Estadão vê milhares de cubanos sob a cama

Tempo de leitura: 3 min

Programa ‘mais cubanos’

11 de janeiro de 2014 | 2h 09

Editorial de O Estado de S.Paulo

Os números são claros como as águas do Mar do Caribe: dos 13 mil profissionais que o programa Mais Médicos pretende mobilizar até março, mais de 10 mil serão cubanos. Com isso, não resta mais nenhuma dúvida de que a anunciada intenção de atrair médicos de outras nacionalidades ou mesmo brasileiros não passou de fachada para um projeto há muito tempo acalentado pelo governo petista: importar médicos cubanos em grande escala, ajudando a financiar a ditadura cubana.

A terceira fase do Mais Médicos, recém-encerrada, ofertou 6,3 mil vagas, mas teve apenas 466 médicos estrangeiros e 422 brasileiros inscritos. Haverá uma nova etapa de inscrições, mas é improvável que a tendência de baixo interesse seja alterada até lá. Assim, para cumprir a meta, o governo terá de trazer outros 5 mil médicos de Cuba. Esse novo contingente vai se juntar aos 6,6 mil médicos que já atuam no programa – dos quais 5,4 mil são cubanos.

Como se nota, o programa Mais Médicos deveria se chamar “Mais Cubanos”, pois é disso que se trata. As condições estabelecidas pela iniciativa foram desenhadas de tal modo que o resultado seria o desinteresse de brasileiros e estrangeiros, gerando a oportunidade para trazer os médicos de Cuba – os únicos que, soldados de uma ditadura, aceitariam trabalhar em meio à precariedade do sistema de saúde no interior do País e na periferia das capitais.

Que as regiões mais pobres do Brasil necessitam de mais médicos não resta dúvida. Mas esses profissionais não resolverão o problema, nem mesmo o mitigarão, se não tiverem à sua disposição equipamentos e infraestrutura ao menos razoáveis. É por esse motivo – e pelo fato de que não teriam direito a FGTS, 13.º salário e hora extra – que os médicos brasileiros não se interessaram em aderir. O Mais Médicos é apenas um remendo – que, no entanto, nada tem de improviso, pois a intenção sempre foi trazer os médicos cubanos.

A primeira vez que o assunto veio à tona foi em maio do ano passado, quando o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a intenção de importar 6 mil cubanos. Diante da reação negativa, Padilha disse que tentaria atrair médicos de Portugal e Espanha e que daria preferência a brasileiros, mas não conseguiu aplacar os críticos, pois estava claro que as normas da boa medicina estavam sendo atropeladas pelo populismo. Vieram então as manifestações de junho, e a presidente Dilma Rousseff viu nelas a oportunidade de lançar o Mais Médicos.

Seis meses antes, porém, professores brasileiros com material didático do que viria a se tornar o Mais Médicos foram a Cuba e lá transmitiram aos médicos locais noções básicas sobre o sistema público de saúde no Brasil e também rudimentos de língua portuguesa. Profissionais do primeiro lote de cubanos que chegou ao País confirmaram que haviam passado por esse treinamento.

É provável, porém, que a vinda dos cubanos estivesse sendo preparada há mais tempo ainda. Humberto Costa, ex-ministro da Saúde do governo Lula, chegou a dizer, em agosto, que “esse programa já vem sendo trabalhado há um ano e meio” e que “boa parte desses cubanos já trabalhou em países de língua portuguesa, não tem dificuldade com a língua”.

Assim, o Mais Médicos é apenas a formalização de um projeto antigo e com objetivo claro. Os profissionais de Cuba recebem pelo seu trabalho apenas uma fração do valor pago pelo governo brasileiro – o resto fica retido, junto com os passaportes desses médicos, pela ditadura cubana. A exportação de médicos rende US$ 6 bilhões anuais para o governo dos irmãos Castro. O Brasil vai contribuir com R$ 511 milhões graças ao Mais Médicos.

O governo petista está apresentando essa iniciativa — principal ativo da campanha de Alexandre Padilha ao governo paulista — como a prova de que é sensível às necessidades dos mais pobres. No entanto, além de ser uma forma de consolidar os laços ideológicos com Cuba, o Mais Médicos é a confissão do retumbante fracasso do governo na área de saúde, cujo descalabro nos iguala a países pobres, principais clientes da indústria médica cubana.

