Vagner Freitas: Golpe da direita é para achatar salários

Tempo de leitura: 2 min
Foto: Roberto Parizotti/CUT

Foto: Roberto Parizotti/CUT

Querem tirar a Dilma para atacar ainda mais direitos, diz presidente da CUT

Segundo ele, o golpe é contra os trabalhadores e as trabalhadoras. É uma disputa de classe que visa diminuir os ganhos, a participação dos trabalhadores nos resultados econômicos do País.

por Isaías Dalle, no site da CUT • Publicado em: 14/09/2015 – 13:18

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, reafirmou nesta segunda-feira (14) a posição da Central em defender a manutenção do mandato da presidenta Dilma Rousseff, por entender que um rompimento geraria espaço para que as forças conservadores atacassem com muito mais força os direitos trabalhistas, as políticas públicas de distribuição de renda criadas ao longo dos últimos 12 anos, o emprego e a renda.

“A tentativa de golpe contra a presidenta da República não é motivada pelo combate à corrupção ou outras razões. Os setores que não respeitam o resultado das urnas querem na verdade aprofundar um clima que facilite a retirada de direitos, o achatamento dos salários, criação da idade mínima para aposentadoria, terceirização sem limites. Basta observar as propostas que estão sendo defendidas no Congresso e por setores da mídia”, disse Vagner.

“Ou você acredita que quem quer entrar no lugar da presidenta vai continuar se preocupando em manter programas sociais importantes criados pelo governo Lula e Dilma?”, questiona o presidente da CUT.

Mobilização amanhã

Amanhã, dia 15, as categorias que têm data-base no segundo semestre fazem ato público unificado para lançar as campanhas salariais. O mote do ato, marcado para as 9h diante do prédio da Fiesp, na avenida Paulista, São Paulo, é “Em Defesa da Democracia, do Emprego e do Salário”.

Embora cada categoria tenha sua pauta de reivindicação específica, explica Vagner, todas concordam que a quebra da ordem democrática vai dificultar, se não inviabilizar, as possibilidades de mobilização, negociação e conquista neste segundo semestre.

O presidente da CUT explica que o rompimento do mandato de Dilma seria quebra da ordem democrática, seria um golpe, por não haver base jurídica e constitucional para tanto, sendo que sequer existem investigações abertas sobre a presidenta.

É preciso mudar a política econômica

Por outro lado, ele diz que as medidas econômicas adotadas neste segundo mandato estão erradas, pois apontam para a contração do mercado interno e fazem recair sobre a classe trabalhadora os custos dos ajustes necessários.

“Se é preciso fazer ajustes, se é preciso aumentar os recursos, que se cobrem as dívidas bilionárias das empresas e bancos com a União, que se faça uma reforma tributária que efetivamente cobre dos mais ricos, que se combata a evasão de divisas. Se é preciso dinamizar a economia, que se fortaleça o crédito produtivo, que se pensem alternativas para ampliar o mercado interno”, avalia.

“O golpe é contra os trabalhadores e as trabalhadoras. Não é apenas uma disputa político-partidária, é uma disputa de classe que visa diminuir os ganhos, a participação dos trabalhadores nos resultados econômicos do País”, conclui o presidente da CUT.

Leia também:

Requião: Ameaça a Dilma é para que se torne marionete dos bancos


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Comentários

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FrancoAtirador

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Alerta Total!
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Amanhã (16/9), Plenário do STF Retoma Julgamento
sobre Inconstitucionalidade de Doações Empresariais
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Depois de 1 Ano e 5 Meses de um Pedido de Vista,
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mas Tão-Somente 1 Dia Após a Câmara dos Deputados
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aprovar o Projeto de Doações de Empresas a Partidos.
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Ministro Gilmar Mendes devolveu os autos do Processo
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da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) Nº 4650
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ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde a OAB Nacional
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alega a Ilegalidade do Financiamento de Pessoas Jurídicas
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às Campanhas Eleitorais de Candidatos e Partidos Políticos.
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O Presidente do STF, Ministro Ricardo Lewandowski,
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Agendou a Retomada do Julgamento da ADI 4650
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para a Próxima Quarta-Feira, Dia 16 de Setembro.
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Lewandowski Afirma que Financiamento Empresarial de Campanhas
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ainda póde e vai ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

