Silvio Costa e o áudio de Michel Temer: “O maior traidor do País”

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A grande missão, a partir deste momento, é a pacificação do país, a reunificação do país, é o que eu repito, o que venho pregando, como responsável por uma parcela da vida pública nacional. Devo dizer também que isso fica para – aconteça o que acontecer no futuro – um governo de salvação nacional e união nacional. Michel Temer, vice-presidente da República, em áudio que, segundo ele, colocou erroneamente num grupo do whatsapp

Temer entra para história como ‘maior traidor do País’, diz Silvio Costa

O vice-líder do governo na Câmara, acusou também Michel Temer de fazer “tabelinha” com o presidente da Casa, Eduardo Cunha

Correio Braziliense, em 11.04.2016

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), causou tumulto no plenário da comissão especial do impeachment ao tentar exibir parte do áudio onde o vice-presidente Michel Temer antecipa o discurso de aprovação do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Costa disse que Temer “entra para a história como o maior traidor do País” e acusou o vice-presidente de fazer “tabelinha” com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no que chama de “golpe”. “Ele e Eduardo Cunha se merecem”, declarou. O deputado disse que, pelo comportamento de Temer, o presidente licenciado do PMDB “não merecia ser nem vereador”.

Para Costa, o relatório de Jovair Arantes (PTB-GO) faz parte de um acordo “nefasto” com o presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), e a oposição para salvar Cunha da cassação.

Os líderes da maioria dos partidos já se manifestaram em discurso. O PMDB, PTN e o PHS liberaram o voto na bancada, PT, PCdoB, PSOL, PROS, PTdoB, PEN e PDT votaram contra o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pela admissibilidade do processo. Já a Rede, apesar da recomendação da direção para apoiar o impeachment, terá seu único titular na comissão, o deputado Aliel Machado (PR), votando contra o afastamento. O deputado se emocionou ao anunciar sua decisão pessoal.

O PSD dividiu o tempo entre parlamentares contra e a favor do parecer e o PP teve apenas a manifestação individual do líder Aguinaldo Ribeiro (PB). PSDB, DEM, PRB, PSB, PTB, PPS, PSC, PSL e Solidariedade defenderam o impeachment. O PR não teve manifestação da liderança do partido.

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Sérgio

SUPREMA CANALHICE E COVARDIA

O PAPEL(LÃO) DO SUPREMO E O AMANHÃ DO GOLPE

POR FERNANDO BRITO · 13/04/2016

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Pode-se ser golpista agindo contra a ordem constitucional.

O Congresso Nacional está mostrando como, com um processo de julgamento onde pouco ou nada importa a veracidade ou a legalidade das acusações, mas o gostar ou não do “acusado”. Ou, a esta altura, quase vítima.

Pode-se ser golpista agindo sem mínimos princípios éticos e morais, como faz o vice-presidente Michel Temer, chamando líderes de partido ao Palácio do Jaburu e prometendo nacos do seu natimoribundo Governo.

Existe, porém, outra forma de ser golpista: deixar, por omissão ou retardamento nos seus deveres, que a ordem constitucional seja rompida para só depois disso debater e até proibir – que o martelo quebre o cristal.

A mais forte reação política do Governo Dilma em defesa de sua sobrevivência foi a nomeação de Lula como seu ministro da Casa Civil.

E esta reação – ao contrário dos atropelos e da correria da Câmara – foi impedida pelo Supremo Tribunal Federal. A corte agiu como quem amarra uma das mão de um lutador e espera que, enquanto decide se é justo fazê-lo, pela possibilidade que aquela mão possa desferir um golpe baixo e, enquanto o faz, permite que seu adversário bata, bata e bata.

Sábado, véspera da sessão do Coliseu onde a legalidade democrática será jogada aos leões, enquanto Michel Temer e Eduardo Cunha viram para baixo seus polegares , a nomeação de Lula completa um mês.

E segue impedida. Só no preguiçoso dia 20 vai se analisar se ela é ou não legal, embora tudo o que tenha levado à suspensão da posse já se tenha julgado injurídico e que a alegada fuga à Justiça em que se funda a acusação seja, justamente, colocá-lo sob o julgamento daquela Corte, que se confessaria, assim, leniente e parcial a favor do ex-presidente.

Ou seja, o Supremo julgará se Dilma pode nomear seu ministro só quando, talvez, já nem haja um Governo, quanto mais ministros.

