Rosane Silva: Atitude de colunista da Época é “deboche discriminatório”

Tempo de leitura: 3 min

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Colunista “naturaliza” machismo da direita nas manifestações

Enfrentando o machismo da Revista Época: pelo fim de todo tipo de violência contra as mulheres

Por Rosane Silva*, em 22.08.2015, Agência PT

Em artigo publicado no dia 20 de agosto, na Revista Época, o jornalista João Luiz Vieira discorre acerca da vida sexual da Presidenta Dilma. Esse tipo de “divagação” não se trata apenas de uma ofensa à principal líder de nosso país, mas a todas as mulheres.

Termos uma mulher na Presidência da República é fruto de nossa luta ao longo da história do Brasil. Lutamos para que fôssemos respeitadas como sujeito de direitos, com direito a emprego formal, de votar e ser votada, direito de ter ou não filhos, direito a estudar, direito de sair na rua sozinhas, de casar, descasar; enfim, direito de sermos livres.

Nós, mulheres que lutamos por democracia, por um mundo mais justo e solidário, repudiamos o machismo presente no artigo, que só serve para reforçar a violência que as mulheres sofrem cotidianamente na política, no local de trabalho, em suas casas. Não podemos permitir que em pleno século XXI as mulheres tenham sua sexualidade questionada quando assumem cargos de poder.

A alusão à “falta de erotismo” da presidenta ocorre exclusivamente pelo fato de ela ser uma mulher, e é uma expressão inadmissível, atentando contra a dignidade sexual pela qual almejamos. O artigo em questão não contribui para a democracia ou para o protesto, é um deboche discriminatório.

Dilma Rousseff contraria o patriarcado assumindo o mais alto cargo de poder da Nação. O patriarcado, sistema de opressão ao qual o artigo do jornalista vem a servir, trata-se de um conjunto de relações sociais nas quais as mulheres devem estar à disposição para a satisfação do desejo sexual dos homens, reproduzindo um conjunto de valores, relações de trabalho e de poder que possibilitem o controle das mulheres, de suas vidas e de seus corpos.

Sendo assim, é objetivo do patriarcado impor um lugar “natural” às mulheres – o espaço, privado, o lar, da reprodução – assim como um padrão de comportamento – dóceis, amáveis e de beleza.

Felizmente, nós mulheres aprendemos a não apenas questionar artigos desrespeitosos como o publicado pela Revista Época, mas a enfrentar o machismo, elegendo mulheres para ocupar cargos de poder, reivindicando uma legislação que protege as mulheres da violência doméstica e, principalmente, porque queremos ser livres dos padrões de beleza impostos e de um determinado tipo de sexualidade.

Queremos ser livres para decidir sobre os rumos de nossas vidas, em condições de igualdade com os homens e lutando pelo fim do machismo e todo tipo de violência contra as mulheres.

A mídia, que deveria contribuir para que as pessoas tenham mais informação sobre cidadania, direitos humanos e liberdade de expressão, tem cumprido um papel de reforçar estereótipos e preconceitos, estimulando o machismo e a violência contra as mulheres na sociedade, nas ruas, no transporte público, nos lares.

Queremos ainda, por parte dos meios de comunicação, mais atenção à violência que as mulheres sofrem. Na manhã de hoje, 21 de agosto, recebemos a notícia de mais uma tentativa de estupro de uma menina de 17 anos no metrô de São Paulo, em pleno dia, num vagão lotado de pessoas.

Esperamos que a revista se atente ao caso com a indignação necessária, não apenas a fim de reparar o desrespeito com que tratou as mulheres por meio da presidenta Dilma, mas para cumprir com o papel de meio de comunicação comprometido com o fim de todo tipo de violência contra as mulheres.

*Rosane Silva é Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT

Leia também:

Para colunista de Época, Dilma deve “expressar sexualidade”


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Molina

Não vi nada de mais. O pessoal aqui é feito de margarina

abolicionista

Jornalismo abjeto. Nossos dias vão entrar para a história como exemplo dos males que uma imprensa corrompida e mal-intencionada pode causar.