PS do Viomundo: O texto é auto-explicativo, para quem pretende entender os motivos da decadência econômica e editorial da família Mesquita. A lógica do último parágrafo é perversa. Os cubanos atendem a países pobres, isso em si é ruim e nos coloca junto com os pobres, que horror! Quando somos todos europeus, brancos, de olhos azuis e contamos com saúde de primeiro mundo graças ao financiamento público do imposto do cheque, a CPMF, que o Estadão ajudou a detonar! A sorte do PT é enfrentar esta mídia atrasada, que ainda vive na Guerra Fria, e que empurra o PSDB para a extrema-direita. Deixa o campo livre para que o PT ganhe eleição até mesmo com uma plataforma conservadora.

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Comentários

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Palmeira

e os cubanos da primeira leva passaram no REvalida e ninguém comenta.

FrancoAtirador

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Globo aprontou mais uma. Imagina na Copa

Quando é que 5 é maior que 6?
É quando se assiste à Rede Globo e quando o assunto é inflação.
É uma pequena demonstração do que vem por aí. Imagina na Copa

Por Estanislaw Castelo*, na Carta Maior

Quando é que 5 é maior que 6? É quando se assiste à Rede Globo e quando o assunto é inflação. O gráfico acima foi estampado em um grande telão do programa Conta Corrente, da Globonews, na sexta-feira (10). A inflação de 2013 foi colocada como a maior de todas, pois, na Globo, 5,91% é mais do que 5,92%. É até maior do que 6,5%.

Não se sabe se pelo erro em si ou pela imensa repercussão negativa que a manipulação gráfica grosseira alcançou na internet, o fato é que existe a promessa de que a próxima edição do programa retificará a falha e pedirá desculpas aos telespectadores.

O referido gráfico não vem da economia; não vem matemática; não vem sequer da Física Quântica. Só pode ser explicado pela insistente torcida da Rede em pintar um quadro da economia que só existe na cabeça de seus… “analistas”.

Além de ruins em números, o Português dos econometralhas que servem à Globo parece que também vai de mal a pior. Todos eles maltratam o vocábulo “limite”, ao dizer que os números de 2013 ultrapassaram a meta de inflação. O limite da meta de inflação para 2013 era 6,5%. Para os doutos comentaristas, uma inflação de 5,91% está fora da meta. Ôps?! Terão sido eles que fizeram o gráfico? Só assim para entender como 5,91% ficou acima de 6,5%.

Até então, todos achávamos que limite era algo que demarcava justamente o ponto de separação entre algo que está dentro e outra coisa que está fora do tal limite. Queimem os dicionários! No raciocínio feito a marretadas, o limite da meta é o meio da meta (o centro). Fica a dúvida atroz: se o limite da meta está fora da meta, para que serve então um limite?

Quando alguém disser que está “no limite”, cuidado. Essa pessoa já perdeu as estribeiras. A auto-escola global recomenda que, se o limite de velocidade é de 80km/h, o ideal então é andar a 40 km/h. Quem se arrisca a correr a 60km/h deveria ser parado e multado por irresponsabilidade fiscal ao abusar do limite de velocidade.

A inflação brasileira vive uma tendência de queda. Tanto que a taxa média de inflação dos últimos três anos (governo Dilma) é a menor dos últimos 20 anos. Diante disso, a conclusão dos econometralhas é a de que os números da inflação pioraram. É injusto dizer que são tucanos. Seu bicho preferido é o jabuti, o bicho mais macroprudencial do mundo.

É uma pena o destino do gráfico feito com tanto amor e carinho pela equipe de efeitos especiais do Projac. Os mais cultos perceberam que ele foi inspirado na série “Jornada nas Estrelas”. Será tudo desmontado com um frio pedido de desculpas. Pelo menos, seria bom que o tradicional “desculpe a nossa falha” cedesse lugar para o “desculpe a nossa torcida”.

E isso é só o começo. Depois piora. É uma pequena demonstração do que vem por aí. Imagina na Copa!

