Rio de Janeiro: A pobreza como “questão paisagística”

Tempo de leitura: 2 min

Prezado Luiz,

Aqui no Rio de Janeiro estamos passando por um processo crítico de total desrespeito à legislação urbana, em função das obras para a Copa e Olimpíada. A pobreza está deixando de ser tratada como problema social e se tornando só uma questão paisagística a ser resolvida com remoções. Isso está documentado em consultorias que a prefeitura do Rio encomendou de planejadores urbanos de Barcelona (ou seja, é legitimado pela Estado), e está acontecendo também em várias cidades por onde ocorrerão os megaeventos. Segue anexa uma fotografia que uma aluna minha tirou (sou professora de Geografia na UERJ), no Rio de Janeiro, que ilustra um pouco dos conflitos urbanos que estão acontecendo em função do território de exceção que se instaurou por aqui. Os movimentos organizados aqui no Rio (e aí em Porto Alegre também) estão preocupados e desesperançosos em função da quase inexistente repercussão que estão tendo os despejos e os conflitos que estão acontecendo (pois são abafados pelo furor em função dos jogos e pelo discurso do recebimentos de investimentos que as cidades vão receber – esquecendo das dívidas que estas cidades estão contraindo com infra-estrutura que só vai servir para os grandes investidores, aos custos do dinheiro público). Seria possível você divulgar esta fotografia, fazendo menção aos acontecimentos em função dos megaeventos?

Caso seja possível, ficarei muito grata!

Um abraço,

Carla Hirt

Obs: A foto é na localidade de Campinho, no Rio de Janeiro e foi tirada por Alessandra Migueis. Inúmeros despejos estão acontecendo lá, e em outras partes da cidade.

PS do Viomundo: More sempre perto de um estádio de futebol. Aqui em São Paulo, às vésperas de um jogo da seleção brasileira no Pacaembu, a prefeitura refez o asfalto de todas as ruas vizinhas em tempo recorde e com altíssima qualidade. Quem disse que o poder público é incompetente?

Leia aqui o que a Al Jazeera escreveu sobre a “ocupação esportiva” do Brasil.


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Comentários

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carlah

Uma entrevista interessante: http://www.observatoriodefavelas.org.br/observato

Elisabeth

Se há uma coisa que tiro chapéu para Eduardo Paes é questão das remoções, se paga muito mais que o mercado, pelo os imóveis. E no caso das remoçoes para moradores que moram em lugares de riscos, ninguém é levado para longe, cria se complexos residenciais em bairros próximos ao centro, no máximo dez quilômetros do centro da cidade.Alguns não tem consciência que no Rio há muito lugar próximo ao centro e zona norte com baixa densidade populacional que podem absorver a população, existem terrenos e terrenos abandonados do governo que podem servir à moradia . São regiões próximas a industria,hospitais, escolas e escolas técnicas.Jaime Lerner que admiro muito, afirma que o Rio de janeiro há muito lugares para ser povoado forma inteligentemente sem precisar aumentar favelas.
Ps: Torcendo muito para Jaime Lerner ser o futuro governador do Rio.
Ps2: Já estão falando em sucessão de Cabral aqui no Rio.rs

    Elton

    Cuidado! Jaime Lerner é de Curitiba e conheço-o muito bem. É excelente arquiteto mas quando foi governador do Paraná só se envolveu com a "nata" dos desvios bilionários de dinheiro público que conduziram à quebra e posterior privatização do BANESTADO, o antigo Banco do Estado do Paraná, vendido ao Itaú. Até hoje situações não explicadas e acobertadas pela mídia paranaense.

    carlah

    Elisabeth, se você souber dar um exemplo, concretizado, de indenizações onde se pagou acima do preço de mercado, por gentileza, cite-o, pois eu não conheço. Também cite um exemplo de local próximo às áreas centrais ou de habitação para onde foram removidas famílias… pois também não me vem um exemplo atual na cabeça… As famílias que estão sendo atualmente removidas estão sendo mandadas para bairros periféricos, com prazo curtíssimo para saírem das suas casas e quando recebem, as indenizações não servem nem para dar entrada em algum imóvel. Gostaria de exemplos concretos. As promessas e a retórica do Estado (e da famosa parceria público-privada) são simpáticas, mas as práticas não são as mesmas presentes nas promessas. Um caso que poderia ter servido como exemplo seria as moradias que serão construídas na área do antigo presídio Frei Caneca (próximo ao Catumbi), mas o governo já anunciou que essa área não será mais destinada para famílias removidas. Agora ela entrará no "Minha Casa Minha Dívida", e não será para famílias que estão na faixa de renda de 0 a 3 salários mínimos (quem realmente enfrenta déficit habitacional), pois esta área está se valorizando e então o governo resolveu destinar esses imóveis para faixas mais abastadas da população…

