Lédio Rosa de Andrade: Em países civilizados, os condutores da Lava Jato estariam presos, diz desembargador

Tempo de leitura: 8 min

‘Em muitos países civilizados, os condutores da Lava Jato estariam presos’, diz desembargador

por Marco Weissheimer, no Sul 21

O discurso emocionado feito pelo desembargador Lédio Rosa de Andrade, magistrado no Tribunal de Justiça de Santa Cataria, na sessão fúnebre em homenagem ao reitor Luiz Carlos Cancellier, ganhou repercussão nacional ao denunciar a implantação de uma ditadura no Brasil e a ameaça do retorno do fascismo no país.

Em sua fala, o desembargador fez, ao mesmo tempo, um alerta e uma convocação para enfrentar essa ameaça: “Esta noite fiquei a pensar quando a humanidade errou e não parou Hitler no momento certo, quando a humanidade errou e não parou Mussolini no momento certo… Eles estão de volta. Será que vamos errar de novo e vamos deixá-los tomar o poder? A democracia não permite descanso. Eles [os fascistas] estão de volta. Temos que pará-los”.

Passados pouco mais de dois meses do trágico suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, a Polícia Federal segue realizando operações em universidades públicas, como ocorreu na semana passada na Federal de Minas Gerais e na própria UFSC, mais uma vez.

“Não há dúvida de que existe um planejamento para atacar as universidades. A gente não sabe ainda até que ponto esse planejamento é consubstanciado em provas de uma série de crimes dentro da universidade ou é um planejamento para destruir a universidade”, diz Lédio Rosa de Andrade, em entrevista ao Sul21.

“Aliás”, acrescenta o desembargador, “a gente não sabe nem o que é a Lava Jato mesmo. Temos apenas hipóteses. O que se sabe é que há processos muito bem estruturados pela Polícia Federal para atacar a universidade”.

No Brasil, afirma ainda o magistrado, “estão sendo feitas verdadeiras barbaridades sob o ponto de vista jurídico e das conquistas civilizatórias em termos de Estado democrático de Direito, com a complacência dos tribunais superiores. Considerando o que está sendo feito na Lava Jato, em muitos países civilizados do mundo, os condutores estariam presos por ofensa à ordem democrática”.

Sul21: Após a morte trágica do reitor Luiz Carlos Cancellier foram tomadas algumas iniciativas para apurar as circunstâncias em que ela ocorreu e a responsabilidade de autoridades envolvidas no caso. Qual o estágio atual dessas apurações?

Lédio Rosa de Andrade: A situação, na minha ótica, é horrível. Neste exato momento em que estou falando contigo [dia 7 de dezembro, quinta-feira], a Polícia Federal invadiu novamente a nossa universidade. Estamos vivendo, efetivamente, a volta de uma ditadura, diferente da de 64, mas uma ditadura. Não tem outra palavra para definir o que está acontecendo. Estão utilizando uma interpretação totalmente afrontosa à legislação penal para, coercitivamente, levar pessoas que nunca foram intimadas a depor em lugar nenhum. A lei é clara. Você só pode levar alguém em uma condução coercitiva se essa pessoa se nega a depor. A partir da Lava Jato a interpretação é de que o juiz pode mandar levar alguém em condução coercitiva ou prender e pronto.

Estão fazendo isso como prática corriqueira. Eu não posso negar que seja possível a existência de crimes dentro da universidade. Onde há seres humanos, evidentemente, podem ocorrer crimes. Agora, a forma como estão agindo, deliberadamente ostensiva e violenta, não tem justificativa na história de qualquer estado democrático de direito em qualquer parte deste planeta.

Sul21: Esta nova ação da Polícia Federal na UFSC se refere ao mesmo caso da anterior?

Lédio Rosa de Andrade: Hoje (7), a gente não sabe exatamente. Pelo que li na imprensa, a polícia declarou que não tem relação com o outro processo.