FrancoAtirador

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“Politicamente, Analfabetos Disfuncionais”
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Para pedir a ditadura militar e a morte de políticos desagradáveis,
devem ter passado por um apurado processo de animalização.
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O marketing transformando tudo em produto de consumo não durável,
consumidores consumíveis, produz o restolho obsoleto do que teria sido um ser,
e humano;
hoje na avenida são zumbis alucinados.
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Por Maria Fernanda Arruda, no Correio do Brasil, via GGN
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(http://jornalggn.com.br/noticia/analfabetos-disfuncionais-e-as-manifestacoes-por-maria-fernanda-arruda)
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FrancoAtirador

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FASCISTAS ESPUMAM DE RAIVA NA ARGENTINA
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Nova Diretora do Maior Banco da Argentina:
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26 Anos, Feminista, Ecologista e de Esquerda
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Nascida na cidade de Rosário, mas politizada na Espanha, Maria Delfina Rossi,
obteve licenciatura em Economia na Universidade Autonoma de Barcelona (2006-2010), onde teve Ativa Participação em Movimentos de Esquerda.
Em seguida, fez mestrado na mesma disciplina no Instituto Universitário Europeu,
na cidade italiana de Florença.
Entre 2012 e 2014, a jovem fez pós-graduação em Ciências Políticas e Governo,
na Universidade de Londres.
Ela ainda faz outra pós em Assuntos Públicos,
na Universidade do Texas, em Austin, U.S.A.
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Maria Delfina foi também, por quase 3 Anos, Assessora do Parlamento Europeu.
e, no ano passado, se candidatou a deputada europeia pela coalizão de esquerda
Iniciativa por Catalunya Verds-Esquerra Unida i Alternativa (ICV-EUiA).
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Os NeoFascistas Midiáticos se apressaram em dizer que a Escolha
da Nova Diretora do Banco Estatal pela Presidenta Cristina Kirschner
teve viés político, só porque é jovem, mulher e filha do ministro da Defesa.
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Em Entrevista à TELAM, Agência Nacional de Notícias Argentina,
a Economista teve a Oportunidade de Prestar Esclarecimentos:
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“Meus títulos não são de parentesco, e sim acadêmicos”,
ressaltou destacando que o ataque midiático obedece
à “Estigmatização constante que se faz contra a Juventude,
à Discriminação contra as Mulheres
y ao afã de alguns Empresários de Comunicação
por questionar qualquer Decisão ou Medida de nosso Governo”
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12.08.2015 15:18
TELAM
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“Mis títulos no son de parentesco, son académicos”
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La economista salió al cruce del ataque mediático sufrido
luego de conocerse su designación en el directorio del Banco Nación,
al sostener que ella no tiene títulos de parentesco, sino títulos académicos.
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Delfina Rossi es Licenciada en Economía, graduada en Barcelona
y es máster en Economía cursado en Florencia, Italia.
La designada directora del BNA también tiene un posgrado en Ciencia Política
en la University of London & LSE y se encuentra cursando
un Máster en Políticas Públicas en Austin, Texas.
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“Tengo un año más que los necesarios para ser diputada nacional y desde esa banca una
puede modificar la vida de los 40 millones de argentinos, presentando o aprobando leyes,
por eso no entiendo el ataque de las usinas mediáticas”,
subrayó en declaraciones a Télam Delfina Rossi,
designada en el día de hoy como directora del Banco Nación.
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Asimismo, la economista remarcó que este ataque obedece a la “estigmatización constante que se hace contra la juventud, la discriminación sobre las mujeres y el afán de algunos medios por cuestionar cualquier decisión o medida de nuestro gobierno”.
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La licenciada en economía graduada en Barcelona indicó estar “orgullosa” de ser hija del ministro de Defensa, Agustín Rossi, y aclaró que su desembarco en el Banco Nación no se dio “por portación de apellido sino por portación de currículum”.
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“Llegué al Banco por mi trayectoria académica y profesional. Pareciera que algunos miraron más los datos de mi DNI que mis antecedentes”, lamentó.
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En este sentido, Rossi contó que en materia profesional fue asesora del Parlamento Europeo por casi 3 años y en estos momentos se encontraba “trabajando en tareas de investigación sobre índices de competitividad y políticas para reducir la desigualdad económica”.
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(http://www.telam.com.ar/notas/201508/116154-delfina-rossi-banco-nacion-perfil.php)
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FrancoAtirador