Elisabeth

Há! Sou carioca. Uma das coisas que mais tem me irritado é este discurso falso ,que mudanças estruturais na cidade do Rio é ESTETICO. O Rio precisa mudar é AGORA é a chance. Precisa de VIAS , precisa de uma lógica no transito, precisa melhorar a logística da cidade. Sou muito sensível a pobreza. Mas não aceito este discurso contra as mudanças estruturais. Mudanças estruturais não paisagístico.O Rio tem ser é VIAVEL. Uma das questões que mais entro em discussões ultimamente, são as questões das favelas e desapropriações. FAVELA e POBRESA não questão de estética ou capricho. Uma sociedade que gera favelas e pobrezas é indigna. Quero intervenções nas na pobreza com dignidade. Não se pode criar mais bolsões de purezas na cidade. mas preciso mudar logisticamente para ser viavel.

    Elisabeth

    Oh, como escrevi errado. Perdão por escrever fora do padrão lingüístico. Acho vou desistir de comentar no Viomundo, para não sofrer preconceito lingüístico.rs

    carlah

    Erros de digitação não tem importância… o que importa é o conteúdo do que é escrito.

    carlah

    Elusabeth, comcordo que o Rio tem que mudar. Urgentemente. O problema é o teor das atuais mudanças. Está claro que não são mudanças para atender aos interesses da população. Caso fosse, as obras seriam outras, ou, pelo menos, em outros itinerários. Levar metrô até a Barra por Ipanema é no mínimo estupidez. É só olhar o mapa da cidade para ter bem claro que o foco não é atender a população, e sim os turistas. BRT que vai ligar a Barra (onde gastarão terão grande parte dos equipamentos das olimpíadas) ao aeroporto… Ninguém aqui acha que favela é bonito e romântico. Claro que é necessário dar melhores condições para essas pessoas, mas isso tem que ser feito respeitando os laços espaciais dessas pessoas, com um prazo razoável para essas pessoas conseguirem se organizar e pagando indenizações com valores atuais. 11 mil reais não dá para absolutamente nada hoje no Rio. Lógico que esta seria uma grande oportunidade para mudar. Mas não está sendo. É preciso parar de olhar Faustão e Fantástico e começar a olhar os conflitos que são escondidos e abafados. Elisabeth, a sua cidade está se tornando um faroeste para os especuladores imobiliários, e os pobres estão sendo sim tratados como elemento paisagístico indesejáveis.

    Entidades representativas como o Crea-RJ, Confea, Clube de Engenharia, Senge-RJ, Sarj, Seaerj e o Sinduscon-Rio se unem na realização do Seminário Copa do Mundo 2014 – Projetos, Rumos e Perspectivas (http://www.crea-rj.org.br/blog/vem-ai-o-seminario-copa-do-mundo-2014/) para discutir os projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014 e suas conseqüências para as cidades-sede brasilieras. O evento ocorrerá no Clube de Engenharia (Av. Rio Branco, 124, Centro do Rio de Janeiro), no dia 07/06, das 08 às 17h30 e tem como público-alvo profissionais envolvidos nos projetos e obras no município, profissionais em geral, entidades empresariais e sociedade civil. As inscrições devem ser feitas através do seguinte endereço eletrônico: [email protected]
    É uma boa oportunidade de entender melhor o que está acontecendo.

    Elisabeth

    Olá Carla, Não pode haver indenização abaixo de 30 mil reais, acho melhor correr atrás na procuradoria . Ehhh lei. O problema do Rio não POBRE é permitir POBREZA. Permitir morarem INDIGNADAMENTE. Permitir morar sem acesso aos serviços e em área de risco. O Rio tem sofrido décadas de problemas com moradia. Déficit habitacional no Rio seria da ordem 5OO mil moradias. O problema do Rio não é morar próximo região central. Não se construiu decentemente nos locais próximos.O Rio tem o potencial incrível na zona Norte. Lugar onde tem indústria, hospitais, comércio, escolas e faculdades. FAVELA não é motivo de orgulho para nenhuma sociedade. Acabar com ela é INCERIR o POBRE na cidade. Construir dignamente 500mil moradias no RIO que desaparece especulações. Sim, eu acredito no fim da pobreza e das favelas.