*Estanislaw Castelo é especialista em semiótica, semiética, cibernética e professor de Javanês. Cronista da miséria da condição humana e de tantas outras coisas que não cabem em um rodapé.

(http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Globo-aprontou-mais-uma-Imagina-na-Copa/7/29999)
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    Luís Carlos

    E isso é só porque a grande mídia não funciona com partido de oposição…

Francisco

Meu, se é editorial do Estado de São Paulo, tá falado. Esse pessoal aí das famílias que mandam no jornalismo brasileiro são contra tudo que diga respeito ao Brasil e do interesse do povo.

augusto2

a gente temos um medico, clinico geral, mto bom a quem vamos consultar periodicamente e, devido a simplicidade do hospital-posto que ja foi do municipio, e voluntariamente pagamos $ 110,00 cada vez. Mesmo q nada pagasse tb seria atendido da mesma forma, talvez com algs desvantagens.
Mas alguem me informasse de um medico/a cubano/a num raio de 40 km
pode me avisar que eu mudo para o comunista sem hesitar. com ou sem $$ e ainda mando um email de agradecimento ao raul.

Gilson

O Estadão é uma verdadeira piada,assim como, nosso Estadinho São Paulo,enquanto Governado por corruptos Tucanalhas,acostumados com o trensalão.Viva o programa MAIS MéDICOS,respeito aos Profissionais que nele participam.

Roberto Locatelli

Não é à toa que esse jornalecão está à beira da falência. Perdeu o que um órgão de imprensa tem de mais valioso: a credibilidade.

Elias

Primeiro quero dizer que o PS do Viomundo foi impecável, a começar pela primeira frase: “O texto é auto-explicativo, para quem pretende entender os motivos da decadência econômica e editorial da família Mesquita.”

Depois só posso rir desse jornal anticomunista que apoiou a ditadura militar e foi vítima dela. Agentes da repressão do governo militar explodiram uma bomba no saguão do jornal quando este ainda tinha suas gráficas no centro de São Paulo, não havia se mudado, até então à marginal Tietê onde viria a tornar vizinho da não menos decadente revista Veja, do Grupo Abril. A ultra direita, ciente das posições políticas do jornal, apostou no óbvio. No dia seguinte o Estadão e a mídia como um todo pôs a culpa nos comunistas. Foi mais um motivo para a repressão caçar comunista que nem era comunista. O Estadão,um jornal exponencial fundado no século 19, sem dúvida teve seu período áureo, mas termina seus dias como mais um seguidor do estabelecido estadunidense.

james

O que os donos do jornal esperam encontrar embaixo da cama é um negão cubano com um charutão bem grande.

Marat

O pessoal do Estadão é tão moderno e sofisticado, que foi pedir orientações sobre o combate ao comunismo ao Sr. Joseph McCarthy.

    Mário SF Alves

    Tá. Moderníssimos. Isso sem que dizer que antes vão ter envidar todos os esforços retóricos e falácicos na vã tentativa de reconstruir [virtualmente] a ex-URSS; o extinto demônio que infernizava a vidinha honesta e democrática nada, nada imperialista dos bonzinhos EUA.

    Pois bem, o outro império, o do mal, ruiu, acabou, escafedeu-se. Aí, não satisfeitos – o que prova definitivamente que o uso do cachimbo põe a boca torta – trataram logo de arranjar um substituto à altura, o terrorismo binladeano.

    _______________________________________
    Mais fácil seria ressuscitar o velho Marx para que este lhes dissesse algumas “boas novas”.

Sandra

Também desejo que os cubanos venham aos milhares. É uma pena que não virão para minha cidade, pois aqui estamos próximos aos chamados grandes centros.
Mas que falta nos fazem…

    Luís Carlos

    Sandra
    Qual sua cidade?

lidia virni

Não vou comentar nada. Só dizer que amei todos os comentários e que o que escreveu Murilo Costa sobre o Serra deveria ser reproduzido e enviado permanentemente, inclusive ao PIG e a toda a direita, inclusive aos CRMs e CFM.

Péricles Prado

Essa tchurma da mídia parece estar mais preocupada em não perder São Paulo para o PT do que com a reeleição de Tia Dilma, a curta e grossa (só com quem merece).

vinícius

Esqueceram de avisar para a turma do Estadão que o Brasil está construindo um baita porto lá em Cuba!!!
Avise tb que estou planejando passar férias naquele mar maravilhoso!!!