Sul21: Chama a atenção que ela ocorreu um dia depois de outra ação da Polícia Federal na Universidade Federal de Minas Gerais…

Lédio Rosa de Andrade: Não há dúvida de que existe um planejamento para atacar as universidades. A gente não sabe ainda até que ponto esse planejamento é consubstanciado em provas de uma série de crimes dentro da universidade ou é um planejamento para destruir a universidade. No Brasil, lamentavelmente, essas coisas ocorrem. Nós não sabemos o que está acontecendo. Aliás, a gente não sabe nem o que é a Lava Jato mesmo. Temos apenas hipóteses. O que se sabe é que há processos muito bem estruturados pela Polícia Federal para atacar a universidade. Vamos esperar para ver se esse ataque é justificável ou não.

Sul21: O senhor tem uma hipótese que considera mais plausível acerca da natureza da Lava Jato?

Lédio Rosa de Andrade: Não tenho. Não consegui até hoje compreender isso com clareza. Não gosto de fazer hipóteses sem um mínimo de fundamento. Não consegui ainda ver um fundamento concreto que explique o que está acontecendo. O que vejo é que as coisas estão acontecendo de forma errada. Considerando o que está sendo feito na Lava Jato, em muitos países civilizados do mundo, os condutores estariam presos por ofensa à ordem democrática. No Brasil, estão sendo feitas verdadeiras barbaridades sob o ponto de vista jurídico e das conquistas civilizatórias em termos de Estado democrático de Direito, com a complacência dos tribunais superiores. O Supremo e o STJ estão avalizando práticas de primeiro grau que, evidentemente, são práticas ilegais. Isso eu não consigo entender.

Sul21: O reitor da Universidade Federal do Paraná escreveu um artigo na semana passada lembrando que, em um ano, quatro das maiores universidades federais do país foram alvo de operações da Polícia Federal com agentes fortemente armados e grande repercussão midiática. Isso não parece ser uma coincidência…

Lédio Rosa de Andrade: Tudo indica que não é. Chama a atenção a forma como essas operações vêm sendo feitas, com policiais mascarados. Essas são situações incompatíveis com uma universidade. Por mais que a polícia tenha que usar máscaras para algumas coisas com o objetivo de salvaguardar o policial, nós estamos falando da universidade. Não é preciso invadir a universidade com policiais mascarados. Não precisa nada disso. Efetivamente, são coisas planejadas com o intuito muito claro de agredir a universidade, que é o que está acontecendo.

Sul21: Na sua fala em homenagem ao reitor Cancellier, o senhor disse que nós estaríamos vivendo a pior das ditaduras. Em que sentido essa seria a pior das ditaduras?

Lédio Rosa de Andrade: Todas as ditaduras são ruins. Não tem ditadura boa e ditadura ruim. Usei o termo “pior” no sentido das dificuldades para combatê-la. Quando uma ditadura é ostensiva, como as ditaduras militares que tivemos na América Latina ou ditaduras comunistas, onde o Estado é o agressor direto e visível, você sabe que ali tem um inimigo e a tendência é você se organizar para combater a violência ilegítima do Estado. Agora, quando a ditadura vem travestida de justiça, como se estivesse fazendo o bem e não o mal, para a maioria leva mais tempo para cair a ficha. Ela perdura um tempo como algo bom e legitimado. Uma ditadura que consegue, através de um discurso falso, de um discurso ideológico alienante e enganador, ter a complacência e até o aplauso da população é uma ditadura que não será combatida até que as pessoas se dêem conta de que foram enganadas. Por isso que eu digo que ela é pior. Está travestida de bondade, quando, na verdade, é pura maldade.

Sul21: Como integrante do Judiciário e professor de Criminologia na UFSC, qual a sua avaliação sobre o papel que o poder Judiciário vem desempenhando em todo esse processo? A maioria desse poder apoia as práticas que estamos vendo ou há uma disputa mais ou menos equilibrada dentro dele?