Leandro Climaco

Segundo a matéria, o valor médio oferecido a cada família gira em torno de 11 mil reais e muitas recebem a notificação com 0 dias para sair de casa. Há relatos de pessoas idosas que enfartaram por conta da iminência da expulsão. É uma área de ocupação popular, não são favelas, mas abrigam um conjunto de residências mais simples, o que certamente influenciou na escolha do traçado do BRT (pistas exclusivas apenas para ônibus) que irá ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Tom Jobim. Seguramente a cidade do RJ precisa de investimentos que facilitem e melhorem a locomoção de sua população, mas é inegável que estamos vivenciando um novo "bota-abaixo" parecido com o projeto executado pelo governo do prefeito Pereira Passos entre 1902 e 1906. A imprensa tem o dever de acompanhar e denunciar os abusos cometidos, mas pelo visto só se preocupa, e pressiona, as autoridades quanto a demora na execução das obras.

    carlah

    11 mil reais não paga nem a primeira prestação de um imóvel hoje no Rio de Janeiro. Além do mais, as obras que estão acontecendo no Rio não tem como foco a população (que é quem vai arcar com o ônus das construções). É para atender aos investidores da Copa e para levar os turistas até onde os interessa.

Leandro Climaco

De fato, essa foto retrata uma casa que foi desapropriada na Rua Domingos Lopes, em Campinho. Esse conjunto de desapropriações, que estão mudando radicalmente a fisionomia urbana de Madureira e Campinho, segundo matéria publicada na revista Carta Capital, têm sido feita de forma extremamente autoritária, especialmente quando os proprietários se recusam a sair de suas moradias por conta dos baixos valores oferecidos pelo poder público.

ratusnatus

Sobre esta questão penso o seguinte.
Não tem problema o cara ter um barraco onde quer que seja. Mas se for ao lado de uma mansão, deve parar IPTU semelhante.
Se não puder pagar…
Não é simples a questão:

A foto em quatão é sobre uma desapropriação para a construção de uma rodovia. Nada a ver com o texto!!!

Alexandre Netto

Gostaria de fazer um comentário sobre os eventos que acontecerão no Rio de Janeiro, Olimpíada…..trabalho no bairro do Rocha, que fica relativamente bem próximo ao estádio do Maracanã (menos de 5 kg de distância). Os moradores desse bairro sofrem com a antiga invasão feita na Radial Oeste, onde uma área imensa foi invadida e construíram lá diversas lojas de consertos de automóveis e residências, esses lugares não pagam impostos, não pagam luz, água …..no bairro do Rocha mesmo existe uma invasão na rua onde trabalho, Rua Conselheiro Mayrink onde havia uma fábrica de açúcar, segundo os moradores açúcar Neve. Se os moradores se sentiam inseguros com os problemas decorrentes das invasões da Radial Oeste, com a invasão desse terreno na Rua Conselheiro Mayrink eles estão assustadíssimos pois segundo relatos de moradores aumentaram os roubos a lojas, roubos a residências pois parece que há venda de drogas nessa invasão e roubam de tudo para manter-se o vício, o número de moradores de rua e ditos craqueiros na região aumentou e isso eu que não moro lá constato no dia a dia pois há 5 anos quando comecei a trabalhar na região era um bairro residencial tranquilo sem moradores de rua. Bom toda essa explicação é para dizer que um boato anda circulando pela região de que as obras para a copa do mundo vão contemplar o bairro do Rocha com alargamento das Ruas Doutor Garnier, Rua Ana Néri e a própria Rua Conselheiro Mayrink e que essa invasão da Rua Conselheiro Mayrink será removida e lá construído uma Vila Olímpica, assim como a invasão da Radial Oeste também está sendo removida, e o que ouço dos moradores são palavras de esperança, de que o bairro volte a ser residencial e tranquilo como era antes das invasões.

Marcio H Silva

Muita gente aqui comentando o que não sabe e não conhece. A prefeitura está desapropriando e pagando preços aquém do valor de mercado. Moro próximo a estas desapropriações. A desapropriação é na rua domingos lopes e avenida geremário dantas. Não é favela e não é comunidade. algumas casas são simples porque é suburbio do rio. O governo cabral e o prefeito paes, duplinha de corruptos, playboizinhos, sem postura, gostam de dar dinheiro pra globo, escola de samba e eventos do tipo Paul McCartney. Mas quando é para pagar as desapropriações querem explorar os moradores que vivem ali a anos. Estão se lixando para os moradores do RJ.

João

O lacerdismo está de volta?

Luana

É perda de tempo falar sobre qualquer coisa que venha manchar a imagem do Rio hoje, Azenha. Há um consenso entre o governo e as Organizações Globo de que tudo no Rio está mil maravilhas e tentar levantar qualquer questão serão chamados de tudo.