“Só depois de publicada [no Diário Oficial da União] que vira uma Lei.
Enquanto não for, nem se Cogita da Perda de Objeto ”, afirmou
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o Presidente do STF, Ministro Enrique Ricardo Lewandowski,
referindo-se à ADI 4650, que trata do Financiamento Empresarial
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O Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal),
afirmou nesta quinta-feira (10) que a aprovação do financiamento de campanha
por empresas privadas no projeto da reforma política do Congresso Nacional
não perde o objeto da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 4.650,
que visa proibir o financiamento empresarial de campanha a partidos políticos.
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O ministro Gilmar Mendes havia pedido vista
(mais tempo para analisar o caso) [SIC],
e a Ação já estava parada há 17 Meses na Corte.
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Com a devolução da ADI pelo ministro Gilmar Mendes, para julgamento,
o Presidente do STF já agendou para a próxima quarta-feira (16/9)
a discussão sobre o assunto no plenário da Corte.
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Gilmar liberou a ação um dia após o Câmara dos Deputados aprovar Projeto de Lei
sobre as doações por empresas a partidos políticos no valor de até R$ 20 milhões.
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O presidente do Supremo, no entanto,
sinalizou que é possível rever o caso
antes da sanção da presidente Dilma Rousseff.
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“Por enquanto, não é Lei. Agora vai para a Sanção ou Veto.
O fato de ter sido aprovado simplesmente pelo Senado ou pela Câmara
é um ato complexo para que vire uma lei.
É preciso haver uma vontade conjunta das duas casas do Congresso
somada à vontade do Poder Executivo, da presidente da República.
Só depois de publicada que vira uma lei.
Enquanto não for, nem se cogita da perda de objeto”,
afirmou Lewandowski.
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Já sobre uma possível sanção da presidente Dilma Rousseff
antes do julgamento pela Corte, o ministro disse
que ainda é preciso examinar como fica o caso.
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No entanto, ressaltou que o Supremo
pode “examinar novamente [a Lei]
à luz dos princípios constitucionais”.
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“O que eu posso afirmar é que qualquer que seja
o pronunciamento do Congresso Nacional,
o julgamento do Supremo baseou-se em princípios constitucionais.
Então, qualquer nova norma que advenha do Congresso,
ela será ou poderá ser examinada, novamente,
à luz dos princípios constitucionais”, afirmou.
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(http://fatoonline.com.br/conteudo/8805/lewandowski-afirma-que-financiamento-de-campanha-ainda-pode-ser-analisado-pelo-stf?or=home&p=le2&i=1&v=0)
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Andre

E o ajuste fiscal do governo do PT é para que? não é para criar desemprego e achatar salários? O governo acabou de anunciar o ‘achatamento’ dos salários do funcionalismo público – adiar o reajuste significa mais tempo com o salário sendo corroido pela inflação, principalmente porque as propostas que o governo trouxe para o funcionalismo incluem indices de reajuste abaixo da inflação acumulada e da previsão de inflação.
Então, que diferença há entre a ‘direita’ e esse governo? quem detém os cargos do governo, quem dirige fundos de pensão, só isso? um governo que faz o que esse está fazendo – anunciaram também cortes no “minha casa, minha vida” – não é de direita?

Não se pode enganar todos o tempo inteiro!

Urbano

Incrível são trabalhadores que seguem partidos ditos trabalhistas, normalmente recheados de pelegos, mas que sacaneiam eternamente tais trabalhadores, através de conchavos mantidos eternamente com o capital. Um convencimento de aumento de salário aqui, mais um engana besta acolá e enquanto isso a contrapartida para deixar os trabalhadores de tanga, lá na frente, são devidamente trabalhadas. A tramoia é feita, juntamente com os demais trapaceiros da oposição ao Brasil, em plenário das Câmaras municipais, estaduais e federal, assim como do Senado, no firme propósito de sabotar a CLT e, por conseguinte, subtrair direitos trabalhistas. Com base nisso, esses tais trabalhadores podem bater no peito e se dizer, em alto e bom som, que são imbecis até a medula.

    Urbano

    Onde escrevi ‘sacaneiam’, eu usei na acepção de pessoa espertalhona, malandra… No entanto, não a usarei mais por conta de alguns significados ainda menos nobres. A quem atribui principalmente estes últimos significados, as minhas mais sinceras desculpas.

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