Rogério Correia: “Lamaçal” da Samarco perdeu destaque para o furto de três escavadeiras

Tempo de leitura: 2 min

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Rogério Correia, em sua página

Mais de dois meses após a maior tragédia ambiental da história brasileira, fatos importantes como os indiciamentos da mineradora Samarco e seus responsáveis; a apresentação à Justiça de um relatório incompleto; denúncias de morosidade apresentadas durante reunião de Comissão e o rompimento do dique construído para conter os rejeitos, formam o “lamaçal da semana”. Porém, perderam destaque na “grande mídia” para o furto de 3 equipamentos utilizados pela Prefeitura de Mariana para a limpeza da lama.

Vamos aos fatos.

No início da semana, terça-feira (12/01), mesmo após ter o prazo de entrega prorrogado, a Samarco apresentou um relatório incompleto à Justiça.

Chamado de Plano de Segurança, esse relatório foi exigido pela Comissão de Barragens e Ministério Público de Minas Gerais, e o mesmo deveria conter a previsão de consequências e medidas emergenciais concretas a serem adotadas em cada cenário. Em caso de novo desastre, a Samarco ficaria obrigada a executar o que estaria no papel.

No entanto, o estudo enviado pela Samarco não detalha quais medidas que seriam tomadas caso aconteçam novos rompimentos.

Já na quarta-feira, 13, mineradora Samarco, Vale e Vogbr são indiciadas pela Polícia Federal, além do diretor-presidente e 6 diretores, por: “tornar área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana”, “dificultar o uso público de praias”, “causar poluição hídrica” e “lançamento de resíduos em desacordo com as exigências estabelecidas”.  

Ainda na mesma quarta, durante reunião da Comissão de Barragens, realizada na ALMG, prefeitos, secretários e defensores públicos dos municípios atingidos foram unânimes na reclamação sobre a lentidão da mineradora em tomar providências concretas.

A demora na apresentação de uma proposta de reassentamento das vítimas que, até hoje, ainda se encontra em “fase de estudos”; o pequeno número de vítimas beneficiadas pelo cartão-auxílio, e o irrisório número de casas construídas foram algumas das reivindicações acrescentadas à principal: a morosidade da Samarco.

Outra questão apresentada pelo defensor público de Direitos Humanos em Mariana, Vladimir de Souza Rodrigues, foi o fato de se condicionar a Gestão de Riscos unicamente às mãos da própria mineradora.

“Não podemos deixar exclusivamente na mão da empresa a questão da Gestão de Riscos. Fizemos um levantamento e a maior reclamação dos moradores foi que no dia dessa épica tragédia, quando a barragem rompeu, não houve nenhum tipo de aviso, nenhum alarme. Isso é inaceitável. As vítimas só conseguiram se salvar porque  cada morador foi avisando ao outro”, declarou Vladimir.

E por fim, na quinta-feira, 14, uma forte chuva leva a culpa pela queda do dique construído pela Samarco para contenção de rejeitos da barragem.

Portanto, a lama continua escorrendo pela barragem de Santarém, desde o rompimento, ou seja, há mais de 70 dias.   

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Comentários

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Urbano

A luta dantesca e eterna para se evitar, de todas as formas, o ultraje da honestidade…

FrancoAtirador

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Isso já está parecendo Sabotagem.
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eduardo

Poderia ser uma boa ideia ver esse povo do judiciario , da PF, MPF, PGR que adora prender, arrebentar , de pás e enxadas nas mãos construindo umas barreirinhas junto com os magnatas das empresas e da midia.

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