Lédio Rosa de Andrade: O que tenho dito, onde tenho tido espaço para me manifestar, é que o Judiciário, apesar de ser extremamente conservador e reacionário em alguns casos, ainda não tem uma maioria que compactua com os desrespeitos ao Estado Democrático de Direito. O que é assustador é que maioria do Judiciário está absolutamente silenciosa. O que está fazendo com que as pessoas se mantenham caladas assistindo a todas essas barbaridades que estamos vendo. Isso é difícil de entender. Eu não diria que a maioria dos integrantes do Judiciário tem uma postura ideológica fascista, como são fascistas essas práticas sobre as quais estamos conversando. Apesar de conservador, o poder Judiciário não tem uma maioria de membros fascistas. Ele tem uma maioria de membros conservadores, isso sim.

Sul21: Como o senhor definiria o papel que o Supremo Tribunal Federal vem desempenhando nesta conjuntura?

Lédio Rosa de Andrade: Na minha opinião, o Supremo está deixando escapar, inclusive simbolicamente, o resguardo irrestrito do sistema constitucional. No momento em que avaliza práticas que afrontam o Estado Democrático de Direito, como permitir a prisão das pessoas sem trânsito em julgado, em nome da agilidade da Justiça. Isso afronta a Constituição claramente. Não só isso. No momento em que o Supremo fica inerte diante do desrespeito de suas próprias decisões como, por exemplo, a súmula 11, que proíbe o uso de algemas salvo em situações onde a pessoa realmente represente perigo. Hoje, a polícia vai na universidade, usa a condução coercitiva de forma ilegal e o Supremo fica inerte, assistindo tudo isso pela televisão . Com isso, ele perde a sua capacidade de ser o guia brasileiro do respeito ao Estado Democrático de Direito.

Sul21: Na sua fala em homenagem ao reitor, o senhor também fez um alerta e uma convocação sobre a necessidade de lutar para enfrentar o retorno do fascismo no Brasil. Saindo da esfera exclusiva do Judiciário, na sua visão, como essas práticas fascistas estão se manifestando na sociedade?

Lédio Rosa de Andrade: O tema sobre o qual estamos falando é de grande complexidade. Para entendê-lo, é preciso ir passo a passo. Todo o Estado que passa por um processo de crise e que possui uma estrutura sociopolítica injusta, cria na população determinados devaneios que são até justificáveis em certa medida. A população que está submetida a uma estrutura injusta de vida, que passa fome e necessidades materiais básicas, ela acredita em qualquer coisa para enfrentar essa situação de penúria. Os valores do Estado Democrático de Direito não fazem parte da vida cotidiana de milhões de pessoas que vivem nas periferias. Essas pessoas não usufruem materialmente dos benefícios do Estado Democrático de Direito que garante os direitos individuais das pessoas incluídas. Já as pessoas excluídas não possuem, na democracia, um valor de vida e trocam com muita facilidade qualquer valor democrático por segurança e trabalho.

Se vem um aventureiro, que tem por trás dele toda uma estrutura fascista de modo vida mas promete segurança e trabalho, as pessoas aceitam isso. Elas não estão preocupadas em preservar os valores da democracia porque estão passando necessidades básicas mesmo. Eu não posso falar mal das pessoas que vivem nestas condições. Nós não passamos fome, vendo os filhos chorar por que não tem o que comer. O Brasil atravessa uma forte crise de injustiça social, que perdura por anos, e a população está aceitando, no âmbito político, propostas que sacrificam a democracia, prometendo algo que não vão cumprir.

Sul21: O senhor viveu o golpe e a ditadura que se instalou em 64. Há alguma comparação que se possa fazer entre o que aconteceu naquela época e o que estamos vendo hoje?

