertão em festa, celebrando a chegada das águas do São Francisco no dia de São José.

Nelson

“Portanto, a única saída é uma campanha de denúncia internacional das arbitrariedades de Moro e dos procuradores da Lava Jato relativamente à liberdade de expressão dos blogueiros, jornalistas ou não.”

Concordo plenamente, meu caro Azenha. Porém, temos que lembrar o que se sucede com o o Julian Assange. Guardadas as proporções, podemos considerar que a situação dele é a mesma do Guimarães. E o Assange ruma para cinco anos em exílio forçado na Embaixada do Equador em Londres.

O australiano tem sua liberdade cerceada, cassada, por três países que se dizem democráticos e respeitadores da liberdade de expressão e dos direitos humanos: Suécia, Inglaterra e Estados Unidos. Os EUA vivem a arvorarem-se guardiães incontestes desses princípios.

E os cinco anos vão se completar sem que tenhamos conseguido fazer um levante internacional com força suficiente para garantir a liberdade de Assange.

Luis Nassif, no GGN

Vamos entender porque, para efeito da Lava Jato, o caso Eduardo Guimarães torna-se um divisor de águas – da mesma maneira que o episódio da condução coercitiva de Lula.

O episódio Lula, mais a vazamento dos grampos de Lula e Dilma, afastou de vez a presunção de isenção da Lava Jato e mostrou seu alinhamento com o golpe de Estado em curso.

A condução coercitiva de Eduardo Guimarães expõe de forma inédita o uso do poder pessoal arbitrário de Moro para retaliar adversários. Não se trata mais de luta política, ideológica, de invocar as supinas virtudes da luta contra a corrupção para se blindar: da parte de Sérgio Moro, a operação atende a um desejo pessoal de vingança.

Peça 1 – as pinimbas de Guimarães com Moro

Com seu Blog Cidadania, Eduardo é um crítico implacável da Lava Jato. E autor de uma representação contra Sérgio Moro junto ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Em represália, Moro entrou com uma ação contra Edu, baseada em uma frase mal construída. Na frase, Edu diz (para o leitor) que as ações da Lava Jato irão ameaçar “seu emprego e sua vida”, referindo-se ao emprego e vida do leitor.

Um Blog de ultradireita da Veja interpretou que “seu emprego e sua vida” referia-se a Moro. Cada vez mais ligado às milícias da ultradireita, Moro aproveitou a deixa para processar Edu.

O Tweet remetia para um artigo onde Edu praticava seu esporte predileto: brigar com outros grupos de esquerda (https://goo.gl/UvpKWo), e mostrar a situação de caos na economia, na qual seriam destruídas o emprego e a vida das pessoas.

Moro tropelou completamente a lei, que diz que um juiz não pode julgar um adversário.

Peça 2 – PF x MPF

A gestão vacilante do delegado geral da PF, Leandro Daiello, deflagrou uma guerra de facções dentro da PF, consolidada em diversos inquéritos abertos, de lado a lado, visando identificar irregularidades.

Um dos inquéritos investiga membros da Lava Jato, pela colocação de escuta ilegal na cela do doleiro Alberto Yousseff.

Outra, procura identificar os autores de um suposto dossiê contra a Lava Jato, cuja existência teria sido denunciada pela Veja, nos tempos do jornalismo escabroso do diretor Eurípides Alcântara – em uma capa em que mostrava Lula como uma jararaca.

Fui intimado pela PF a prestar depoimento nesse inquérito através de carta precatória – já que o inquérito corria em Brasília Ressalto que fui tratado com toda a fidalguia. Antes de receber a intimação, telefonaram de Brasília dizendo que não era nada contra mim.

Compareci no dia marcado e fui informado do teor do dossiê, sobre o reino da família Arns em Curitiba. Mostrava a influência do ex-senador Flávio Arns na APAE (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais) do Paraná. Depois, a maneira como seu sobrinho Marlus Arns, metido em várias jogadas políticas no Estado, tornou-se titular de praticamente todas as ações das APAEs do estado na vara de Curitiba. A diretora jurídica era a esposa de Sérgio Moro. E Marlus tem um irmão dono de um curso de direito à distância, tendo como professores procuradores e delegados da Lava Jato. Finalmente, com a saída de Beatriz Catta Preta, Marlus assumiu diversos clientes do milionário mercado de delação premiada.

Poderia ter lançado dúvidas sobre a contabilidade desse curso à distância, mas me ative às informações que consegui coletar na Internet, no Tribunal de Justiça de Curitiba e no site da Secretaria de Educação do Estado.