Julio Silveira

Fala sério, esses caras tem uma fixação contra Cubanos que só pode ser algo patológico, alguma violência (nem vou falar que tipo, pode ser que sintam saudades) que podem ter sofrido de algum cubano. Só isso para tentar explicar tanta pegação aos pobres cidadãos ilheus.
Francamente, essa turma deveria arrumar o que fazer, afinal eles nem vão para a fila dos SUS, então por que tanta preocupação?
Esses mauricinhos de higienópolis.

    Luís Carlos

    Porque Cuba representa a antítese do que eles são, e a tolerância não é o forte deles, pelo,contrário, querem que todos pensem apenas os pensamentos pensados por eles, sejam como eles, e desejem ser o que eles são.

Helenita

Em tempo, o odioso rapto promovido pelos EEUU chamou-se inocentemente OPERAÇÃO PETER PAN. É uma dica para quem se interesse por conhecer como se consumou tamanho crime contra o povo cubano e contra a humanidade; sim, é crime contra a humanidade!

Helenita

O editorial falou da “exportação de médicos” por Cuba e seu insaciável lucro: deveria ter explicado e justificado que “exportação” digna, lucrativa e estratégica é aquela que os EEUU + igreja católica fizeram com aquelas 15.000 crianças cubanas, em 1959/60, arrancando-os de suas famílias a poder de mentiras e levando-os para “a terra da liberdade e da felicidade” que é a terra do Tio Sam.
De fato, aquela foi uma importação muito ética, fraterna, e altamente lucrativa, pois se obteve mão-de-obra sem custos, submetida ao grande cárcere dos acampamentos e casas de famílias estranhas, onde lhes cabia trabalhar no pesado, servir aos abusos de toda natureza e calar-se… calar-se, como calados estiveram até muitíssimo recentemente!
O Estadão poderia sugerir aos seus brilhantes leitores que assistam o filme do cineasta Fernando de Morais sobre aquele monstruoso rapto de crianças, tudo em nome do bom combate ao comunismo, levado a efeito pelo boníssimo, magnânimo e pacifista John Kennedy. Viva os puxa-sacos que infestam esse país! Viva os cegos que não querem ver!

SILVIO MIGUEL GOMES

Financimanto de Cuba?. Me faz lembrar do “ouro de Moscou”!. Saiu da moda!. Estava lendo matéria sobre o garimbo de Serra Pelada. Graças a Deus!. Graças a Yahweh, Alá é grande, felizmente disso a humanidade esta livre: em Cuba não tem tal jazida de ouro!. Já pensaram se em Cuba existesse uma “Serra Pelada”, a maior jazida de ouro a céu aberto do mundo”. O Brasil tem (ou tinha) ouro, mas o General Curió, em um ato de patriotismo, mandou tudo para Banco estrangeiro (e está certo, lá fica melhor guardado). Para Presidente o Generalíssimo Curió.

franco

O resultado disso é claro. Uma empresa de mídia das mais antigas a venda e sem interessados tamanho o descrédito que angariou nesses anos de “pós ditadura”.

Murilo Costa

Caro Azenha,

O editorial do Estadão comete um erro factual quando, após afirmar que “É provável, porém, que a vinda dos cubanos estivesse sendo preparada há mais tempo ainda”, retroage à gestão do ministro Humberto Costa.

O correto seria retroagir ao final da década de 1990, na gestão do ministro José Serra, que acertou com Cuba a vinda de médicos daquele país, iniciativa que a revista Veja aplaudiu: “O milagre veio de Cuba” (matéria Doutores de Cuba, doentes do interior são atendidos por médicos cubanos por falta de brasileiros, 20/out/1999, pág. 52-53).

Outro detalhe: a matéria registra que, já naquela época, o Conselho Federal de Medicina era contra e entrou com denúncia junto ao Ministério Público. Veja foi taxativa: “O doutor Andrade (Edson de Oliveira Andrade, presidente do CFM) e o seu douto conselho deveriam explicar então por que faltavam médicos brasileiros nas cidades miseráveis que agora estão sendo atendidas pelos cubanos”.