Lédio Rosa de Andrade: Uma das principais diferenças é a conjuntura internacional. A ditadura de 64 foi estabelecida no contexto da guerra fria com evidente patrocínio norte-americano. Foi um projeto mundial do sistema capitalista que foi implantando ditaduras nos países periféricos. Isso não existe mais com essas características. Mas o espírito fascista nunca acabou. Seguem existindo pessoas com pensamento autoritário que não convivem no seu cotidiano com os pressupostos do Estado Democrático de Direito. Isso segue vivo e está ameaçando voltar.

Sempre me preocupei mais com o cotidiano das pessoas do que com as teorias. Estas, muitas vezes não dão certo porque não levam em conta que, lá na ponta, estão seres humanos que vão agir ou não conforme a teoria. Milhares de pessoas têm uma estrutura de pensamento que é fascista mesmo. O ser humano, psiquicamente, se dá muito bem com a violência, gosta dela e a pratica com prazer. Estamos sempre convivendo com isso.

Sul21: Em 2018, em tese, teremos eleições. Considerando que elas ocorram numa situação de legalidade, em que medida, na sua opinião, elas podem levar a uma superação da atual crise política?

Lédio Rosa de Andrade: O sistema representativo da democracia ocidental nem sempre é uma garantia de mudança. O sistema eleitoral, para que tenha condições de mudanças, necessita de uma população que tenha condições materiais de decidir. Uma coisa é o que acontece na Islândia, por exemplo, onde o povo vai para a rua, derruba governo, impede o pagamento da dívida resultante da exploração do sistema financeiro e colocam uma jovem feminista para governar o país. Eles têm condições, sem rupturas maiores, de mudar o país por meio do sistema representativo.

Não acredito que o Brasil tenha condições de fazer isso. Obviamente não estou defendendo o fim do sistema representativo e das eleições, mas precisamos evoluir para que o nosso sistema representativo funcione de maneira onde as pessoas, de fato, tenham condições materiais, de conhecimento e de educação básica mínima para raciocinar e poder tomar uma decisão política sobre o que é melhor para o país. Se mantivermos um processo eleitoral marcado pela enganação, pelo engodo e falsas promessas, onde o dinheiro é o principal motor, não temos como esperar grandes mudanças.

Sul21: Passados pouco mais de dois meses da tragédia envolvendo o reitor Cancellier, qual é o clima dentro da UFSC?

Lédio Rosa de Andrade: Foi muito difícil fechar o semestre. As pessoas estavam muito abatidas em um ambiente de tristeza e desânimo totalmente distinto da história da universidade. Foi um semestre muito difícil. Agora, estamos em um momento de provas finais e de término de atividades. Muitos dos professores terminaram as aulas mais cedo. Eu fui um deles. Não tinha mais condições nem ambiente para seguir as aulas. Eu diria que ainda estamos vivendo um momento de forte impacto, onde não se sabe bem o que vai acontecer.

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lulipe

Em países civilizados lula, Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio, Aécio, Temer, Gilmar Mendes e tantos outros estariam mofando na cadeia…

Antonio

Janio: Brasil que vibra contra a corrupção convive com quadrilha no poder
11 de dezembro de 2017 às 17h45

A quadrilha tem voz no Estadão

Este Brasil

Por Janio de Freitas, na Folha

Ninguém, parece mesmo que ninguém, tenta pensar o Brasil em seu pleno sentido e em seus possíveis amanhãs.

É um país sem estratégia, sem ideia do que é e conviria vir a ser no mundo.

Na grande tecitura internacional, não vive do que faça para uma inserção desejada, mas do que cada dia lhe traz.

Segue adiante porque os dias se sucedem.

Condicionado integralmente pelo mundo exterior, perplexo, lerdo, segue.

Com uma gama invejável de minérios, tantos outros recursos e grandes necessidades de consumo, nunca teve uma política industrial.

País de latifundiários e fazendeiros, suas políticas agropecuaristas são mera distribuição discricionária de dinheiro e privilégios, de uso à vontade.

