Dilma acusa Veja de fazer jornalismo de guerra e pede que explique aposentadoria precoce do presidente usurpador

Tempo de leitura: 3 min
Brasília - DF, 27/11/2016. Presidente Michel Temer o Presidente do Senado Federal Renan Calheiros, o Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Rodrigo Maia, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Foto: Beto Barata/PR

Brasília – DF, 22/06/2016. Presidente em Exercício Michel Temer durante reunião com ministros do Núcleo Econômico. Foto: Beto Barata/PR

NOTA À IMPRENSA

Sobre a matéria de “Veja

A propósito da matéria “Investigação confirma aposentadoria irregular de Dilma”, veiculada por Veja a partir de sexta-feira, 18, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1. Veja volta a executar o velho Jornalismo de Guerra ao dar ares de escândalo à aposentadoria da presidenta eleita Dilma Rousseff. O escândalo está na perseguição que a revista promove e não na aposentadoria em si.

2. Depois de 36 anos, 10 meses e 21 dias de serviços prestados – comprovados documentalmente – aos 68 anos de idade, Dilma Rousseff se aposentou com vencimentos pouco acima de R$ 5 mil — o teto do INSS. Ela nada recebe como ex-presidenta da República ou anistiada política. O benefício segue os rigores da lei. Tampouco se valeu de subterfúgios para o recebimento de valores indevidos ou excessivos, como ocorre com Michel Temer e ministros do governo golpista.

3. Afastada da Presidência pelo golpe construído a partir do impeachment fraudulento, Dilma Rousseff recebeu em agosto de 2016 seu primeiro benefício como aposentada.

4. Inicialmente, o governo golpista se recusara a reconhecer o tempo de serviço dela, com base nos efeitos da anistia. É que, além de ter sido encarcerada pela ditadura no início de 1970, Dilma Rousseff foi obrigada, a partir de 1977, a se afastar de seu trabalho, na Fundação de Economia e Estatística, por integrar a chamada lista do General Frota. Só no final dos anos 1980, foi anistiada.

5. Por isso, Dilma Rousseff pleiteou para a sua aposentadoria o reconhecimento pelo INSS do período de anistia de aproximadamente dez anos. O governo golpista negou-lhe os efeitos da anistia com o evidente objetivo de prejudicá-la. Alegou que tentava fraudar a previdência, procurando se aposentar antes da hora. A ação foi frustrada porque Dilma Rousseff havia trabalhado por todo esse período e podia facilmente comprová-lo. Como o fez.

6. Na sequência, o INSS apontou que uma anotação equivocada por parte de uma funcionária — sem interferência da presidenta eleita —, ensejou a concessão do benefício em agosto e não em setembro, como seria o correto. A própria autarquia avaliou, no entanto, que não houve má-fé por parte da servidora.

7. A defesa da presidenta eleita — a cargo dos advogados Bruno Espiñera Lemos e Victor Minervino Quintiere — deixou claro que não era possível exigir de Dilma Rousseff que soubesse tratar-se de equívoco por parte do sistema do INSS. Isso porque o procedimento passou pelos devidos trâmites regimentais.

8. Dilma Rousseff está recorrendo da devolução. A jurisprudência dos tribunais superiores considera incabível a cobrança pelo erário dos valores recebidos de boa-fé. Ela vê na atitude do governo golpista uma clara tentativa de prejudicar funcionários de carreira criando uma “falsa denúncia” para punição abusiva.

9. A sindicância mencionada por Veja reforça a tese da defesa da ex-presidente de que não houve “intenção clara dos investigados em beneficiar Dilma Rousseff”.

10. Veja dá cores de denúncia ao que é sanha de um governo usurpador, tomado pelo objetivo de perseguição política e de diversionismo dos escândalos de corrupção do grupo no poder. Devia era explicar as aposentadorias precoces do presidente ilegítimo e de seus associados.

11. A revista também não cumpre a exigência fundamental do jornalismo isento, ao deixar de procurar a defesa da ex-presidente ou sua assessoria de imprensa. Não há desculpas ou explicações que justifiquem a parcialidade e o proselitismo político da revista.

12. Esse é o retrato dos nossos tempos, em que a democracia se mantém sufocada pelos interesses inconfessáveis de uma elite insensível ao bem-estar da população e ao respeito dos direitos democráticos, como a liberdade de imprensa.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF

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Comentários

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André LB

Concordo totalmente com você, Paulo.

Ela FEZ QUESTÃO de abraçar esse pessoal até o fim – eu mesmo ainda estou esperando, devidamente sentado, a ação que ela ia mover contra a Veja.

Esses grunhidos de agora não valem os caracteres com que estão escritos. Pos a si mesma – e a todos nós de lambuja – a perder, não moveu uma palha quando tinha a caneta mais poderosa do país na mão.

Vá cuidar do neto e pare de redigir notinhas à imprensa, Dona Dilma. Jogou meu voto no lixo, não se preocupou em defender o próprio governo – e pior, nem a Democracia. Vá encher o saco de outro.

Paulo

Dilma, guerreira do povo brasileiro !!!

Agora !

Por que antes encheu as burras ( sou antigo ) da globo, da veja e toda midia golpista com grana. O controle remoto saiu caro. Para o Brasil ! Para os brasileiros !

Mas a história vai ser gentil com você Dilma. De incompetente a vitima de golpe. Parabéns! e Foda-se o Brasil.

Luiz Carlos P. Oliveira

A revista está preocupada em saber por que FHC e BOZONAZO aposentaram-se aos 37 anos de idade e TEMER aos 55? Ou isso não interessa à esse lixo midiático? Só para lembrar: a aposentadoria por idade, hoje é aos 65 anos, e a Dilma já tinha idade. Se contribuiu mais de 35 anos, também já tem esse direito. Mais um dejeto jornalístico dessa revista medíocre, que anda caçando “assinantes” em.postos de combustíveis e em shoppings. Quando tentam me dar revistas antigas, para tentar me vender uma assinatura, eu digo que não leio “lixo”.

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