    Mário SF Alves

    Muito bem, Murilo, destrincha logo as entranhas dessa calhordice toda chamada dois pesos e duas medidas.
    ___________________________________
    Jornalismo [?] por conveniência + sensibilidade humana por circunstância + mentira + calúnia e arrogância + lucro fácil acima de tudo = (in)Veja.

Fabio Passos

Ler o PiG faz muito mal para o cérebro. rsrs

Urbano

O Brasil sustenta, também, de diversas formas os fascistas e as suas mais diversas ditaduras…

    Mário SF Alves

    Urbano,

    A direita é um tanto quanto burra. Tem sempre certeza absoluta de que o sistema capitalista vai durar para sempre. Coisa de ultra conservador. Entende-se. Mas, até quando vai achar prudente botar todos os ovos nesta única e suspeitíssima cesta?

    A continuar neste ritmo a crise do capitalismo¹, não demora muito vão ter de pedir consultoria ao Fidel.

    ¹Há quem diga que o que se descortina não é uma crise cíclica qualquer, mas, sim, uma crise sistêmica, onde, comparativamente, a de 1929 seria um anjinho barroco se comparada a essa.

    Crise sistêmica movida a bit e bytes é ou seria a primeira na História. A direita e a extrema direita ficam nesse lenga-lenga todo, mas a ordem deveria ser: saiam da reta!; democratizem-se e, se necessário, esquerdizem-se um pouco; até por prudência.

    Urbano

    Mário, pela primeira frase se vê o quanto o seu coração é grande, no momento em que você diz ‘um tanto quanto’ (rsrsrs). Ao que parece o sistema está ‘Pompeia na peinha’ mesmo, pois de toda a dinheirama envolvida na negociata (isso desde tempos imemoriais), só cinco por cento é real. O restante é só papel, e papel qualquer.

Luís Carlos

São tão poucos meses do Mais Médicos e já temos resultados aparecendo, tanto qualitativos quanto quantitativos. Logo teremos a possibilidade de publicar resultados, e ficarão claras as diferenças. Já são muitos relatos de cidadãos atendidos por médicos do programa, especialmente cubanos que tem sido alvo de ataques, e sempre muito positivos.

    Mário SF Alves

    Como é mesmo que o Marx dizia? Coisificação, fetichismo, reificação capitalista¹?

    Não sei. Realmente.

    No entanto, não estariam os médicos cubanos mais imunes a tudo isso, e, portanto, mais humanizados?
    _____________________________________
    “De cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo a sua necessidade”. É isso?

    _____________________________________________
    ¹Reificação (em alemão: Verdinglichung, literalmente: “transformar uma idéia em uma coisa” (do latim res: “coisa”; ou Versachlichung, literalmente “objetificação”) é uma operação mental que consiste em transformar conceitos abstractos em realidades concretas ou objectos. No marxismo, o conceito designa uma forma particular de alienação, característica do modo de produção capitalista. Implica a coisificação das relações sociais, de modo que a sua natureza é expressa através de relações entre objetos de troca (ver fetichismo da mercadoria). O conceito foi desenvolvido por Lukács e trabalhado também pelos integrantes da Escola de Frankfurt.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reifica%C3%A7%C3%A3o_%28marxismo%29
    _____________________________________________________
    Vale (Vale? Êpa!) ressaltar:

    No marxismo, o conceito designa uma forma particular de alienação, característica do modo de produção capitalista. Implica a coisificação das relações sociais, de modo que a sua natureza é expressa através de relações entre objetos de troca.

    Ou seja:

    Puro reducionismo. Perda da dimensão sensorial. Perda da dimensão cultural. Ou, noutros termos, relativa desumanização.