E nem isso, para uma ciência coordenada com objetivos nacionais e contingências externas.

É difícil pensar um país assim.

É difícil pensar mesmo o Brasil atual, o país de hoje.

Já a partir do mais grotesco e rudimentar na situação imediata: como explicar, por exemplo, o convívio familiar entre a empolgação generalizada com os êxitos contra a corrupção e, de outra parte, a tolerância indiferente com a Presidência da República ocupada e usada por um político acusado de corrupção, formação de quadrilha, obstrução de justiça, e salvo de processos mediante a corrupção de deputados com cargos e verbas do Orçamento?

Presidência povoada por notórios como Moreira Franco, marginais como Geddel Vieira Lima, acusados como Eliseu Padilha, e deputados, senadores e ministros com lastros semelhantes na polícia e na Justiça?

É difícil pensar um país assim, capaz de contradição tão corrosiva.

Mas esse país é o da contradição em que militares americanófilos e a classe dominante deram um golpe em nome da democracia e por 21 anos aprisionaram a nação na ditadura.

Muitos dos artífices dessa contradição ali completavam uma outra, de que foram parte quando em 1945 derrubaram o Getúlio para o qual deram um golpe e impuseram uma ditadura.

Convertidos à democracia, como diziam, em sua pequena convivência com oficiais americanos na Itália da Segunda Guerra, os derrubadores de Getúlio ajudaram a entrega do poder, por via de “eleição democrática”, ao general que sustentou a ditadura até a queda.

A vasta fraude que contribuiu para o resultado eleitoral, movida pelos “coronéis” do interior, foi silenciada a pretexto de não se desmoralizar a primeira eleição da “democracia”.

Contradição em cima de contradição.

O normal no país em que os primeiros bafejos de democracia vieram de uma ditadura, com a legislação social de Getúlio – inclusive as Leis Trabalhistas agora estupradas.

É difícil desenvolver a compreensão desse Brasil, tão inculto, tão controvertido, tão amalucado.

Esse Brasil exultante com as ações contra a corrupção e indiferente à ocupação de sua Presidência por uma declarada quadrilha de corruptos.

O Brasil é você. O Brasil somos nós.

PS do Viomundo: É que a quadrilha beneficia o andar de cima, Janio!

Cláudio

:
: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra ♥ ♥ S ♥ ♥ il e postando:

:: Poesia contra a distopia (Distopia = Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária, por oposição à utopia. “Distopia”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2013, [consultado em 01-10-2016].)
.:.
Poema acróstico para o maior e melhor brasileiro de todos os tempos :

L ouvemos quem bem merece o mais pleno louvor
U m homem simples como as coisas boas da vida
Í ntimo camarada, nosso irmão e amigo de valor
Z elando sempre pelo bem da humanidade querida

I nimigo dos maus, amigo dos bons, trabalhador
N ascido do povo que muito o ama e admira
Á rvore de bons frutos, os de melhor sabor
C onsciência plena de tudo que no mundo gira
I magem perfeita do homem de si senhor
O humano defensor de humana lira

L uz de nossa gente, lutador incansável
U m verdadeiro herói do povo brasileiro
L úcido e consciente do mais admirável
A mor pelo ser humano e verdadeiro

D igno e sincero, fraterno e muito humano
A migo do povo, honesto e sempre lhano

S eja o meu/nosso canto para te louvar
I sso que a voz do povo já disse várias vezes
L ula, o BraSil vive mais feliz só por te amar
V itória da melhor sorte no número treze
A fazer do brasileiro a humanidade a se ampliar.