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O Escárnio Fascista sobre a Expressão Irônica ‘Mulher Sapiens’ foi o Cúmulo da Misoginia.
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FrancoAtirador

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A Objetificação da Mulher Estimula a Violência Física,
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o Abuso Sexual e o Assédio Moral contra as Indefesas.
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EM MEIO A GRITOS EUFÓRICOS DE “ESTUPRA!”,
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UMA JOVEM SOFREU ABUSO SEXUAL NO METRÔ
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Testemunha afirmou que um Grupo de Pessoas
mandava o Agressor Estuprar a Vítima no Vagão
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Ao reclamar do Assédio aos Funcionários da Companhia
– sob Administração Estadual do Governo do PSDB –
eles teriam dito à Moça que “nada poderia ser feito”.
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De acordo com um relato publicado nas redes sociais,
a Jovem teria pedido para o assediador parar de encoxá-la.
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Foi então que uma terceira pessoa teria gritado:
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“Estupra ela para ela saber o que é ser encoxada de verdade”.
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Então o suspeito e outro homem teriam agarrado no braço da vítima
embalados pelos gritos de um grupo de pessoas que dizia: “Estupra! Estupra!”.
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A testemunha ajudou a vítima a sair do vagão
e, junto com ela, procurou os funcionários
do Metrô para pedir ajuda.
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Foi quando os funcionários teriam dito que nada poderia ser feito
e que a jovem era a única que poderia depor,
e que o depoimento da testemunha não seria considerado.
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Acontece que, segundo o relato, a vítima estava em choque
e em prantos, totalmente sem condições de falar.
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A vítima então ligou para parentes
e a testemunha aguardou a chegada deles
para seguir viagem.
O namorado da vítima também está em contato
com o Metrô para conseguir explicações.
A Assessoria de Imprensa do Metrô entrou em contato
para afirmar que analisou todas as imagens da Estação
Bresser/Mooca e da SSO (Sala de Supervisão Operacional) ,
mas não localizou nenhuma cena mostrando a Vítima
ou a outra jovem que a socorreu dentro do Vagão.
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A Assessoria também afirmou que não houve, no caso,
registro de boletim de ocorrência nem de testemunhas .
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Obs.: As informações do R7 foram retiradas do depoimento
de uma amiga da testemunha, que conversou com a reportagem.
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O R7 fez contato com a Testemunha por intermédio da amiga,
porém, por Medo e Receio, ela preferiu não se expor.
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Reportagem: Caroline Apple, do R7 São Paulo
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(http://noticias.r7.com/sao-paulo/em-meio-a-gritos-de-estupra-jovem-sofre-abuso-coletivo-no-metro-21082015)
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Leia também:
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31 de julho de 2015
UsuariosMetroSP
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Metrô é condenado a pagar R$ 20 mil à Usuária
que foi Molestada na Estação São Joaquim!
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O Agressor encostou nela com o Zíper Aberto
e o Órgão Genital Exposto, dentro do Vagão.
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(http://usuariosmetrosp.com.br/tag/assedio)
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21/08/2015 21h39
Agência Record
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Réu é Condenado por Crime Sexual dentro de Trem da CPTM em São Paulo.
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Segundo a Denúncia, o Acusado se esfregou na Vítima e se Masturbou.
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(http://noticias.r7.com/sao-paulo/homem-e-condenado-a-2-anos-de-prisao-por-ter-abusado-de-mulher-no-trem-22082015)
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    FrancoAtirador

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    Aviso a tod@s @s Usuári@s Paulistan@s de Boa Fé
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    O que a Globo, a Veja, a Folha e o Estadão não Informam:
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    Metrô de São Paulo e a CPTM são Administrados pelo PSDB,
    .
    pois estão sob Responsabilidade do Governo Estadual de SP.
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