    Luís Carlos

    Mário
    Fiz referência a resultados positivos que já surgem do programa Mais Médicos, sejam quantitaivos como qualitativos. Do ponto de vista quantitaivos, mesmo com poucos dias de trabalho e poucos médicos do programa, na comparação com demais médicos da rede, já é possível perceber diferenças grandes quanto à, por exemplo, volume de medicamentos prescritos a cada consulta feita (falo da realidade municipal). Ainda estamos aguardando avançomdo programa para maiores dados sobre encaminhamentos para especialistas e para exames, com maior ou menor grau de resolutivdade, além das prescrições medicamentosas antes citadas.
    Sobre dados qualitativos, percebe-se grande número de avaliações positivas quanto às consultas médicas do programa Mais Médicos, porém poderemos avançar, logo a frente, na leitura de dados de satisfação do usuário. Creio que em fevereiro já teremos alguns dados mais consistentes com possível divulgação dos mesmos.

EFJATOBÁ

Receita com exportação de médicos? Um absurdo! O correto mesmo é trazer divisas exportando armas!
Não durará muito tempo este jornal!

    Mário SF Alves

    Ouvi do Mino, em uma palestra proferida … que o Estadão foi o único órgão de imprensa piguenta censurado pela ditadura civil-militar trogloditamente imposta em 64. Dizia ele que o jornal, um dos baluartes do golpe, era lacerdista.

    ____________________________________________
    Disso eu não sabia. O que sei é que o Lacerda declarou em entrevista toda a frustração e arrependimento que sentia por ter participado do engendramento do golpe. E, o que é melhor, indispensável aula de história política do Brasil, e a mais puro, objetivo e insuspeito esclarecimento sobre como são montadas as falácias e a atemorização midiática que ora dominam a retórica raivosa da direita sem voto e em jejum prolongado de plenos podres poderes.

    Os links/referida palestra e a citada entrevista:

    1) http://www.youtube.com/watch?v=LUbSRmOrTVI

    2) http://www.youtube.com/watch?v=HV3c036g90M

Hélio Pereira

Os Perdedores tem direito de espernear,mas até pra isto a oposição no Brasil é fraca,então deixam nas mãos da midia esta tarefa.

emerson57

esse jornal acabou de acabar quando em editorial reconheceu que tinha candidato às eleições presidenciais.
a função de jornal é informar. quando ele escolhe candidato (ÇERRA45) já não mais informa, faz campanha.

Antenor Loula Moreira

Que venham mais médicos, de Cuba ou de onde quer que seja.
Tem um médico cubano atendendo à população pobre num posto de saúde da periferia de Vitória da Conquista/BA. Segundo os moradores do bairro (Lagoa das Flores), quem já foi atendido se surpreendeu com a dedicação do profissional, que ainda se preocupa em fazer visitas domiciliares e orientar à população carente.
Portanto, acho que estes “abnegados” editorialista do Estadão ou quem quer que seja, tão “preocupados” com a saúde do nosso povo, podem ficar tranquilos, que os cubanos têm demonstrado que são bons profissionais e darão sua contribuição para o bem da saúde pública brasileira até que cheguem os novos médicos, filhos do povão, acredito, virão com outra mentalidade, diferente dos médicos coxinha da atualidade.

sergioa

Sinto muito companheiros.

O governo está ACOVARDADO. Não vai travar a tão sonhada luta contra a midia golpista.

O governo tem medo, tem muito medo deles. Está vivendo num mundo aparte, imaginando que bons resultados vão aplacar a sanha sangrenta do PIG. O LULA fez o mesmo. Não enfrentou, não seguiu adiante com a regulãção da midia destruidora de carater.

Quem é militante sabe como é díficil todo dia tentar contra-argumentar contra os seguidores do pensamento único.

O governo está gastando bilhões de reais com estádios, enquanto a saúde e a educação são relegadas a segundo plano, argumentam eles. Tenho vários argumentos contra isto, porém o alcance de um militante é limitado. Os mesmos argumentos que posso utilizar para derrubar este mito, por exemplo, o governo sabe quais são e poderia utlizá-los com maior eficácia. Porém o medo do governo congela seu sangue e o impede de fazer o que precisa ser feito.

O caso dos estádios é apenas um entre tantos outros que o governo COVARDE não enfrenta. Prefere arriscar a sua permanência no poder, por ter medo de não conseguir vencer o poder da midia e do mercado rentista.

    Antenor Loula Moreira

    Ao contrário, Sergioa!
    O governo tem demonstrado que não tem medo de falácia. Se o governo tivesse acoado já teria atacado atabalhoadamente a poderosa mídia.
    Mas o desespero do “jornalão” é visível e sua queda já é previsível.
    E já que deu rima, o seu editorial é risível!!