Pode-se argumentar que é assim, pela recente jurisprudência do STF, que proibiu o Habeas Corpus contra decisão, mesmo singular, de qualquer de seus ministros. Numa frase: aquilo que os juristas chamam de “remédio heroico” contra o abuso de autoridade vale para qualquer delas, menos para os ministros do Supremo. Se um deles tornar-se atrabiliário ou, simplesmente, aloprar, ainda assim as consequências continuarão, até que se cumpra o lento rito de pareceres, vistas e, finalmente, o seu exame pelo plenário, que, em tese, restaure a sabedoria e o equilíbrio colegiados.

Não há trocadilho: o “paciente” – termo jurídico daquele que busca o habeas corpus – será examinado apenas quando estiver morto.

No homem comum a procrastinação pode vir de um perfeccionismo tolo, do desejo perfeição se sobrepondo à de consciência realista de seu dever.

No exercício da autoridade, é pior. Denota a fraqueza, a auto-escusa de suas responsabilidade e, em última análise, a capa de invisibilidade do matreiro traidor.

O silêncio dos bons, expressão histórica de Martin Luther King, os converte em maus.

Mas, no Brasil dos canalhas, onde se celebra o traidor e a traição, o golpe e os golpistas, o abuso e o abusador, tudo pode ser pior.

O Supremo julga hoje um Mandado de Segurança contra decisão da Câmara de emendar a Constituição para estabelecer o parlamentarismo como forma de governo. Ou seja, a abolição das eleições diretas para a eleição de um Presidente que governe, restando apenas para um cargo decorativo.

Aquilo que por duas vezes – e mil, se necessário, faria – o povo brasileiro recusou em plebiscito.

Não é preciso muito para avaliar as consequências disso, basta abrir os olhos e ver o que se passa no parlamento.

É tão absurda e abjeta esta ideia que não se pode dizer que vá passar pelo julgamento de hoje.

Mas quando o absurdo e a abjeção já se tornaram cena comum e o Supremo se apequena ao ponto de deixar que os crimes se consumem e lave as mãos como Pilatos, o que dizer?

Mas, embora aqueles senhores e senhoras -quase todos conduzidos aos postos que ocupam pelo governo que agora deixam morrer sob o argumento que este escolhe Lula, como os escolheu, com “desvio de finalidade” (seriam também eles oito “desvios”?) – possam acovardar-se (dói, não é, Ministros?), os brasileiros não são covardes.

Seremos leões, não ratos como os que se atiram ao queijo.

As ruas vão rugir em advertência.

Não queremos a tragédia, mas não viveremos na indignidade.

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Maria Dolores de Fatima Silva

A falta de caráter desse senhor de 70 anos chega dá arrepio. O seu cinismo transcendente em sua cara de pau é espantosa e transcende qualquer limite de raciocínio para as pessoas de bem dess país. Nós não merecemos tamanha falta de pudor….o Brasil em sua maioria não é formado de picaretas como essa pessoa e sim de trablhadores

Daniel

E lá vem 1964 novamente!

Mas, prezado Rodrigo:

Se o famoso”Pau que Bate em Chico, também bate em Francisco” Vale para o cenário Nacional? Estadual??? E Municipal???

Então, por que não “vale” no cenário “Estadual”?

O Governo “presidido” pelo então Geraldo Alckmin faz as mesmas “pedaladas”!

Ao recusar-se a pagar os Precatórios, as Requisições de Pequenos Valores e também a Nota Fiscal Paulista!

Ele (Geraldo Alckmin) Ignorou a População Paulista.

No Decreto que Instituiu o ” Programa de Parcelamento de Débitos-PPD 2015, instituído pela Lei 16.029/2015″

Permite que o tal “Governo do Estado de São Paulo” dê um IMENSO “CALOTE” tantos nos beneficiários, quanto nos Profissionais do Direito, que atuam nesta causa…

Ignorando o Voto da Ministra Nancy Andrighi e “honorários não são gorjeta”

Vide: http://www.justicaemfoco.com.br/desc-noticia.php?id=52743

O que a OAB e as ditas “entidades de classes” estão promovendo é um imenso “Estupro na Sociedade”!

Cadê o respeito ao Judiciário?

Cada dia muda-se a interpretação da lei?

E cada dia muda-se o “conhecimento dessa Interpretação”???

Cadê o “Direito Posto”, OAB???

Urbano

O temer michel pode até ser o maior traidor face às circunstâncias, mas na sigla pior o que há de escroques, principalmente os do padrão dna…

Pisquila

Temer ora disputando, cabeça à cabeça, o título de maior traidor do País, junto com Silvério dos Reis e Domingos Calabar…

jeffbeck

MICHEL TEMMER “CALABAR”

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