.:.::.:.
Autor: Cláudio Carvalho Fernandes ( poeta anarcoexistencialista )
.:.
L uz do povo brasileiro
U m digno e fiel lutador
L astreando com real valor
A honra do BraSil inteiro.
.:.
L ula livrou 36 milhões da pobreza
U m feito memorável sem precedentes
L utando contra a mídia venal, teve a certeza
A bsoluta de estar ao lado dos brasileiros conscientes
.:.
L ivrando da miséria extrema 36 milhões de brasileiros
U m feito sem igual que por si só já bastaria
L ula segue sendo no mundo um dos primeiros
A fazer de seu povo a eterna rima rica de sua poesia
.:.
.:.
ReXistência

Não deixe que aluguem o seu pensamento:
Simplesmente mude de canal ou desligue a TV

: Diga “NãO” à Rede Goebbels

……………………………..………………. ( Cláudio Carvalho Fernandes )
.:.
Globo

PATRÃO
PADRÃO
LADRÃO

……………………………..………………. ( Cláudio Carvalho Fernandes )
.:.
Mídia cínica, mercenária, demagógica e corruta.
.
“Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma”.
. …………………..………………………………. ( Joseph Pulitzer )
.:.
::
Se você não for cuidadoso / cuidadosa
.
“Se você não for cuidadoso / cuidadosa, os jornais [a mídia] farão [fará] você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar as [‘]pesso[nh]as[’] que estão oprimindo”.
. …………………..………………………………. ( Malcolm X )
.:.
::
( En la lucha de clases )
.
En la lucha de clases
Todas las armas son buenas

Piedras
Noches
Poemas
. ……………………………………….( Paulo Leminski )
.:.
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( Não é a beleza )
.
Não é a beleza
Mas sim a humanidade
O objetivo da literatura
. …………………………………………….( Salamah Mussa )

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::
A existência precede a essência.
. …………………………………………….( Jean-Paul Sartre )
.:.

* 1 * 2 * 13 * 4

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♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lul(inh)a Paz e Amor (mas sem contemporizações indevidas) 2018 neles/as (que já perderam DE QUATRO nas 4 mais recentes eleições presidenciais brasileiras) !!!!

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Julio Silveira

A ingenuidade de um país que acredita na formação de uma identidade nacional orientada pelo estrangeiro é o que permitiu ter uma Lava Jato com a expressão que tem.
A submissão a lavagem cerebral, que torna formações estrangeiras, obviamente produtoras de defesa de sua propria cidadania, estrangeira, tem feito de paises como o nosso, de pouca experiencia em cidadania e bagagem democratica, um estado de sub posição, com um potencial causador desse tipo de distorção juridico politica. A falta de empatia evidente, disfarçada de ação de cidadania, se prova quando vemos o desprezo que vem sendo dado as nossas fontes de saber, conhecimento e formação de cidadania, as Universidades Nacionais. O povo brasileiro, amestrado para ter pouca identidade civica, não dá importancia a questões que paises proeminentes, defensores de seus interesses e de suas identidades culturais, dão. Como a visão muito apropriada e rigorosa sobre tudo que se relaciona a traição aos interesses de seu estado nacional. Principalmente quando isso vem provocado por orientação estrangeira. Poucos se atentam para o que pode advir das formações culturais estrangeiras (feita num país adversário histórico de nosso potencial economico, cultural e de independencia, alem de soberania, um contumaz sabotador dos interesses de nosso estado). E que parte preponderante dos envolvidos na formação da Lava Jato, tem esse algo em comum. O espirito naturalmente vira latas do povo, faz com que poucos se atentem para as possiveis consequencias nefastas que isso poderia trazer em algum momento ao país. Ignora-se possibilidades que não são deixadas de lado por nações que prezam suas formação, seu estado, e sua cidadania. Fazem cooptação ideologica, mas rejeitam nos seus territorios e faz parte do historico de recrutar para seu serviço. E podemos dizer que aqui estão bem servidos, até o ponto da segurança de nos definir publicamente como parte de seu quintal. Esse serviço costuma fazer distorcer o sentido civico patriotico de seus cooptados, fazendo-os secundarizar o proprio povo e a propria nacionalidade de origem, priorizando a defesa ideologica dos interesses excludentes e exclusivistas, uma marca do país formador cultural dos simbolos da Lava jato e simbolo do ocidente hipocrita.

    lucas

    E qual o problema em sermos submissos aos EUA?? Eles são o maior país do mundo, os mais ricos, os melhores em praticamente TUDO! O mundo todo sonha em se mudar pra lá! Quem dera o Brasil fosse 50% do que são os EUA, eles são um espelho pro Brasil, um modelo ideal de nação a ser seguido!