    Bonifa

    O Governo está gastando bilhões para fomentar o plantio do trigo, melhorar o transporte do trigo e financiar a montagem de padarias. Mas sem os 332 mil empregos permanentes e 381 mil temporários que a Copa do Mundo está gerando no Brasil, o povo não teria dinheiro para comprar o pão.

    Mário SF Alves

    Menos, prezado Bonifa, menos. Sei que você sabe arguir e argumentar com muito mais competência do que isso.
    __________________________
    Att.,

    E com toda a admiração possível,

    Mário.

    Luís Carlos

    Só um governo “acovardado” para lançar o Mais Médicos e enfrentar toda resistência de entidades médicas e da grande mídia. Aliás, ninguém antes ousou isso, mas este governo “covarde” sim.

J Souza

Pelo menos foi dito o que nem a mídia conservadora tem coragem de dizer: “plataforma conservadora”…

    Mário SF Alves

    Mas, ah, se fosse apenas conservadora, companheiro, quem dera.

    ____________________________
    Dúvida:

    E é conservador aquele que recorre a golpes de estado para impedir a superação do subdesenvolvimento atávico, cruel e injustificável que a séculos assola este país? Seria conservador aquele faz tudo isso unicamente visando manter os privilégios de uma minoria em detrimento dos interesses, direitos e deveres da Nação/imensa maioria do povo?

    Peraí. Isso não seria atitude típica de ultraconservador?

Bonifa

Este é o velho Estadão. Não consegue sair dos anos cinquenta do século passado, onde em todas as esquinas das cidades brasileiras se exibiam gratuitamente filmes mostrando os cruéis cubanos matando padres e criancinhas.

Mauro Bento

O Estadão denuncia que o programa deveria chamar “Mais Cubanos” em vez de “Mais Médicos”, pena não posuirmos um programa chamado “Agora seremos Todos Cubanos”.
VIVA CUBA! Pátria,ou muerte!

Guillermo

O “editorial” do Estadão tem que ser assim mesmo, preconceituoso, desinformativo, repleto de imagens verbais contra a esquerda e principalmente incoerente. Não dá para esperar lógica da família mesquita, muito menos inteligência, apenas a manutenção da queda lenta e gradual.

Robinson Dias

Moro aqui do lado do hospital do mandaqui- estadual- que por falta de médicos tenho que buscar atendimento na Santa Casa, pois o atendimento aqui sim é tão pífio quanto a falta de segurança nas ruas de São Paulo…

abolicionista

Que horror! Marcartismo à toda no Brasil! E idiotas como Eugênio Bucci não veem nada de errado com nossa mídia. Claro, né? Afinal, ela sempre foi assim. Sempre foi o palanque de meia dúzia de coronéis endinheirados. Abaixo o coronelismo midiático! Democratização da mídia já!

rios

“O governo petista está apresentando essa iniciativa- … — como a prova de que é sensível às necessidades dos mais pobres.”

Descobriram a pólvora!

Luís Carlos

Quanto mais estrebucham mais adoro o mais médicos. Acusaram o golpe, de novo.

Marat

Mas o pior eles não publicaram: Os médicos cubanos estão aplicando uma injeção em cada paciente que tratam… O efeito é nocivo: As pessoas se tornam comunistas. É, é verdade. Como é que eles ainda não perceberam isso?

FrancoAtirador

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Percebe-se nitidamente que o editorialista da FamíGlia Mesquita

dirige-se ao paulista conservador que pensa em votar no Padilha.

Contra o candidato do PT, sobretudo em São Paulo, será um Vale-Tudo.

Se os jornais e revistas paulistas perderem a boquinha, será o fim.
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marci

Um editorial à altura dos leitores da folha!
Tao imbecil qto eles

LUIZ FORTALEZA

Jornalismo de Direita é o ó. E eles não financiaram a ditadura militar? Apoiram? Ditadura por ditadura, prefiro a do proletariado.

    Lukas

    Onde há ditadura do proletariado?

    Luís Carlos

    É verdade. Ainda não temos. Mas chegaremos lá.

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