Informei os delegados que conhecia o conteúdo do material, mas que não recebera de ninguém pela relevante razão de ter sido o autor da matéria original. O tal dossiê era meramente uma cópia de um post antigo do Blog.

A ação contra Edu também se insere nesse quadro de disputas internas da PF.

Peça 3 – MPF x PF

Há uma pesada disputa entre a PF e o Ministério Público Federal pelo protagonismo da Lava Jato.

Ontem, durante congresso da categoria em Florianópolis, o presidente da Associação Nacional dos Delegados da PF, Carlos Eduardo Sobral, foi objetivo em conversa com jornalistas (https://goo.gl/BtV4TA). Disse que o MPF assumiu o protagonismo da Lava Jato devido à estratégia de publicidade e o apoio institucional para as investigações, incluindo recursos fartos. Sobral admitiu que o país enfrenta um “cabo de guerra institucional”. E se queixou de que a sociedade vê a PF como mera cumpridora de mandatos.

Completou dizendo que “não queremos nos transformar em quarto ou quinto poder. Não buscamos a falta de controle. Não buscamos o arbítrio ou abuso. Buscamos simplesmente a capacidade de continuar realizando combate ao crime organizado e à corrupção”.

Peça 4 – o caso Eduardo Guimarães

É por aí que se insere o caso Eduardo Guimarães.

Ele foi convocado para depor no inquérito que apura o vazamento da condução coercitiva de Lula. Tinha data marcada para depor.

Hoje de manhã, a PF invadiu sua casa, intimidou ele e sua esposa, levou celulares e computadores, sem nenhuma necessidade. Aparentemente já sabiam quem havia vazado a informação.

Reforça a suspeita de que a autorização dada por Moro, além de arbitrária, serviu aos propósitos de revanche contra um cidadão que o denunciou ao CNJ e está sendo processado pelo próprio Moro.

Mais, a Constituição assegura sigilo de fonte. Quando questionado pelo dpeutado Paulo Teixeira no Congresso, a alegação de Moro foi a de que Eduardo não é jornalista.

Recentemente, o decano do STF, Celso de Mello, considerou o sigilo de fonte como direito da sociedade, não de jornalistas. Além disso, ao não reconhecer mais o diploma de jornalista como pré-condição para a prática da profissão, o STF acabou com a classificação restrita de jornalista.

Peça 5 – as consequências

Agora se chega no busílis da questão.

Eduardo foi efetivamente feito prisioneiro, ainda que por algumas horas. Chegando à PF, foi interrogado por delegados sem a presença de um advogado.

Sua casa, seu lar, foi conspurcado com a invasão da PF. Tanto a ação movida por Moro, quanto a operação atual, são juridicamente insustentáveis. Mas Moro conseguiu se valer de seu poder de juiz para cometer uma arbitrariedade, com o agravante de agir de forma triplamente ilegal: decretar a condução coercitiva de quem não se negou a depor; obrigar uma pessoa a abrir mão de seu sigilo de fonte e agir contra uma pessoa com quem mantem uma disputa jurídica.

Depois de sofrer ataques da direita, o Ministro Luís Roberto Barroso resolveu se blindar: tornou-se o principal avalista do Estado de exceção de Curitiba, alegando que a Lava Jato enfrenta um quadro de exceção. Caminha para se tornar o Ministro símbolo do MBL e congêneres, assim como Moro e os procuradores da Lava Jato.

Irá se pronunciar agora? A prisão e humilhação de um cidadão brasileiro, a invasão injustificada de seu lar, não obedeceu sequer à real politik da Lava Jato. Foi um ato de vingança pessoal, que atropela normas fundamentais de direitos civis.

Moro se comportou como um imperador, acima das leis, porque, no episódio do vazamento dos grampos, foi tratado acima das leis.

Sua atitude, agora, mostra um sujeito desequilibrado, utilizando o pesadíssimo poder conferido pelo apoio da mídia e de Ministros descompromissados com direitos civis, para exercer o arbítrio em causa própria.

Se fosse contra um jornalista da Rede Globo, o Ministro Barroso permaneceria calado? Certamente, não. Se fica calado agora, endossa a tese do direito penal do inimigo.

No final, fica-se sabendo que a sombra projetada por Barroso é infinitamente maior do que seu verdadeiro tamanho. Se não for contido agora, se a imprensa se calar – porque a vítima é um adversário – estará em marcha definitivamente a escalada do arbítrio.

O episódio mostra definitivamente que Sergio Moro está em estado de desequilíbrio emocional. Até onde irá, não se sabe.