    Julio Silveira

    É por causa de gente como vc que rumina esse tipo de pensamento sem vergonha de se mostrar como um sub cidadão, que temos tido esse país que é motivo de piadas mundo a fora. Gente como vc que deveria pegar suas tralhas e ir viver nesse país lixo, ou qualquer outro que formou seu povo para viver as custas dos outros paises de gente como vc, incompetentes assumidos, colonizaveis, domaveis, mortos, os predadores, que não dispensam nem carniça como vc.
    Sinceramente, cara, vc não sabe, mas és um cancer, do tipo que contamina. Essa sua pregação da mais completa falta de sentimento civico patriotico mostra um dos motivos de nossas desditas. E o pior é que muitos de nós, os verdadeiros brasileiros, não percebem que nacionais como vc estão aí, para fazerem propaganda subliminar, gratis ou paga, para nossos inimigos, que estão muito proximos de se apropriarem deste país formalmente por conta de lesas patria como vc.

    Lucas

    Bom Julio, pesar das ofensas contidas em seu texo, não levarei pro lado pessoal ok?!
    Não sou eleitor da esquerda, mas confesso que tenho alguns pontos em comum, como o apoio ao aborto, apoio a união homoafetiva(não a adoção), e entendo que politicas sociais sejam importantes para diminuir a violência e desigualdade que temos por aqui(mas sem doar dinheiro a ninguém, o pobre tem que entender que pra merecer, ele tem que dar algo em troca a sociedade).
    Abomino e temo muito um governo Bolsonaro, acho que há grandes chances desse cara nos entregar às mãos dos militares, e voltarmos a viver em uma ditadura militar opressora!
    O Brasil é motivo de piada lá fora sim, mas não exatamente por causa de gente como eu, mas pela mentalidade malandra e corrupta de seu povo, os adeptos do odiado jeitinho brasileiro!
    Eu realmente estou juntando minhas tralhas para me mudar, mas ainda não escolhi onde, quero um país que seja mais próximo de meus ideais: um país de primeiro mundo, capitalista, que incentive o espírito empreendedor de pessoas como eu, com pessoas honestas, civilizadas, que respeitem o próximo, que invista em educação, saúde, segurança, proporcionando assim, uma qualidade de vida satisfatória!
    A dúvida fica entre EUA, Nova Zelandia, Autrália, e talvez até Portugal em última escolha!
    Quanto a ser incompetente assumido, qual a diferença entre ser incompetente assumido e incompetente não assumido?
    Sou um câncer de acordo com sua linha ideológica, o contrário tb poderia ser recíproco?
    Afinal não existe apenas um tipo de câncer né !!!
    Tentei não ser tão nocivo qto vc, pq assim acredito que demonstro ser uma pessoa menos radical!

