PT diz que Temer vai arrecadar R$ 20 bi vendendo empresa que tem receita anual de R$ 61 bi

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NOTA DA BANCADA DO PT NA CÂMARA

NÃO À PRIVATIZAÇÃO E DESNACIONALIZAÇÃO DA ELETROBRAS

A Bancada do PT na Câmara repudia o anúncio feito pelo governo Michel Temer de privatizar a Eletrobras.

Essa é uma medida irresponsável e entreguista que afeta os interesses de toda a população brasileira.

É uma mudança geral e drástica do marco regulatório do setor elétrico, criado nos governos Lula e Dilma, que proporcionou segurança energética e expansão do parque gerador e de transmissão.

O governo atual propõe a privatização do Setor Elétrico Nacional sem levar sequer em consideração impedimentos constitucionais referentes ao controle da Eletronuclear e aos acordos binacionais.

É mais uma medida anunciada pelo governo sob o pretexto de que o aumento do déficit fiscal justificaria a privatização de empresas e o desmonte do Estado.

A lógica do “precisamos vender e demitir senão o rombo aumenta” tem sustentado esses crimes contra o patrimônio público.

A intenção de vender a Eletrobras, para arrecadar cerca de R$ 20 bilhões, é criminosa.

Cabe destacar que a receita líquida anual do grupo está em R$ 61 bilhões anuais.

A Eletrobras é a garantidora da segurança energética do País.

A empresa se transformou em um dos maiores agentes do setor elétrico brasileiro durante os governos de Lula e Dilma.

Participou dos consórcios responsáveis por hidrelétricas como Belo Monte, o maior projeto do País na área de geração de energia elétrica, além da construção de linhas de transmissão.

Com os governos do PT a geração de energia cresceu 60%, evitando racionamento inclusive durante a grave seca ocorrida entre 2014 e 2015.

Temer apoia o fracassado modelo de privatização dos anos 90 do PSDB, o qual gerou aumento de tarifas e a piora nos serviços.

Os brasileiros ainda se lembram do apagão de 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando o Brasil voltou à época das lamparinas e velas e sofreu o maior racionamento energético da história mundial em tempos de paz.

Com a decisão de privatizar a Eletrobras, o País segue na contramão do restante do mundo.

Além de os serviços de distribuição de energia elétrica serem majoritariamente estatal e com capital de origem nacional, nos países europeus e nos Estados Unidos a questão é tratada como de segurança nacional.

Recentemente, a Austrália, os EUA e a Alemanha barraram investimentos chineses da ordem de US$ 38,9 bilhões no setor de energia e em outros, alegando questões de segurança nacional.

A política de privatização do governo Temer coloca em xeque o protagonismo nacional no planejamento e na operação da matriz elétrica brasileira.

Brasília, 22 de agosto de 2017

Carlos Zarattini (SP), líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados

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Comentários

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Nelson

Um dos grandes trunfos que um determinado país tem, para atingir estágios superiores do que chamam de desenvolvimento, é a riqueza contida em seu território. Se tiver soberania sobre ele e souber usar essa riqueza de forma adequada, este país tem todas as chances de sucesso.

É aí que entram as privatizações. Elas têm o objetivo de suprimir aos povos a soberania que estes têm sobre os seus territórios e as suas riquezas, “matando dois coelhos com uma só cajadada”.

Ao mesmo tempo em que garantem novos espaços para que as grandes corporações capitalistas acumulem mais lucros, impedem que os países possam utilizar suas riquezas para pavimentarem um caminho próprio, de soberania, que poderia levá-los ao desenvolvimento.

Penso que não é difícil entender isso; foi quase sempre desta forma que, ao longo da História, se deram as relações entre os países e isto pouco ou nada mudou nos nossos tempos modernos. Aos povos que afirmam a soberania sobre seus territórios, é devido algum respeito, pelo menos. Aos povos que desleixam, é reservado o desprezo e a humilhação ad eternum.

Nelson

É o “Ponte para o Futuro”, ou melhor, “Salto para o abismo”, sendo implementando de forma inclemente. O objetivo é terminar o serviço sujo que o vendilhão-mor, Fernando Henrique Cardoso, não conseguiu dar por encerrado.

O Brasil – e a Argentina também – deve virar uma mera colônia. Este é o projeto do Sistema de Poder que domina os Estados Unidos, grande parte do planeta e tem anseios de dominá-lo por inteiro.

Se deixado por sua conta, a seguir um caminho próprio, como o implementado pela turma do PT, mesmo com todos os erros cometidos – e a corrupção -, em mais uns 30 anos o Brasil poderia estar se aproximando perigosamente, em termos de tecnologia, dos países ricos.

Aí nosso país passaria a disputar com mais força um mercado mundial já saturado, onde, de um lado, abundam produtores de mercadorias com uma excessiva capacidade de produção e de outro escasseia o número de consumidores com poder de compra para comprar essa super produção.

A um país que pode ter a 3ª reserva de petróleo do planeta, com agricultura inigualável, água aos borbotões, minérios e biodiversidade “para dar e vender” – talvez o território mais rico do planeta – não poderia ser dada a chance de “embalar” este caminho próprio. Poderia se tornar incontrolável pelo Sistema de Poder que citei.

Então, era preciso barrar essa trajetória de soberania, mesmo que tímida, o quanto antes. Aí a razão real do golpe de Estado de 2016, a mesma do suicídio de Getúlio e do golpe contra Jango.

Aristides Bartolomeu Novaes

O PT parece um partido de iniciantes, pois nunca observa que, o atual governo, só se mantém no poder para concluir a entrega de nossas empresas e riquezas naturais. Além disso, não é normal um presidente se manter no cargo diante de tantas acusações de corrupção, exceto com um forte apoio de forças internacionais que comandou o golpe.
O simples fato de tomar conta de um país como o Brasil, com vasta extensão de terras e riquezas naturais, por si só, já configura aquisição de valor inestimável e com um forte conteúdo de submissão aos estrangeiros, e o pior, com a cumplicidade de brasileiros que oculpam altos cargos. É o golpe!
O PT precisa se reenventar e ter mais maldades no governo caso ainda haja essa possibilidade!

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