É melhor deixar como está, os cariocas não vão se levantar contra isso, acredito que alguns vão achar maravilhoso a limpeza, de preferência que elas aconteçam na Barra, Recreio e Zona Sul. Vai perder tempo e tinta por falar algo. E tem mais, se falar, errado é quem está falando. Então, meu caro, deixe a fruta crescer, quando ela estiver madura, sabe-se que é o tempo da colheita.

wanderson Aguilar

A pobreza sempre incomoda, seja a nossa pobreza ou a dos outros, por isso dá lhe maquiagem, adestra-se a pobreza, ensina a pobreza a tocar tambor,a cantar, a dançar e a até se convence que ela vá ao Faustão mostrar como ela é bonitinha e bem educada, mas só que a pobreza é problemática ela não quer ser pobre e por isso obriga-se a cerca-la com murros e arrame farpado longe do centro, dos nossos olhos, ouvidos, olfato e por ai vai…

Mais mesmo assim, que diabos! Essa tal pobreza é insistente, chata, ignorante, não sabe o seu lugar, é preciso conte-la a cacetete, gás lacrimogênio, tiro de borracha, fuzil, tanque de guerra, caveirão, Bope, Cap. Nascimento, Liga da Justiça e UPP. No entanto ela insiste, somos a oitava economia do mundo, fazemos parte dos BRICs, vamos sediar a Copa, as Olimpiadas, o mundo inteiro está olhando para nós, eles não podem ver a nossa pobreza, que olhem para o Iraque, para India, sei lá…Mas essa tal pobreza é F# ela insiste em aparecer…
Bem, como não se pode acabar com ela pelo menos acabamos com os pobres e seja o que Deus quiser!

Há! Sim, eu sou candomblecista a mais de 10 anos nada contra tocar um tamborzinho, na verdade eu até curto!

robledo duarte

As obras mais importantes seriam hospitais, escolas e praças, o país deveria por o dedo na cara do ricardo teixeira e do nuzman e dizer o que realmente interessa ao país.

Francisco

Seu conselho é ótimo e verdadeiro: "more junto a um estádio de futebol". Quer ver outro que todo corretor de imóveis sabe (e usa): "a casa usa a mesma adutora de água do palácio do governo…". É batata, nunca falta água!

Lucas

O poder público é competente, o problema é a falta de prioridade.

Ou melhor, o problema é que as prioridades da maioria do povo e as prioridades dos plutocratas oligárquicos que controlam o Estado são completamente diferentes e muitas vezes opostas.

    Roberto Locatelli

    Exatamente! O problema não é incompetência ou descaso. Nada disso. O Estado capitalista não prioriza a população.

Fernando

A Copa e a Olimpíada criou um estado de excessão no Brasil.

E os pobres são os criminosos.

FrancoAtirador

A Copa do Mundo é nossa?

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Copa 2014: Para que e para quem?

Jornalistas, blogueiros e comunicadores populares ligados a movimentos sociais realizaram, no dia 20 de janeiro no auditório do CPERS Sindicato, um debate sobre as mudanças e os impactos das obras da Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre (RS).
O objetivo foi informar as alterações que ocorrerão na Capital para o evento mundial e analisar os seus desdobramentos, assuntos pouco abordados pela grande imprensa até o momento.

As obras da copa a serem realizadas na cidade têm causado grande preocupação às populações, principalmente da periferia. No entanto, afetarão toda a população.
Isso porque a maioria das obras prevêem a realocação de centenas de famílias pobres, que hoje moram em áreas valorizadas, em bairros carentes e com pouca infra-estrutura.
E nem estão previstas obras de infra-estrutura para estes bairros.
Já ocorrem também a pressão e a articulação de construtoras para ocupar áreas consideradas de alto valor imobiliário.

OBRAS DA COPA SÃO PREOCUPAÇÃO NACIONAL

Estas questões são compartilhadas pela população e por organizações e movimentos sociais de todo o país.
Nos dias 8 e 9 de novembro de 2010, foi realizado o seminário ”Impactos Urbanos e Violações de Direitos Humanos nos Megaeventos Esportivos”, organizado pela relatora especial da ONU para o direito à moradia adequada, Raquel Rolnik, a fim de debater os impactos das obras da copa.
Em todas as capitais listadas para sediarem jogos da Copa do Mundo de 2014 estão previstos despejos e realocações de populações pobres, mega investimentos para construtoras e grupos privados e privatização de locais públicos.
Ao mesmo tempo, não se constatam preocupações com melhorias na infra-estrutura dos bairros da periferia ou no dia-a-dia das pessoas.