    Lucas

    Bom Julio, pesar das ofensas contidas em seu texo, não levarei pro lado pessoal ok?!
    Não sou eleitor da esquerda, mas confesso que tenho alguns pontos em comum, como o apoio ao aborto, apoio a união homoafetiva(não a adoção), e entendo que politicas sociais sejam importantes para diminuir a violência e desigualdade que temos por aqui(mas sem doar dinheiro a ninguém, o pobre tem que entender que pra merecer, ele tem que dar algo em troca a sociedade).
    Abomino e temo muito um governo Bolsonaro, acho que há grandes chances desse cara nos entregar às mãos dos militares, e voltarmos a viver em uma ditadura militar opressora!
    O Brasil é motivo de piada lá fora sim, mas não exatamente por causa de gente como eu, mas pela mentalidade malandra e corrupta de seu povo, os adeptos do odiado jeitinho brasileiro!
    Eu realmente estou juntando minhas tralhas para me mudar, mas ainda não escolhi onde, quero um país que seja mais próximo de meus ideais: um país de primeiro mundo, capitalista, que incentive o espírito empreendedor de pessoas como eu, com pessoas honestas, civilizadas, que respeitem o próximo, que invista em educação, saúde, segurança, proporcionando assim, uma qualidade de vida satisfatória!
    A dúvida fica entre EUA, Nova Zelandia, Autrália, e talvez até Portugal em última escolha!
    Quanto a ser incompetente assumido, qual a diferença entre ser incompetente assumido e incompetente não assumido?
    Sou um câncer de acordo com sua linha ideológica, o contrário tb poderia ser recíproco?
    Afinal não existe apenas um tipo de câncer né !!!
    Tentei não ser tão nocivo qto vc, pq assim acredito que demonstro ser uma pessoa menos radical!

    Julio Silveira

    /2017 – 20h16

    Saiba cidadão que não sou grosseiro, mas já não suporto assistir a marquetização do espirito de vira latas, e ainda marquetear descaradamente como se fosse meritório.
    Sabe cara, vc não é gentil quando agride um povo generalizando, dá antes de tudo uma demonstração de ignorancia historica e politica, mas quer se apresentar como um tipo que se vê como um iluminado, capaz de ver os problemas deste país, quiça resolvê-los se tivesse oportunidade, mas mostra desconhecer que vive num país de profundo legado imperial, que cultua a herança das cortes, dos oportunismos, das sedições, padrão dos reinos e imperios antigos e novos. Vc culpa o povo brasileiro por suas desditas, mais uma vez sem descriminar as responsabilidades de quem o fez assim, e ainda não se deu conta que o povo, o Brasileiro, os mais discriminados, são os que tem segurado a peteca da parca dignidade deste país, que luta por sua sobrevivencia todos o dias e pede apenas o reconhecimento a sua dignidade humana, reiteradas vezes negadas. E ainda afirma, aparentemente para se afirmar como um sabio, não ser eleitor da esquerda. Ou seja vc é daqueles que se assumem consomidores da linguagem da opressão historica aos mais frageis deste país Brasil, assumindo assim não conhecer, ou preferir ignorar, a historia de priviliegios e privilegiados secular deste país, feito de panelas, patotas, grupos, cortes e cortesãos, quando vem com este indecente discurso de meritocracia que não se envergonha do legado que a parte pobre do povo tem recebido. Legado de escanteio, de negação, de discriminação, exclusão e preconceitos, que fazem parte da historia da elite deste país, que vive desde sua construção republicana a herança cultural dos moldes imperiais. Provavelmente por que, seus conceitos ideologicos, para se assumir sem vergonha (pela propria ignorancia cultural, com base em fatos constatados por um mediano estudante de ensino médio, mas que prestou atenção as aulas de historia) como eleitor da nociva direita deste país, deve se basear em principios economicos ideologicos mas importados do maior beneficiario dessa ideologia que ofende até principios filosoficos religiosos, apesar de infiltrados nas religiões por canalhice e hicrisia. Aí vc escreve que pensa em migrar para outro país, faça isso, será bom para ambos, para Brasil e para vc. Por evidentemente que não foram feitos um para o outro. Para o Brasil será bom por que se livra de alguem que se encanta com brilhos e apitos pouco contributivos para a historia que se busca para seu sucesso e proeminencia e para vc por que muito provavelmente encontrará no objeto de sua essencia, essa que já possuis, de ser um sudito submisso das determinações de algum imperio, rei ou imperador, como mostras através de suas opções preferenciais.

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