FrancoAtirador

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“as ações realmente pretendidas pelos procuradores da Lava Jato e pelo juiz Moro:

a apreensão dos celulares, do computador, do pen drive e, especialmente,
como destacou o UOL: o exame e a extração de cópias de mensagens eletrônicas
armazenadas nos endereços eletrônicos utilizados pelo investigado.

Trata-se, portanto, de pura bisbilhotagem eletrônica,

cujas consequências veremos adiante quando Moro,
como fez no caso das escutas telefônicas
envolvendo a ex-presidenta Dilma Rousseff
e o ex-presidente Lula, simplesmente
‘levantar’ o sigilo do processo para a Globonews.”

Jornalista Luiz Carlos Azenha
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    FrancoAtirador

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    E Quem Responderá Criminalmente pelo Vazamento

    de Mensagens Eletrônicas Particulares do Cidadão

    Carlos Eduardo Cairo Guimarães, o @EduGuim ?
    .
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jose carlos lima barbosa

Jornalistas (sic) Nutella do Brasil não se deram conta do que fizeram quando ajudaram a rasgar a Constituição com o golpe. Criaram cobra ao bajularem seres como Moro e Dallagnol. Esses caras não respeitam nem o artigo da constituição que limita seus salários, são os supercorruptos que recebem supersalários. Por que iriam respeitar qualquer artigo dessa bosta de Constituição? Ninguém respeita mesmo a CF.

Vocês jornalistas Nutella do Brasil criaram cobra em nome de suas preferências partidárias, em detrimento do compromisso, juramentado, com a notícia e verdade. Deu no que deu. Qual jornalista será a próxima vitima?

Enquanto o cidadão do mundo tem um Julian Assange, os brasileiros têm jornalistas Nutella, baba ovo de fura-teto.

Jornalistas Nutella “tipo” aqueles turistas que filmavam a cena de um refugiado africano lutando para sobreviver após cair no Canal Grande, em Veneza, e vibravam, desejando sua morte: “Deixe ele morrer!”; “Vá em frente, volte para sua casa!” O coitado morreu sem que ninguém fizesse o menor esforço para salvá-lo.

Assim são vocês que se acovardaram e filmaram, sem qualquer reação, o estupro coletivo em praça pública que foi o impeachment da Dilma e agora aplaudem as mentiras e a cassada judicial contra Lula, em detrimento do País que afunda economicamente e moralmente graças a esses bandidos que vocês colocaram no poder para acabar com os direitos conquistados pelo povo.

Não adianta se arrepender agora porque não se poderá contar com desembargadores nem ministros do STF ou STJ. É claro que essa nova instituição formada pela PF/MPF/Moro tem os Tribunais na mão, assim como o Alexandre de Morais adquiriu o Temer depois que descobriu o conteúdo do celular da Marcela. Ninguém sabe o que essa nova instituição tem contra os ministros dos Tribunais superiores, mas é capaz de controla-los e assim continuarem agindo ilegalmente e impunimente.

A Ex-ministra Eliana Calmon já disse por inúmeras vezes acerca da corrupção no judiciário e sua estranheza por nunca nada ter vindo à tona até agora. Alertou para o fato de a Odebrecht nunca ter perdido uma única causa. Enquanto isso nossos ministros do STJ e STF têm mais pose de santos do que o Geraldo Alckmin.

Vocês jornalistas arregados vão cair na real na marra, ou se juntam à população contra esse tipo de arbitrariedade, ou serão esmagados pela nova ditadura.

É inacreditável a incapacidade dos jornalistas Nutella de juntarem os pontos desde quando o Edward Snowden revelou a espionagem da Petrobrás e da Dilma até a atual entrega do Pré-sal. O Brasil já era o principal player mundial na agricultura e na produção e comércio de carnes. Pensa no crescimento exponencial disso com a transposição do Rio São Francisco. É claro que o golpe foi dado para submeter o País aos interesses estrangeiros.

Vai ser duro pra vocês jornalistas Nutella, quase impossível, mas vocês vão ter que se mirarem no Assange. Se alcançarem 0,5% do espirito jornalístico desse Cara já será o bastante para tentarem impedir as sacanagens que o governo faz e quer fazer contra o povo em vez de se juntar ao governo para oprimir a população.

Por que vocês não organizam uma passeata até Curitiba para ir até lá dar voz de prisão ao Moro e exigir que ele devolva o que pegou do jornalista Eduardo Guimarães. Se tiver a passeata eu garanto que vou. O fura-teto vai se borrar todo. Quem sabe vocês criam vergonha na cara e passem a dar mais valor à verdade do que para suas posições partidárias.

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