A partir deste seminário, organizações, movimentos sociais e populações que serão atingidas estão organizando comitês da copa em todas as capitais a fim de debater as obras e reivindicar melhorias.

Em Porto Alegre já há dois comitês formados: um na região do Centro e outro no Morro Santa Teresa.

Te convidamos a se informar sobre o que está acontecendo e a se inserir nesta luta. Participe!

http://dialogico.blogspot.com/2011/01/copa-do-mun

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Charges: Eugênio Neves (Dialógico e Sul21)

leandro

Quando teve uma matéria da Al jazeera dias atrás aqui no Viomundo sobre isso, relatando que os países ricos nao querem mais copa nem olimpiadas e que nos paises do Bric era mais fácil despejar, depredar em nome do evento, muitos protestaram dizendo que era intriga de um tal PIG internacional. Taí. É a realidade.

Gustavo Pamplona

São ocupações irregulares… de qualquer jeito elas têm que ser removidas. Não importa se for por questão paisagística ou não.

Depois quando acontecem as mais de 1000 mortes (*), caso das tragédias das chuvas da região serrana do Rio no começo do ano eu pergunto: A culpa é de quem mesmo?

Do governo do estado ou das pessoas que insistem em invadir terrenos e morar em encostas ou em regiões de várzea?

(*) E que matou bem mais que a ditabranda.

    leandro

    Não caberia ao poder público impedir essas construções?? Não fazem isso porque comunidade carente rende mais votos por m2 e agora que são obrigados a retirar essas pessoas, fazem de qualquer jeito. Afinal, elas não tem acesso a nenhum tipo de proteção, não tem recursos e não tem voz. Moro na região serrana do Rio (Friburgo) e no globo de hj tem uma matéria falando que após cinco meses da tragédia, nada foi feito e é a realidade.

    Nadja

    Pois é Leandro.
    O poder público não só NÃO impede as construções como em alguns casos ainda vai lá depois e coloca postos de saúde e depois o local, desliza, explode … Não se pode deixar fazer assentamentos em locais de riscos ou logradouros públicos. Acontece que isso é um medida impopular, tira votos e aí os políticos burlam as leis (em especial vereadores) em nome de votos e quando a tragédia acontece os mesmo vereadores que ajudaram na ocupação ilegal vão lá e criticam o gestor atual isso dos partidos de A a Z

    edv

    Comparação lapidar…
    A gripe espanhola e a peste negra também mataram bem mais que a ditabranda.
    E nem precisaram torturar…

    Quanto à "remoção", ela até pode ser eventualmente feita, DESDE que oferecendo em troca condições similares (e por que não, melhores?) aos "removidos", que é o ponto principal a ser discutido.
    Também é de interesse público…

    Carlah

    Gustavo, muitos despejos estão acontecendo em áreas que não estão em áreas de encosta ou de irregularidade ambiental. Mas, mesmo se fosse, não justificaria a truculência e o desrespeito com que essas famílias são tratadas. Existem muitos prédios públicos abandonados na área central e portuária do Rio, que poderiam então ser destinados à programas de habitação; mas a solução que é imposta à essas famílias, é de mandá-las para áreas extremamente periféricas da cidade, onde o poder público ainda por cima terá que construir novos imóveis e gerar infra-estrutura para recebê-las. Os vínculos espaciais dessas pessoas não estão sendo levados em conta.
    Outra coisa: Ditabranda é uma forma desrespeitosa de tratar um momento histórico do nosso país em que era praticado o terrorismo de Estado. Análises desse tipo, não podem ser quantitativas, comparando o número de mortos que tivemos em relação à países como Argentina e Chile. Uma análise qualitativa dos fatos, de uma sociedade amordaçada, é o "menos pior". Achei seu comentário infeliz.

    Roberto Locatelli

    Por que será que essas pessoas insistem em morar na periferia, quando poderiam morar em Ipanema (RJ) ou Higienópolis (SP)?

    Por que será que essas pessoas insistem em morar em barracos mal ajambrados, em terrenos que elas não compraram? Será pelo fato de que elas SÃO POBRES? Ou será por que elas gostam de burlar a lei, só por diversão?

    Gustavo, pare de falar abobrinhas. Pense antes de falar.

Adilson

Apoio total a causa: Remoção Lacerdista , não!

EUNAOSABIA

Não existe uma ""Autoridade Pública Olímpica"" subordinada ao governo federal??? ora, estão batendo na porta errada, tem que cobrar é da Dilma e não do Paes.

    Anonimo

    Acho que temos que cobrar de ambos, já que o slogan é estavam juntos em suas campanhas.

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